sábado, 10 de abril de 2010

Criança de 10 anos que está grávida internou-se para fazer aborto


Menina vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto há 2 anos; a unidade é referência na rede pública estadual de saúde para os casos de aborto previstos em lei

A criança de que vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto nos últimos dois anos foi internada na tarde desta sexta-feira (9) no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no bairro da Encruzilhada fazer um aborto legal.
A unidade é referência na rede pública estadual de saúde para os casos de aborto previstos em lei. O atendimento à criança está sendo prestado por uma equipe formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.
“Não é um procedimento de risco, é um procedimento tranqüilo, é o que usamos conforme protocolo do Ministério da Saúde. A recuperação é tranqüila, por volta de 24h ou 48h a paciente é liberada”, informou Fátima Maia, diretora do Cisam.
O aborto é previsto em casos de estupro, como o dela. Ela e a mãe passaram a manhã quase toda no Centro de Referência Especializado de Assistência Social, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes.
“Serão feitos os encaminhamento para ser realizado o procedimento e a gente vai acompanhar para que nenhum direito dessa menina seja violado”, declarou o conselheiro tutelar Eduarte Fabrício.
A advogada do Centro, Aline Tavares , disse que a menina, 10 anos, está recebendo assistência nas áreas jurídica, psicológica e social, e que a criança está muito abatida: “a criança se apresenta bastante fragilizada, com muita dificuldade de verbalização, de passar informações básicas, como o nome. A gente pede essa solidariedade por parte da sociedade e garantir a proteção dela”.
Os abusos sexuais aconteciam dentro de casa. A mãe, que é empregada doméstica, passa o dia fora de casa – momento que o padrasto aproveitava para cometer o crime. Ela foi identificada com gravidez de quatro meses, e os médicos não sabem informar se ela prejudicará a saúde da menor. A gravidez foi constatada na manhã da última quinta-feira (8), após uma ultrassonografia que foi realizada depois da criança reclamar de dores de estômago.


pe360graus

Bebê de cinco meses morre em creche da Zona Sul de SP


SÃO PAULO - Um bebê de 5 meses morreu numa creche no bairro Jardim Vale das Virtudes, região de Capão Redondo, na zona Sul de São Paulo. Era o terceiro dia que a criança ficava no local. Segundo informações, a creche não tinha licença da Prefeitura para funcionar.
A mãe da criança, Elis Pereira, contou que deixou a filha Marina na creche por volta de 7h desta quinta-feira. Por volta de 15h, a outra filha dela, de 12 anos, recebeu uma ligação de uma funcionária da creche avisando que a criança estava passando mal.
De acordo com boletim de ocorrência, uma funcionária da creche identificada como Magali foi acordar a criança e percebeu que a menina não se mexia. A dona da creche fez massagens e respiração boca a boca na criança, mas ela não reagia. Eles decidiram, então, levá-la a um pronto-socorro. Segundo o boletim de ocorrência, a criança morreu na creche.

- Entregamos a criança boa para a creche e recebemos ela morta, sem uma explicação - disse o pai da menina, José Roberto de Almeida.

Nesta sexta-feira, a creche Pequenos Anjos não abriu. Um aviso escrito à mão e pregado na porta informava que a creche estava fechada por motivo de luto.
Os donos da creche não foram localizados. A polícia considera a morte suspeita.


CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA


RELEASE DO EVENTO

O Centro de Valorização da Vida, através do seu programa de apoio emocional e prevenção do suicídio – CVVWEB – realizará no próximo dia 24 de abril curso gratuito para novos voluntários destinados a atendimento pela Internet.
No dia do evento será apresentada a filosofia da entidade e a forma de conduta a ser Seguida pelo voluntário.

Requisitos: ter mais de 18 anos; possuir computador com banda larga e ter disponibilidade para um plantão semanal de 3 horas de duração a ser realizada na própria residência, disposição para ajudar o próximo e abertura para o autoconhecimento.

Local: Av. Brigadeiro Luis Antonio 4.348 (três quadras abaixo da Av. Brasil);
Horário: das 13h30 às 17h30.

Local de fácil acesso a pessoas com dificuldades de locomoção

Inscrições pelo site: http://www.cvvweb.org.br/.

Para maiores informações acesse o link “Fale Conosco” do site acima.

Enviado por e-mail pelo Adm. CVVWEB

Sean só voltará se juiz dos EUA ordenar, diz advogado do pai


São Paulo - O advogado do americano David Goldman, pai de Sean Goldman, 9 anos, disse na quinta-feira que o menino só retornará ao Brasil por decisão da Justiça americana, independentemente da posição do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu liminar que ordena a volta da criança ao País. A medida, entretanto, depende da análise dos demais integrantes do Supremo. Ainda não há data prevista para o julgamento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o advogado Ricardo Zamariola, a Convenção de Haia sobre sequestro internacional de menores determina que a Justiça do país de residência habitual da criança deve decidir sobre a guarda. Dessa forma, apenas um juiz americano poderia determinar seu retorno ao Brasil. Já Sergio Tostes, que representa a família brasileira de Sean, afirma que "é impensável que a grande democracia do mundo ocidental deixe de cumprir aquilo que a Justiça brasileira decidir". Tostes disse que a posição de Zamariola "representa um desrespeito tanto à soberania da Justiça brasileira quanto aos princípios internacionais de respeito a decisões judiciais".

Braga


Animais de Lego habitam zoológico

Os novos moradores do Zoológico da Filadélfia não têm grades ou cercados para os separar dos visitantes. Os 10 animais, todos ameaçados de extinção, não oferecem risco para as pessoas, pois são de… Lego!


No sábado, 10 de abril, começa a exposição Creatures of Habitat: A Gazillion-Piece Animal Adventure, composta por animais em tamanho real, feitos por milhões das famosas pecinhas de plástico, que fazem parte das lembranças da infância de muita gente. Os animais têm a assinatura do especialista em lego Sean Kenney.



A mostra, que faz parte da comemoração do 150° aniversário do zoológico, pretende conscientizar as pessoas através de explicações e atividades interativas sobre os animais em risco de extinção.



Margarida

Exercícios físicos não compensam danos causados pelo álcool, diz estudo


Pesquisadores ingleses dizem que atividade física pode até ajudar a diminuir efeitos de uma ressaca, mas não é capaz de deter os danos causados pela bebida no organismo

O exercício físico pode ser uma boa alternativa para ajudar a curar uma ressaca, mas ele não é capaz de deter os danos causados pela bebida ao longo dos anos. Essa é a conclusão de uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde da Inglaterra.
O estudo – feito com 2.421 adultos – mostrou que quase 60% dos bebedores da Inglaterra praticam exercícios regularmente. A pesquisa também constatou que uma em cada cinco pessoas bebe mais que o dobro da quantidade diária recomendada (para as mulheres, isso seria dois pequenos copos de vinho e, para os homens, três).
O objetivo do governo inglês é fazer uma campanha para conscientizar as pessoas de que, apesar da atividade física fazer você se sentir melhor, ela é incapaz de reduzir os danos causados pelo excesso do consumo de álcool.
O ministro da Saúde Pública da Inglaterra, Gillian Merron, disse que todo mundo sabe que a participação regular em uma atividade física é importante para manter a boa saúde, mas uma noite de bebedeira não é “apagada” do organismo no treino do dia seguinte. “O danos para quem bebe regulamente aparecem de forma lenta. Quando você vê, já é tarde demais", diz Merron
Ian Gilmore, presidente do Royal College of Physicians e presidente da Health Alcohol Alliance, disse que é animador saber que as pessoas buscam na atividade física uma vida mais saudável, mas que é evidente que a extensão dos danos que o álcool pode causar para o corpo não é de conhecimento da maioria das pessoas.
"Se as pessoas continuarem a beber acima dos limites de segurança, o exercício físico regular não vai deter o aparecimento de problemas hepáticos e outras doenças relacionadas com o álcool”, diz.


