sábado, 2 de maio de 2009

Amazônia concentra 72% de assassinatos no campo, mostra CPT


Indaiatuba (SP) - Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) apontam que 72% dos assassinatos em conflitos no campo em 2008 ocorreram na Amazônia. O índice se refere a disputas pelo acesso à terra e à água, além de casos de trabalho escravo. O relatório anual "Conflitos no Campo Brasil 2008" foi divulgado durante a 47ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Indaiatuba (SP), cidade do interior paulista. O encontro começou no dia 22 de abril e termina nesta sexta (1º).
"Houve um avanço da cana-de-açúcar em Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A cana está substituindo áreas de pastagem e o gado está indo para a fronteira agrícola. Isso antecipa a ação do grileiro, que vai na frente", explica o geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre as principais consequências desse processo, está a apropriação ilegal de terras públicas, a expulsão de populações tradicionais e o aumento da violência. Outro efeito imediato foi o recorde histórico de denúncias sobre o uso de mão-de-obra escrava.
No ano passado, houve 28 mortes por conflitos no campo - 20 delas na Amazônia Legal, que corresponde à totalidade do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão. No total, 1.170 conflitos agrários foram registrados, uma redução de 23% em comparação a 2007. O relatório da CPT, que passou a ser publicado de forma sistemática em 1985, cita ainda 44 tentativas de assasssinato, 90 ameaças de morte, 168 prisões e 800 agressões. Esse é o principal levantamento no país sobre casos de violência ocorridos na zona rural.

Relatório da CPT registra aumento de mortes no Pará (Foto: Douglas Mansur/Novo Movimento)

O número total de pessoas assassinadas se manteve igual ao índice verificado em 2007 (28). No entanto, um dos aspectos negativos fica por conta do Pará - de 5 mortes em 2007 saltou para 13 em 2008. Outros três estados tiveram aumento no número de assassinatos: Bahia, Rondônia e Rio Grande do Sul. Houve uma morte para cada 54 conflitos no país em 2007. Já em 2008, a proporção foi de um homicídio para cada 42 ocorrências.
As principais vítimas dos confrontos são as populações tradicionais, que envolvem indígenas, quilombolas, posseiros, ribeirinhos e camponeses. Em 2007, eles representavam 41% dos envolvidos nesses conflitos - são agora 53% do total. Os sem-terra, que ocupavam o primeiro lugar em 2007, caíram de 44% para 36%. Carlos Walter, que é professor da UFF e elabora análises para o relatório da CPT desde o ano de 2003, afirma que essas comunidades estão sendo "expropriadas". "São ocupantes históricos que não detêm a titulariedade jurídica das terras", complementa.
O levantamento da CPT avalia que esse cenário de vulnerabilidade das populações tradicionais tende a se agravar num contexto de expansão desenfreada da fronteira agrícola e do agronegócio. Além disso, há diversas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a reforma da rodovia BR-319 - que liga Porto Velho a Manaus -, além da chegada de investidores estrangeiros no comércio de terras, que podem ser indicativos de mais pressão sobre essas comunidades, muitas delas localizadas em áreas de mananciais e florestas ricas em biodiversidade.
O bispo emérito de Goiás dom Tomás Balduino, um dos fundadores da CPT em 1975 e ex-presidente da entidade (1999-2005), argumenta que as políticas voltadas ao campo não estão contribuindo para reverter esse cenário. Ele diz que o governo federal não direciona recursos à reforma agrária nem realiza as desapropriações. "Os índices de atualização da produtividade são da década de 1970", lamenta. "Há uma política antirreforma agrária que retrocede ao Brasil exportador de matéria-prima".
A CPT elegeu no último dia 18 de abril a sua nova coordenação nacional para o próximo triênio (2009-2011). Dom Ladislau Biernaski, bispo de São José dos Pinhais (PR), foi escolhido presidente da entidade. Ele substituiu dom Xavier Gilles de Maupeou d`Ableiges, bispo de Viana (MA). Dom Tomás Balduino permanece como conselheiro permanente da CPT.

Impunidade

O caso Dorothy Stang foi lembrado como um dos principais símbolos da impunidade no campo. A missionária norte-americana naturalizada brasileira foi assassinada com seis tiros - um deles na nuca - aos 73 anos, em fevereiro de 2005. Ela foi alvejada numa estrada vicinal de Anapu (PA). Dorothy defendia os Programas de Desenvolvimento Sustentável (PDSs) como modelo de reforma agrária e de fixação das famílias na Amazônia.
No último dia 22 de abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão liminar, mandou soltar Vitalmiro Bastos de Moura (Bida), acusado de ser um dos mandantes do crime. Bida, que teve o seu julgamento anulado pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), estava detido desde o início do mês. Ele e o pistoleiro Rayfran das Neves (Fogoió) serão julgados novamente. Seu cúmplice Clodoaldo Batista (Eduardo) cumpre pena de 17 anos de prisão. Já o intermediário Amair da Cunha (Tato) foi condenado a 18 anos de reclusão.
O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o "Taradão", outro acusado pelo crime de mando, deve ir a júri neste semestre. Essa é a promessa pública feita pelo desembargador Rômulo Nunes, presidente do TJ do Pará, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano. Se não for possível agendar o julgamento até junho, Rômulo assumiu o compromisso de fazê-lo até o final de 2009.
Quatro anos após a morte de Dorothy, o Pará continua na liderança do ranking no número de conflitos (245), assassinatos (13), ameaças de morte (35), famílias expulsas (740) e despejos (2051). "A impunidade favorece o avanço da criminalização dos movimentos socias e da violência no campo", afirma o padre Dirceu Luiz Fumagalli, membro da coordenação nacional da CPT.

Criminalização

A principal pressão contra os movimentos sociais em 2008 veio do Poder Judiciário. Em junho do ano passado, o Conselho Superior do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul chegou a pedir a "dissolução" do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O promotor Gilberto Thums foi o responsável por uma ação civil pública que tentou declarar o MST "ilegal" (confira matéria). Denúncias foram encaminhadas à Organização das Nações Unidas (ONU) contra a criminalização dos movimentos sociais.
Segundo o documento da CPT, a atitude do MP gaúcho "abriu as portas" para outras ações conjuntas entre o Judiciário e o governo estadual. O relatório diz que as políticas de "repressão" adotadas geraram um "efeito Yeda" - em referência à governadora Yeda Crusius (PSDB). Os dados apontam um recrudescimento generalizado da violência rural no estado. Houve aumento no número de conflitos (de 32 para 33), famílias envolvidas (3.875 para 4.934), despejos (940 a 1.954), expulsões (0 a 60), prisões (15 a 19), agressões (54 a 328), ameaças (1 a 3) e assassinatos (0 a 2).
Neste mês, porém, o Pará voltou a estar em evidência. Um conflito entre os acampados da fazenda Espírito Santo e "seguranças" da Agropecuária Santa Bárbara, que tem o banqueiro Daniel Dantas entre os proprietários, deixou nove feridos a bala - oito sem-terra e um funcionário da empresa - em Xinguara, a 792 km de Belém. A ação gerou polêmica após uma denúncia não-comprovada de que integrantes do movimento teriam mantido quatro jornalistas como "reféns" durante o enfrentamento. O MST nega a acusação.
Durante o lançamento do balanço da CPT, dom Tomás Balduino teceu comentários sobre o que vem ocorrendo no Pará. "São provocações do lado dos latifundiários que chegam ao ponto da explosão. É uma situação de profissionais da provocação. O pessoal da base não é de fazer violência. Eles se defendem. Mas quando acontece isso quem sai com a imagem danificada são os trabalhadores rurais. Eles são considerados agressores".


Amazônia concentra 72% de assassinatos no campo, mostra CPT

Segundo o relatório "Conflitos no Campo Brasil 2008", da Comissão Pastoral da Terra (CPT), houve 28 mortes em 2008 - 20 delas na Amazônia Legal, que corresponde aos estados de AC, AP, AM, MT, PA, RO, RR e TO e à parte do MA

Foto: Douglas Mansur/Novo Movimento
Por Maurício Reimberg
Repórter Brasil

Os filhos do outro

Seja você mesma, e não quem eles querem que você seja

Como desempenhar esse papel de forma equilibrada e saudável? O que o pai das crianças pode dizer e fazer para consolidar um lugar para sua nova companheira?

Você já se perguntou...
Se você está iniciando uma relação com um homem que já tem filhos, é hora de se fazer algumas perguntas. Você pretende ser fiel a si mesma? Ou será que o seu primeiro impulso é agradar aos outros a fim de poder conquistá-los desde o começo? Tome cuidado. O começo é muito importante: o que você plantar agora é o que vai colher no futuro. As crianças conseguem perceber a honestidade e o carinho verdadeiros, mesmo no começo. É melhor ser sincera e verdadeira do que prometer algo que você não poderá cumprir. Não importa se a mãe biológica era ou é desse ou daquele jeito. É importante que todos entendam, inclusive você, que não veio para substituí-la. Você é única e merece uma oportunidade para que a conheçam, da maneira que você é.

O poder da mãe biológica
Se você também tem filhos de uma relação anterior, provavelmente seja mais simples. O vínculo biológico está sempre presente para recordar a real situação. Mas não quer dizer que você possa dar atenção de modo diferente ou fazer diferenças entre eles. De jeito nenhum. Deixe apenas alguns detalhes ou determinados assuntos para serem resolvidos pela mãe biológica. Nunca interfira nessa relação, já que você iria bater de frente com as forças da natureza. É muito importante que você converse sobre isso com seu companheiro, já que ambos devem estabelecer alguns pontos em comum. Ele também deve mostrar aos filhos qual é lugar que você ocupa.

