sábado, 16 de maio de 2009

Presídio de contêineres motiva pedido de intervenção federal no Espírito Santo

Vitória - O uso de contêineres como celas foi um dos fatores que motivaram o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) a solicitar ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que apresente um pedido de intervenção federal no Espírito Santo. O presídio de contêineres se localiza no bairro Novo Horizonte, no município de Serra, região metropolitana de Vitória. A unidade tem capacidade para abrigar 144 presos, mas, na última sexta-feira (15), de acordo com o diretor da unidade, Robson de Assis, havia 306 internos.
A situação encontrada pela Agência Brasil não difere muito da relatada pelo presidente do CNPCP, Sérgio Salomão Shecaira, no documento encaminhado ao procurador. Shecaira visitou os presídios capixabas nos dias 15 e 16 de abril e o que viu está expresso no documento encaminhado ao procurador na semana passada.
No relatório de 12 páginas, assinado por Shecaira, há detalhes sobre a precária condição em que se encontram os presos da unidade, que no dia da visita tinha quase 400 pessoas.
“Cada contêiner tinha cerca de 40 presos. O local é absolutamente insalubre. A temperatura no verão passa de 45 graus, segundo vários depoimentos. Não há qualquer atividade laboral. Não há médico. Não há advogado. Não há defensoria. Não há privacidade alguma. As visitas semanais são feitas através de uma grade farpada. São fatos comuns as crianças se cortarem ao tentar pegar na mão dos detentos por entre as grades. Não há visita íntima”, destaca o relatório encaminhado ao procurador.
Shecaira também relatou o “rio de esgoto” que corre entre as fileiras de dez contêineres empilhados e cobertos com uma estrutura metálica. Na sexta-feira (15), quando a Agência Brasil esteve no presídio, observou que o esgoto corria na pequena área destinada ao banho de sol dos internos. “Na água preta e fétida encontravam-se insetos, larvas, roedores, garrafas de refrigerantes, restos de marmitas, restos de comida, sujeiras de todos os tipos. A profundidade daquele rio de fezes e dejetos chegava a 40 centímetros, aproximadamente”, diz o documento.
“Poucas vezes na história, seres humanos foram submetidos a tanto desrespeito. Vencendo a repugnância do odor, aproximamo-nos dos presos. Novas denúncias de comida podre e de violências. Encontramos um preso com um tiro no olho e outro com marcas de bala na barriga. Marcas de balas na parte externa dos contêineres são comuns. A promiscuidade impera”, destaca o relatório.
Shecaira também apontou, no documento enviado ao Ministério Público Federal, a decisão tomada pela administração penitenciária do Espírito Santo de reativar uma cela semelhante, também feita com contêineres, só que sem janelas, apelidada de “cela micro-ondas”. Essa cela possui apenas uma abertura, pela qual os agentes podem passar as marmitas com comida, e a ventilação é levada por um único cano. “Tal contêiner, sem janelas, foi desativado por decisão judicial. A reativação da “cela micro-ondas”, com 23 presos, foi feita em descumprimento às ordens judiciais”, destaca Shecaira no relatório.

Luciana Lima /Enviada especial


Agencia Brasil

IML recebe sangue de deputado que causou acidente com duas mortes em Curitiba

CURITIBA e SÃO PAULO - O Instituto Médico Legal (IML) do Paraná já está de posse da amostra de sangue do deputado Fernando Ribas Carli Filho (PSB) colhida no momento em que ele deu entrada no pronto-socorro do Hospital Evangélico, pouco depois do acidente que causou a morte de duas pessoas em Curitiba. O material passará por exames de dosagem alcoólica para determinar se o parlamentar estava bêbado no momento da colisão, conforme afirmam testemunhas e o boletim médico do Corpo de Bombeiros.
Segundo o último boletim médico divulgado nesta sexta-feira pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Carli Filho foi operado durante 14 horas na última quinta-feira, para corrigir fraturas no crânio e na face. Ele voltou a ser internado na UTI para observação, até que seu quadro clínico seja considerado totalmente estável.
Nesta sexta-feira, a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná informou que pode instalar na segunda-feira o processo de cassação do mandato do deputado por quebra de decoro parlamentar. Segundo Pedro Ivo Ilkiv (PT), presidente da Comissão, o início dos trabalhos depende apenas de um parecer jurídico da Corregedoria da Casa. Carli Filho é acusado de dirigir embriagado, dirigir em alta velocidade e causar acidente com a morte de dois jovens em Curitiba. Garçons disseram que o deputado deixou o restaurante onde jantou antes da colisão embriagado e que a mesa na qual estava consumiu quatro garrafas de vinho.
- Caracterizada a quebra de decoro, vamos atuar sem corporativismo, em cima da legalidade e em busca de justiça. A imagem dos políticos está como um todo abalada. Essa é mais uma a passar uma imagem ruim dos políticos e temos de agir com seriedade - afirmou Ilkiv.
Quatro partidos estão representados na Comissão de Ética da Assembléia Legislativa paranaense: PT, PSDB, DEM e PMDB, este último com dois representantes. Segundo Ilkiv, o pedido de cassação protocolado pelos advogados da família Yared, de um dos jovens mortos no acidente, foi encaminhado à Corregedoria, que na segunda-feira deve apresentar sua avaliação à Comissão de Ética e à Mesa Executiva. O PSB, partido do deputado, também já admite discutir sua expulsão.
- Não pode haver pre-julgamento. Vamos discutir, com base na análise jurídica, se o caso se encaixa ou não como quebra de decoro. Não há corporativismo nesta discussão - afirmou o deputado.
Os parlamentares paranaenses estão pressionados pela opinião pública. Eles estão recebendo centenas de e-mails e pedidos para que se posicionem a favor da cassação de Carli Filho.
Segundo informações do Portal RPC e da Gazeta do Povo, o advogado Elias Mattar Assad, que representa Gilmar e Cristhiane Yared, pais de Gilmar Rafael Souza Yared, protocolou ainda um pedido de revogação da licença de 60 dias que foi concedida ao deputado Carli Filho. Ele afirma que a licença só poderia ser dada se fosse votada em plenário e obtivesse a aprovação da maioria dos deputados. O advogado também pediu exames médicos que comprovem o estado de saúde do deputado e a necessidade da licença. "Como se está pondo em dúvida os boletins médicos divulgados até agora, estou requerendo a comprovação da saúde dele e cobrando respostas sobre o atropelo do regimento na licença que foi concedida."
Também começa a ser aventada a possibilidade de Carli Filho renunciar ao cargo, para evitar um processo de cassação e o desgaste político da Assembleia paranaense.


O Globo On Line

Homem é preso no DF acusado de abusar sexualmente de três sobrinhas, duas delas com menos de 12 anos

SÃO PAULO - Um homem acusado de abusar sexualmente de três menores - de 7, 11 e 14 anos - foi preso em São Sebastião, no Distrito Federal. Os abusos supostamente cometidos por Djalma Luiz Pereira, de 44 anos, começaram há três meses, segundo a polícia.
No celular de Pereira, a polícia encontrou fotos da menina mais nova nua e em situação pornográfica.
Em 1996, Djalma foi condenado a 29 anos por duplo homicídio. Cumpriu parte da pena e estava em regime domiciliar. Agora, vai responde por atentado violento ao pudor e pedofilia.


O Globo On Line

Carcereiros são demitidos após darem choques em crianças

Três carcereiros americanos foram demitidos e dois outros pediram demissão depois que 40 crianças receberam choques elétricos na Flórida.
Os incidentes ocorreram em duas prisões no mês passado, durante um dia em que os pais levam os filhos para seus locais de trabalho.
Em um dos casos, um grupo de crianças foi orientado a dar as mãos em uma roda e uma delas recebeu um choque com uma arma de choques. A corrente elétrica passou então por todas as crianças.
Ninguém ficou seriamente ferido, mas uma autoridade da área prisional disse que o incidente era "imperdoável".
No segundo caso, as crianças receberam choques individualmente.
Todas as crianças envolvidas, com idades entre cinco e 17 anos, eram filhas de funcionários do Departamento Prisional da Flórida.
A arma de choques é um equipamento usado para paralisar alguém temporariamente sem a necessidade do uso de armas de fogo.


Folha Online

Tremor de 5,9 graus atinge sul do Alasca

Washington, 16 mai (EFE).- Uma série de tremores, o mais intenso com 5,9 graus de magnitude na escala aberta de Richter, atingiu hoje o sul do Alasca, nas proximidades da ilha Kodiak, informou o Instituto Geológico dos Estados Unidos no Colorado.
O abalo mais forte ocorreu por volta de 15h22 (de Brasília), centenas de quilômetros a sudeste de Kodiak, um centro turístico no golfo do Alasca no qual moram 14 mil pessoas.
O epicentro foi localizado a 12 quilômetros de profundidade e cerca de 560 quilômetros da principal cidade do estado, Anchorage.
Antes e depois do terremoto houve uma série de tremores, de magnitudes de 5,0 ou superior.
Até o momento, não foram reportados danos devido ao movimento sísmico.


Diego Hipólito conquista seu segundo ouro neste sábado na Copa do Mundo

Brasileiro fica no lugar mais alto do pódio no salto. Mais cedo, ele já havia vencido no solo

Com dois saltos difíceis e bem executados, o brasileiro Diego Hipólito conquistou a medalha de ouro no salto, na etapa de Glasgow da Copa do Mundo de Ginástica. Foi o segundo ouro deste sábado para Diego, que, mais cedo, havia vencido no solo. Com um segundo salto muito bom e uma chegada praticamente perfeita, o ginasta levou 16.012 de nota e comemorou bastante.


Portal G1

Pais antenados contam como educam filhos da geração digital

Adultos entusiastas do ciberespaço apostam na conversa para instruir. 'Alguém precisa mostras às crianças quais os caminhos seguros', diz mãe.