O filho possível

AMOR DE MÃE
Cristiane Nascimento e seu filho Lucas, na UTI da Divisão de Neonatologia do Caism, na Unicamp. Ela sussurra palavras de amor, e o coração dele acelera

Acompanhamos uma UTI neonatal que trabalha com cuidados paliativos. Nela, a medicina faz diferença mesmo quando não há cura

A fotografia acima mostra Cristiane Nascimento minutos depois de saber que não há cura para seu filho. Lucas tem câncer. O tumor no cérebro nasceu com ele. Na cirurgia, não foi possível arrancá-lo por completo. No dia desta foto, 22 de janeiro, Lucas completava 2 meses. As imagens eternizam sua história. Não a história com que Cristiane sonhou. Mas a história possível.
Ao dar à luz, mulheres como ela precisam se desprender do filho sonhado para alcançar o filho real. Com a ajuda da equipe de cuidados paliativos, Cristiane aprende a valorizar cada detalhe da vida de seu bebê, não importa o tamanho que ela tenha. Como neste momento, ao aconchegar o filho no colo e sussurrar que o ama. O aparelho da UTI mostra que, mesmo em coma, ao ouvir a voz da mãe o coração do filho bate mais rápido.
Lucas está numa UTI diferente. A Divisão de Neonatologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), da Universidade de Campinas (Unicamp), pratica os cuidados paliativos no tratamento de bebês malformados ou com doenças graves. Todos os esforços são empreendidos para curar. Quando não é possível, a equipe suspende tratamentos invasivos e dolorosos – e amplia os cuidados com a família e com o luto. Cada bebê tem uma história. E é preciso cuidar bem dela.

Nesta semana, entra em vigor no Brasil o novo Código de Ética Médica. Pela primeira vez, a prática dos cuidados paliativos foi incluída entre as normas que os médicos devem seguir na profissão. Se é novidade no tratamento de doentes terminais adultos, nas unidades neonatais a prática dos cuidados paliativos é uma raridade ainda maior. A experiência da Unicamp tem derrubado preconceitos – e alterado destinos.

A cada ano, 45 mil brasileiras perdem seus filhos antes que eles completem 365 dias de vida. A essas mulheres, os profissionais de saúde costumam afirmar, com a força das verdades absolutas: “Você é jovem, vai ter outro filho”. Ou: “Você nem teve tempo de se apegar, vai superar”. Parentes e amigos repetem a toda hora essas frases. Omitem- se de escutar a dor. E calam o luto de quem precisa vivê-lo para seguir adiante. A morte nos assombra a todos. Mas a perda de um bebê é o avesso da lógica. Ninguém espera que quem acabou de nascer possa morrer. Um filho não é apenas uma combinação única dos genes dos pais, mas a soma de seus melhores desejos de continuidade. Isso faz com que essa morte seja a menos aceita – e a mais silenciada.
Até 2001, a neonatologia do Caism era mais uma das unidades do país a acreditar que a função de profissionais de saúde limitava-se a curar doenças. Centro de referência para 42 municípios paulistas, ele acolhe os casos mais graves de malformação fetal e bebês prematuros. A morte, portanto, não é uma estrangeira em seus corredores. Mas só por descuido da recepcionista os médicos encontravam-se com os pais após a perda dos filhos. Era no setor de óbito que a família recebia a notícia, da boca de desconhecidos.
Quem mudou essa prática e transformou a unidade em algo novo no Brasil foi um bebê. Ele parava de respirar dezenas de vezes por dia. A cada uma, era preciso reanimá-lo. A equipe passou a conviver com a iminência de sua morte – e com o medo do plantonista de não conseguir revivê-lo. Não havia cura. Mas ninguém queria que ele morresse em seus braços.
Como cuidar desse bebê? Deveriam parar de reanimá-lo ou continuar prolongando seu sofrimento? A quem caberia decidir? E como conversar com os pais? As perguntas infiltraram-se no cotidiano da enfermaria. Tanto que exigiram respostas que ninguém ali tinha, apesar dos muitos diplomas e das décadas de experiência.
Sem poder conviver com tantos pontos de interrogação, a equipe buscou ajuda. Convidou a psicóloga Elisa Perina para dar uma palestra sobre a morte. Elisa trabalha há quase 30 anos no Centro Infantil Boldrini, em Campinas, uma referência no tratamento de crianças e adolescentes com câncer. É uma das precursoras da prática dos cuidados paliativos no Brasil.
Com Elisa, a equipe descobriu que a questão era mais difícil do que poderiam supor. Os profissionais não poderiam lidar com a morte de um bebê se antes não lidassem com a perspectiva da própria morte. “Antes de abrir espaço externo, é preciso abrir o interno”, diz Elisa. Foi um longo caminho até a equipe estar preparada para cuidar de bebês como Lucas para além da perspectiva da cura.

A conversa de Cristiane
Cristiane torce as mãos, nervosa. Na sala a esperam duas pediatras, psicóloga e assistente social. Estão ali para explicar a Cristiane que o câncer de Lucas não tem cura – e que a família pode contar com elas para garantir conforto. Não apenas emocional, mas prático.
A primeira preocupação da equipe é iluminar as dúvidas da mãe, para que a dor não seja agravada por incertezas de diagnóstico. É importante que a família esteja segura de que todos os recursos da medicina foram usados na tentativa de curar o bebê. A certeza de ter feito tudo o que era possível é essencial para a saúde dessa família no presente – e no futuro.
Cristiane faz muitas perguntas. Todas são respondidas com informação – e com afeto. “Se não tiver jeito de curar, eu e meu marido preferíamos que nosso bebê não fizesse outras cirurgias”, diz ela. E engole soluços.
Ela conta que não consegue cuidar de seu filho mais velho. Que tem poupado os familiares das informações mais duras e sente que pode implodir de dor. Que o marido tem vindo pouco ao hospital porque estava desempregado e só tinha conseguido trabalho fazia duas semanas. Que a vida está muito, muito difícil.
A pediatra Jussara de Lima e Souza, coordenadora do grupo, diz: “Você precisa deixar os outros cuidarem de você. Você está cuidando de todo mundo, e eles não sabem quanto você está sofrendo. Sem saber, não podem ajudar. Nós podemos cuidar para que o Lucas não sinta dor, mas não podemos fazer com que sobreviva. O que podemos é ajudar você e sua família a passar por isso”.
A conversa dura duas horas. Cristiane decide levar o filho mais velho ao hospital, para que ele possa conhecer o bebê e entender aonde a mãe vai todos os dias. Até então, o menino pensa que a mãe o abandona para se divertir com um irmão desconhecido. A assistente social coloca-se à disposição para conversar com o patrão do marido e encontrar uma forma de liberá-lo por algumas horas. A mãe pode passar a noite num dos alojamentos quando quiser ficar mais com Lucas. Cristiane é estimulada a pensar sobre tudo o que lhe daria conforto. Médicos, enfermeiras, assistentes sociais e psicóloga podem ser contatados a qualquer momento.
É uma conversa entre uma equipe de saúde e a mãe de um bebê com câncer. É uma conversa entre pessoas dispostas a alcançar a dor do outro. A informação mais importante para Cristiane é que ela não está sozinha. “Você está cuidando do Lucas da melhor maneira possível”, diz a assistente social Elaine Salcedo. “Vocês têm uma história, que vai ficar com você, seja o que for que aconteça.”
Quando a conversa termina, Cristiane decide almoçar. Nos últimos dias, só comia quando passava mal. A equipe mostra a ela que precisa comer para ser capaz de cuidar de Lucas. E que é importante – e não errado – cuidar de si mesma.
Cristiane coloca Lucas no colo. É a foto que abre esta reportagem. Lucas morreu em 15 de março. Esta foto é, para Cristiane, a lembrança de que ele viveu.


E por falar na Miriam Brandão



Um dos seus assassinos, o Wellington, teve a pena extinta e virou pastou: já é dono de 3 igrejas!!!!
Sequestrou, incendiou viva uma criança de 5 anos, e hoje ganha a vida contando seu feito! aliás, Guilherme de Pádua também! com todo respeito aos fiéis iludidos, parece que se tornou final de carreira para psicopatas assassinos, virar pastor!


Bem que Jesus podia voltar à terra e expulsar de novo, a chicotadas, esses vendilhões do templo!

COMPLEMENTO:
Aqueles que não vestem a carapuça não deviam se sentir ofendidos: quem ofende os pastores sérios são esses criminosos que se utilizam de uma carreira respeitável para acobertar sua psicopatia e lucrar com os crimes cometidos.
Foi gente semelhante a eles que Jesus expulsou do templo a chicotadas!

Gloria Perez


de tudo um pouco

Família adotiva dos EUA 'devolve' menino russo de 7 anos em avião e provoca crise



Eles alegaram que o garoto era violento e ameaçou queimar casa.
Governo russo fala em suspender adoções por famílias americanas.


O governo da Rússia ameaçou nesta sexta-feira (9) suspender todas as adoções feitas por famílias americanas, depois que um garoto russo de 7 anos, adotado por uma mulher do Tennessee, foi mandado sozinho para Moscou com passagem só de ida, com um "recado" explicando que ele era violento e tinha sérios problemas psicológicos.
O garoto, Artyom Savelyev, foi colocado no avião por sua avó adotiva, Nancy Hansen, da cidade de Shelbyville.
"Ele desenhou nossa casa queimando e disse a todo mundo que iria queimar a casa com a gente dentro", explicou ela. "Eu tinha de temer pela nossa segurança."
O chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, disse que a atitude foi "a gota d'água" em uma série de problemas do gênero, incluindo três casos de crianças russas que morreram nos EUA.
O embaixador dos EUA na Rússia, John Beyrle, disse que estava chocado com a história e "furioso" com a atitude da família.