Aprenda com eles
Se você não sabe como e o quê fazer, repare como as crianças conseguem amar muito além do nome que o vínculo possa ter. Eles são sinceros e não ficam analisando. A única coisa que querem é ser amados, por isso se entregam completamente quando sentem que o outro é verdadeiro. Obviamente, não será fácil e muitos problemas surgirão no dia-a-dia. Aprenda com eles. Eles sempre conseguem esquecer rapidamente a irritação e voltam a sorrir. Entregue-se completamente! Se todos derem o melhor de si, tudo dará certo.


fonte:DISCOVERY BRASIL

Saiba quando começar um check-up e prevenir doenças


Exame clínico adequado pode diagnosticar até 70% das doenças.
Em qualquer idade, clínico geral deve ser consultado anualmente.


Um acompanhamento médico adequado e exames clínicos meticulosos podem diagnosticar precocemente doenças cujos tratamentos são mais eficazes quando são iniciados mais cedo. Mais do que exames de rotina feitos anualmente, Antônio Carlos Lopes, professor de clínica médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, afirma que com um bom exame clínico é possível fazer 70% dos diagnósticos.
“Um exame clínico meticuloso inclui uma boa conversa com o paciente, para saber sobre seus hábitos de vida, a prática de atividades físicas, os antecedentes familiares, e um relatório sobre o funcionamento dos órgãos e sistemas do paciente. Depois disso, é preciso que o médico examine todo o paciente, inclusive pele, unhas, língua e boca, por exemplo”, diz Lopes ao G1.
A ministra da Casa Civil Dilma Roussef descobriu um linfoma durante exames de rotina. O linfoma é um tipo de câncer do sistema linfático. A ministra tem a forma mais agressiva de linfoma. Mas, como a doença foi descoberta num estágio bastante inicial, as chances de cura são grandes.
A partir do levantamento de hipóteses de diagnóstico pelo exame clínico, o médico deve pedir exames laboratoriais complementares para que seja feito um acompanhamento da saúde do paciente. “Todos os exames solicitados pelo médico e a frequência com que esses exames devem ser realizados dependem diretamente dos antecedentes familiares dessa pessoa, então é muito difícil traçar um calendário de exames. Um check-up verdadeiro é uma boa consulta médica”, diz o especialista.
Vale ressaltar que, em qualquer idade, homens e mulheres devem consultar um clínico geral anualmente para que ele possa avaliar a necessidade de exames mais específicos. Um bom check-up começa, de fato, nessas consultas.

Mulheres

Após a primeira menstruação
Após a primeira menstruação, a mulher deve consultar um ginecologista, que fará uma avaliação geral de sua saúde com exames de dosagens hormonais. Outros eventuais exames, como por exemplo ultrassonografias, devem ser determinados após um exame clínico sobre os hábitos da paciente e antecedentes familiares.

Após o início da vida sexual
Após o início da vida sexual, além dos exames clínicos de toque, a mulher deve realizar anualmente o papanicolau, mamografias (caso a mulher tenha antecedentes de câncer de mama) e triagens gerais como exames de hormônio, glicemia, triglicéride, colesterol, ácido úrico e hemogramas.

A partir dos 45 anos (ou 40 anos, em caso de fumantes)
Além dos exames ginecológicos e as triagens já indicadas, a mulher deve realizar exames ergométricos, para avaliar a saúde do coração, e tomografia do tórax. A ultrassonografia é indicada conforme a necessidade de cada paciente, avaliada pelo médico.

Homens

Antes dos 40 anos
Antes dos 40 anos, o homem deve ir ao médico anualmente e realizar exames regulares de triagens gerais, como colesterol, triglicéride, glicose, ácido úrico e hemograma. Outros exames mais específicos dependem da avaliação feita pelo médico durante as consultas que devem ser feitas anualmente.

A partir dos 40 anos
A partir dos 40 anos, além das triagens gerais já citadas, o homem deve realizar testes ergométricos, tomografia de tórax, colonoscopia, que previne o câncer colo-retal, e o exame de próstata, que previne o câncer de próstata. A frequência com que cada um desses exames deve ser realizado é determinada pelo médico que acompanha o paciente.

Fonte: G1

Suécia legaliza casamento entre pessoas do mesmo sexo


A partir desta sexta, os homossexuais suecos poderão se casar formalmente, graças à nova legislação aprovada em abril, mas deverão esperar mais alguns meses se quiserem celebrar uma cerimônia religiosa.
A Igreja Luterana, da qual são membros mais de 70% dos suecos, adiou sua resposta oficial para o sínodo que realizará na próxima primavera, devido ao desacordo existente entre os bispos das 13 dioceses que a compõem.
As diversas opiniões tratam da aceitação do casamento entre homossexuais nos templos, do pedido de uma discussão teológica a respeito, da adoção de duas cerimônias distintas e ainda da adaptação do ritual atual.
Em 2006, a Igreja Luterana foi uma das primeiras do mundo a aceitar um ritual especial de bênção para os homossexuais registrados como casal.
Vários líderes eclesiásticos já se manifestaram publicamente a favor da união entre homossexuais nas igrejas, pedindo apenas que o termo "casamento" não fosse usado --discussão que ainda persiste.
Independentemente da decisão da Igreja, os casais do mesmo sexo deverão cumprir os mesmos requisitos exigidos a heterossexuais para se unir pelo civil: um certificado oficial que demonstre que nenhum dos noivos é menor de idade ou que já é casado, e que os dois não são parentes em primeiro grau.
A lei do casamento neutro, como ficou conhecida na Suécia, foi aprovada em 1º de abril por 261 votos a favor e 22 contra no Parlamento sueco, contando apenas com a oposição do Partido Democrata-Cristão, um dos quatro integrantes da coalizão governamental de centro-direita.
Com a adoção desta nova lei, a Suécia se une a outros países que já permitiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo como Holanda, Espanha, Bélgica, Canadá, África do Sul e Noruega.
Segundo dados da Associação Nacional para a Igualdade Sexual sueca, há no país 4.258 casais homossexuais registrados, que agora poderão formalizar sua união.

da Efe, em Copenhague (Dinamarca)

Supremo Tribunal Federal revoga Lei de Imprensa; veja o que muda




O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira revogar a Lei de Imprensa, criada no regime militar. Com isso, os jornalistas e os meios de comunicação serão processados e julgados com base nos artigos da Constituição Federal e dos códigos Civil e Penal que tratam dos crimes de injúria, calúnia e difamação.


Em relação ao direito de resposta, o entendimento do ministro do STF Menezes de Direito é que ele já está previsto na Constituição, em seu artigo 5.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu uma norma para tratar do direito de resposta. "Não basta que a resposta seja no mesmo tempo, mas isso tem que ser normatizado. Vamos criar um vácuo? Esse é o único instrumento de defesa do cidadão."
Julgamento
A extinção da lei foi apoiada por sete dos 11 ministros da Corte. Votaram a favor da revogação total os ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Cezar Peluso, Carmen Lucia, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Eles seguiram os votos do relator do caso, Carlos Ayres Britto, e do ministro Eros Grau, que apresentaram seus posicionamentos na sessão de 1º de abril.
Os ministros Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar Mendes sugeriram a revogação parcial da lei e o ministro Março Aurélio Mello votou pela manutenção da norma e a criação de novas regras.

Mídia internacional repercute fim da Lei de Imprensa no Brasil


El País (Espanha)
Brasil anula lei de imprensa da ditadura militar

Os jornalistas brasileiros estão satisfeitos. O Supremo Tribunal Federal, com sete votos a favor, um contra e três reservas, aboliu definitivamente nesta quinta-feira a lei de imprensa aprovada durante a ditadura militar, em 1967, considerada em contraste com a Constituição democrática do país.
A lei abolida representava uma tormenta para os jornalistas e uma ferida para a liberdade de imprensa, ainda que os meios de comunicação deste país sempre foram exemplos de luta em favor de mais espaços para a liberdade de opinião na América Latina.

The New York Times (EUA)
Corte brasileira anula Lei de Imprensa da era da ditadura


A Suprema Corte brasileira derrubou uma lei que possibilitava a censura da imprensa e foi decretada durante os recentes anos de ditadura militar.
Em uma votação que terminou em 7 a 4 na noite de quinta-feira, a Corte determinou a inconstitucionalidade da lei uma vez que violava a liberdade de expressão.
A lei foi decretada em 1967 pelo regime militar que comandou a maior nação da América do Sul entre 1964 e 1985. Em nome da segurança nacional, a lei censurava meios de comunicação, compositores, dramaturgos e escritores e permitia a apreensão de publicações.