No último Natal, Enzo e Giorgio Nunes da Silva ganharam de presente dois notebooks -- um para cada irmão --, que usam em sua casa equipada com conexão sem fio à internet, em São Paulo. O que torna a história curiosa não é necessariamente o presente, mas sim a idade deles: Enzo acaba de completar nove anos, e Giorgio tem seis.
O mais velho aprendeu a usar comunicadores instantâneos simultaneamente à alfabetização -- hoje, ele também é adepto serviço de microblog Twitter. Giorgio é mais interessado em imagens: usa o Flickr, cria apresentações de fotos e gosta de fazer desenhos no Paint Brush. Tudo sempre acompanhados dos pais Samantha Shiraishi, 36, e Guilherme Nunes da Silva, 37, também entusiastas do ciberespaço.
“É preciso fazer um trabalho de orientação. Vejo a internet como um mundo virtual no qual muitas crianças entram abandonadas, sem alguém que lhes dê a mão para mostrar quais os caminhos seguros”, compara Samantha. Jornalista, blogueira e consultora de projetos de mídias sociais, ela é coordenadora do site Mãe com Filhos, que “desmitifica a web 2.0 para as mães 1.0”, com ela mesma define.
Em sua casa, o uso da web é controlado. Apesar do fácil acesso aos notebooks, os filhos têm hora para navegar e não devem entrar em sites com conteúdo inadequado: YouTube somente com a supervisão dos pais, e no Orkut seus perfis ilustrados por personagens de desenho animado só podem adicionar parentes. O Twitter de Enzo funciona como uma ferramenta pessoal de texto (está bloqueado e o garoto não segue outros usuários), e a mãe coloca no blog de Giorgio os vídeos do YouTube que ele está liberado para assistir.
Conversas entre pais e filhos sobre as vantagens e os perigos da internet, além da criação de regras de uso para o computador (sites permitidos, proibidos, horário de acesso) já fazem parte do “pacote” de educação de pais antenados, que querem ensinar as crianças como navegar de forma segura.

Na conversa
A advogada Flavia Penido, 40, também adota o controle baseado na conversa para orientar o filho Leoncio, 12. “Não adianta simplesmente proibir. Se ele não conseguir acessar algum site do meu computador, poderá entrar nessa página quando estiver na casa do amigo. Por isso, os pais devem explicar por que aquele conteúdo é inadequado, em vez de simplesmente impedir o acesso.”
Flavia, também blogueira, defende que a criança conquista sua liberdade com o tempo, suas atitudes e maturidade. “Criança não deve ter privacidade: tenho a senha do messenger do meu filho, caso eu queira entrar para ler suas conversas”, conta, revelando detalhes de um acordo feito entre as duas partes.
"Há muito tempo, no entanto, não monitoro seu messenger. Acredito que os pais conseguem perceber, observando a postura do filho, se existe algo errado acontecendo”, afirma a mãe, que frequentemente encontra o comunicador de Leoncio aberto. “Se ele tivesse algo a esconder, certamente fecharia tudo.”
Na casa da advogada, o computador fica em um ambiente comum e os diversos temas relacionados ao ciberespaço são tratados de forma aberta, como aconselham os especialistas ouvidos pelo G1.

Alternativas
Rodrigo Toledo, 37, segue a mesma cartilha das mães dessa reportagem para orientar sua filha, Ana Carolina, 8: conversar, expor os perigos da web, limitar o acesso a alguns sites e estar sempre presente, para que ela possa tirar dúvidas durante a navegação.
“Quando ela está on-line, falo para me perguntar sobre páginas desconhecidas”, diz o advogado e blogueiro, que trabalha em casa. “Se considero algum site inadequado, explico o motivo pelo qual ela não deve entrar e tento sempre apresentar uma nota alternativa”, diz o pai, que é contra o uso do Orkut por parte das crianças.
Atento às opções que podem ser exploradas, Rodrigo apresentou para Ana Carolina a Wikipedia – que ela só acessa após consultá-lo sobre os temas – e as ferramentas de mapas do Google, que a garota usa para visitar a virtualmente a Disney, a Itália e outras regiões. “Funciona como uma aula de geografia, para lugares aonde nem sempre podemos ir”, compara.Rodrigo acredita que o fato de trabalhar em casa facilita a educação digital de sua filha – ele usa um Mac e ela, o Macbook do pai. “Se eu ficasse fora o dia inteiro seria mais difícil. Ela continuaria tendo a supervisão de um adulto para acessar a web, mas acho que faltaria tanta conversa, que é a parte principal desse processo de educação.”


Portal G1

Estudo nos EUA liga vírus comum a pressão alta

Um novo estudo sugere que uma infecção viral que afeta mais de 60% dos adultos em todo o mundo pode ser uma das causas de pressão arterial alta.
Em experiências com ratos de laboratório, os pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, descobriram que o vírus citomegalovírus ou CMV também causa o endurecimento das artérias - o que pode levar a doenças coronárias e paradas cardíacas.
Os cientistas disseram que a descoberta pode abrir caminho para novos tratamentos para pressão alta, inclusive com a possibilidade de uma vacina.
A pressão alta - ou hipertensão - é conhecida como 'a morte silenciosa' porque não apresenta sintomas óbvios e até 30% das pessoas com o problema nem sabem que são afetadas por ele.
Na maioria dos casos, as causas da hipertensão são desconhecidas. Mas o estudo sugere que um vírus comum pode ser uma causa desse mal.
O vírus CMV causa a mononucleose (uma síndrome caracterizada por mal-estar, dor-de-cabeça, febre, dor-de-garganta, aumento de gânglios), também conhecida como "doença do beijo", porque pode ser transmitido pela saliva.

Tratamento alternativo
Por volta dos 40 anos de idade, a maioria dos adultos nos Estados Unidos já estariam infectados com o vírus. Isso pode ser uma ameaça à vida das pessoas com sistema imunológico debilitado.
Durante as experiências com ratos envolvendo diferentes dietas, os pesquisadores notaram que o vírus intensificou a ação de uma enzima diretamente ligada à elevação da pressão sanguínea.
"Isto dá uma forte sugestão de que a infecção com CMV e uma dieta rica em colesterol podem estar trabalhando juntos para causar arteriosclerose", disse "Clyde Crumpacker, co-autor da pesquisa.
Até o momento, a hipertensão vem sendo tratada com remédios e mudanças no estilo de vida e na dieta do indivíduo.
Mas esta pesquisa sugere que alguns casos de pressão alta poderiam ser tratados com medicamentos antivirais ou uma vacina contra o citomegalovírus.


O Globo On Line

Paquistão: Menina conta à BBC como foi a sua fuga dos combates

Os combates entre o Exército do Paquistão e militantes do Talebã no vale de Swat, no noroeste do país, forçaram milhares de pessoas a deixar a região. Entre elas, está uma menina que está escrevendo um diário para a BBC sob o nome de Gul Makai. Abaixo, ela conta a sua experiência em depoimento a Abdul Hai Kakar, correspondente do Serviço Urdu da BBC na cidade paquistanesa de Peshawar.
Eu não deixei para trás só o Swat, mas também a minha identidade e a minha vida.
Na noite de terça-feira que nós ouvimos o som de artilharia pesada por todo lado. Nós todos deitamos no chão.
Nós achamos que a troca de fogo era entre o Talebã e o Exército.
A nossa casa fica perto do prédio que também serve de quartel do Exército na área. Quando há combates lá, nossa casa é atingida. É inevitável.
A minha família decidiu sair do Swat no dia seguinte. Nós recolhemos suprimentos para a viagem.
Nessa hora chegou a notícia de que tinha sido imposto um toque de recolher em Mingora. Nós ficamos presos por três dias.
Finalmente, quando o toque de recolher foi relaxado, nós colocamos as nossas coisas no carro e saímos da cidade.
Eu fiquei muito triste porque tivemos que deixar para trás a minha mochila da escola, com todos os meus livros.
Eu recitei versos do Corão e dei um sopro nele, para que ficasse protegido nos combates entre o Exército e o Talebã.
Uma grande multidão, como uma enxurrada de gente, estava andando nas estradas. Alguns estavam descalços, outros sem dupatta (um lenço que as mulheres usam). Alguns levavam pacotes e outros não carregavam nada.
Nós pensamos no início que a nossa situação era terrível, mas ficamos gratos depois de ver a cena nas estradas.
Eu vi gente que não tinha dinheiro tentando achar um jeito de sair de Mingora.

'Talebã do trânsito'
Quando eu estava deixando Mingora, eu vi o Talebã na área de Qamber.
Eles estavam dizendo às pessoas que passassem em fila. Elas atendiam imediatamente às ordens do Talebã.
O meu amigo e eu apelidamos estes membros do Talebã de "talebãs do trânsito".
Durante a viagem, o meu irmão estava muito bravo porque teve que deixar as galinhas dele para trás. Ele tinha insistido em trazê-las conosco mas a nossa mãe disse que elas morreriam no caminho.
Nós chegamos a Nowshera via Peshawar e depois fomos de carro por Mansehra para chegar a Bisham. Em Bisham o Exército impediu que seguíssemos adiante.
A minha avó estava muito doente e chorava de dor. Depois de muitos apelos, o Exército acabou permitindo que nós continuássemos a viagem.
Nós deixamos a área a pé e, depois de caminhar por um tempo, conseguimos tomar um ônibus. Agora estamos a caminho de Shangla.

'Bala na barriga'
Nós estamos em Shangla no momento, mas quando ouvimos sobre as condições das pessoas nos campos (de refugiados), nós agradecemos a Deus por estarmos vivendo com tanto conforto.
Eu tenho certeza de que a guerra não pode continuar para sempre e que um dia eu vou poder voltar e recuperar a minha vida e a minha identidade.
Não apoio nem o Talebã e nem o Exército - ambos estão nos tratando com crueldade.
O Talebã nos destruiu e o Exército está matando o nosso povo.
Quando nós estávamos deixando Mingora, uma das minhas parentes foi baleada na barriga quando estava levando os filhos dela para a cozinha para protegê-los do tiroteio.
O meu primo me disse que o Talebã tentou impedir no empurrão que mulheres de burka fossem para a estação rodoviária.
Várias delas caíram no chão.
O Talebã deveria parar de fazer isso porque, depois da implementação da Sharia (lei islâmica), as exigências deles foram atendidas. Por que eles estão fazendo isso agora?"


BBC Brasil

Conflitos conjugais: eles são prejudicais para os filhos?