G1

Mãe volta a acorrentar filho de 13 anos viciado em crack em SP


SÃO PAULO - O garoto de 13 ano s que foi acorrentado em casa pela mãe para que ficasse longe do vício do crack voltou a ficar aprisionado em sua residência, em Piracicaba, a 168 quilômetros da capital paulista. A mãe voltou a tomar a atitude depois que o garoto abandonou o tratamento em uma clínica de Sumaré e voltou para casa. Nesta quinta-feira, ele roubou um videogame na casa de uma vizinha e foi parar na delegacia.
Há três semanas o garoto, viciado em crack há um ano, tinha sido acorrentado a uma cadeira. A atitude foi tomada pela mãe, que estava desesperada. Sem conseguir atendimento público para o vício, a única forma de manter o filho em casa, segundo a mãe, era acorrentá-lo.
Uma clínica de tratamento de dependentes químicos de Sumaré ofereceu acolhimento, mas o jovem permaneceu poucos dias lá. Ele abandonou o tratamento e voltou para a casa. A mãe chegou a mandá-lo para São Paulo para ficar com o pai, mas ele voltou para Piracicaba.


sexta-feira, 9 de abril de 2010

Menina de 10 anos, que está grávida de padrasto em Pernambuco, deve fazer aborto legal


RECIFE - A criança de que vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto nos últimos dois anos irá fazer um aberto legal, de acordo com o Conselho Tutelar. Essa ferramenta é prevista em casos de estupro, como o dela. Ela e a mãe passaram a manhã desta sexta-feira quase toda no Centro de Referência Especializado de Assistência Social, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. O padrasto está preso.
A advogada do Centro disse que a menina, que tem 10 anos, está recebendo assistência nas áreas jurídica, psicológica e social, e que a criança está muito abatida.
Os abusos sexuais aconteciam dentro de casa. A mãe, que é empregada doméstica, passa o dia fora de casa - momento que o padrasto aproveitava para cometer o crime.
Ela foi identificada com gravidez de quatro meses, e os médicos não sabem informar se ela prejudicará a saúde da menor. Segundo os médicos, ela tem dificuldade em falar sobre os abusos.A gravidez foi constatada na manhã da última quinta-feira, após uma ultrassonografia que foi realizada depois da criança reclamar de dores de estômago.
No ano passado, o caso de uma menina de 9 anos, também estuprada pelo padrasto, ganhou repercussão internacional. Grávida de gêmeos, ela foi submetida a aborto e o arcebispo de Olinda e Recife dom José Cardoso Sobrinho anunciou a excomunhão de médicos e profissionais que participaram do procedimento. Ele disse na ocasião que "o aborto é mais grave do que o estupro". Dom Dedé, como era conhecido, se aposentou no ano passado e foi sucedido pelo beneditino dom Fernando Saburido.

Globo

SÃO PAULO - O padre alemão Benedikt Lennartz, de 41 anos, pároco de Craíbas, município a 160 km de Maceió, foi denunciado nesta quinta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas por crime de pedofilia na internet. As investigações tiveram início em maio de 2009, quando foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) a operação Turko, que visa combater a pornografia infantil na internet. Na casa do padre, a polícia encontrou 1,3 mil fotos com cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo adolescentes; a maioria, do sexo masculino. Trata-se do quarto caso de pedofilia envolvendo religiosos de Alagoas em menos de um mês.

A perícia apurou que foram encontrados indícios de navegação em pelo menos 10 sites de conteúdo pornográfico infantil. Também apurou que Lennartz tem uma conta em uma destas páginas, cujo pagamento para ter acesso foi feito na própria rede.

A denúncia foi feita pelo Procurador da República Samir Cabus Nachef Junior, do MPF na capital alagoana.

- Considerando que a aquisição do material pornográfico pelo réu foi feita pela internet e que ele acessou diversos sites estrangeiros com tal conteúdo e salvou as imagens em seu computador, tudo isso prova claramente a internacionalidade da conduta delituosa - assegura o procurador.

A PF chegou ao padre a partir de uma denuncia envolvendo a publicação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes em uma página do Orkut, cujo usuário do perfil era um adolescente de 14 anos. Foram realizadas buscas na residência do garoto e no local de onde acessava a internet: a casa onde mora o pároco Benedikt Lennartz. As imagens foram encontradas apenas na casa do padre. De acordo com o procurador, o religioso disse não ter conhecimento da existência das fotos.

- Se fossem duas ou três fotos, dava para acreditar. Mas ter 1,3 mil fotos de conteúdo pornográfico infantil e não ter conhecimento? As provas estão robustas e devem levá-lo à condenação - garante o procurador.

O padre teve seu passaporte alemão apreendido pela PF em maio de 2009, quando as investigações tiveram início. Por causa disso, o religioso, que tem visto de permanência no Brasil, está impossibilitado de deixar o país até que responda pela acusação. Ele não foi preso e até esta quinta-feira, trabalhava normalmente como pároco de Craíbas.

De acordo com o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, o padre pode cumprir pena de reclusão de até 4 anos, além de pagar multa. A pornografia infantil e a pedofilia são crimes previstos em convenção internacional promulgada pelo Decreto Presidencial nº 99.710, de 1990. Na convenção, os Estados comprometem-se a proteger a criança contra todas as formas de exploração e abuso sexual, tomando todas as medidas de caráter nacional, bilateral e multilateral para impedir incentivo ou coação para que uma criança se dedique a qualquer atividade sexual ilegal; a exploração da criança nessas práticas e também em espetáculos ou materiais pornográficos.
Trata-se do quarto caso de pedofilia envolvendo religiosos de Alagoas em menos de um mês. Em março, os monsenhores Luiz Marques, Edílson Duarte e Raimundo Gomes, se envolveram em um escândalo sexual na cidade de Arapiraca e foram afastados das atividades religiosas pelo bispo Dom Valério Brêda. Os padres são acusados de pedofilia e de praticarem sexo com coroinhas.
Um vídeo mostra imagens do monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, mantendo relações sexuais com um jovem identificado como Fabiano Ferreira. As imagens dos atos sexuais foram divulgadas em um programa de TV. O monsenhor Luís Marques aparece sem roupas com Fabiano na cama. Três ex-coroinhas: Fabiano, Flávio e Anderson foram entrevistados no programa, além de um menino de 11 anos. Eles denunciaram o assédio feito pelo monsenhor Raimundo nas dependências da igreja.

Globo

Ratinho responde a críticas sobre matéria com Guilherme de Pádua


O apresentador Carlos Massa, o Ratinho, usou o Twitter para responder sobre criticas recebidas por causa da exibição de uma entrevista com o ex-ator Guilherme de Pádua. O entrevistado foi preso após ser condenado pelo assassinato de Daniella Perez, a filha da autora Glória Perez, no ano de 1992.
Na página do microblog, Ratinho citou o nome do autor de novelas Aguinaldo Silva, que nesta manhã se manifestou a respeito da matéria veiculada no programa. "Aguinaldo Silva, grande novelista da Globo que sempre admirei, me critica como se a empresa pra quem ele presta serviço nunca tivesse entrevistado bandido. Vou repetir. A matéria foi com a intenção de perguntar pra sociedade se ela daria uma segunda chance a ex-criminosos, como por exemplo o Guilherme Pádua", postou.
Ele ainda afirmou que a entrevista só ganhou destaque porque se tratava de famosos. “Será que se o entrevistado tivesse assassinado a filha de trabalhador comum os famosos se manifestariam? Claro que todos têm o direito de se manifestar, mas não acho que há necessidade de críticas à minha pessoa e nem ataques verbais".
Aguinaldo Silva reprovou a decisão da produção do programa de entrevistar ex-condenados. Ele também usou o Twitter para reclamar: “Quem será o próximo? Fernando Beira-Mar? O casal Nardoni? Se Ratinho quer levantar a audiência à custa de baixarias, que tal psicografar uma entrevista com Hitler? Médium pra isso é o que não falta. Mas o que é que pode se esperar de um cara que usa o codinome de Ratinho?”.