Fonte; Folha OnLine

Transtornos da Sexualidade - II

Como vimos na postagem "Disfunções Sexuais" da série "Transtornos da Sexualidade", para o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais) da Associação Psiquiátrica Americana, os transtornos sexuais englobam as disfunções sexuais, os transtornos da identidade de gênero e as parafilias.
O Manual divide os Transtornos de Identidade de gênero em vários tipos: Transtorno de Identidade de Gênero da Infância, Transtorno de Identidade de Gênero da Adolescência ou Idade Adulta e Transtorno de Identidade de Gênero Não-especificado. Além disso, o ICD-10 apresenta cinco tipos de diagnósticos para os Transtornos de Identidade de Gênero:
1)Transexualismo
2)Travestismo de Dupla Função
3)Transtornos de identidade de gênero
4)Outros Transtornos de Identidade de Gênero
5)Distúrbio de Identidade Genérica Não-especificado

Os transexuais são diagnosticados quando apresentam um desejo de viver e de serem aceitos como membros do sexo oposto, juntamente com o desejo de transformar o corpo com cirurgia de redesignação de gênero e terapia hormonal. A identidade transexual deve ser persistente por pelo menos dois anos e o desejo de mudança de gênero não pode ser um sintoma de outro transtorno ou de uma anomalia dos cromossomos.
NoTravestismo de Dupla Funçãoos pacientes são diagnosticados quando não apresentam o desejo de mudança permanente para o sexo oposto.
Diagnósticos de Transtorno de Identidade de Gênero não-especificados e outros são freqüentemente utilizados para descreverem uma condição intersexual, ou seja, quando um indivíduo nasce com genitália ambígua. A genitália ambígua é um raro defeito de nascença em que os genitais da criança não são claramente masculinos ou femininos por serem mal-formados, deformados ou incluírem aspectos da genitália masculina e feminina ao mesmo tempo.
Os possíveis candidatos para a cirurgia devem trabalhar com um profissional de saúde mental para o diagnóstico. Entretanto, o profissional de saúde mental oferece aconselhamento extra sobre opções de tratamento e implicações, bem como terapias e indicações para o indivíduo, sua família e empregadores.
Após o diagnóstico, ainda restam três fases para completar o processo: a terapia hormonal,a experiência de vida real, também conhecida como teste de vida reale acirurgia para mudar a genitália e outras características sexuais.Para alguns transexuais masculinos (pessoas biologicamente nascidas mulheres em transição para homens), as fases podem começar com terapia hormonal, além de cirurgia de remoção de mamas que pode acontecer antes da experiência de vida real.
Leia a postagem que finaliza a sequência: Sexo Grupal e Troca de Casais seria um transtorno Sexual?

Análise confirma entrada de dengue tipo 4 no Brasil

Pesquisadores do Brasil confirmaram o aparecimento da dengue tipo 4 no país e acreditam que o vírus possa ter vindo diretamente da Ásia, em vez de passar primeiro pela América Central e Caribe, como costuma ser o padrão.
O resultado está publicado em artigo no periódico "PLoS Neglected Tropical Diseases".
No ano passado, um estudo publicado por pesquisadores do Estado do Amazonas mostrou que a dengue tipo 4 havia sido encontrada em três pacientes de Manaus, mais de duas décadas após ser registrada em Roraima, em 1982.
O Ministério da Saúde, porém, negou na época que existissem casos recentes de dengue 4. Com mais um tipo de vírus circulando, aumenta a possibilidade de um mesmo paciente se reinfectar, contraindo dengue hemorrágica, a forma letal da doença.
Agora, cientistas da USP fizeram análises genéticas detalhadas de amostras de dois pacientes de Manaus, comparando os genomas do vírus com os de outras linhagens de dengue. Concluíram que realmente se tratava do tipo 4 da dengue.
Segundo Paolo Zanotto, especialista em evolução de vírus do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, foi uma surpresa encontrar o genótipo 1 --diferente do que circula normalmente no continente americano e do que foi observado no Brasil na década de 1980.
Além disso, o vírus da dengue costuma aparecer primeiro na América Central e no Caribe antes de chegar ao Brasil. Os pesquisadores acreditam que, desta vez, o padrão tenha sido diferente e ele possa ter vindo diretamente da Ásia.
"A intensificação da atividade econômica entre o Brasil e outros países asiáticos (especialmente a China) pode explicar a direta introdução no Brasil", escrevem os autores.
Para Zanotto, esse tipo de vírus é menos prevalente, ou seja, não acontece numa frequência muito grande na Ásia. Porém, ele aumenta a incidência de dengue hemorrágica onde ocorre. Em sua opinião, o governo brasileiro não deve esperar o vírus se tornar um problema para tomar uma atitude. "Sabemos que o vírus pode entrar no local e ser mantido em baixa prevalência até se adaptar bem à rede de transmissão."

Sem dúvida
A médica infectologista Maria Paula Mourão, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, que integrou a equipe que publicou o estudo em 2008, afirma que o grupo tem plena convicção dos resultados encontrados anteriormente. "E o novo estudo corrobora com o achado que fizemos no início do ano passado", afirmou.
Questionada se ela espera que o ministério volte atrás, a pesquisadora disse que gostaria muito que houvesse "uma abertura para as pessoas novamente conversarem entre si".
Segundo Zanotto, um dos problemas de o governo dizer que a dengue tipo 4 não existe no país é o fato de não incluir esse tipo de vírus nos sistemas de detecção em uso pela vigilância do Ministério da Saúde.
Para os pesquisadores, a presença da dengue tipo 4 nas Américas "deve ser recebida com grande atenção e deve ser assegurada uma intensificação das atividades de vigilância no Brasil em particular". Isso significa considerar a inclusão da dengue tipo 4 na detecção sorológica e molecular.
A reportagem procurou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde ontem, mas não houve resposta.


fonte:Folha On Line

Limites com responsabilidade, a saída para seu filho crescer feliz

Às vezes se confunde autoridade com autoritarismo. Quais são as saídas para impor limites sadios. Os perigos e benefícios para seu filho.

Autoridade versus Autoritarismo
Os pais são os primeiros e principais arquitetos na formação da personalidade do filho. E toda vez que eles impõem limites, estão dando forma e base para essa pessoa nova e extraordinária. Mas, como exercer autoridade sem cair no autoritarismo? A autoridade está intimamente ligada à responsabilidade; já o autoritarismo acontece quando o bem e o mal são transmitidos como uma exigência que vem de fora. Por exemplo: é diferente exigir que seu filho faça o dever de casa porque, como mãe, você é responsável pela educação dele (o que implica que ele assuma sua própria responsabilidade como aluno) e exigir que cumpra seus deveres porque senão a professora vai ficar brava e desqualificá-lo.


Seus próprios limites
Quando você tiver dúvidas sobre a autoridade que tem sobre seu filho, pergunte-se sinceramente qual é a raiz do problema. A psicóloga Abigail Rapaport exemplifica com algumas orientações úteis: ?O adulto precisa conhecer seus próprios limites e estabelecer como transmiti-los. Com emoção, com coerência, em forma de reclamação afetiva, ou como uma ameaça de perigo que faz a criança crescer com a idéia de que o mundo é perigoso? Se você for responsável, o limite é transmitido como uma coisa simples e clara?. Portanto, preste mais atenção às suas palavras e atitudes diante de seu filho.

Benefícios e perigos
Os comportamentos e atitudes dos pais são o modelo através do qual os filhos compreendem o que se espera deles. E o melhor é que eles desejem responder a essa expectativa por causa do amor que geramos e transmitimos a eles. O benefício é enorme: poderão construir as bases de uma boa auto-estima e ser criativos, pessoas autônomas, independentes, com normas e regras para poder compartilhar e conviver no mundo que lhes cabe viver. Algumas normas no momento de impor limites:- Reconheça quais são os seus próprios limites.- Demonstre segurança, mas com carinho, converse e explique de acordo com as necessidades.- Mantenha coerência entre pai e mãe.- Não transmita mensagens ambíguas.- Respeite a irritação de seu filho com paciência.- Seja clara e concreta em seus pedidos.- Seja constante na imposição de limites.- Preste atenção: hiperatividade, déficit de atenção na escola ou auto-agressão são alguns sinais de pedido de ajuda em crianças e adolescentes.


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pais de Madeleine divulgam imagens de como ela estaria hoje

Projeção mostra como menina estaria com seis anos de idade.Pais participaram de programa de TV, que vai ao ar na segunda.

O casal falou sobre a busca por sua filha. Nos EUA, a atração especial vai ao ar na próxima segunda-feira (4) e no Reino Unido será exibida na terça (5).
Projeção de como Madeleine McCann estaria hoje foi divulgada nesta sexta-feira (1º). A garota britânica desapareceu aos 4 anos, em 3 de maio de 2007, de um hotel em Portugal. A imagem foi criada pelo National Center for Missing and Exploited Children (centro de crianças desaparecidas), e mostra como a menina poderia se parecer aos 6 anos de idade.


fonte:G1

A imagem do amor

O beijo existe há muitos e muitos anos, surgiu como meio de defesa e não como expressão de carinho ou prazer; é praticado pela maioria das pessoas, sob diferentes aspectos, mas existem povos que nunca se beijam; os efeitos do beijo pesquisados pela dra. Martine Mourier, da Faculdade de Bobigny, na França.
Um dos atos humanos mais corriqueiros, o beijo pode ser sinal de paixão, afeto, respeito e amizade. Pode ser ainda uma demonstração de humildade ou de euforia. Mas nem sempre existiu como hoje, nem é praticado por todos os povos. E muda conforme os costumes.