As discussões entre os casais, se realizadas de maneira construtiva, podem trazer resultados positivos para as crianças. Entenda

Você toma um cuidado enorme para nunca discutir com seu companheiro na frente do seu filho, certo? Talvez também se culpe toda vez que escapa uma pequena briga na presença da criança. Saiba que, ao contrário do que se pensa, um conflito pode não ser tão prejudicial assim para os pequenos.
Pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, avaliaram 235 famílias com crianças entre 5 e 7 anos durante três anos. Para o estudo, foi analisado o comportamento dos casais durante um conflito, e os cientistas classificaram os argumentos como destrutivo ou construtivo. O resultado da pesquisa sugere que é benéfico para a criança verem os pais resolverem os problemas construtivamente.
Mas existe mesmo algum benefício de as crianças verem os pais discutirem? Sim, desde que exista bom senso. Segundo Rita Calegari, psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP), há um senso comum de os pais nunca brigarem na frente dos filhos como forma de protegê-los, mas muitas vezes essa não é a melhor solução. “Se o clima entre o casal não está bom, as crianças vão perceber. Por mais que nada seja falado, elas sentem a distância um do outro, o silêncio, a mudança no clima da casa”, diz.
Quando os pais brigam, se a discussão for saudável, em que cada um expõe seu ponto de vista para chegar a um ponto em comum, sem agressões físicas ou ofensas dirigidas, ela pode agregar valores para a criança. Afinal, é no ambiente doméstico que ela aprende a se relacionar, a lidar com conflitos, frustrações e diferenças. “Os pais educam por meio do exemplo. Se a criança presencia uma discussão e depois vê os pais fazerem as pazes, se desculpando, ela entende que é normal ficar bravo e não concordar com outra pessoa, mas que é fundamental haver respeito”, afirma Rita.
Com isso, ela percebe que as relações humanas são permeadas por conflitos, mesmo entre pessoas que se amam. Isso elimina aquele estigma de que só briga quem se odeia.

Bom senso
A criança não precisa ficar assistindo às brigas dos pais como se estivesse numa sala de aula. É importante explicar para ela o que está acontecendo, e, principalmente, que ela não tem culpa alguma por aquela situação. “Os pais devem ser intérpretes para os filhos, mas nunca devem esconder”, diz Rita.
Além disso, não é tudo que deve ser falado na frente das crianças. Se esse tipo de conversa for inevitável, nunca peça para o seu filho sair da sala, por exemplo, para você e seu marido discutirem. São vocês que devem se retirar. “É importante dizer que os pais vão conversar, mas que ela pode entrar no quarto a hora que quiser”, afirma Rita.

É preciso maturidade. Discussão é diferente de uma guerra, que, se presenciada pela criança, pode gerar um sentimento de ansiedade e medo. Por isso, se perceber que o conflito chegou num nível em que você e seu marido perderam a capacidade de negociar, de entrar num acordo, é hora de ter um mediador entre vocês, seja um amigo, um parente ou um profissional.

Ana Paula Pontes


Revista Crescer

Dez crianças são levadas por correnteza de rio no Maranhão

Corpo de garota de 13 anos foi encontrado em povoado.Outras nove crianças seguem desaparecidas; equipes fazem buscas.

Uma criança de 13 anos morreu e outras nove estão desaparecidas na cidade de Coelho Neto, distante 385 quilômetros de São Luís.
Segundo informações da Defesa Civil, a adolescente seguia para a escola com as outras crianças quando foi levada pela correnteza do Rio Parnaíba, na entrada do município. O corpo dela foi encontrado no povoado de Buenos Aires. Com a garota, subiu para dez o numero de mortos em razão das chuvas em todo o Maranhão.
"A cidade está muito preocupada com esse episódio e pode haver mais mortes", afirmou o prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva. Pelo menos 50 pessoas estão realizando buscas pelas crianças desaparecidas com a ajuda de canoas e barcos.
A situação na cidade é crítica. Choveu nas últimas 14 horas de forma ininterrupta. Cerca de 150 casas desabaram e três mil pessoas que vivem às margens do Parnaíba estão desabrigadas. Cerca de dois quilômetros da cidade estão encobertos pelas águas do rio. O prefeito já decretou situação de emergência.
Pelos dados da Defesa Civil Estadual, em todo o Maranhão, 92 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, 87 municípios já decretaram situação de emergência e 237 mil moradores já foram afetados pelas chuvas no Maranhão.


Portal G1

Outra série de TV americana comete uma gafe em relação ao Rio

RIO - O Rio de Janeiro apareceu mais uma vez como cenário de uma série de TV americana. No 20º episódio da quinta temporada de House, a cidade tem uma participação que, apesar de pequena, mostra que o desconhecimento dos americanos sobre o Rio continua em alta. A série, conhecida por mostrar casos de difícil diagnóstico com base científica, cometeu uma gafe.
O episódio "Simples Assim", exibido no Brasil pela TV a cabo, mostra o drama de uma paciente que morre depois de contrair leishmaniose visceral quando visitava o Rio. A doença, transmitida por insetos, é causada por parasitas e pode levar à morte. Apesar de ocorrer no mundo todo, tem maior incidência em áreas próximas a florestas. No Brasil, ano passado, foram registrados 3.303 casos. Nenhum deles no Estado do Rio.
Em 2002, um episódio da série "Os Simpsons" mostrou macacos e ratos nas ruas do Rio e uma população sexualmente agressiva. Homer foi sequestrado e Bart, engolido por uma jiboia.


O Globo On Line

Menino japonês de nove anos toca clássico de Ozzy Osbourne

Crianças esmerilhando os mais diversos instrumentos em rocks pesados já estão entre os principais clássicos do YouTube.

Nesse quesito, um dos melhores é o menino japonês Yuto Miyazawa, de nove anos. O petiz se apresentou no programa da Ellen DeGeneres com uma guitarra maior que ele e não teve dúvidas quando a apresentadora perguntou quem eram seus ídolos: Ozzy Osbourne e Randy Rhoads, guitarrista nos dois primeiros discos-solo de Ozzy, morto em um acidente de avião em 1982.

Tudo no vídeo é muito bom. Desde Ellen fingindo entender japonês até a excitação de Yuto ao anunciar que vai tocar "Ozzy Osbourne, Crazy Train!". Mas bom mesmo é ele tocando (e cantando! o trecho da letra está lááá embaixo). E no final ainda tem uma GRANDE surpresa pro garoto. Confiram:

Nine-year-old Guitar Player "Yuto Miyazawa" on ellen 2009-may-11

A música é do primeiro disco solo de Ozzy, Blizzard of Ozz, de 1980. Randy participou dessa gravação e também do segundo album do Princípe das Trevas, Diary of a Madman, de 1981.

Em Cartaz na Web

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Cyberbullying: o ciber-assédio moral de jovens contra jovens

Um projeto de lei bem intencionado tem causado polêmica na Câmara dos Representantes do Congresso Americano: trata-se do "Ato de prevenção ao cyberbullying", proposto por Linda Sanchez (Democratas, Califórnia), trazendo no seu título a lembrança do caso trágico da menina Megan Meier, que aos 13 anos e 11 meses de idade se suicidou por enforcamento após ser moralmente assediada na rede social MySpace em 2006.
O assédio implacável foi perpetrado por um suposto rapaz de 16 anos de nome "Josh", que na verdade era um pseudônimo utilizado por Lori Drew, mãe de uma vizinha de Megan. As investigações revelaram que os atos premeditados de causar constrangimento e humilhação a Megan foram motivados pelo desejo de retaliação por uma suposta fofoca que ela teria promovido em detrimento da filha de Drew. Em maio de 2008, um júri federal concluiu pelo indiciamento de Lori Drew, mas se deparou com um problema: não havia legislação para punir o assédio online, e a condenação foi imposta com base apenas em três delitos (menores) de acesso não autorizado a computadores para obter informações com o propósito de provocar aflição emocional, e um delito de conspiração criminal.
Segundo a especialista americana Parry Aftab, autora e mantenedora do portal "StopCyberbullying.org", o "cyberbullying" acontece quando uma criança, pré-adolescente ou adolescente é atormentada, ameaçada, assediada, humilhada, embaraçada ou alvejada de outra forma por uma outra criança, pré-adolescente ou adolescente usando a internet, tecnologias digitais ou telefones celulares. É preciso que haja um menor em ambos os lados, ou pelo menos tenha sido instigado por um menor contra outro menor. Uma vez que um adulto esteja envolvido, o ato passa a ser caracterizado como "cyber-harassment" (ciber-assédio) ou "cyberstalking".
Os métodos usados são limitados apenas pela imaginação do menor, e pelo grau de acesso à tecnologia. E o agente perpetrador do cyberbullying de um dado momento pode vir a ser a vítima num outro momento. A bem da verdade, o ato de "bullying", embora reprovável, não é incomum nas escolas: através de um apelido, uma denominação jocosa, uma atitude às vezes preconceituosa, uma criança ou um adolescente se vê alvo de gozação, de importúnio, e até de humilhação perante seus pares.
Com o alcance, o fator amplificador, e a sensação de anonimidade (e consequente impunidade) que a internet proporciona, o cyberbullying pode ter efeitos extremamente traumáticos sobre a vítima, sem falar no fato de que não cessa no momento em que a vítima deixa a escola. Além disso, há que se levar em conta o fato de que, em geral, o jovem não se sente completamente à vontade para dialogar com os pais sobre um problema que enfrenta na sua vida cibernética. Em decorrência do choque de gerações ("nativos digitais" versus "imigrantes", ou ignorantes, "digitais") a tendência é que o jovem se feche no "seu mundo", sobre o qual os pais "pouco ou nada entendem".
Normalmente, cyberbullying não é uma comunicação que acontece apenas uma vez, a menos que envolva uma ameaça de morte ou de danos físicos sérios. Em geral, o jovem reconhece quando o caso é sério, enquanto que os pais tendem a se assustar mais com a linguagem muitas vezes bastante chula com que os ataques são perpetrados.
Atualmente, nos EUA o cyberbullying pode chegar ao nível de um indiciamento por delito de ciber-assédio, ou, se a criança for suficientemente jovem, pode resultar no indiciamento por delinquência juvenil. A maior parte do tempo o cyberbullying não chega a esse ponto, embora os pais da vítima normalmente procurem forçar uma condenação criminal do perpetrador. Tipicamente, o resultado é a perda da conta no provedor de serviços de internet ou de mensagem instantânea, com base na violação dos termos de serviço. Em alguns casos, se for comprovado algum tipo de roubo de identidade ou violação de senhas, a condenação pode ser bem mais séria, inclusive com base em lei federal.
Quando as escolas tentam se engajar punindo os envolvidos em atos de cyberbullying que aconteceram fora dos seus limites e dos horários escolares, frequentemente são processadas por excesso de autoridade e violação dos direitos de liberdade de expressão do aluno, e geralmente perdem uma eventual disputa judicial. Ao que tudo indica, o melhor caminho é mesmo a parceria com os pais em programas de educação e esclarecimento dos jovens sobre a convivência no ciberespaço.
Em função de sua possível violação da chamada Primeira Emenda da Constituição americana (que garante a liberdade de expressão), o "Megan Meier Cyberbullying Prevention Act" de Linda Sanchez, que caracteriza como crime punível com multa e até dois anos de prisão transmitir por meios eletrônicos "com a intenção de coagir, intimidar, assediar, ou causar estresse emocional substancial a uma pessoa (.) apoiar comportamento severo, repetido, e hostil," está sendo avaliado por especialistas como inconstitucional: Eugene Volokh, professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e coordenador do blog "Volokh Conspiracy," diz que, se a lei passar no Congresso, deverá ser derrubada nas cortes.
Inconstitucionalidade à parte, a proposta de lei enumera alguns dados preocupantes:
1) Oitenta por cento de crianças e jovens de 2 a 17 anos vivem numa casa onde elas próprias ou seus pais têm acesso à internet;
2) Jovens que criam conteúdo na internet e usam redes sociais são alvos mais prováveis do cyberbullying;
3) A comunicação eletrônica dá a sensação de anonimidade ao perpetrador e dá chance a uma distribuição pública ampla, com potencial para torná-la severamente perigosa e cruel com o jovem;
4) Vitimizações online estão associadas a estresse emocional e outros problemas psicológicos, incluindo depressão;
5) O cyberbullying pode causar danos psicológicos, incluindo depressão, impactar negativamente o desempenho acadêmico, a segurança, e o bem-estar de crianças na escola; forçar crianças a mudar de escola; e em alguns casos levar a comportamento violento extremo, incluindo assassinato e suicídio;
6) Sessenta por cento dos profissionais de saúde mental que responderam ao levantamento 'Survey of Internet Mental Health Issues' relatam ter tratado pelo menos um paciente com uma experiência problemática na internet nos últimos cinco anos; 54% desses clientes tinham 18 anos de idade ou menos.
O esforço para minimizar os percalços decorrentes do aprendizado necessário a essa nova convivência (cibernética) devem vir de todos os que têm contribuição a dar: legisladores, educadores, família, meios de comunicação etc. Cada um faça sua parte!