Adoções caíram 32% de 2008 para 2009

Fabiana e Leandro Gadêlha, pais biológicos de Valentina (e), adotaram Miguel, que tem síndrome de Down: "Um ato de amor

No DF, há 427 candidatos na fila para adotar uma criança, mas boa parte deles quer bebês, enquanto a maioria dos meninos e das meninas cadastrados é mais velha

Sonhar com um novo lar é rotina para as 158 crianças brasilienses abandonadas pelos pais biológicos. Enquanto isso, 427 famílias estão na fila de espera para a adoção. Essa é uma equação matemática que parece simples, mas infelizmente é quase impossível de ser resolvida. A maioria dos meninos e meninas que aguardam a chance de serem adotados tem mais de 5 anos, pele morena ou negra e foi vítima de violência doméstica ou sexual. Os candidatos a pais querem recém-nascidos brancos e saudáveis. A discrepância entre as crianças reais e aquelas imaginadas pelas famílias cadastradas deixa mais distante a solução do problema. Por isso, o número de adoções vem caindo. No ano passado, houve 180, número 32% inferior ao registrado em 2008 (265).
Os dados foram divulgados ontem pela Vara da Infância e da Juventude (VIJ) e ainda não refletem as mudanças na lei da adoção — que só entraram em vigor em novembro do ano passado. Para especialistas, as restrições impostas pelos próprios interessados em adotar são a principal causa da queda do número de inserções em famílias substitutas. Hoje, só existe uma criança menor de 2 anos cadastrada em Brasília para adoção. Já os maiores de 12 anos são 103, ou 65% do total. Atualmente, não há qualquer família interessada em adotar meninos ou meninas nessa faixa etária.
Em 62% dos 180 processos concluídos no ano passado, os pais não estavam inscritos no cadastro da VIJ. Essa era uma prática antiga no DF e no Brasil: a mãe interessada em entregar o bebê para adoção indicava a pessoa que ficaria responsável pela criança. Mas, com a Lei nº 12.010/09 (Leia O que diz a lei), o costume foi proibido. Só há três possibilidades em que os novos pais não precisam estar no Cadastro Nacional da Adoção: quando o interessado é padrasto ou madrasta da criança, quando é membro da família ou se tiver a guarda legal há mais de três anos.
O supervisor da Seção de Adoção da Vara da Infância e da Juventude, Walter Gomes, lamenta o interesse restrito das famílias habilitadas para acolher uma criança. “O que precisamos fazer hoje é uma desconstrução da cultura da adoção no Brasil. Hoje, as famílias pensam apenas nos recém-nascidos, brancos e saudáveis. Mas a adoção tem que ser voltada para quem precisa”, defende Gomes. “Enquanto isso, crianças com histórico de violência, de pele escura, adolescentes ou pessoas com necessidades especiais têm poucas chances de serem adotados.”

Bom exemplo
A advogada Fabiana Gadêlha, 32 anos, e o administrador Leandro Gadêlha, 29, são uma exceção. Pais biológicos de Valentina, 3, o casal se habilitou para adotar uma criança em 2007, com a condição de que ela tivesse até 3 anos e fosse saudável. No ano passado, Fabiana conheceu um grupo paulista que defende a adoção tardia e o acolhimento de crianças com deficiências.
“Percebi que a espera pela adoção é como uma gravidez. Quando a gente está grávida, enfrenta o risco de o bebê nascer com algum problema. Por que na adoção isso tem que ser diferente?”, questiona Fabiana. Em setembro passado, o casal adotou Miguel, que tem síndrome de Down. O menino tem hoje 1 ano e 3 meses. “A adoção é um ato de amor, não é um ato humanitário”, ensina a mãe.

O que diz a lei
Principais pontos da Lei nº 12.010/09, que traz as novas regras da adoção:
# Na impossibilidade de permanência na família natural, a criança e o adolescente serão colocados para adoção.
# O Estado deve proporcionar assistência psicológica e médica à gestante e à mãe interessada em entregar seu filho para a adoção, no período pré e pós-natal.
# As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.
# A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não deve ser superior a dois anos.
# A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência.
# Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta.

Cadastro Nacional tem 5,2 mil nomes
A diferença entre o número de crianças na fila de espera e a quantidade de pais interessados na adoção é grande no DF, mas a discrepância é ainda maior em todo o Brasil. Existem hoje 5,2 mil meninos e meninas no Cadastro Nacional de Adoção, enquanto 27 mil pais sonham com um filho. A lei da adoção foi criada para tentar acelerar o acolhimento pelas famílias substitutas, mas os primeiros impactos só serão registrados nos dados consolidados de 2010.
O chefe do Setor de Adoção da Vara da Infância e da Juventude (VIJ), Walter Gomes, conta que a cultura já começou a mudar. “Praticamente acabaram os pedidos de adoção consensual, em que a família era indicada pela genitora, mas não estava habilitada. A partir de agora, vamos trazer para o contexto da mediação judicial toda e qualquer adoção. Assim, evitamos acolhimentos ao arrepio da lei e acabamos com a possibilidade de tratativas comerciais relacionadas à adoção. A Justiça e o Ministério Público passam a ser mediadores de toda e qualquer adoção”, explica Gomes.
Isso vai beneficiar principalmente os pais que estão na fila de espera, já que 70% dos recém-nascidos nem sequer chegavam a ser cadastrados. “Com a nova lei, essas crianças terão que ser acolhidas sob as regras legais, longe da informalidade”, acrescenta o chefe do Setor de Adoção da VIJ


Resgate suspende participação de cães nas buscas


Animais não estavam se sentindo bem por causa do cheiro do gás metano que sai do lixão

Os cachorros envolvidos nas buscas aos corpos das vítimas no morro do Bumba, em Niterói, região metropolitana do Rio, tiveram que sair das equipes de resgate. Três animais passaram mal porque estavam inalando o forte cheiro do gás metano que sai do lixão que há no local.
O resgate usava oito animais da Companhia de Cães da Polícia Militar para encontrar as vítimas dos desabamentos que estão sob os escombros. As equipes de buscas encontraram, por volta das 11h40 desta sexta-feira (9), o corpo de mais uma vítima dos deslizamentos na região, uma mulher que devia estar em uma casa com mais 30 pessoas.
Com ela, sobe para 18 o número de mortos só na região do morro do Bumba. Niterói é o município com o maior número de vítimas, onde já morream 108 pessoas e 43 ficaram feridas em deslizamentos e alagamentos. Na capital fluminense, foram registradas 57 mortes e 57 feridos. Em São Gonçalo, 16 pessoas faleceram e outras 18 ficaram feridas. Com a vítima da manhã desta sexta, sobe para para 185 o número de mortos. Outras 161 pessoas ficaram feridas, totalizando 344 vítimas.
A Prefeitura de Niterói decidiu arcar com os custos dos enterros das vítimas de deslizamentos em consequência das chuvas que atingiram o município. Com isso, as famílias das vitimas estão isentas de pagar qualquer taxa e as despesas com transporte e a transferências dos corpos.
Segundo o secretário de Saúde de Niterói, Alkamir Issa, todas as vítimas terão direito a um sepultamento digno e, à medida que os corpos vão sendo liberados do IML Instituto Médico Legal), são encaminhados aos cemitérios.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Sveiter, declarou que aqueles que forem cobrados pelo enterro de amigos ou parentes, entrem na Justiça.
- Se alguém cobrar pelo enterro basta a pessoa ir procurar o juiz, que eu vou mandar prender. Lugar de bandido é na cadeia.
Segundo o secretário de Saúde de Niterói, Alkamir Issa, todas as vítimas terão direito a um sepultamento digno e, à medida que os corpos vão sendo liberados do IML Instituto Médico Legal), são encaminhados aos cemitérios.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Sveiter, declarou que aqueles que forem cobrados pelo enterro de amigos ou parentes, entrem na Justiça.
- Se alguém cobrar pelo enterro basta a pessoa ir procurar o juiz, que eu vou mandar prender. Lugar de bandido é na cadeia.

Cachorro resgatado com vida reacende esperança de encontrar sobreviventes
Animal estava sob os escombros do morro do Bumba, em Niterói

Os bombeiros que trabalham no morro do Bumba, em Niterói, região metropolitana do Rio, encontraram na tarde desta sexta-feira (9) um cachorro com vida sob a lama. Um deslizamento de terra ocorrido na noite da quarta-feira (7) destruiu várias casas e provocou a morte de muitos moradores. Até o início desta tarde cerca de 22 corpos já haviam sido encontrados.
O resgate do cachorro deu esperanças aos bombeiros, que acreditam que possam encontrar pessoas vivas mesmo depois de três dias soterradas. Ao menos três oficiais gritavam:
- Nada é impossível, nada é impossível.
O cachorro vira-lata foi reconhecido por alguns moradores do morro, que disseram que o nome do animal é Nick. Não se sabe se os moradores da casa também estavam sob os escombros.
O bombeiro Orlando Gomes contou que só encontrou Nick depois que ouviu os latidos do animal. Após ser resgatado, o cachorro foi examinado e passava bem.