Existem beijos libidinosos como os dados no colo e nas partes pudendas, ou o beijo cinematográfico, em que as mucosas labiais se unem numa expressão insofismável de sensualidade.
Embora pareça trecho de um manual de carícias, esse texto é da portaria de um juiz de Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, que em fevereiro de 1981 decidiu proibir o beijo na cidade. A repercussão foi imensa. Houve um ato de protesto chamado a noite do beijo, que apesar do nome acabou na maior pancadaria. Na época, chegou a se falar em sérios castigos para os manifestantes, caso algum juiz decidisse que beijar era praticar "ato obsceno em local público e aberto", de que trata o Código Penal. No fim, prevaleceu o bom senso e ninguém foi processado por exprimir seu carinho com beijos uma demonstração de afeto que a história e a arte registram há milênios.
No mecanismo da sensualidade, o beijo é um capítulo muito especial, por estar ligado ao próprio desenvolvimento das pessoas. Beijar, explica o antropólogo inglês Desmond Morris, autor de vários livros sobre comportamento humano, entre eles O macaco nu, "tem sua origem na relação mãe filho". Nos tempos primitivos, depois de sugar o peito, a criança recebia alimentação sólida devidamente mastigada pela mãe e passada à boca, à maneira de certos animais e pássaros. O costume ainda sobrevive em algumas tribos de várias partes do mundo. Da mesma forma como sugar o seio, esse contato tornou-se definitivamente ligado ao conforto e à segurança infantil. Acontece que beijar, como sugar, persiste na vida adulta "como um gesto de conforto fortemente associado a relações amorosas", escreve Desmond Morris.
O homem, portanto, aprende a beijar desde que vem ao mundo e foram muitos os psiquiatras e psicanalistas, a começar por Sigmund Freud, que se preocuparam em interpretar como evoluiu esse movimento originalmente voltado à nutrição e à sobrevivência para o desfrute de um prazer. Beijamos também por costume, educação, respeito ou também por mera formalidade. E as características do beijo variam segundo o que se quer expressar com ele. Uma das primeiras representações do beijo de que se tem conhecimento são as esculturas e murais do templo de Khajuraho, na Índia, que datam do ano 2500 a.C. No século IV da era cristã publica-se na Índia o Kama Sutra, considerado o mais completo tratado sexual do Oriente, atribuído ao sábio Vatsyayana.
Um capítulo inteiro da obra é dedicado ao beijo, onde se ensina, entre outras coisas, que "não há duração fixa ou ordem entre o abraço e o beijo, o aperto e as marcas feitas com as unhas e os dedos", pois "o amor não cuida do tempo ou da ordem". Apesar disso, o Kama Sutra adverte para que sejam respeitados "os costumes de um país" com o que até o severíssimo juiz de Sorocaba em 1981 concordaria. Segundo o manual indiano, o beijo pode ser moderado, contraído, pressionado ou suave. Pode ser direto, inclinado, voltado ou apertado. Existe até o beijo "despistante", que deve ser dado pelo homem, quando ele estiver ocupado.
O conselho que encerra o capítulo sobre o beijo no Kama Sutra exalta a reciprocidade: "Seja o que for que um amante faça ao outro, este deve retribuir; isto é, se a mulher o beijar, deve beijá-la; se ela lhe bater, cumpre igualmente bater-lhe". Na Grécia antiga, o beijo funcionava como um elemento diferenciador das hierarquias: os subordinados beijavam os superiores no peito, nas mãos ou nos joelhos, de acordo com o nível que possuíam. Os mendigos tinham unicamente o direito de beijar os pés dos senhores, e aos escravos só se permitia beijar a terra. Ou seja, quanto mais baixo o lugar do indivíduo na sociedade, mais ele devia inclinar-se para prestar a homenagem.
No século V a.C., o historiador Heródoto chegou a descrever os vários tipos de beijos e seu significado entre os persas e os árabes. Os persas se cumprimentavam com beijos que, como na Grécia, variavam de acordo com o nível social das pessoas. Relata Heródoto: "Quando pertencem ao mesmo nível social, as pessoas beijam-se na boca. O beijo no rosto é usado se existe uma pequena diferença entre elas".
Os preconceitos contra o beijo são igualmente antigos. No início da era cristã, outro historiador grego, Plutarco, que deixou uma imensa obra sobre os costumes na Grécia e em Roma, conta que Catão, o Censor (234 a.C.-149 a.C.), cessou o mandato do senador Pretorius Mamillus, porque foi visto beijando a mulher em público. Mas em particular os romanos nada tinham contra o beijo. O latim até registra três palavras para defini-lo:, osculum é o beijo amistoso, nas faces; basium, o beijo apaixonado na boca; e suavium, o beijo amoroso com ternura.
O beijo nas faces vem da época em que os humanos dependiam muito mais do olfato para sobreviver. Os homens cheiravam uns aos outros para saber se pertenciam a uma tribo estranha e eventualmente inimiga. Supõe-se que cada grupo devia possuir um odor característico, o cheiro do grupo. O beijo no rosto, portanto, não nasceu como expressão de carinho ou prazer, mas como meio de defesa. Talvez por isso os povos acostumados a habitar um ambiente hostil ou forçados a viver em pé de guerra virtualmente desconhecem o costume de beijar por afeto. Um provérbio sudanês adverte: "Jamais beijes quem seja capaz de te devorar".
Os esquimós, muito prudentes, resolveram o problema encostando as pontas dos narizes, enquanto mantêm os olhos abertos, vigiando a situação. Da mesma forma, o mongol apóia o nariz no rosto de seu par, conservando um cômodo ângulo de visão. Existem povos que nunca se beijam, como certas etnias africanas e os antigos japoneses. Certa vez, numa exibição de arte em Tóquio, a escultura de Rodin, O beijo, foi colocada atrás de um biombo. Diante da queixa de um visitante, o chefe de policia explicou: "O beijo é um detestável hábito europeu que nós, aqui, desejamos que não se cultive de maneira alguma".
Já os africanos, ao abster-se, estão tentando proteger sua alma, alegoricamente identificada no alento ou respiração. A boca e o aleitamento são a representação da vida e, para alguns povos, da alma também. O primeiro grito do recém-nascido é seu primeiro sintoma de vida. Assim também o homem abandona o mundo, dando o último suspiro. E Deus soprou a vida em Adão assim como nos contos de fada o príncipe devolve a vida à Bela Adormecida e a Branca de Neve, vítimas de um enfeitiçamento. Mas o beijo também pode significar a morte. Segundo as regras da Máfia, quando algum membro do grupo trai seus pares, um parente é encarregado de lhe dar um beijo ritual na boca, indicando a vítima cuja execução foi aprovada pelo chefão.
Na França de Luis XIV, o Rei Sol (1638-1715), foi instituído o uso do beija-mão, que no começo obrigava os homens a inclinar-se para beijar as mãos das damas. Na verdade, muitos altos funcionários e nobres da corte nunca aprovaram o costume: achavam humilhante fazer uma reverência diante de pessoas que lhes poderiam ser socialmente inferiores. Assim, eles inventaram uma regra que não iria romper totalmente com o protocolo aproximavam a mão das senhoras até a boca e a apertavam uma ou mais vezes, operação que não os impedia de continuar retos e com sua vaidade ilesa.
Esse gesto, em nossos dias, perdeu seu significado quase por completo, em parte como resultado da diminuição na desigualdade de tratamento entre os sexos. Continua a ser usado apenas em altas esferas sociais, como um formalismo destinado a mulheres muito importantes. Os únicos beijos que permanecem, na boca ou nas faces, são os que indicam igualdade, que se dão sem que seja preciso que uma das pessoas se abaixe. Assim se beijam os amigos, os companheiros de luta, os políticos, os esportistas, os casais e também os membros de uma mesma família.
Imortalizado nas artes como uma celebração mágica e romântica, foi com o cinema que o beijo tomou conta do mundo. Em 1896, numa pequena sala de projeções de Los Angeles, nos Estados Unidos, diante do olhar estupefato de 73 espectadores, os artistas May Irwin e John Rice beijaram-se durante quatro longos segundos. Foi um beijo explosivo, filmado em primeiro plano. Todas as associações femininas de defesa da moral e dos bons costumes dos Estados Unidos incitaram então o boicote ao filme; a imprensa também censurou o que chamou de moral de taverna. Mas Hollywood insistiu e em 1926 chegou às telas o filme Don Juan, onde o ator John Barrymore dá 191 beijos em diversas atrizes, um recorde ainda não superado no cinema.
Mas, durante muito tempo, Hollywood foi obrigada a dosar cuidadosamente as manifestações de afeto, por causa do código Hayes, um rígido conjunto de normas sobre o que mostrar e o que esconder nas cenas de paixão. Não podendo exibir tomadas de corpos ardentes, os cineastas aprenderam a usar o beijo como metáfora. As imagens seguintes ao encontro de bocas eram as ondas do mar se desmanchando na areia ou batendo contra rochedos, uma lareira crepitando ou ainda o vôo de uma ave. E todo mundo entendia que o beijo era o começo e não The End.


Limites aos filhos foi tema de palestra na escola Paulo Koelle

A imposição de limites aos filhos e o equilíbrio necessário para a disciplina das crianças foram dois dos assuntos tratados na palestra da psicopedagoga Ilara Bellan de Oliveira, que falou aos pais e professores da escola municipal Dr. Paulo Koelle na última terça-feira (28).
Com o tema "Limites: o papel da escola e da família", a palestrante explicou que os limites começam ainda na gestação e acompanham, de forma gradativa, todo o desenvolvimento das crianças
"É preciso encontrar a medida certa entre permitir ou não certos comportamentos", frisou. "E esse equilíbrio se constrói com a noção clara dos direitos e deveres tanto dos pais quanto dos filhos", acrescentou.
A psicopedagoga também abordou o transtorno opositivo-desafiador (TOD), que atinge de dois a cinco por cento das crianças brasileiras. Esse transtorno tem como características crianças impulsivas, irritadiças, vingativas e rebeldes.
A palestrante também destacou a importância da parceria entre a escola e a família no processo educacional e reafirmou a disciplina como elemento fundamental da aprendizagem.
A palestra na escola municipal Paulo Kolle foi realizada atendendo a solicitações de pais e professores.


fonte: Canal Rio Claro Notícias

Transtornos da Sexualidade - I



Elemento dos mais importantes na determinação da personalidade humana, o sexo - e particularmente o comportamento sexual - é ainda um dos temas mais delicados e controvertidos da atualidade, com grande repercussão na área jurídica. Na medicina legal apresenta particular importância a questão dos transtornos sexuais. Segundo o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais) da Associação Psiquiátrica Americana, os transtornos sexuais englobam as disfunções sexuais, os transtornos da identidade de gênero e as parafilias.