Este artigo foi escrito por um leitor do Globo.

Ruy de Queiroz é professor associado do Centro de Informática da UFPE



O Globo On Line

Peruano que vive ilegalmente no Brasil é preso e acusado de pedofilia no Pará

ITAITUBA (PA) - O peruano César S. S. foi preso, nesta sexta-feira, no Distrito de Miritituba, em Itaituba, sudoeste do Pará. Ele é acusado de abusar sexualmente de duas meninas. César estava com mandado de prisão preventiva decretado desde esta quinta-feira. César teria abusado sexualmente de uma jovem de 16 anos e outra de 11 anos, filhas da companheira dele. Segundo a delegada Flávia Leal, a menina de 16 anos está grávida de cinco meses.
A polícia chegou ao acusado depois de uma denúncia de um pescador. Ele reconheceu o peruano pois fotos do acusado foram divulgadas na imprensa de Itaituba. O pescador viu César fugindo de canoa pelo rio Tapajós e avisou a polícia.
Policiais de plantão no distrito de Miritituba seguiram pela margem direita do rio Tapajós. César ainda tentou escapar, mas foi cercado pela polícia e conduzido a 19ª Seccional de Itaituba.
O acusado confessou que manteve relações sexuais com a menina de 16 anos, mas nega que tenha praticado o crime contra a criança de 11 anos. O peruano afirmou também que vive ilegalmente há quatro anos no Brasil, por isso tentou fugir da polícia.
De acordo com a delegada, César é foragido da Polícia de São Paulo, também por crime de pedofilia.
- Eu já paguei por esse crime - afirmou o acusado.


O Globo On Line

Pedofilia em Catanduva

Borracheiro acusado de pedofilia em Catanduva é condenado a quase 12 anos de prisão

SÃO PAULO. O borracheiro José Barra Nova de Melo, de 47 anos, foi condenado ontem a 11 anos, 10 meses e 15 dias de prisão por crimes de pedofilia em Catanduva. Conhecido como "Zé da Pipa", o borracheiro é acusado de abusar sexualmente de crianças do bairro Jardim Alpino, na periferia da cidade. Barra Nova, que alegava inocência desde sua prisão, em janeiro, admitiu à Justiça ter feito sexo oral em uma das crianças, mas negou os outros crimes.
O sobrinho do borracheiro, William Melo, de 19 anos, foi condenado a 7 anos e 6 meses por ter participado dos crimes, segundo as vítimas, que são crianças entre 5 anos e 11 anos. Este foi o primeiro processo julgado no escândalo da pedofilia em Catanduva. O Ministério Público deve apresentar à Justiça o resultado da segundo investigação sobre o caso, que foi aberta depois de denúncia publicada pelo GLOBO, em fevereiro passado, de que as famílias das vítimas haviam denunciado mais suspeitos e um número maior de crianças supostamente abusadas.
No segundo processo que deverá ser instaurado na Justiça da cidade, o Ministério Público poderá acusar novamente Barra Nova e William, apresentando mais vítimas. As crianças afirmaram ter sido abusadas não só na casa do borracheiro, mas levadas para outros locais, como uma casa de classe média alta, no bairro Bosque. Embora os suspeitos tivessem usado outros nomes para lidar com as crianças, as investigações levaram ao médico endocrinologista Rodrigo Brida Gonçalves e ao empresário José Emmanuel Volpon Diogo, que também é fazendeiro criador de gado. Os dois tiveram prisão provisória decretada, mas obtveram habeas-corpus e estão em liberdade. Volpon Diago e Gonçalves disseram ser inocentes.
O juiz Celso Mazitelli Neto, da 1ª Vara Criminal de Catanduva, foi quem condenou os dois acusados. O julgamento ocorreu em quatro meses; e a sessão de ontem foi determinada depois de seis horas de audiência com as vítimas, as testemunhas e os suspeitos.
- A sociedade tem de ver o resultado. Reclama-se muito da impunidade, de que a Justiça está longe. Então, o julgamento tem o saldo mais positivo possível, com a maior transparência_ disse o juiz em entrevista por telefone.
Mazitelli Neto afirmou que o julgamento é "a primeira resposta" do Judiciário às denúncias, lembrando que o outro processo será conduzido pela juíza Sueli Juarez Alonso, da Vara da Infância e Juventude.
Barra Nova deve continuar preso, pois teve prisão preventiva decretada pela juíza Sueli Alonso no decorrer do segundo inquérito. Já William, que ficou detido em prisão provisória, poderá recorrer da sentença em liberdade. Isso de acordo com a nova norma do Supremo Tribunal Federal, que prevê liberdade para os acusados até que o julgamento seja feito em última instância, o chamado "transitado em julgado".
O Ministério Público não divulgou o número de crianças que constam como vítimas no segundo inquérito, mas dezenas de pais e crianças foram ouvidos pela polícia. Em fevereiro, as famílias denunciaram ainda ao GLOBO que não receberam a atenção adequada da polícia e do poder público. Os casos de pedofilia na cidade chamaram a atenção da CPI da Pedofilia do Senado, que em março instaurou uma sessão na Catanduva para ouvir vítimas e suspeitos. Com as denúncias de falta de apoio do poder público, o caso também interessou à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, da Presidência da República, que mandou uma equipe à cidade para saber que tratamento as famílias das vítimas estavam recebendo da prefeitura.
A prefeitura informou que ofereceu apoio médico e psicológico às crianças, além de uma cesta básica por mês já que algumas mães perderam ou deixaram o emprego para cuidar dos filhos depois das denúncias.

Caso Isabella: O que o leitor acha disso?

O jornal Online ROL (ALGUÉM CONHECE?) publicou um artigo, que me deixou, no mínimo enojada, mas como o "direito" é respeitar o "direito" dos outros; a liberdade de expressão; aceitar a desigualdade de opinião, vou simplesmente repassar o talentoso artigo do sr. Carlos Terra,( seria amigo do outro Antoonio Carlos Prado????????). Não vou me me furtar ,no entanto, de deixar claro minha opinião à respeito. Se o que ele escreveu, realmente reflete o que ele pensa; espero não ver o resto!
Faço questão de publicar a foto do digníssimo senhor , para que o nosso leitor manifeste sua opinião, quando encontrá-lo pessoalmente.
Ressalto também, as "pérolas" do texto e conservo o português, que não chega a ser de acordo, nem com a ortografia antiga e nem com as novas regras, porque na verdade, nem deve ser português.

O caráter dos Nardoni - Carlos da Terra - (parte 1) - Carlos da Terra
Escrito por Carlos da Terra
sexta, 15 maio 2009
Partindo do pressuposto a que me convenci desde o início do caso Isabella, de que os Nardoni foram vítimas de um destino e uma trama cruel, ponho-me a refletir sobre a grandeza dessa sofrida família.
O jovem casal, ele advogado e ela uma estudante de direito, tiveram seu rumo alterado violentamente por uma trama macabra e por uma injustiça do sistema.
Não tenho a menor dúvida sobre isso e fico pensando como esse casal tem, ainda, forças para manter-se digno.
Sofrendo a privação dos outros dois filhos que atendiam prontamente como o faziam também com Isabella, é notória a grandeza de seus caráteres quando, até hoje, não se acusaram mutuamente como costumam fazer os bandidos e assassinos.
Eles se mantêm unidos.
E eles sabem, bem como o pai deles sabe, que seria muito mais cômodo e prático se eles mentissem e assumissem esse hediondo crime.
Para eles, seria muito melhor porque, todos sabemos, e eles sabem mais ainda que “quem atira uma criança pela janela, ou é demente ou é um criminoso muito cruel”.
No caso deles, que têm um passado ilibado até aquele momento, e que inclusive a Carolina tomava remédios psiquiátricos, facilmente eles seriam considerados “dementes”.( alguém entendeu esse parágrafo?)
Nessa condição a Carolina iria para uma confortável clínica de tratamento e poderia ainda continuar a ver seus dois filhos, crianças. Isso seria possível porque se argumenta terem eles (os cônjuges) um nível econômico razoável; classe média.
Então porque, o casal, que é instruído justamente nessa área não confessou o crime?
O casal não confessou porque não cometeu o crime; apenas por isso.Mas fica também evidenciado a coragem desse casal e a confiança que ele tem na justiça e na verdade.
Apontaremos, em textos futuros, importantes indícios da inocência evidente do casal e da postura magnífica também dos outros membros da família Nardoni.