Mortes
Segundo a Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, o número de mortos em consequência das chuvas subiu para 195 nesta sexta-feira. Outras 161 pessoas ficaram feridas, totalizando 351 vítimas.
Niterói é o município com maior número de vítimas, onde 115 pessoas já morreram e 43 ficaram feridas em deslizamentos e alagamentos. Na capital fluminense foram registradas 60 mortes e 57 feridos. Em São Gonçalo, 16 pessoas morreram e outras 18 foram feridas pelas chuvas.
No morro do Bumba a Defesa Civil interditou 60 casas. No Rio, o IML (Instituto Médico Legal) triplicou o número de funcionários para atender a demanda de corpos que chega na unidade.
Nesta quinta-feira o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que vai priorizar Niterói na distribuição de verbas liberadas pelo governo federal. O Estado receberá R$ 200 milhões.
– O presidente me ligou na quarta-feira (7) e nesta quinta (8). Rapidamente liberou R$ 200 milhões para ajudar o Estado, sendo R$ 90 milhões para a capital e outros R$ 110 milhões para outros municípios. Vou priorizar Niterói e São Gonçalo, que foram os municípios mais atingidos.
Não há prazo para o fim dos trabalhos, mas, na melhor das hipóteses, pode demorar 15 dias.

R7

Clínicas particulares terão vacina contra a gripe suína na semana que vem


A vacina contra a gripe suína começa a chegar a clinicas particulares na semana que vem, segundo o laboratório Solvay Pharma, fabricante que pertence à Abbott e é o único que já conseguiu aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para disponibilizar sua vacina na rede privada.

Campanha já vacinou 1 milhão em SP
Eficiência da vacina é de até 90%, diz infectologista


O preço médio será de R$ 80, segundo clínicas ouvidas pela Folha que já programam para iniciar as aplicações na próxima semana. É o caso da Vaccin, da Clínica Faster e da Pró Vacina, todas de São Paulo. Não há um dia exato para o início.
A vacina é diferente da usada pelo Ministério da Saúde na campanha nacional. A dose adotada pelo governo é a monovalente --protege apenas contra a gripe suína. Já as clínicas terão doses trivalentes, que imunizam também contra dois vírus da gripe comum.
Essa proteção mais abrangente é uma das vantagens da vacina tríplice apontada por Novartis e Sanofi, que esperam autorização da Anvisa para também vender seus produtos.
Esses fabricantes afirmam ainda que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a vacina contra as três gripes.

Disponível
Segundo o ministério, a monovalente era a disponível no mercado em outubro, quando iniciou a compra das doses.
Nas clínicas particulares, pessoas que não estão na campanha oficial poderão buscar a imunização. Recebem doses do ministério grávidas, pessoas entre 20 e 39 anos, crianças até dois anos e doentes crônicos, entre outros grupos de risco.
O preço médio de R$ 80 a ser desembolsado é composto do valor máximo do medicamento determinado pela Anvisa (R$ 44,11 ou pouco menos, dependendo do ICMS do Estado) e do serviços cobrado pela clínica pela aplicação, conservação do produto, armazenamento etc.
Para a infectologista da Unifesp Nancy Bellei, a dose pode ser importante para crianças maiores de dois anos e adolescentes --não incluídos na campanha. Segundo ela, a incidência da doença foi alta nesse grupo em 2009 (16% dos casos).
Pessoas que costumam ficar bastante tempo em locais fechados com aglomerações --no metrô, por exemplo-- também deveriam se vacinar, diz ela.
O Fleury diz que ainda não têm previsão para disponibilizar a vacina para seus clientes. Delboni e Lavoisier não responderam à ligação da Folha.

Infância de pequenos brasileiros se perde nos lixões



São crianças que acordam muito antes de o sol nascer para garimpar o que sobrou de comida, vivem longe da escola e são vítimas de violência e exploração.

A vida de Renata da Silva, de 21 anos, é uma correria. Ela tem três filhos para criar e está com dois meses de gravidez. A caçula, Jenifer, de apenas 1 ano, reclama da água fria do banho de lata.
A casa de poucos móveis e nenhum conforto é muito pequena. A família sobrevive do que cata no lixo. As roupas, os brinquedos e até os óculos que fazem a felicidade de Maria foram jogados fora.
Todos os dias a família tem uma rotina dura para cumprir. Renata e as três crianças vão juntas procurar as sobras no lixo. A carroça, puxada pelo jegue, é o transporte. E lá vão eles, sacolejando de rua em rua. As crianças se equilibram. Maria, de 4 anos, é a mais velha e tenta segurar os irmãos menores.
Renata tem pressa. A concorrência de catadores em Arco Verde, no sertão de Pernambuco, é grande. Ela não para nem para amamentar a bebê.
Maria também trabalha. A menina aprendeu muito cedo a revirar os sacos de lixo à procura do que precisa. A comida que a pequena catadora encontra logo é divida com os irmãos.
“Elas começam a comer, gostam. A gente é acostumada assim. Muita coisa que a gente acha no lixo as crianças comem. Elas são muito novinhas, mas a gente só pode criar assim, não tenho com quem deixar, tenho que levar para onde for”, conforma-se Renata.
Maria, tão pequena, também vai aprendendo a retirar a sobrevivência do lixo. “Meu sonho é que esse não seja o futuro para ela. Mas é o único jeito, é nossa sobrevivência”, diz a mãe.
A vida não reserva muitas escolhas para as crianças que vivem do lixo. Perto do trabalho, longe da escola, elas deixam de preparar o futuro.

Perpetuam um ciclo de miséria e de exclusão.
A história de Maria Iane e Ana Carla, duas adolescentes que encontramos no antigo lixão de Arco Verde cinco anos atrás, é o retrato triste de um drama que se repete. Longe das montanhas de lixo, em casa, Maria Iane se emocionou ao nos revelar o sonho que tinha: “Queria ser secretária”.
A menina catadora não realizou o sonho. O trabalho impediu que Maria Iane terminasse os estudos. Hoje, com 21 anos, ela é a mãe dedicada de duas crianças. Não tem emprego. “Eu não tenho nada, tudo o que tenho me deram”, diz.
Duas filhas, grávida, Ana Carla também teve a vida marcada pelo trabalho no lixo. Virou catadora, assim como a mãe e a avó. “Deixamos de estudar para ir para o lixo, catar para ajudar a mãe da gente, para colocar alguma coisa dentro de casa para comer. Hoje não tenho estudo, sei ler, mas pouco. Nos serviços que arrumo, as pessoas querem com primeiro grau, não cheguei a fazer. A vida é essa mesmo: vou catar lixo, se não morrer de fome. Minha vida era para ser outra, olha o que aconteceu comigo. Sou catadora, desde pequena e vivo ainda catando”, conta.
No Brasil, a entrada no mercado de trabalho só é permitida a partir dos 16 anos. Mas, na prática, é muito diferente. Existe uma tolerância com esse pesadelo imposto às crianças. Não é possível nem saber a dimensão exata do problema. Não existem estatísticas oficiais sobre a quantidade de crianças catadoras de lixo no país.
Os especialistas estimam que a situação é mais dramática no Nordeste. No lixão de Maceió, em Alagoas, atrás de cada caminhão que chega, começa uma corrida degradante pela sobrevivência. Adultos, crianças e adolescentes disputam os restos. O gancho é o equipamento de trabalho no triste garimpo dos catadores.
Nas montanhas de lixo, vários dramas se encontram. “Tenho 15 anos. Estou aqui para dar de comida à minha mãe, depois que mataram meu pai. Eu trabalho o dia todo, até de noite. Das 5h às 22h, 23h”, diz um adolescente.
No lixo, o perigo está sempre por perto: seringas, cacos de vidro, arames, comida estragada. Tudo o que não serve para mais nada é jogado fora. Os pequenos catadores disputam como um troféu os frangos estragados.
“Tem frango que já tem um ou dois dias que está morto. Eles dizem que não é para comer, que é para dar para os cães, os porcos. Eu fico triste de ver tanta gente jogada no lixo, trabalhando, recolhendo objetos que não têm mais serventia para nada, só que para eles têm algum valor”, observa um caminhoneiro.
Crianças vulneráveis a doenças, ferimentos, infecções, vivendo sem direito a higiene, saúde, educação. A infância é tratada como lixo.
“A missão para erradicar o trabalho infantil em lixões no país, em primeiro lugar, se deve à autoridade municipal. Ele não deve permitir que o administrador do aterro tenha a presença de crianças entre aquelas pessoas que fazem a reciclagem. Em segundo lugar, das famílias. As famílias têm que ter a consciência de que lixão não é lugar de criança. Se você é cidadão responsável e se omite, se furta o dever de denunciar uma criança que está em situação de trabalho infantil no, lixo, você também está contribuindo para a violação do direito dessa criança e desse adolescente”, afirma um especialista.