Disfunções Sexuais: Neste grupo temos as perturbações do desejo sexual ou as alterações psicofisiológicas da resposta sexual que conduzem a uma total incapacidade copulativa ou a uma redução na qualidade do impulso sexual, levando a sofrimento acentuado e a dificuldades no relacionamento interpessoal. Dentro do capítulo das disfunções sexuais podemos citar:

 transtorno de desejo sexual hipoativo, caracterizado por uma persistente diminuição do impulso sexual ou da libido que não pode ser atribuída a outra origem, como depressão, por exemplo;

 transtorno de aversão sexual, no qual o paciente tende a evitar, esquivar-se do contato sexual genital com o parceiro;

 transtorno da excitação sexual feminina, evidenciada por incapacidade persistente ou recorrente de manter uma resposta de excitação sexual de lubrificação e turgescência até a conclusão do ato sexual;

 transtorno erétil masculino, que se traduz pela incapacidade de ter ou manter a ereção pelo tempo necessário à conclusão do ato sexual;

 transtorno orgásmico feminino (antigo orgasmo feminino inibido), caracterizado pelo atraso ou inexistência de orgasmo após a normal fase de excitação sexual;

 transtorno orgásmico masculino (antigo orgasmo masculino inibido), que se manifesta pelo atraso ou inexistência de orgasmo após a normal fase de excitação sexual;

 ejaculação precoce, que se traduz pelo orgasmo ou ejaculação, persistente ou recorrente, que ocorre com um estímulo sexual mínimo, antes ou logo após a penetração ou, de qualquer modo, sem que o paciente a deseje;

 dispareunia, evidenciada por dor genital recorrente, relacionada com o intercurso sexual e não provocada, nas mulheres, por vaginismo ou lubrificação insuficiente e nos homens ou mulheres por outras causas físicas. Embora a dor seja mais comumente experimentada durante a cópula, pode ocorrer antes ou depois;

 vaginismo, indicado por contração involuntária (espasmódica) recorrente ou persistente, dos músculos do períneo próximos ao terço exterior da vagina, sempre que tentada a penetração pelo órgão masculino, dedo, tampão ou espéculo e que não pode ser atribuída a outra causa física;

 transtorno sexual decorrente de uma condição médica geral, evidenciada por uma disfunção sexual significativa e que claramente é secundária a uma entidade mórbida primária, física ou psíquica, como, por exemplo, hipertensão, diabetes, hipotireoidismo, depressão ou dependência química.



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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Lula vai inaugurar centro de referência em neurociência no Rio


Unidade da Rede Sarah ficará em Jacarepaguá, na Zona Oeste.Pacientes têm que marcar a consulta por telefone.

O presidente Lula vai inaugurar, nesta sexta-feira (1º), uma nova unidade da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O centro é referência em neurociência - que estuda as funções do cérebro. A rede já está recebendo pacientes. As consultas devem ser marcadas por telefone.
A dona de casa Therezinha Ferreira da Silva ligou há uma semana e será a primeira a ser consultada. Ela sofre do mal de Parkinson, doença que afeta o sistema nervoso central. “Eu estava numa expectativa de não ficar boa, mas quando surgiu essa oportunidade, me empenhei em vir de bem longe”, disse. Os tratamentos incluem fisioterapia, atividades físicas e artísticas. Os pacientes são estimulados o tempo inteiro. As tarefas, segundo os médicos, ajudam os movimentos e dão prazer. Em uma espécie de plataforma, que mergulha na água, por exemplo, é possível caminhar com mais leveza. De acordo com os médicos, a grande vantagem deste equipamento é poder observar a evolução do movimento na água. Uma visão que o profissional não teria se o paciente estivesse dentro da piscina.

Preocupação com pacientes
Uma das preocupações dos profissionais da Rede Sarah é preparar o paciente para o seu cotidiano. Em uma casa adaptada, montada dentro da unidade, ele percebe as dificuldades e as mudanças que precisarão ser feitas.“A gente tem tecnologia de ponta, mas sem perder o enfoque humanista. Olhando para cada pessoa, um tratamento individualizado, uma abordagem contextualizada, dentro da realidade pensando na qualidade de vida de cada pessoa”, disse a neurocientista e presidente da Rede Sarah, Lúcia Braga.


O telefone para marcar a consulta é 3543-7600. A Rede Sarah informou que até mesmo quem for encaminhado por outras unidades de saúde tem que ligar antes.


fonte:G1

Brasileiros não querem desmatamento para aumentar área de agricultura


Pesquisa revela que 94% da população quer parar destruição das florestas.
Governo é apontado como maior responsável pela devastação.


A ideia de aumentar a área de agricultura às custas de derrubada da floresta desagrada a maioria dos brasileiros. Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Datafolha, 94% dos entrevistados disse que gostaria de que os desmatamentos parassem de ocorrer, evitando assim desastres ambientais.
A pesquisa foi realizada a pedido da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, e ouviu 2.055 pessoas no mês de abril. Apenas 3% dos entrevistados afirmou que permitiria mais desmatamentos para aumentar a produção agrícola.
Imagens de satélite mostram região de Peixoto Azevedo (MT). Na parte de cima, as florestas da região em 1992. Embaixo, já em 2006, mata cede espaço à agropecuária. )
Quando questionados sobre a legislação ambiental, 91% dos entrevistados respondeu que as leis deveriam ser mais rígidas, para dificultar o desmatamento, enquanto 5% afirmou que as leis devem continuar como estão, e 4% gostaria de que elas fossem mais brandas, para anistiar os produtores que estão na ilegalidade.
No momento de apontar os responsáveis pelo desmatamento, a resposta é menos unânime. A maior parte (60%) das pessoas ouvidas disse que a maior culpa pelo desmatamento cabe às instituições de governo, que não aplicam as leis. Em segundo lugar (12%) ficou a legislação, que seria muito permissiva. A lista dos culpados é preenchida pelos consumidores (9%), que escolheriam apenas o produto mais barato; os financiamentos bancários (8%), que incentivariam atividades desmatadoras; e as redes de varejo (8%), que não se interessariam pelos produtos que comercializam.
Um recado também foi deixado para a próxima eleição: 93% dos entrevistados afirmou que votaria em candidatos que dificultassem o desmatamento, enquanto 3% disse pretender votar em pessoas que anistiem o desmatamento anterior, e 2% votaria em candidatos que permitissem mais derrubada de florestas.
Os focos mais recentes de desmatamentos e queimadas da Amazônia podem ser vistos no mapa interativo Amazônia.vc, que também permite a internautas protestar contra a destruição da floresta.
Você pode

Fonte: G1 Amazônia
(Foto: Nasa/Divulgãção)

Aprenda a vigiar a floresta usando o mapa do Globo Amazônia

Casamento de menina saudita de 8 anos teria terminado


A Arábia Saudita vive sob as regras severas do islamismo sunita
A imprensa da Arábia Saudita informou que o casamento de uma menina de oito anos com um homem de 50 foi anulado.
O jornal Saudi Gazette afirmou que a anulação do casamento foi conseguida por meio de um acordo entre as duas partes.
O caso atraiu críticas do mundo todo e levou o Ministério da Justiça saudita a afirmar que vai aplicar regulamentos para o casamento de meninas.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que algumas famílias sauditas casam suas filhas ainda na infância em troca de dinheiro.

Puberdade

O primeiro juiz a cuidar do caso na cidade de Unaiza se recusou a conceder o divórcio, pedido pela mãe da criança. Mas, ele estipulou que o noivo não poderia manter relações sexuais com a menina até que ela chegasse à puberdade.
O pai da menina teria casado a criança com um amigo para conseguir pagar uma dívida.
Um novo juiz foi então apontado para o caso e a anulação do casamento finalmente teria sido divulgada depois de o marido desistir das alegações de que o matrimônio era legal.
A Arábia Saudita aplica uma forma mais severa do islamismo sunita, que proíbe a associação livre entre os sexos e dá aos pais o direito de casar seus filhos com quem eles escolherem.
Analistas sauditas afirmaram que o casamento entre a menina de oito anos e o homem de 50 ocorreu na província de Qaseem, uma província no centro da Arábia Saudita que é conhecida por ser uma região de fundamentalistas.
No começo de 2009 a mais importante autoridade religiosa da Arábia Saudita, o grande Mufti Sheikh Abdul Aziz al-Shaikh, afirmou que não é desrespeito às leis islâmicas o casamento de meninas de 15 anos ou menos.
No dia 15 e abril, depois deste caso ter gerado muita publicidade negativa para o país, o ministro da Justiça Muhammad Issa afirmou que queria encerrar a forma "arbitrária" como os pais e responsáveis podiam arrumar casamentos para meninas.
No entanto, ele não chegou a afirmar se a prática seria proibida.