Maria Josefina comentou:

"Trabalhei por varios anos,em creche e em escolas municipais,vivendo a realidade,observando ,absorvendo aprendendo e sentindo.
A uma grande falta de amor carinho pelas crianças de todos:familia,escolas,todos os seres que de uma forma ou de outra tem contato com as crianças,que começam a frquentar as creches a partir dos tres meses de idade. Como fica o emocional dessa criança,sem aconhego materno,sem a segurança do aconhego familiar,para se desenvolver?
A medida que cresce a insegurança aumenta,por que não há amor,não há carinho.Aquele abraço,estou com saudade de voce,fica pertinho da mamae,são frases que não se houve, é muito raro de ver um gesto de carinho por parte dos envolvidos com a criança.Num periodo fundamental para desenvolver o emocional da criança,não ha interesse de ninguém,é claro que tem familia que se preucupam (toda regra tem exeção ),mas...a maioria,a massa é assim..falta de amor,carinho e interesse pelo serzinho que floresce.
Os valores devem fazer parte da vida de todos os seres desde o ventre materno e regado com cuidados pela vida toda.
Começa no ventre materno,vai para a familia,para a comunidade.
Se todos se responsabilizarem pelas suas atitudes ,cada um no seu espaço respeitando o outro.Tudo floreçe naturalmente,se acriança tiver valores bem definidos...sabera na adolecençia separar oque é certo e errado,não deixando se levar por influençias de midia e modismos.
Educação não é jogo de empurra empurra é responsabilidade de todos".
Dona Maria Josefina que me perdoe, mas seu texto contém tantos erros, que me faz perguntar: qual era sua função nas creches??????????)


Carlos da Terra respondeu: (não entendi porque; já que parece que o comentário foi retirado de outra postagem)

"Querida Maria Josefina...

Seu comentário, muito importante, nos faz ver a importância do pronunciamento do Papa, ainda que muitos discordem.
Na verdade a educação carece mesmo de tudo o que você disse, mas ainda bem que existem umas poucas pessoas que fazem esse trabalho com amor, como você!

Parabéns pelo trabalho e pelo comentário".(diga-se de passagem que foi o único...)


Infelizmente eu não encontrei nehum espaço para comentário, mas aguardo ansiosamente, a continuação de um texto tão comovente............pela sua pobreza....
Sinceramente, Isabella não merecia isso!


Homem é preso por suspeita de abusar da sobrinha na zona oeste de SP

Um homem de 46 anos foi preso na noite de quinta-feira (14) por suspeita de abusar sexualmente da sobrinha de 17 anos que morava com ele no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, a adolescente compareceu à sede da 3º Companhia da PM e relatou os abusos que, de acordo com ela, aconteciam desde os nove anos, quando foi trazida de Minas para São PaA adolescente afirmou que, além de sofrer abusos sexuais, era agredida e mantida em cárcere privado, afirmou a PM. ulo para morar com o tio.
A polícia foi até a residência onde a garota morava, mas o suspeito não foi localizado. De acordo com a PM, a tia da adolescente foi levada para a delegacia e usou o telefone para convencer o suspeito a comparecer ao 51º DP (Butantã), onde foi preso


Folha Online

UFRJ explica "telepatia" entre partículas

Um fenômeno da física quântica previsto por Albert Einstein em 1935 e comprovado experimentalmente só na década de 1980 foi objeto agora de um estudo sobre sua ocorrência em condições reais, fora das lousas dos teóricos e dos ambientes assépticos dos laboratórios. Em artigo na revista "Science", um grupo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) descreve a dinâmica do emaranhamento, uma espécie de "telepatia" entre partículas.
De tão bizarra, a existência real do emaranhamento na verdade tinha sido descartada por Einstein, que postulou o fenômeno para tentar provar que a física quântica estava errada.
Experimentos feitos desde a década de 1980, porém, mostraram que, de fato, duas partículas podem permanecer emaranhadas, mesmo estando separadas por grandes distâncias.
O estranho do fenômeno é que, quando uma dessas partículas é observada e adota uma certa característica (velocidade ou orientação), a outra instantaneamente assume a mesma forma, como se estivesse sabendo o que aconteceu com sua companheira, mesmo que estejam a quilômetros de distância uma da outra.
Na tentativa de zombar do emaranhamento, Einstein o chamou de "ação fantasmagórica à distância", mas a teoria que o embasa se mostrou correta no fim.
O que cientistas não sabiam era como o emaranhamento se comporta na realidade. A ideia da "telepatia" foi confirmada no plano teórico e em experimentos que mostravam casos muito especiais. Não se sabia, porém, o quanto isso era válido para situações reais, nas quais o ambiente pode perturbar e destruir o estado emaranhado.
É como conhecer a lei da inércia, que prevê movimento perpétuo, mas constatar que a realidade não é bem assim. "Se você dá um peteleco numa bola, ela acaba parando por causa do atrito do chão e do ar", diz Luiz Davidovich, do Laboratório de Óptica Quântica da UFRJ, um dos autores do estudo. "Sabendo o atrito, a gente descreve a dinâmica do movimento da bola. Será que a gente conseguiria ter uma equação para o emaranhamento assim como a da dinâmica no tempo da velocidade de uma bola?"
Para lidar com essa questão, os pesquisadores elaboraram um experimento para emaranhar fótons (partículas de luz) emitidos por um aparelho de laser. Conduzindo experimentos e enquadrando --os em equações, os pesquisadores conseguiram criar uma lei mais geral para prever como um sistema de partículas emaranhado perde o emaranhamento, da mesma forma que uma bola perde seu movimento no atrito.
"Nós ampliamos uma lei que diz como processos quânticos como o emaranhamento são afetados quando existe esse tipo de ruído", diz Oscar Jiménez, autor principal do estudo.
Este é o segundo trabalho que o grupo da UFRJ publica na "Science", depois de ter emplacado também um na "Nature". As duas revistas são as mais disputadas do mundo para artigos científicos. Sem equipamentos de última geração, os brasileiros têm conseguido publicar artigos de alto impacto.
E não se pode dizer que esse campo de trabalho não tenha concorrência: o emaranhamento está na base da proposta dos chamados computadores quânticos, máquinas ainda em fase de projeto que poderão um dia realizar cálculos impraticáveis para a informática atual.
Questionado sobre o segredo desse sucesso, Davidovich diz que é preciso "ter muita imaginação". Essa criatividade, agora, está turbinada por uma nova máquina de laser, que permite experimentos mais ousados.


Folha Online

Mulher é julgada por tentar abrir porta de avião durante voo

Uma passageira suicida que tentou abrir a porta de um avião durante o voo, a cerca de 10 mil metros de altura, poderia ter causado uma catástrofe, de acordo com a promotoria em um tribunal de Edimburgo.

Uma comissária percebeu a intenção da passageira, Ann Gilmour, de 47 anos, e impediu que ela abrisse a porta do avião da Air France, que havia partido de Paris com destino a Edimburgo.
No tribunal de Edimburgo, Gilmour se declarou culpada da acusação de colocar em risco a vida dos passageiros e da tripulação do avião de forma imprudente e negligente.
A acusada permanece detida e sua sentença deverá ser ditada até o fim do mês.
O avião da Air France havia deixado o aeroporto Charles de Gaulle na manhã de 7 de janeiro, com cerca de 100 passageiros a bordo, dois pilotos e dois tripulantes.
Segundo o promotor Alasdair MacLeod, "por volta de 11h30 da manhã, o avião voava a aproximadamente 10 mil metros de altura, no meio da viagem entre Paris e Edimburgo".
"Naquela hora, uma tripulante viu a acusada parada em frente a uma porta externa do avião."

Porta destrancada
Gilmour ficou olhando para a porta antes de segurar a maçaneta e puxá-la, disse MacLeod. Ela foi afastada do local por uma comissária, que disse que a porta não estava trancada e poderia ter sido aberta.
Segundo o promotor, uma luz ainda acendeu na cabine dos pilotos, indicando que alguém havia mexido numa das portas externas do avião. O piloto Guillaume Charvieux entrou em contato com o controle de tráfego aéreo quando soube do ocorrido.
Gilmour foi levada para um assento perto da janela, longe das portas, onde foi obrigada a ficar sentada até o fim do voo.
A acusada foi presa ao chegar ao aeroporto de Edimburgo. Aos prantos, ela disse aos policiais que queria abrir a porta para se jogar do avião e se matar, e que ela não se importava com as consequências para os outros passageiros.
Segundo a promotoria, o piloto Charvieux acredita que a cabine poderia ter se "despressurizado de forma explosiva", causando uma "catástrofe", já que a temperatura interna iria cair para menos 50º Celsius.
Gilmour sofre de transtorno de personalidade borderline (limítrofe) e tomava remédios para depressão e ansiedade na época do incidente, mas psiquiatras avaliaram que ela está em condições de comparecer ao tribunal.
O advogado de defesa de Gilmour, Ronnie Renucci, alega que um avião pousou em segurança depois de um incidente semelhante no Canadá, no mês passado, quando um homem abriu a porta e pulou de uma altura de cerca de 7 mil metros.


BBC Brasil

Ex-PM Ricardo Batman segue para presído em MS

A transferência foi acompanhada por forte esquema de segurança.Ele passou a noite na delegacia da Core.

O ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, preso na noite de quarta (13),
embarcou em um avião da FAB por volta das 10h da manhã desta sexta-feira (15) em direção ao Presídio de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Ele deixou a sede da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no Centro do Rio, às 8h10 e foi levado para o Aeroporto Santos Dumont. A operação de transferência foi acompanhada por forte esquema de segurança organizado pela Polícia Civil. O suspeito passou a noite na sede da Core.
Na mesma penitenciária para onde ele foi levado estão presos o ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho, e seu irmão, o ex-deputado Natalino Guimarães, acusados de chefiar a milícia conhecida como Liga da Justiça, juntamente com o ex-PM. O traficante de drogas Fernandinho Beira-Mar também está detido no local.

Depoimento
Segundo informações iniciais da polícia, Batman negou todas as acusações durante depoimento prestado na sede da Core. Ele é acusado de vários homicídios, formação de quadrilha e do atentado, em agosto de 2007, contra o sargento da PM Francisco César Silva Oliveira, o Chico Bala, e sua família, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.
O ex-PM admitiu ter envolvimento com milícias durante o depoimento. Ele foi autuado em flagrante pelo porte das armas encontradas na casa onde foi preso, em Paciência, na Zona Oeste.

Apreensão de documentos
Segundo Turnowski, a prisão de Batman é, na verdade, o início de uma grande operação de combate às milícias. Na casa do ex-PM foram apreendidos documentos, que segundo o chefe de Polícia, poderão ajudar a desmembrar a quadrilha. Entre esses documentos está uma lista, com nomes e valores de pessoas ligadas à quadrilha. “Há nomes inclusive de pessoas que já figuram nos inquéritos sobre milícias. Agora, vamos cruzar esses nomes, checar os apelidos, juntar os valores para identificarmos todos. Quem deve, que tome cuidado”, disse Turnovski, que montou a Missão Suporte há cerca de um mês. Segundo policiais, Batman passou a noite numa sala da Core, vigiado por vários policiais. Embora tenha recebido uma muda de roupas, o preso preferiu continuar com a roupa que usava no momento da prisão. O delegado Rodrigo Oliveira, que participou da operação de captura do ex-PM, disse que toda a operação foi muito rápida. “Não levamos mais que dez minutos entre a rendição e a prisão dele. Ele foi transportado num helicóptero, que desceu num campinho de futebol perto da casa”, contou o delegado que elogiou a atuação de toda a equipe.


Portal G1

Rede de lanchonetes faz campanha que associa imagem do Rio a assaltos na Inglaterra

RIO - A nova campanha publicitária da rede americana Burger King veiculada na Inglaterra pode tirar muito carioca do sério. Entre os cartazes que divulgam a nova promoção está a seguinte frase: "One way ticket to Rio not necessary. You'll feel like you´re robbing us" (algo como "Não é necessário uma passagem só de ida para o Rio. Você vai sentir como se estivesse nos roubando"). De acordo com sites ingleses especializados em marketing, a idéia do cartaz é fazer uma brincadeira com a história do inglês Ronald Biggs, de 79 anos, que em 1963 participou do roubo do trem pagador britânico - conhecido como 'Great train robbery'. Biggs se refugiou no Rio de Janeiro, onde viveu por cerca de 30 anos, até retornar para a Inglaterra, em 2001. O vice-presidente da comissão de Turismo da Assembléia Legislativa do Rio, Glauco Lopes (PSDB), considerou a propaganda de mau gosto.
- Acho muito ruim fazer essa associação com a imagem do Rio, que vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e está lutando pelas Olimpíadas de 2016. Não sei se a intenção é essa, mas a propaganda pode ser intepretada de várias maneiras, e isso prejudica o Rio - afirmou.
O deputado disse ainda que pretende propor que a comissão peça uma explicação à embaixada britânica no Brasil:
- Acho que cabe pedir um esclarecimento melhor sobre a campanha. É importante também que isso seja feito em conjunto com o município do Rio e a Riotur.
A campanha chamou a atenção do brasileiro Bruno Natal, que fotografou o cartaz para o seu blog:
"Tá brabo...Se bem que essa fama de terra sem lei, onde nada tem maiores consequências, na verdade não é só do Rio, é do país todo", escreveu.
Em entrevista ao GLOBO, Natal explicou que a foto foi tirada em Londres, na Shoreditch High Street, há menos de uma semana.
- O cartaz estava num abrigo de ônibus, e nem tinha Burguer King ali perto - contou
Procurados, representantes da rede Burger King em São Paulo informaram que apenas os responsáveis pela empresa na Europa poderiam falar sobre o assunto. A reportagem tentou contato com o escritório sediado na Suíça, mas até o fechamento da edição não obteve resposta. No ano passado, o presidente mundial da Burger King, John Chidsey, anunciou que iria investir R$ 50 milhões para abrir 44 novas lojas no país até o fim deste ano. No Rio, a rede anunciou mais duas lojas. Imagem do Rio será prejudicada pela campanha do Burger King?
Em fevereiro deste ano, uma r campanha publicitária da rede de lojas italiana Relish causou polêmica no Brasil e na Itália . Na Itália, as fotos que mostravam duas mulheres sendo revistadas de forma abusiva por homens vestidos como policiais militares em Ipanema, na Zona Sul do Rio, causou alvoroço em Nápoles, onde foi veiculada em outdoors. Organizações feministas e até a prefeitura da cidade se manifestaram contra as fotos. Já no Brasil, o secretário Especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, repudiou veementemente a propaganda e disse que esse tipo de publicidade desrespeita não só a corporação da Polícia Militar como compromete a imagem do Rio de Janeiro. A PM considerou a campanha de mau gosto. O governador Sérgio Cabral, no entanto, considerou a polêmica uma tolice .
Em nota, a Relish divulgou se desculpando pela propaganda . A grife afirmou que "não teve intenção de transformar as fotos em um incidente diplomático entre Itália e Brasil", e disse que eles estavam arrependidos de terem causado uma reação negativa, reforçando que a campanha representava uma situação ficcional com falsos policiais, interpretados por dois atores usando falsos uniformes.



O Globo On Line

Traumatismo craniano leve em crianças abaixo de dois anos de idade

Em comparação com crianças maiores, aquelas abaixo de dois anos de idade apresentam maior risco de desenvolver lesões após traumatismo craniano. Entretanto, não parece razoável solicitar radiografia ou tomografia computadorizada (TC) de crânio para todas as crianças dessa faixa etária com traumatismo craniano. Schutzman e colaboradores fazem uma revisão da literatura sobre trauma craniano em crianças e propõem um conjunto de diretrizes para a avaliação e investigação desses pacientes.
O traumatismo craniano leve é definido como o trauma fechado envolvendo o couro cabeludo, crânio ou cérebro, no qual a pessoa permanece consciente ou desperta facilmente. Os autores não incluíram crianças com história prévia de lesões cranianas ou com suspeita de abuso.
O estudo englobou a revisão de 404 artigos sobre traumatismo craniano em crianças obtidos através de pesquisa no MEDLINE. O grupo de especialistas responsáveis pelo estudo incluiu quatro pediatras especialistas em emergência, um médico de emergência com experiência em trauma craniano pediátrico, dois neurocirurgiões pediátricos, um neuro-radiologista pediátrico e um pediatra geral. Cada um desses membros era médico acadêmico com dedicação integral e reconhecimento nacional em trauma craniano pediátrico. Os dados foram revisados para determinar diretrizes para a abordagem desses pacientes. Nos casos em que não houvesse dados suficientes, utilizou-se o consenso dos especialistas.
As lesões intracranianas agudas geralmente podem ser diagnosticadas com o uso da tomografia computadorizada (TC). Em crianças mais jovens com traumatismo craniano leve, a incidência de lesões intracranianas (hematoma, contusão ou edema cerebral) é menor que 6%. Entre as condições que estão muitas vezes associadas a lesões intracranianas, destacam-se a fratura do crânio, alterações no nível de consciência, achados neurológicos focais, edema de couro cabeludo e idade mais jovem. Vômitos e perda da consciência não são parâmetros que podem ser utilizados como sugestivos de lesão intracraniana. Quanto mais jovem for a criança, maior a probabilidade de ocorrerem lesões intracranianas assintomáticas. Entre as condições acima, a fratura do crânio é o sinal que demonstra maior relação com a existência de lesões intracranianas. Deve-se suspeitar de fratura em crianças mais jovens e naquelas com hematoma de couro cabeludo (sensibilidade: 80 a 100%). Em crianças com fratura do crânio, podem ser identificadas lesões intracranianas em 15 a 30% dos casos. Nos casos de crianças com trauma leve e TC normal, nenhum caso demonstrou piora clínica posteriormente.
Os autores concluem que (1) a solicitação de radiografia ou tomografia de crânio deve ser liberal em crianças abaixo de 2 anos de idade, (2) quanto maior o número de sinais e sintomas associados, maior a probabilidade do médico solicitar exames de imagem, e (3) quanto maior a energia do trauma e mais relevantes os achados do exame físico, maior o risco de haver lesões intracranianas.
Os pacientes de risco elevado (crianças menores de 3 meses de idade, com rebaixamento do nível de consciência, alterações neurológicas, afundamento ou fratura da base do crânio, fratura craniana aguda, fontanelas abauladas ou irritabilidade) devem realizar TC. Segundo os especialistas, crianças apresentando convulsões, vômitos progressivos ou perda de consciência também devem realizar TC, embora a literatura não demonstre que esses fatores estejam isoladamente associados com um maior risco de lesão intracraniana.
Os pacientes de risco intermediário podem ser mantidos em observação clínica ou realizar TC, enquanto aqueles de baixo risco devem ser mantidos em observação para a identificação de sinais e sintomas sugestivos de lesão intracraniana. A categoria de risco intermediário inclui crianças com três ou mais episódios de vômito (um número maior coloca a criança na categoria de alto risco), perda transitória da consciência, irritabilidade, alterações do comportamento ou com fratura de crânio há mais de 24 horas. Quando não for solicitada TC de crânio, a criança deve ser mantida em observação clínica durante pelo menos seis horas. Com o aparecimento de outros sinais ou sintomas, deve-se solicitar a TC de crânio. Excetuando-se os casos onde há suspeita de abuso ou negligência, não é necessário solicitar radiografia de crânio.
Outra categoria de risco intermediário inclui as crianças que, após o exame físico, receberam a hipótese diagnóstica de fratura do crânio ou aquelas com mecanismo de lesão desconhecido. Nesses casos, pode ser necessário manter os pacientes em observação ou solicitar radiografia ou tomografia de crânio, ou ainda empregar todos esses métodos de avaliação. No casos sintomáticos, deve-se realizar tomografia de crânio. As diretrizes propostas estão resumidas em um algoritmo encontrado no artigo original.