BEATRIZ CASTRO
Arcoverde, PE


Bom Dia Brasil

Museu na Malásia mostra como asiáticos sepultavam seus mortos


Segundo exposição, algumas tribos deixavam corpos em árvores.
Armações tubulares também foram utilizadas como sepulturas.

Museu Nacional de Kuala Lumpur, na Malásia, faz exposição com caixões, túmulos e mostra como vários povos asiáticos sepultaram, ao longo do tempo, seus mortos. Algumas tribos deixavam corpos em árvores, outras, em armações tubulares de bambu ou madeira. Exposição também traz caixões modernos.


G1

Encerrando o assunto


Essa semana fui surpreendida com a notícia de que um programa de televisão ia entrevistar o assassino Guilherme de Pádua! o apresentador pretendia encontrar uma justificativa no fato de que a jornalista Gloria Maria o havia entrevistado para o Fantástico! Sim, mas essa entrevista é anterior ao julgamento. É de 1996. Todos os criminosos costumam ser entrevistados antes do julgamento, para contar as versões que lhes vierem à cabeça. E o assassino em questão, contou muitas.
Diante da nossa lei, enquanto acusado, a pessoa pode dizer o que quiser para se defender, mentir, caluniar, tudo isso se considera que faça parte do direito de defesa. E Guilherme de Pádua usou e abusou desse direito.
Caso julgado, fatos comprovados, a conversa é outra! agora está sujeito a processos criminais e civeis. Portanto, diante da anunciada entrevista, tratei de contatar meus advogados, Arthur Lavigne(criminal) e Paulo Cesar Carneiro (civel), disposta a entrar com todas as medidas cabíveis, no caso de qualquer desrespeito envolvendo a memória da minha filha!
Esse assassino cruel teve amplo direito de defesa, foi julgado e condenado por homicidio duplamente qualificado no Tribunal do Juri. Portanto, não posso admitir que, 18 anos depois, a título de divulgação pessoal, venha querer fazer seu júri particular no programa do Ratinho.

A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum IBope, sr Ratinho -que o lucro lhe seja leve!

Gloria Perez

Guilherme de Pádua causa polêmica em entrevista e irrita Gloria Perez



Rio - Condenado a 19 anos e nove meses de prisão pelo assassinato de Daniella Perez, ocorrido em 1992, Guilherme de Pádua afirmou ontem, em entrevista ao apresentador Ratinho, que gostaria de pedir perdão à novelista Gloria Perez, mãe da vítima. “O que eu mais desejo é a felicidade das pessoas a quem causei dor. Mas eu acho que ela (Gloria) não quer me ouvir”, afirmou Guilherme no Programa do Ratinho.
Durante a entrevista, ao vivo, Guilherme não quis contar o que aconteceu na noite do assassinato. Na quarta-feira, Gloria Perez escreveu no Twitter que ia processar Guilherme se ele fizesse “qualquer referência mentirosa” a Daniella. Irritado por Guilherme não falar sobre o crime, Ratinho terminou o programa dizendo que o entrevistado era um ator e que, se estivesse no lugar de Glória Perez, não o perdoaria.
Na conversa com Ratinho, Guilherme disse que a justiça foi feita. “Estraguei a minha vida. Deus tem feito coisas maravilhosas por uma pessoa que não merece. Fui condenado no natural, mas não no sobrenatural. Deus transformou minha vida”, garantiu ele, que agora é evangélico.
Segundo o ex-ator, sua versão e a de sua ex-mulher, Paula Thomaz, também condenada pelo assassinato de Daniella, nunca foram divulgadas. “Ninguém sabe a minha versão da história. Já cuspiram em mim no shopping. As pessoas adoram chutar cachorro morto, principalmente se for alguém pacato como eu. Precisam de Deus”, afirmou.
Após a entrevista, Gloria Perez postou vídeo de Guilherme no Twitter e escreveu: “Esse é o psicopata”. Em seu blog, ela criticou Ratinho por entrevistá-lo. “A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum ibope, sr. Ratinho, que o lucro lhe seja leve!”, escreveu.

Processo como resposta
Após saber da entrevista que Guilherme de Pádua daria no Programa do Ratinho, quarta-feira, Gloria Perez usou seu perfil no Twitter para protestar. “Advogados acionados! O assassino não está mais sob proteção da lei que garante ao acusado o direito de mentir e denegrir a vítima para se safar. Portanto, qualquer referência mentirosa à minha filha terá como resposta medidas judiciais cabíveis! O recado foi dado! Que o assassino fale de si: qualquer versão fantasiosa envolvendo minha filha, processo neles! Criminal e cível”, escreveu.

Gloria Perez e Ratinho: farpas pela Internet
Gloria Perez também usou o Twitter na quarta-feira para criticar Ratinho. “Lastimável a atitude do Ratinho de levar o psicopata ao seu programa. Um psicopata que embosca e mata colega de trabalho por causa de papel e ainda vai dar pêsames à família já não disse a que veio?”, escreveu.
O apresentador não ficou calado e deu sua reposta também pelo Twitter: “Essa matéria é pra saber, perante a opinião pública, se estes crimes hediondos já foram esquecidos ou ainda estão vivos na memória. Tenho 3 filhos e três netas. A história triste, o crime bárbaro, nada apaga a dor da perda de um filho”.
Ontem, durante o programa, Ratinho se defendeu. “A Globo também mostrou entrevista de Glória Maria com Guilherme, logo depois do crime. Então, não vem me cobrar. Não sou funcionário. Sou dono do programa. Só se o Silvio Santos ligar, não coloco no ar. Gente de fora não! Isso é censura”, disse.

Relembre o caso
A atriz Daniella Perez, de 22 anos, foi assassinada com 18 golpes de tesoura, no dia 28 de dezembro de 1992. Na época, ela vivia a personagem Yasmin em 'De Corpo e Alma', trama escrita por sua mãe, Gloria Perez. A atriz foi assassinada na noite do dia 28 de dezembro de 1992, por volta das 21h30, logo após ter deixado os estúdios da Globo, depois de mais um dia de gravação. Seu corpo foi encontrado em um matagal da Barra da Tijuca.
Logo após a confissão dos assassinos, começaram a circular várias versões que tentavam explicar o ocorrido. Entre elas, a de que Guilherme de Pádua estaria confundindo a ficção com a vida real e que estaria apaixonado por Daniella Perez. Foi cogitado, inclusive, que os dois estariam vivendo um romance fora das telas, história totalmente negada por todos os colegas de elenco.
Em janeiro de 1997, o juiz José Geraldo Antônio condenou Guilherme a 19 anos de prisão pela morte da atriz. No dia 16 de maio daquele ano, após 44 horas de julgamento, o mesmo juiz condenou também Paula a 18 anos e meio, pela sua participação no assassinato. A decisão foi comemorada pelo público presente com uma salva de palmas.


O DIA ONLINE

Mortas por usar ‘pulseiras do sexo’


O clima de medo entre as adolescentes brasileiras está a crescer, em consequência de vários crimes sexuais e homicídios ligados ao uso das chamadas ‘pulseiras do sexo’. Só numa semana três meninas foram violadas e duas acabaram mesmo assassinadas.
Os dois casos mais recentes ocorreram no último fim-de-semana, em Manaus, capital do estado do Amazonas, e provocaram a morte a duas adolescentes de 14 anos. Em ambos os casos houve violência sexual, e ao lado dos corpos das vítimas foram deixadas as pulseiras, rebentadas. Uma semana antes, no estado do Paraná, uma menina de 13 anos foi violada por três rapazes, que também rebentaram as pulseiras que usava.
As chamadas ‘pulseiras do sexo’ são uma moda internacional cuja febre chegou agora ao Brasil. As adolescente colocam no braço várias pulseiras coloridas e cada cor significa um tipo de carinho ou carícia, que vai de um simples abraço até ao sexo. Os rapazes tentam partir as pulseiras e, de acordo com as regras da brincadeira, têm o direito de fazer o acto correspondente à pulseira que rebentam.
A brincadeira, porém, acaba cada vez mais em abusos sexuais e até na morte das jovens que se recusam a cumprir o ritual.