Fonte: BBCBrasil

Ana Maria Machado dá depoimento no Museu da Imagem e do Som

LINGUAGEM BRASILEIRA. Este ano, Ana Maria Machado comemora 40 anos da publicação da primeira história que escreveu para crianças. Em 1969, ela ainda não imaginava que viria a se tornar uma das principais escritoras de livros para crianças do país, com sucessos como “Bisa Bia, Bisa Bel” e prêmios internacionais como o Hans Christian Andersen. Autora também de importantes ficções para adultos (“Tropical sol da liberdade”, “Canteiros de Saturno”, “A audácia desta mulher”), Ana Maria fez sua primeira história a convite da Revista “Recreio”, na época recém-criada pela Editora Abril.
— A “Recreio” me convidou para escrever depois de procurar, em universidades, professores que tinham aulas requisitadas. Eu tinha criado um curso, na Letras, sobre critérios de seleção de textos para adolescentes, muito procurado. Naqueles anos, estávamos no auge da crítica estruturalista, e eu queria fazer algo diferente, em vez de apenas falar a meus pares acadêmicos, por isso criei o curso. E a “Recreio” procurava professores, justamente, que nunca tivessem escrito para crianças — contou Ana Maria (em foto no MIS, de Leonardo Aversa) na quarta-feira à tarde em depoimento para a posteridade, de três horas e 20 minutos, no Museu da Imagem e do Som (MIS).
A escritora foi entrevistada pelo jornalista e publicitário Armando Strozenberg, pelos jornalistas Alfredo Ribeiro (Tutty Vasquez) e Sérgio Augusto e por Elizabeth Serra, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) — quatro pessoas ligadas à sua trajetória.
A colaboração com a “Recreio” se estendeu por anos e foi uma das principais fontes de renda quando viveu no exílio com o primeiro marido, o médico Álvaro Machado, inicialmente em Paris e depois em Londres, onde trabalhou no serviço brasileiro da BBC. Muito mais tarde, Ana Maria descobriu que a tiragem da revista, em média de 50 mil exemplares, subia para 250 mil quando eram publicados textos seus ou de Ruth Rocha, outra colaboradora.

— Sempre digo que não fui eu quem decidi virar autora de livros para crianças, foram os leitores — afirmou.

Era filha do jornalista Mário de Souza Martins e cresceu num ambiente politizado.
— Fui presa pela primeira vez aos 4 anos de idade, me lembro até hoje. Eu estava em viagem com meu pai para Rio das Ostras, quando ele foi detido por sua oposição ao governo de Getúlio Vargas. Passei várias horas na delegacia, até que um tio veio me resgatar — contou Ana Maria, que voltou a ser presa aos 20 e poucos anos, na ditadura militar.
Com menos de 30 anos, já tinha um currículo de impressionar e que chamou a atenção de Roland Barthes, quando ela estava no exílio em Paris, em 1970. Barthes se tornou orientador de sua tese de doutorado sobre Guimarães Rosa, trabalho que foi publicado como livro em 1976 — “Recado do nome”. Era um período de liberalização nas universidades francesas, pós-68, mas ainda havia muitas formalidades.
— Quando meu segundo filho nasceu, o Pedro, em 1971, Barthes foi nos visitar e disse que era a primeira vez que visitava um aluno. Em 1976, Ana Maria também publicou seu primeiro livro para crianças, “Bento-que-bento-é-o-frade”. Nessa época, depois de cerca de três anos no exterior, havia se tornado chefe da Rádio Jornal do Brasil, posto que ocupou por sete anos, até 1980. E foi lá, em meados dos anos 70, conjugando toda a sua experiência, que descobriu o sentido de se lançar na aventura literária e, especialmente, o sentido de escrever para crianças:
— Venho de uma geração em que a exigência do falar correto era muito forte. Fomos educados assim, com um desprezo pela linguagem mais colorida, informal. Mas eu estava interessada na busca de uma linguagem brasileira, que não fosse engravatada, empobrecida. E a literatura infantil, naquele período, fez isso de certo modo. Minha experiência como professora e jornalista em rádio também contribuiu para isso. Eu buscava na literatura um registro perto do coloquial. A literatura infantil me propiciou um terreno muito bom para isso. Era uma experiência de linguagem.
Atualmente, dedica boa parte do seu tempo às tertúlias e trabalhos na Academia Brasileira de Letras — à qual foi instigada a se candidatar por Evandro Lins e Silva, a quem sucedeu, em 2003. Também viaja muito pelo país para encontrar professores do ensino público, onde sofrem com baixos salários e formação insuficiente.
— É uma tristeza ver a situação do ensino. Acho muito positivo que o Brasil esteja discutindo problemas da educação. O Enem, por exemplo, é muito mais inteligente e lógico que o vestibular. O Brasil precisa acordar para o problema da educação. E mesmo sem ter gosto pela política, como disse, nunca conseguiu largar a militância:

— Hoje em dia faço militância junto aos professores. Não consigo ficar quieta. Tenho, sim, muito gosto pela liberdade e sanha pela justiça que não é mole — declarou, com sua simplicidade audaciosa.

Enviado por Rachel Bertol


Falcões peregrinos são treinados para evitar acidentes em aeroporto de Porto Alegre

PORTO ALEGRE - Falcões peregrinos estão sendo treinados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para afastar outras aves que podem causar acidentes ao colidirem ou serem sugadas por turbinas de aviões. Os animais são treinados desde o início do ano para a tarefa. Ações semelhantes vem sendo desenvolvidas em aeroportos de Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
O falcão peregrino (cujo nome científico é Falco peregrinus) é considerado o animal mais rápido do planeta. Ele pode atingir velocidade de mergulho de até 400 quilômetros por hora. Característico de regiões montanhosas, o Falcão Peregrino pode ser encontrado em todos os continentes, exceto na Antártida. Na América Latina, aparece como migrante do hemisfério Norte (região do Alaska e Canadá), entre outubro e abril.Durante sua viagem migratória, a ave chega a percorrer 22 mil quilômetros, deslocando de um hemisfério para outro, na proximidade da mudança de estação.
O peregrino mede entre 38 e 53 centímetros de comprimento, com uma envergadura de asas de 89 a 119 centímetros e peso de 600 gramas a 1,5 quilo, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos. Ave de rapina diurna, predadora poderosa e versátil, captura desde espécies pequenas de pássaros a gansos e gaviões.


fonte: O Globo On Line

Polícia divulga retrato falado de suspeitos de arrastar criança em Maceió

MACEIÓ - O delegado de Roubos e Furtos de Veículos, Alcides Andrade, divulgou, na tarde desta quarta-feira (29), os retratos falados de dois acusados de envolvimento no assalto que terminou com um bebê de três meses sendo arrastado pela parte externa do carro no bairro da Ponta Verde.
Segundo o delegado, o retrato falado dos criminosos foi confeccionado pelo serviço de inteligência da PC, com base nas informações fornecidas pelos parentes da criança e pelo motoqueiro Franklin Menezes, que ajudou no socorro do bebê.
- Quem tiver qualquer informação pode passar por meio do disque-denúncia através do telefone 0800 284 9390 ou pelo site da Polícia Civil (www.pc.al.gov.br) - explicou.
Alcides Andrade também já solicitou as imagens de alguns prédios da avenida Sandoval Arroxelas, na Ponta Verde, por onde os criminosos passaram com o bebê pendurado pelo lado de fora, preso numa cadeirinha. "
- Também já temos o nome de três suspeitos, mas estes não serão divulgados para não atrapalhar as investigações - ressaltou o delegado, acrescentando que deve indiciar os acusados pelos crimes de roubo e tentativa de homicídio.

































fonte: O Globo On Line

Aos 2 anos e quase Einstein!

Elise Tan Roberts dá "bom dia" para as plantas e adora brincar com suas bonecas, como muitas outras crianças da sua idade. Mas a "normalidade" para por aí. A menina inglesa de 2 anos tem um QI de 156, apenas quatro pontos abaixo do gênio Albert Einstein!!!
Nascida em Londres, a menina junta as pontas dos dedos indicadores e dos dedões e a mãe, Louise, pergunta o que é:
"Um triângulo equilátero", responde Elise.

A mãe reconhece que não tem nada a ver com a genialidade da pequena notável:
"Não tem nada a ver comigo. Ela simplesmente diz coisas e você não tem ideia de onde aquilo veio. Eu não paro para ficar ensinando um monte de coisas. Ela apenas adora aprender. Ela nunca para".

Joan Freeman, especialista em Psicologia da Educação ouvido pelo "Mirror" e que realizou o teste de QI com Elise, disse que a memória da menina é um grande dom.
"Ela é muito mais que brilhante", declarou.

O que Elise consegue fazer:

Soletra em alto e bom som o próprio nome

Lê algumas palavras, como 'mamãe' e 'papai'

Reconhece letras feitas a mão

Dá os nomes dos três tipos de triângulo

Cita 35 capitais do mundo

Desenha círculos

Recita o alfabeto fonético

Tem o alfabeto normal na ponta da língua

Conta até 10 em espanhol

Conta até 20 em inglês

Faz operações matemáticas elementares

Conhece todas as cores, e sabe distinguir rosa de violeta, preto de marrom

Conhece várias formas geométricas, incluindo hexágono, estrela, círculo, quadrado e retângulo

Dá os nomes de vários animais e conhece os sons que eles emitem

Uma vez, olhando um livro com amiguinhos, ela repreendeu um deles: "Isso não é um rinoceronte, é um triceratope".


Confirmada oitava morte por meningite em Salvador

SALVADOR - Foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta quarta-feira, a oitava morte provocada pela meningite na capital baiana neste ano. Uma análise realizada pelo laboratório do Hospital Couto Maia confirmou que Rebeca Airam Santos, 9 anos, que morreu no dia 18 de abril, no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), estava com a doença.
Havia a suspeita de que a menina pudesse estar com dengue, mas exames realizados no Laboratório Central Gonçalo Muniz (Lacen) deram negativo.
Somente em 2009, na Bahia, já foram confirmadas 22 mortes por causa da meningite. Foram registrados 219 casos da doença, de acordo com boletim divulgado pela Sesab, que contém dados até o final do mês de março. Ano passado, no estado, foram confirmados 1.279 casos de meningites com 123 mortes.


fonte: O Globo On Line

Você é vítima de dor lombar?