Dra. Elisabete Almeida - drabetty@lincx.com.br


Schutzman SA, et al. Evaluation and management of children younger than two years old with apparently minor head trauma: proposed guidelines. Pediatrics May 2001;107:983-93.

O cão é o melhor amigo…do macaco!

SORRISO PARA A FOTO

Na Carolina do Sul, Estados Unidos, um instituto de preservação de espécies ameaçadas, o Institute of Greatly Endangered and Rare Species, está se tornando famoso por promover amizades inusitadas de orangotangos - há pouco mais de um mês, dois filhotes de leopardos foram fotografados abraçados com um desses animais. Desta vez, o flagrante de coleguismo aconteceu com um cachorro.
Passeio sobre elefante, descanso na grama, um mergulhinho na piscina…o orangotango, Suryia, e o cão, Roscoe, são companheiros em todas as atividades. Segundo o jornal The Sun, a repercussão da amizade inusitada foi tanta que os animais foram convidados a participar do programa de TV da norte-americana Oprah Winfrey (que comanda um famoso talk show nos Estados Unidos), em um quadro chamado “Amazing Animal Friendship” (ou “Amizade Animal Maravilhosa”, na tradução para o português).
“Encontramos Roscoe enquanto caminhávamos na mata próxima ao instituto. Ele estava bem magro e parecia meio perdido. Então, fomos alimentá-lo e passamos a tomar conta dele”, afirma o doutor Bhagavan Antle, fundador do instituto. “Assim que Suryia o viu, correu ao encontro dele e logo começaram a brincar”, diz.
Ainda de acordo com Antle, a amizade é ainda mais incomum porque, geralmente, cães têm medo dos primatas.

Mariana


GLOBO RURAL

Crime ‘bárbaro' de Goiânia é destaque na imprensa britânica

O julgamento de Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, condenado a 21 anos de prisão pelo assassinato da britânica Cara Marie Burke em Goiânia, no ano passado, foi destaque na imprensa britânica nesta sexta-feira.

No ano passado, o jovem assassinou a ex-namorada a facadas e esquartejou o corpo, que jogou em dois rios de Goiânia, num crime descrito como "bárbaro" pela promotoria.
O diário britânico The Guardian destaca o histórico de violência e uso de drogas do réu, e a morte de seu pai, quando ele tinha apenas dois anos de idade.
O pai do jovem, que era policial, foi morto de forma violenta e o corpo dele encontrado sem as pernas, os olhos e os órgãos genitais.
O Guardian ainda destaca uma entrevista dada por Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos ao jornal pouco depois de ter cometido o assassinato, em que ele dizia não se lembrar de ter cometido o crime, mas admitiu ter "lembranças de tê-la cortado".
"Ele atribuiu suas ações ao vício de drogas que, segundo ele, foi adquirido quando ele morava em Londres com sua mãe. Ele disse que começou a usar crack em festas ilegais em Londres, em 2007", diz o Guardian.
O julgamento também foi notícia no diário britânico The Times, que destaca as fotografias do corpo da vítima tiradas pelo réu.
"Santos falou sem emoção em resposta às perguntas do promotor, rindo quando o juiz pediu que ele descrevesse em inglês a conversa que teve com Burke pouco antes de assassiná-la", diz o jornal.
Vários jornais destacaram também o argumento usado pela promotoria de que o crime teria sido motivado pela recusa da vítima em se casar com o réu, que queria obter um visto para poder viver na Grã-Bretanha.


BBC Brasil

Cruz Vermelha teme 'catástrofe inimaginável' no Sri Lanka

O diretor de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Pierre Krahenbuhl, disse nesta quinta-feira que seus funcionários no Sri Lanka estão testemunhando uma "catástrofe humana inimaginável" na área dos confrontos entre o Exército e os rebeldes do grupo Tigres de Libertação da Pátria Tâmil.
"Nenhuma organização humanitária pode ajudá-los nas atuais circunstâncias", completou Krahenbuhl.
A organização diz que o navio Green Ocean, que leva ajuda humanitária para os civis, não consegue chegar à costa nordeste do país há três dias por causa dos confrontos. Outro navio, do Programa Alimentar Mundial, também está à espera de acesso para conseguir entregar ajuda na zona de conflito, disse o comitê.
Segundo o correspondente da BBC no Sri Lanka Charles Haviland, há informações de que os funcionários do último hospital ainda em funcionamento na zona de guerra abandonaram o local, alvo de bombardeios constantes nos últimos dias, deixando para trás cerca de 400 feridos em estado grave e cem cadáveres.
No entanto, essa informação, fornecida por um agente de saúde que não quis se identificar, não pôde ser confirmada de forma independente, disse Haviland.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que há cerca de 50 mil civis presos nas zonas de conflito. Esse número, porém, não é confirmado pelo governo do Sri Lanka.

Fuga
O governo rejeitou pedidos internacionais para interromper sua ofensiva contra o grupo rebelde. A justificativa é que uma pausa daria tempo aos rebeldes para se recuperar.
Um porta-voz do Exército, Udaya Nanayakkara, disse à BBC que aeronaves não-tripuladas sobrevoando a zona de conflito gravaram imagens de mais de 2 mil civis atravessando uma lagoa para escapar dos confrontos e chegar a áreas controladas pelo governo.
"Há muitas pessoas atravessando (a lagoa), e (os rebeldes) atiraram contra elas. Quatro pessoas foram mortas, e 14 ficaram feridas", disse Nanayakkara.
As informações do Exército, no entanto, não podem ser confirmadas de maneira independente. Os rebeldes não se pronunciaram sobre o episódio. Governo e rebeldes trocam acusações sobre mortes de civis.
Com o agravamento da crise, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou seu chefe de gabinete, Vijay Nambiar, de volta ao Sri Lanka para pedir maior proteção aos civis presos nas áreas de confronto.
Nesta quinta-feira, a Grã-Bretanha, do qual o Sri Lanka foi colônia no passado, disse que apoia uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos nas zonas de conflito.
O Conselho de Segurança da ONU pediu ao governo e aos rebeldes que garantam a segurança dos civis. O conselho manifestou "grande preocupação" com o agravamento da crise na região.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também pediu que o Exército interrompa os ataques a áreas de civis e que os rebeldes abandonem as armas.
Calcula-se que cerca de 200 mil civis estejam em campos de deslocados mantidos pelo governo.


BBC Brasil

Jovem que matou namorada inglesa é condenado a 21 anos de prisão em regime fechado

GOIÂNIA - Após mais de 15 horas de julgamento, o 1º Tribunal do Júri de Goiânia condenou Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos a 21 anos de prisão. A decisão cabe recurso, mas a defesa alegou que não pretende apelar da decisão. No depoimento de quase duas horas, Mohammed, de 20 anos, confirmou ter matado e esquartejado a adolescente britânica Cara Marie Burke, de 17 anos, em julho do ano passado. Ele alegou que agiu sob efeito de drogas, como cocaína e crack, que usou por quatro dias seguidos. O réu, que chegou a sorrir várias vezes durante o depoimento, disse que estava arrependido, e contou detalhes do crime.
- Gostava dela como uma irmã - disse ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que presidiu o Júri.
Mohammed foi julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, destruição e ocultação de cadáver. A pena só não foi mais alta porque o acusado era réu primário e tinha menos de 21 anos. Não foi levado em conta pedido da defesa para que ele fosse considerado semi-imputável. De acordo com laudos periciais - um da Junta Oficial do Tribunal de Justiça e outro da própria defesa - Mohammed tem distúrbios mentais e personalidade antissocial.
- Ele tem baixa capacidade de entendimento e isso o classifica como semi-imputável pela legislação - afirmou o advogado Carlos Trajano.
A tese foi contestada pelo promotor Nilton Marcolino.
- Não há que se falar em surto. Ele planejou o crime e tinha plena consciência do que fazia. Ele é mau e não louco - afirmou.
A avaliação feita em Mohammed a pedido da defesa, no dia 7 de maio, considerou fatos como a perda do pai ainda na infância e o histórico de agressividade do jovem, como quando aos dez anos, ele feriu com uma faca o irmão mais velho, Bruce Lee dos Santos. De acordo com o TJ, a avaliação oficial, realizada em fevereiro, concluiu que a desestrutura familiar alterou a personalidade do estudante. A defesa reivindicou que ele receba "tratamento multidisciplinar, psiquiátrico e psicológico".
No último dia 23 de março, Mohammed virou pai na prisão. Ele engravidou a namorada, uma cabeleireira de 20 anos, durante uma das visitas íntimas no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO). A criança nasceu prematura, após cerca de sete meses de gravidez, em uma maternidade particular na capital goiana. Segundo a namorada de Mohammed, que prefere não ser identificada, o pai viu o filho pela primeira vez no começo de abril, durante uma das visitas.
Nenhum familiar da adolescente inglesa veio ao Brasil acompanhar o julgamento que mobilizou centenas de curiosos e a imprensa internacional. Filas se formaram desde as 6 horas da manhã na porta do tribunal e muitas pessoas assistiram do lado de fora a transmissão feita ao vivo pela rádio Justiça. No auditório, as cadeiras e corredores ficaram lotados pelo público. Da família de Mohammed, o irmão Bruce Lee e a tia Jane de Souza foram arrolados como testemunhas de defesa. A mãe dele, Ivany dos Santos, acompanha o caso da Inglaterra.
Foram ouvidas quatro testemunhas de defesa e duas de acusação. O primeiro a depor foi o policial Cláudio da Silva, que afirmou que Mohammed tentou subornar sua equipe oferecendo R$ 70 mil para evitar a prisão. Pela defesa, o depoimento que mais chamou a atenção foi o da namorada do rapaz, Hellen de Matos Vitória, 20, que reafirmou que Mohammed tem problemas mentais, mas disse que ele "quer mudar". - Ele tem um filho para criar- disse Hellen ao juiz. O filho do casal, que se chama Gabriel, nasceu em 23 de março deste ano. Ela ficou grávida durante uma visita íntima a Mohammed no presídio.
O crime ocorreu na tarde do dia 26 de julho de 2008, em um apartamento de classe média na região leste da capital goiana. Cara Burke foi morta a facadas e depois teve a cabeça e os membros decepados. O tronco foi colocado em uma mala de viagem e jogado às margens do Rio Meio Ponte, em Goiânia. Cabeça, braços e pernas foram jogados no Ribeirão Sozinha, próximo à cidade de Bonfinópolis, a 33 quilômetros da capital. O Instituto Médico Legal identificou a garota com base nas impressões digitais.
Mohammed contou que conheceu Cara Burke na Inglaterra. Ela teria vindo ao Brasil para se casar com ele para ajudá-lo a conseguir cidadania inglesa. Segundo testemunhas, os dois chegaram a morar juntos em Goiânia, mas sem envolvimento amoroso. A jovem teria ameaçado contar à mãe dele e à polícia que ele era usuário de drogas. Durante uma discussão, Mohammed aumentou o volume do som e a esfaqueou pelas costas. Depois colocou o corpo no banheiro e foi a uma festa, onde mostrou fotos da jovem morta tiradas pelo celular. No dia seguinte, ele esquartejou e escondeu o corpo numa mala e sacolas plásticas.