Domingos G. Serrinha, correspondente Brasil


Correio da Manhã

Dieta rica em sushi pode modificar genes da flora intestinal humana, diz estudo


Uma dieta rica em comida japonesa, como os tradicionais sushis, pode transferir genes de bactérias marinhas para a flora intestinal humana, permitindo a absorção de nutrientes que de outra forma o corpo humano não conseguiria digerir, indica um estudo publicado na revista científica Nature.

Segundo os pesquisadores da Universidade Pierre et Marie Curie (UPMC), em Paris, ao comer as algas, as pessoas também ingerem bactérias marinhas que contêm o código genético para secretar uma enzima digestiva capaz de "quebrar" as algas em moléculas menores.
Os cientistas apontam que esses gentes são benéficos para o ser humano, porque permitem a absorção de nutrientes das algas que provavelmente não poderiam ser digeridos de outra forma.
Para os especialistas, a descoberta mostra que os alimentos e a maneira como os preparamos têm o potencial de influenciar a flora intestinal do homem.
Em outro artigo publicado na mesma edição da Nature, o microbiologista americano Justin Sonnenburg, da Universidade de Stanford, destaca que o estudo francês mostra ainda a importância de as bactérias da flora humana se adaptarem às constantes mudanças da nossa dieta e nosso ambiente.

Flora
A equipe de cientistas da UPMC, liderada por Jan-Hendrik Hehermann, conseguiu isolar uma nova enzima digestiva encontrada em bactérias que vivem nas algas vermelhas Porphyra, entre as quais está o nori, usado nos sushis.
Examinando centenas de bases de dados genéticas para tentar descobrir onde mais poderiam encontrar essa enzima, os cientistas a acharam em bactérias intestinais de um grupo de 13 japoneses.
"Cinco dessas 13 pessoas tinham este mesmo gene em sua flora intestinal. E o resto apresentou genes similares que codificam enzimas semelhantes", explicou Mirjam Czjzek, também da UPMC.
"Quando examinamos o estudo genômico da flora intestinal de um grupo de americanos, vimos que nenhum deles apresentou o mesmo gene."
Segundo Czjzek, a rota "mais provável" para as bactérias marinhas chegarem ao intestino é a ingestão das algas.


Brasileira casada com produtor de TV americano é encontrada morta no México

Monica Bereford-Redman foi achada com sinais de estrangulamento.
Bruce, o marido, é apontado como o principal suspeito do crime.

A polícia de Cancún, no México, confirmou nesta qunta-feira (8) à agência EFE ter encontrado o corpo da brasileira Mônica Beresford-Redman, empresária e esposa do norte-americano Bruce Beresford-Redman. Monica estava desaparecida há três dias desde quando saiu do hotel Moon Palace, onde estava hospedada com o marido e os dois filhos, para fazer compras na tarde de segunda-feira.
Seu marido, Bruce Beresford-Redman, o produtor do reality show Survivor, está detido temporariamente.O promotor de Justiça Francisco Alor disse à edição eletrônica do jornal local "Reforma" que o produtor americano está detido como "indiciado como suposto responsável" pelo crime, e que o corpo da mulher foi encontrado a 80 metros do hotel onde o casal estava hospedado.
Segundo Alor, o cadáver de Mônica Burgos, foi achado dentro de uma cisterna de água com um golpe na cabeça e sinais de estrangulamento. Bruce, por sua vez, apresentou arranhões no pescoço e um funcionário do hotel presenciou uma dura discussão entre ele e a mulher no domingo.
Mônica, nascida no Rio de Janeiro, era proprietária do restaurante Zabumba, em Los Angeles, no estado americano da Califórnia, onde morava com seu marido. O casal tinha viajado para o México de férias com seus dois filhos pequenos. Segundo a versão policial original, ela teria saído do Hotel Moon Palace na tarde de segunda-feira para fazer compras e não teria mais voltado.
Antes do corpo ser encontrado, a reportagem de G1 entrou em contato com Neide de Lima, professora de samba do Zabumba, nesta quinta-feira (8), que havia confirmado o desaparecimento. Segundo a funcionária, os pais de Mônica, que vivem no Rio, ainda não haviam sido informados do ocorrido.
Durante a entrevista, Neide atendeu a outro telefonema, de Carla Burgos, uma das duas irmãs de Mônica que vivem com ela em Los Angeles. Carla teria informado a Neide que o corpo de Mônica havia sido encontrado. Transtornada, ela pediu para encerrar o depoimento.
O marido denunciou o desaparecimento da mulher na terça-feira. O casal tinha comemorado o aniversário de Mônica no mesmo dia de seu desaparecimento, em companhia de seus dois filhos mais novos.
Beresford é produtor de alguns programas da TV norte-americana, como o reality-show Survivor. A segunda irmã de Mônica, Jeane Burgos viajou de Los Angeles a Cancún para contribuir nas buscas. Ela havia informaddo à NBC que Mônica e Bruce haviam passado por problemas conjugais e que a viagem do casal ao México teria sido realizada como tentativa de reconciliação.
Beresford-Redman também criou e produziu a série de MTV "Pimp My Ride" e os programas "Crash Course" e "The Contender


G1

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O advogado do diabo


A primeira pergunta para o criminalista Roberto Podval é tão inevitável quanto é certo que a resposta não vai ser conclusiva: “Quanto o senhor ganha para defender o casal Nardoni?” O advogado esquiva-se, diz que o valor é muito menor do que se imagina e que seria uma deselegância com seus próprios clientes revelar o valor da contratação. A segunda é quase uma reformulação da primeira: “O senhor pegou o caso então por conta da exposição?” A resposta desta vez vem em forma de perguntas. “Qual a vantagem de aparecer por um caso que você já sabe que vai perder? Ainda mais em uma circunstância em que qualquer erro pode causar danos à sua imagem profissional?”

Podval usa um exemplo da profissão de repórter para explicar o que o levou a defender um pai e uma madrasta acusados de esganar uma menina de 5 anos e depois jogá-la pela janela. Ele lembra que os correspondentes de guerra vão ao front apesar dos riscos inerentes à situação e não tomam a decisão por serem os jornalistas de maior salário de uma redação. “Para ser um grande advogado é preciso estar nos grandes casos.”

Sem imaginar que seria agredido a socos e chutes na porta do Fórum, em um dos dias do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o advogado garante que a decisão de aceitar defendê-los não foi fácil. Diz ter demorado um ano para aceitar a proposta de assumir a defesa do casal. Sua decisão contrariou a vontade de seus familiares e amigos, que o preferiam longe do caso.

Tomada a decisão, recebeu centenas de mensagens por correio eletrônico e telefonemas. Representantes de seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o parabenizavam pela coragem de assumir o caso, integrantes de diversos grupos religiosos o procuraram e mensagens psicografadas foram oferecidas. Garante que respondeu a todos, inclusive aos que escreviam apenas para xingá-lo.

Em geral, as causas dos advogados criminalistas não são populares, pois na maioria dos casos o papel que lhes cabe é o de defender o acusado de um crime. Podva-l construiu uma carreira na defesa de réus em crimes financeiros e de corrupção. O ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno, o ex-senador Luiz Estevão e Kia Joorabchian, representante do fundo MSI, que teve parceria com o Corinthians, estão entre seus clientes.

Em casos de crime de sangue, atuou em dois de grande destaque: defendeu o médico Farah Jorge Farah, que matou e esquartejou uma paciente com quem tivera um caso, e Sérgio Gomes da Silva, acusado de ter participado do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel. Apesar de ter atuado em casos emblemáticos, Podval garante nunca ter sentido um clamor público tão forte quanto neste caso. “Acredito que o papel dos formadores de opinião e a reação das pessoas durante o julgamento será assunto de uma investigação sociológica daqui a alguns anos.” O advogado conta que suas duas filhas, de 5 e 9 anos, voltaram um dia da escola interessadas em saber o motivo de ele defender um pai acusado de matar a própria filha. O caso Nardoni foi o 16º júri de sua carreira.

Naquela semana, segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram realizados outros 55 júris na capital paulista. Além do julgamento dos acusados de matar a garota Isabella, apenas um segundo caso mereceu atenção da mídia, apesar de ter recebido uma cobertura infinitamente menor: o julgamento de três policiais militares e um comerciante acusados de participar do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, que havia denunciado um esquema de pedofilia na cidade de Porto Ferreira, no interior do estado, a envolver empresários e políticos locais.