De acordo com as estatísticas, cerca de 80% da população sofre ou sofrerá com dores lombares em algum momento da vida. E a dor lombar é um dos motivos mais frequentes para o afastamento e faltas no trabalho.
A região, localizada na parte baixa das costas, próxima ao quadril, recebe bastante carga, principalmente quando estamos sentados. Alguns fatores podem ocasionar maior sobrecarga nesta área, como o uso de salto alto, a gravidez, má postura, encurtamento dos músculos da região lombar e posteriores da coxa e fraqueza dos músculos abdominais. Tanto o uso do salto alto como a gravidez deslocam o centro de gravidade para a frente, causando um aumento excessivo da curvatura da região lombar, a tão conhecida hiperlordose lombar.
O problema da dor lombar é que, além de ser bastante desconfortável, acaba se tornando crônica e incapacitante. Ela pode evoluir para um quadro mais grave, como a hérnia de disco. Portanto, se você sente dor lombar, procure um médico.
Como estivemos falando sobre aquela barriguinha e seus efeitos nocivos, podendo gerar a Síndrome Metabólica, eis aqui mais uma razão para não descuidar do fortalecimento da região abdominal. A fraqueza da parede abdominal e o encurtamento dos músculos posteriores da coxa e flexores do quadril estão diretamente associados ao quadro de dor lombar. A boa notícia é que, segundo estudos realizados por pesquisadores brasileiros, após um período de fortalecimento e alongamento destas regiões, o corpo responde bem e o quadro de dor apresenta melhora.
Outra boa notícia é que o fortalecimento abdominal faz com que as vísceras fiquem comprimidas, mantendo uma silhueta mais elegante. Diminuir a dor e ainda melhorar a estética parece um grande benefício, considerando que será necessário investir alguns minutos diários em exercícios de alongamento e fortalecimento.

Por Renato Dutra

fonte: VEJA

Professor de universidade do Rio Grande do Sul é condenado a pagar multa por racismo

PORTO ALEGRE - A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou na terça-feira um professor da faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pagar multa civil por ato de racismo. O professor foi denunciado em ação civil pública pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter feito em aula comentários racistas.
Conforme a denúncia do MPF, o acusado teria dito durante o primeiro dia de aula da disciplina "Leguminosas de Grãos Alimentícios", em março de 2000, as frases: "os negrinhos da favela só tinham os dentes brancos porque a água que bebiam possuía fluor" e "soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar".
À época, foi aberta uma comissão de sindicância na faculdade, que concluiu que não havia uma conotação racista nas afirmativas do professor e que este tinha "o intuito de criar um ambiente mais descontraído no primeiro dia de aula", e ainda, que teria feito uso de expressões informais usuais no meio rural relacionadas à raça negra.
O MPF então ajuizou a ação, julgada pela 6ª Vara Federal de Porto Alegre, que foi considerada improcedente. A Procuradoria recorreu ao tribunal alegando que houve ação discriminatória e racista e que esta teria provocado constrangimento e indignação em todos os presentes e principalmente no único aluno negro presente.
O acusado defendeu-se alegando ter dito as frases sem intenção pejorativa e que valera-se de ditado corrente na zona rural, costumeiro em agricultores de origem italiana, que teria um conteúdo positivo, relativo ao vigor da raça negra. Entretanto, conforme alunos que testemunharam o fato, ele teria se retratado ao final da aula e em aulas posteriores tentado intimidar o aluno ofendido.
O relator do processo, juiz federal Roger Raupp Rios, convocado para atuar na corte, entendeu que "é inequívoca a violação dos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade". Segundo o magistrado, um professor com o grau de intelectualidade do réu não teria como ignorar o conteúdo racista nas expressões utilizadas.
O professor foi condenado a pagar multa civil no valor de uma remuneração mensal do seu cargo universitário, que será destinada ao fundo da ação civil pública, incluídas todas as vantagens e adicionais que recebia quando ocorreu o fato. Ele poderá recorrer da decisão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Justiça do RS preferiu não revelar o nome do professor.


fonte: O Globo On Line

"É falso pensar que pedófilos não podem ser tratados"


Pesquisador do tema há mais de 40 anos, o psiquiatra norte-americano Gene G. Abel acredita que a organização de redes para a prática de pedofilia, como a que é investigada em Catanduva (SP), é algo raro e que o aliciador de crianças para fins sexuais tende a agir sozinho.
Autor de dois livros e de mais de cem artigos científicos sobre o assunto, Abel diz que, embora não seja o único fator, cerca de 1/3 dos pedófilos já foram vítimas de abuso e que a pedofilia tende a continuar existindo.
Leia a entrevista concedida por telefone de Atlanta, nos EUA, para ANDREA MURTA, da Folha de São Paulo

FOLHA- O quão comum é o abuso sexual infantil entre pessoas de uma mesma comunidade?
GENE G. ABEL - Não é surpreendente. Abuso sexual infantil acontece quando a criança está próxima aos molestadores. A maioria pensa que o abuso ocorre quase sempre dentro da família, mas não é o caso; um bom número de pessoas sofre abuso por parte de amigos mais velhos ou adultos. Apenas 10% são praticados por estranhos.

FOLHA- Pedófilos em geral atuam em redes ou sozinhos?
ABEL - Alguns fazem parte de grupos que trocam fotografias pornográficas, por exemplo. Mas organizar uma rede para abusar de crianças é algo raro. É mais comum um parceiro do molestador, como sua mulher, ajudar a atrair crianças para satisfazer o outro, sem se interessar pessoalmente por isso.

FOLHA- Em Catanduva (SP), as crianças envolvidas têm de 6 a 12 anos. Há uma idade mais comum?
ABEL - Nos EUA, a incidência de abuso contra crianças de 14 a 17 anos é tão alta quanto a de abusos de crianças menores. Ao mesmo tempo, a idade do molestador médio é 14 anos. A pedofilia começa muito cedo.

FOLHA- O que leva uma pessoa a desenvolver interesse por crianças?
ABEL - Pedófilos têm interesse sexual por adultos também. Cerca de 1/3 dos pedófilos foram vítimas de abuso, mas há outros fatores. Quanto mais jovem é a vítima, mas fácil é que ela pratique o abuso no futuro.
Quanto mais o molestador for alguém que a vítima admira, maior a probabilidade de ela desenvolver interesse por crianças. Também parece contar o quanto o abuso envolveu "sedução". Já sofrer abuso por parte de um estranho não está associado ao desenvolvimento de tendências para a pedofilia.
Outro terço dos casos é devido à fixação em experiências sexuais ocorridas na infância. Se um indivíduo tem uma experiência precoce, pode desenvolver interesse sexual pelo uso constante de fantasias que envolvem crianças. Quanto mais usam essas fantasias quando estão excitados sexualmente, mais forte o interesse se torna.

FOLHA- Há um padrão de atuação?
ABEL - A maioria quer acariciar crianças ou se envolver em penetração genital, mas raramente há desejo de machucar a vítima. O curioso sobre molestadores é que são muito bem adaptados para se relacionar com crianças. Sabem do que elas gostam e usam isso.

FOLHA- Dá para curar um pedófilo?
ABEL - O interesse particular não pode ser curado, mas é falso pensar que eles não podem ser tratados. Já tratei de cerca de 350 molestadores condenados e a taxa de reincidência é de 4%. Ensinamos a não se colocarem em situações de risco, a bloquear e reduzir o interesse em crianças.

FOLHA- É realista almejar pôr fim ao abuso sexual infantil?
ABEL - O abuso de crianças sempre vai continuar. Indivíduos sempre vão gravitar em torno de quem é mais vulnerável a experiências sexuais.

FOLHA- Nos 40 anos em que o sr. estuda o tema, houve grandes mudanças de tendências ou padrões?
ABEL - Abuso sexual infantil existe há muito tempo. A atenção começou a crescer nos anos 1970, com movimentos antiestupro, liderados por mulheres. Quando foram organizados centros especiais, mais pessoas vieram a público contar que sofreram abuso na infância. Agora há forte ênfase no abuso sexual infantil, que é muito mais comum do que o estupro de mulheres adultas. E a internet se tornou um problema real.