O Globo On Line

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Termina interrogatório de Mohammed


Terminou agora o interrogatório de Mohammed d’Ali. Com respostas monossilábicas e demonstrando apatia, Mohammed confirmou ao juiz Jesseir ao início do interrogatório ter matado e esquartejado a inglesa Cara Marie Burke, além de ocultar o cadáver dela. Ele disse que a mala preta e a faca usada no crime eram dele e que conheceu a vítima em Londres, na casa de um amigo, conhecido como Dudu. Segundo o réu, os dois eram amigos e, quando chegaram no Brasil, não namoraram nem tiveram relacionamento sexual. De braços cruzados, Mohammed disse que Cara saiu da Inglaterra com 16 anos e usava maconha e cocaína. No Brasil, o réu disse que Cara morou um mês com ele em um apartamento no Setor Universitário, e depois se mudou para o Jardim Novo Mundo, onde arrumou um namorado. Mohammed disse que Cara furtava celulares e bicicletas em Londres para comprar roupas “e fazer bagunça na rua”. À época do crime, Cara já morava em outro setor e o crime se deu após ela pedir a Mohammed para voltar a morar com ele. Pedido aceito, ele a chamou para ir a sua casa e ao chegar, a inglesa lhe pediu dinheiro emprestado ao que ele negou dizendo-lhe que não era seu pai e, em seguida, jogou 50 gramas de cocaína em cima da mesa. Diante disso, ela o criticou dizendo que ele não tinha dinheiro para lhe emprestar, mas tinha para comprar drogas. Cara teria avisado Mohammed que contaria o fato para a mãe dele e que chamaria um amigo da Rotam para buscar a droga e dar-lhe o dinheiro correspondente a ela. “Então eu liguei o som alto para atrapalhar a ligação, mas nem deu tempo porque quando ela foi ao telefone eu peguei a faca que estava usando para cortar o pó e enfiei nela”, comentou. Ele disse que já estava usando sob efeito do crack havia quatro dias e, somente algum tempo depois, se deu conta de que havia matado Cara. “Com uma das mãos eu tapei a boca dela e, com a outra, segurava a faca. Ela tocou na faca duas vezes, eu cheguei a morder o braço dela e ela a soltou”, detalhou.Questionado pelo juiz, não soube precisar quantas facadas deu em Cara “Só saí distribuindo pelo corpo”. Após matar a vítima, ele tomou banho e, em seguida, colocou o corpo da inglesa no banheiro e saiu de casa em direção à festa de uma amiga, no Setor Santo Hilário, onde permaneceu até as 10 horas da manhã do dia seguinteEle assumiu que, antes de ir para a festa, tirou fotos do corpo da vítima pelo seu aparelho celular. Depois de sair da festa, voltou para casa e começou a pensar em como faria para tirar o corpo de Cara de sua residência, ocasião em que decidiu que a esquartejaria. “Fui a um supermercado e comprei uma faca. Cortei primeiro a cabeça, depois os braços e, por fim, as pernas”, relatou. Mohammed afirmou que tinha duas malas em casa, as quais utilizou para colocar os membros e cabeça da vítima. Pegou primeiramente uma das malas, onde colocou membros e cabeça de Cara e, com o carro emprestado por um amigo, dirigiu-se ao Corrego Sozinha, onde a jogou. Em seguida, voltou ao apartamento e pegou a outra mala, que estava com o tronco da vítima, e a levou para o mesmo lugar. Ninguém descobririaMohammed assumiu para o juiz que pensava que ninguém descobriria o crime, haja vista que depois que voltou ao apartamento, o lavou com água, desifetante e água sanitária. Ele disse ainda que não contou o crime para ninguém. Em seguida lembrou a morte do pai. “Dizem que arrancaram as partes dele também, os olhos. Fiquei desgostoso da vida porque não tinha meu pai e minha mãe nunca estava em casa”.Sorrindo muito, Mohammed relatou em inglês, a pedido do juiz, o diálogo que teve com Cara a respeito da droga pouco antes de matá-la, além de afirmar que a mãe envia de Londres R$ 4 mil mensais para ele. Disse estar arrependido do crime e que está se sentindo melhor sem o uso de drogas. “Na hora é tudo muito bom, mas depois vem a depressão”, afirmou.ConversaO promotor Milton Marcolino, representante do MP, leu uma conversa que Mohammed teve com um amigo, de nome Abraham de Londres, via internet. Segundo descrição, no diálogo o réu chegou a falar :”Mano, eu matei essa puta em meu quintal, mas não acharam as partes porque eu as joguei num rio”. Na mesma conversa, Abraham informou a Mohammed que os jornais londrinos já estavam noticiando o fato e intitulando-o como “o crime do ano”, mas que ainda não se sabia quem era o culpado. “Mano ela não acreditou no que eu era capaz de fazer com uma pessoa. Você precisa ver como ela ficou linda sem braços, pernas e cabeças. Eu estou feliz porque estou vivo e ainda não fui preso”, acrescentou. Ainda durante a conversa Abraham disse que Mohammed “era doido” e que não deveria ter ido tão longe com a garota. O amigo pediu ainda que o réu deixasse o Brasil para não ser pego pela polícia.Implorando para Mohammed não mentir, a defesa perguntou se o réu se lembra de alguma coisa que o pai dele fez. “Só de ele colocando o relógio no meu braço e passeando comigo no carro de polícia. Toda vez que meu pai chegava, ele ligava a sirene e dava volta comigo no carro.” Quanto aos animais que criava, Mohammed disse que gostava de colocar o seu cachorro para brigar com outros. E afirmou: “eu pegava gatos na rua, amarrava o pescoço no alto do muro, fazia o cachorro alcançar o gato até o momento em que, tendo alcançado, o pit bull arrancava o pescoço do gato.” Quando isso acontecia, a “brincadeira” acabava com receio de o irmão brigar com ele. Perguntado pela defesa se cometeu outras crueldades desse tipo, Mohammed deu uma gargalhada e, questionado sobre o porquê do sorriso, respondeu: ”É que eu não acho nada horripilante”.Mohammed disse que chegou a falar para o irmão que quando a mãe deles morresse, ele o mataria. O estudante começou a roubar aos 15 anos para usar drogas e “ir para o frevo”. Em relação à ausência da mãe, que mora em Londres, Mohammed disse: “Acho que ela manda dinheiro para mim como foma de compensar a falta dela, mas em vez disso eu prefiro a presença dela.” Ao final do interrogatório, Mohammed disse que tem vontade de se tratar e afirmou ter consciência de que, caso condenado, esse tratamento poderia ser realizado estando ele recluso.

Acompanhe o julgamento pelo Diário da Manhã de Goiânia:http://www.dm.tv/

SP: Crianças trabalham catando lixo

Pesquisa mostra que reciclagem emprega crianças

SÃO PAULO - As empresas de reciclagem são as maiores empregadoras de mão de obra infantil, diz um estudo encomendado pela Fundação Telefônica, com 5,6 mil crianças e adolescentes de 17 municípios paulistas - a capital foi excluída. Entre eles, 3,7 mil disseram ter algum tipo de trabalho, dos quais 70,8% nas ruas e/ou semáforos, entre malabares, flanelinhas e vendedores. A maioria (77,9%), porém, passa dias e noites catando lixo, uma das piores formas de trabalho infantil. Desses, 56,5% têm entre 5 e 9 anos.
"O fato de a maioria exercer uma atividade tão insalubre quanto catar lixo e de começar tão jovens nos surpreendeu", diz a responsável pela pesquisa, Vera Masagão Ribeiro, coordenadora de programas da ONG Ação Educativa. Os irmãos M.L., de 11 anos, A.L., de 13, e M.L., de 14, não conheceram infância sem trabalho. A mãe morreu, em 1999, e eles foram morar com a avó, aposentada por invalidez e com renda mensal de um salário mínimo. Sem alternativa, os três foram para a rua trabalhar como catadores. "O juizado de menores vivia vindo aqui, mas o que eles queriam que eu fizesse?", diz a avó A.M.S, de 57 anos. "Eu não tenho como sustentá-los." Ela recebe R$ 120 do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Já era previsto que o trabalho infantil fosse apontado pelo levantamento, mas os pesquisadores não esperavam índice tão alto: 67%. A legislação brasileira proíbe o trabalho a menores de 14 anos. Jovem entre 14 e 16 anos pode trabalhar como aprendiz; entre 16 e 18 anos o trabalho é permitido, mas são vetadas atividades insalubres e degradantes - revirar o lixo nas ruas está entre elas. Vera defende a formalização do trabalho de catadores pelos municípios. "Quanto mais formal a atividade, menos chance terá de empregar mão de obra infantil", diz.

Fonte: O Estado de S. Paulo.
Verbratec© Desktop.