Violência na sala de aula adoece professor


A violência em sala de aula é maior nas escolas particulares do que na rede pública de ensino de Minas Gerais. Pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), feita em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), mostra que mais de 40% dos educadores de instituições privadas já foram agredidos ou ameaçados por alunos, pelo menos uma vez. As ocorrências envolvendo estudantes com condições de pagar por caras mensalidades superam os casos de agressão nas escolas públicas, onde 37,6% dos professores foram vítima de algum tipo de violência (verbal ou física) no último ano, segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC). Apesar das estatísticas, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas (Sinep-MG) nega essa realidade no estado.
A pesquisa, entitulada O trabalho e o agravo à saúde dos professores da rede privada de ensino de Minas Gerais, entrevistou 2.484 educadores, o que representa cerca de 10% do total de profissionais da área no estado. Os questionários, elaborados pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro/MTE), foram aplicados entre março de 2007 e novembro do ano passado, em 14 regiões mineiras. Os dados, coletados em perguntas abertas e fechadas respondidas por educadores desde a educação básica até o ensino superior, traçam um perfil socioeconômico do profissional de educação do estado e detalha as condições de trabalho e a saúde física e mental desse público.
Uma das principais conclusões do estudo é o endurecimento no contato entre aluno e professor. Segundo a pesquisa, além do alto índice de violência na sala de aula, a relação direta dos estudantes com os educadores é a principal causa de desgaste entre os docentes, com 40,25% das respostas. Há também problemas no relacionamento dos profissionais com os pais e responsáveis pelos jovens, sendo que esse quesito é apontado por 13,4% dos professores como uma fonte de desgaste. Na avaliação do Sinpro, o grande vilão do embate é a mercantilização do ensino.
“A escola privada hoje se comporta como uma empresa e o aluno é visto como um cliente. Diante disso, é cada vez menor o respeito do estudante pelo educador e isso se traduz em ofensas, ameaças e atitudes violentas. Outro agravante é que o professor não encontra respaldo da direção para recriminar ou chamar a atenção dos jovens. Com medo de perder o lucro das mensalidades, a escola dá razão ao estudante. Essa falta de segurança leva ao adoecimento do profissional”, alerta a coordenadora da pesquisa pelo Sinpro, Maria das Graças Oliveira.
O levantamento aponta os três principais problemas de saúde decorrentes das más condições de trabalho. A hipertensão, vinculada ao estresse; desgaste das cordas vocais, dores de garganta e rouquidão; e cansaço físico e mental. De acordo com o pesquisador da Fundacentro, Celso Amorim Salim, o trabalho é um valioso banco de dados que permite analisar o conjunto de variáveis que interfere na saúde e segurança do profissional de educação. “A pesquisa reflete um momento da sociedade em que a pressão sobre o trabalhador é muito grande. Mas é especialmente preocupante os desgastes na relação dos professores com os alunos e com os pais”, diz Salim, que também é sociólogo e especialista em demografia.

Trauma

Vítima de uma ameaça no fim do ano passado, a professora Aline (nome fictício) conta que sofre hoje com a falta de motivação para o trabalho. Durante a aplicação de provas de recuperação para um aluno da 8ª série do ensino fundamental, em dezembro, ela foi intimidada pelo estudante. “O menino reclamou da dificuldade do teste e perguntou, aos gritos, se eu sabia que era ele quem pagava o meu salário. Levei o caso para a coordenação do colégio e os pais foram chamados. Eles deram razão ao aluno e ainda culparam a escola pelo mau desempenho do filho. Esse tipo de problema aumenta a indisciplina dos jovens e dificulta o desenvolvimento do nosso trabalho”, lamenta ela, que acumula 18 anos de experiência em sala de aula.
O Sindicato das Escolas Particulares de Minas contesta os dados divulgados terça-feira e defende que “a violência é maior em instituições públicas, principalmente nas de periferia”. “Às vezes, há um bate-boca, uma resposta atravessada ou indelicada do aluno e o professor considera isso uma agressão. Não posso dizer que a pesquisa não seja verdadeira, mas as estatísticas me surpreendem muito, pois, em 50 anos de magistério, não foi essa a realidade que eu vivenciei. Pode haver um caso aqui ou ali de desentendimento, mas o professor é tratado com o maior respeito possível. Quanto aos problemas de saúde, não acredito que isso seja exclusividade apenas de uma categoria. Há alguma profissão sem desgaste ou estresse?”, questiona o presidente do Sinep-MG, Ulysses Panisset.

Por Glória Tupinambás
Portal Uai, Minas Gerais

Sudeste é a região com menos juizados especializados em infância e juventude

O Sudeste é a região do país que tem, por habitante, menor quantidade de juízes especializados na área de infância e juventude. A informação é de levantamento divulgado na quarta-feira (29) pela Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP).
A média nacional é de 438 mil habitantes por juiz especializado no setor. No Sudeste, esse número é de aproximadamente 500 mil. O Estado do Espírito Santo é a única exceção na região, pois tem média de 200 mil habitantes por magistrado especializado, a mesma do Estado de Tocantins, o melhor do ranking.
O levantamento ainda mostra que existem apenas 92 comarcas exclusivas de infância e juventude espalhadas pelo país. A grande maioria das comarcas que cuidam do assunto acumula outras atribuições. No Estado de São Paulo, por exemplo, a maior parte dos juízes da área acumula competência na área de execuções penais.
"Cumular com júri e execuções é o pior cenário. Há visitas a presídios, o que demanda muito tempo. Infância e juventude, que já era anexo, fica anexo do anexo do anexo", avalia o presidente da ABMP, Eduardo Rezende Melo.
Em 11 Estados, juízes de infância e juventude são obrigados a trabalhar com setores da área civil que têm poucas relações com o tema. "É feito por quem trata contratos, questões que não têm nada a ver com infância e juventude", diz Melo
Em sete Estados, a área infância e juventude é tratada pelos mesmos magistrados da área criminal. Em quatro Estados, é acumulado com a área da família e sucessões, o setor mais próximo do tema da infância, segundo a ABMP.
"Na área de família nós temos mais afinidades, tem possibilidade de complementariedade. Tem muita disputa de guarda, que os pais ficam querendo um a criança do outro. Um grande fator positivo é o compartilhamento das equipes técnicas. São duas áreas que trabalham interligadas", afirma Eduardo Melo.

Crimes de violência contra a mulher aumentam no Estado do Rio

RIO - O número de casos de lesões corporais em mulheres causadas por violência doméstica aumentou 37% em 2008, comparado com 2007, segundo os dados da quarta edição do Dossiê Mulher - referentes a 2008 e divulgados ontem no site do Instituto de Segurança Pública (ISP). Em 2007, o número de registros em delegacias do estado chegou a 19.620 contra 26.876 casos no ano passado. Os de 2008 representam uma média de 73 agressões por dia ou 895 por mês. Um dos casos foi o que envolveu a atriz Luana Piovanni e seu então namorado Dado Dolabella, acusado de tê-la agredido no dia 23 de outubro.
A Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) 15, que compreende o município de Duque de Caxias, na Baixada, foi a que apresentou o maior número de vítimas de lesão corporal por violência doméstica (quando os acusados eram parentes ou mantinham algum laço afetivo com a vítima). Em comparação com os números de 2006, o percentual de aumento do mesmo tipo de violência chega 208%. Foram 8.725 casos naquele ano. O crime de lesão corporal só cresceu desde 2005, quando foi publicada a primeira edição do dossiê mostrando 5.559 casos. A faixa etária das mulheres mais agredidas vai de 18 a 34 anos com 59,5%. E 54,5% delas eram solteiras. Além disso, 80,3% dos agressores foram identificados como sendo ex-companheiros ou companheiros das vítimas.
Outro dado que chama a atenção no trabalho do ISP se refere aos registros de estupro. O número deste tipo de crime subiu 6,9% em 2008 em relação ao ano anterior. Foram registradas 1.471 vítimas no ano passado, contra 1.371 em 2007. O ano de 2008 teve o maior número de vítimas de estupro dos últimos nove anos: de toda a série histórica (desde 1991), somente os anos de 1998 (1.493) e 1999 (1.571) apresentaram maior número de casos do que o ano passado.


fonte: O Globo On Line

Deformações no Ensino



Editorial Zero Hora (Porto Alegre)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo indicando poucas surpresas, confirma algumas questões inquietantes relacionadas à educação pública e privada no país. O teste evidencia que nem as escolas particulares, que cobram preços às vezes excessivos, nem as públicas, mantidas com os impostos dos contribuintes, garantem ensino de qualidade. Ainda assim, a pior situação é a das públicas: das mil escolas com piores notas no último exame, 965 são mantidas por recursos dos contribuintes. O setor privado, ainda que pudesse ter ido melhor, domina a lista do Enem, com 905 entre os mil estabelecimentos com notas mais altas. O exame de avaliação de quase 20 mil escolas, que o Ministério da Educação (MEC) quer transformar num substituto do vestibular, confirma, assim, que o sistema de ingresso pode mudar de forma e de nome, mas as desigualdades ainda se mantêm e a simples mudança nos critérios de seleção para o Ensino Superior não resolve o problema da baixa qualidade do Ensino Médio em geral.
Mesmo com as compreensíveis limitações que o Enem tem, trata-se de uma avaliação cada vez mais valorizada e indispensável. O fato de ser voluntário tira do exame muito de seu caráter científico e de sua confiabilidade. As escolas, interessadas na exposição benéfica que uma boa colocação proporciona, podem selecionar os melhores alunos e dar a eles a condição de representar a escola no Enem, o que evidentemente contamina a amostra e adultera o ranking. As eventuais deformações do Enem não lhe tiram, no entanto, a validade como um retrato impiedoso da qualidade de nosso ensino, em especial do público. E é esse retrato que precisa ser mudado. Na relação dos melhores desempenhos das escolas convencionais do país, excluídas as chamadas profissionalizantes, as ligadas às universidades, as militares e as que fazem seleção para ingresso, a primeira escola da rede pública aparece na posição 1.935. É a Escola Estadual Frederico Benvegnu, de São Domingos do Sul (RS), cujos dirigentes atribuem a boa colocação ao engajamento das famílias dos alunos no processo educacional.
A pesquisa impõe reflexões para os planejadores da educação no país. A primeira é sobre a urgência de enfrentar a questão da qualidade do ensino, seja nas escolas privadas, seja nas públicas, promovendo condições materiais adequadas e estruturando um corpo docente competente e motivado. Uma segunda indica que os investimentos públicos nessa área estratégica não têm o retorno que a sociedade tem o direito de esperar. E há ainda uma terceira: assim como o atual vestibular, também o Enem aponta chances maiores para quem pode custear ensino privado ou tem acesso a instituições federais ou às escolas militares, que, mesmo públicas, disputam espaço entre as melhores. Aproximar esses dois universos, corrigindo distorções com base nas revelações do Enem, é um dos desafios que o país tem pela frente.
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