Ainda segundo o tribunal, 70 jornalistas participaram da cobertura do caso Nardoni. Quando se acrescentam técnicos, cinegrafistas, ilustradores (não era permitido fazer fotos dentro da sala de julgamento) e fotógrafos, o número de profissionais de imprensa pula para 250. Como não havia espaço suficiente para todos (a sala do júri tem apenas 77 lugares) e para evitar confusões, uma reunião com o desembargador Carlos Teixeira Leite Filho foi feita dias antes do início do julgamento. Organizou-se um revezamento para que todos pudessem acompanhar trechos do julgamento. “Não gosto de jogo de palavras, mas preciso dizer neste caso que nosso trabalho foi criar alguma normalidade em uma situação absolutamente anormal”, diz o desembargador, que tem 28 anos de experiência como juiz. Em outro jogo de palavras, ele explica que o tribunal precisava conciliar o interesse público com o interesse do público pelo caso.

Curiosos chegavam de madrugada ao tribunal, na esperança de conseguir senha para acompanhar parte do julgamento. A estimativa do TJ-SP é de que 300 indivíduo-s passaram pela sala durante o julgamento, além de representantes da OAB-SP, do Ministério Público e familiares de réus e vítimas. A maioria da plateia acumulava-se do lado de fora dos portões, como uma torcida uniformizada nas arquibancadas. Dentro, convidados vips acompanhavam o julgamento. Era o caso da autora de telenovelas Glória Perez, que teve a filha Daniella Perez assassinada em 1992, e do professor Luiz Flávio Gomes. Dono da rede de cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos públicos e exames da OAB que leva o seu nome, Gomes tentou usar seu Twitter para transmitir o julgamento em tempo real. Advertido pelo juiz, teve de se contentar com saídas da sala a cada hora e o papel de especialista de plantão para diversos órgãos de imprensa.

Segundo comentários na Justiça, a comoção em torno do crime, cometido em março de 2008, dobrou o número dos que se apresentam voluntariamente ao posto de jurados. Nesses dois anos, o Ministério Público recebeu centenas de mensagens que parabenizavam o promotor de Justiça Francisco Cembranelli pela coragem e que diziam acreditar na condenação do casal Nardoni. Da sentença até a terça-feira 30, foram 48 mensagens que expressavam esperança na Justiça após a condenação. O pai pegou 31 anos de cadeia. A madrasta, 26.

Mais do que defender os acusados de matar uma menina de 5 anos, o papel de vilão de Podval havia sido reforçado pela decisão de manter a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, incomunicável durante o julgamento. O motivo da permanência dela em uma sala separada do local onde era realizado o júri foi a possibilidade de a defesa querer uma acareação dela com os acusados. Em sua defesa, o advogado diz que a própria Ana Carolina se colocou como assistente de acusação e testemunha. “Não poderia abrir mão da possibilidade de fazer a acareação. Eu não estava lá apenas para garantir que houvesse um advogado de defesa para que o julgamento pudesse ocorrer, tinha de defender meus clientes”, afirma. Segundo Podval, a desistência da acareação da mãe de Isabella com o pai e a madrasta da menina foi uma decisão tomada por ele e pelos réus depois de saberem que Ana Carolina havia passado mal.

Se o júri já é cansativo para quem o acompanha, fica ainda mais desgastante para quem está na acusação ou na defesa. Além do que já foi preparado nos últimos dois anos, os depoimentos de cada dia precisam ser analisados para traçar novas estratégias para a continuação do julgamento. Neste momento, o blefe e as jogadas que têm como único objetivo desestabilizar o adversário são métodos comuns. Podval cita dois exemplos do que fez. Comprou o reagente Blue Star, usado pela perícia nas amostras de sangue, e anunciou que levaria para debater o trabalho da Polícia Técnica com a perita Rosângela Monteiro. Era apenas um blefe. Propôs, no meio do julgamento, a exibição da animação que reconstituía a versão dada por policiais e promotores. Foi uma forma de evitar que Cembranelli usasse as imagens no fim para impressionar os jurados. O promotor também usou seus truques para surpreender a acusação.

O criminalista conta que o seu dia começava às 7 da manhã. Com a tevê ligada, acompanhava o momento em que os réus saíam da cadeia rumo ao tribunal. Chegava ao prédio do julgamento por volta das 9 da manhã e permanecia até as 9 da noite. Terminada a sessão, a equipe de advogados de defesa, formada por seis advogados, reunia-se em sua casa para avaliar o dia e preparar a estratégia do seguinte. Não raro, o trabalho estendia-se até as 4 da manhã.

Cansado pelo excesso de trabalho e sob a pressão do caso em si, aumentada pelo clamor popular, o advogado chorou na sexta-feira 26. “Estava me sentindo impotente. Foi um desabafo.”

Horas depois, um sistema de som improvisado por emissoras de rádio transmitia a leitura da sentença do juiz. O SBT, a Record, a Bandeirantes e a GloboNews transmitiam ao vivo o pronunciamento de Maurício Fossen. A decisão de veicular o áudio da decisão partiu do próprio juiz, mas consta que a hipótese havia sido tratada em reuniões preliminares entre a Comissão de Imprensa do TJ, Fossen e a diretora do Fórum de Santana. Gritos, palmas e fogos de artifício na porta do prédio. Como todos esperavam, o casal havia sido condenado. Terminada a leitura, a comemoração pela sentença continua em frente ao prédio onde mora a mãe de Isabella, também na zona norte paulistana. Emocionada, Ana Carolina acena da sacada. Alguns ainda batem nos caminhões da Secretaria de Administração Penitenciária que levam o casal Nardoni de volta ao presídio em Tremembé.

Cembranelli dá uma entrevista coletiva em que fala sobre a sua vitória no julgamento. Podval diz que não vai falar, pois a estrela da noite é o promotor, que conseguiu a condenação máxima, e segue para casa.

O criminalista conta que não dormiu naquela noite, nem na seguinte. Afirma que só conseguiu descansar após receber um telefonema de Antônio Nardoni, pai de Alexandre, na noite de domingo. “Ele me falou que os réus agradeciam pelo meu empenho. Neste momento, fiquei mais tranquilo.”


Defesa Civil ajuda moradores a buscarem documentos nas casas interditadas




A Defesa Civil subiu o Morro do Bumba para ajudar alguns moradores a salvarem remédios e documentos que ainda estavam nas casas interditadas. O morro desabou na noite desta quarta-feira (7), centenas de pessoas podem estar soterradas.


R7

Childhood Brasil apoia filme Sonhos Roubados



Longa dirigido por Sandra Werneck tem pré-estreia no dia 12 de abril e conta a história de três adolescentes da periferia carioca e seus sonhos

São Paulo, 08 de abril de 2010 – Ocorre no próximo dia 12 de abril em São Paulo a pré-estreia do filme “Sonhos Roubados”, dirigido por Sandra Werneck. A produção entra nos cinemas no dia 23 do mesmo mês. O filme conta a história de três adolescentes da periferia carioca que nutrem sonhos por uma vida melhor em meio à difícil realidade em que vivem. O longa tem apoio técnico e financeiro da Childhood Brasil, organização fundada por S. M. Rainha Silvia da Suécia, que trabalha pela proteção da infância e adolescência contra o abuso e a exploração sexual. O filme aborda com sensibilidade a história de Jéssica, Sabrina e Daiane e seus anseios em meio a uma realidade de famílias desestruturadas, uso de drogas, gravidez precoce e envolvimento em situações de exploração sexual como meio de sobrevivência e satisfação de desejos de consumo. Ao mesmo tempo, mostra histórias de amizade, superação e afeto.
Além da consultoria técnica para tratar das questões da infância e adolescência, a Childhood Brasil está apoiando a divulgação do filme. “A Childhood apoia este filme por acreditar que o cinema pode e deve colocar sua força de entretenimento, polemização e potencial de mídia a favor da ampla discussão do tema da violência sexual contra crianças e adolescentes pela sociedade”, afirma Ana Maria Drummond, diretora executiva da Childhood Brasil.
Para Ana Maria Drummond, produções como esta, que retratam a realidade dessas meninas sem distorções, ajudam a sensibilizar, conscientizar e informar a população sobre esses fenômenos. “Ainda são raras as obras que ousam tratar sobre o fenômeno dessa forma”, completa.
“Apoiamos o filme ‘Sonhos Roubados’ com a certeza de que ele trará para a sociedade um outro enfoque sobre a violência sexual infantojuvenil, conscientizando e qualificando o debate sobre a causa”, comenta Anna Flora Werneck, Coordenadora de Programas da Childhood Brasil.
“Sonhos Roubados” é baseado no livro As Meninas da Esquina – Diário dos Sonhos, Dores e Aventuras de Seus Adolescentes no Brasil, da jornalista Eliane Trindade. O filme recebeu duas premiações no Festival do Rio em setembro de 2009: Melhor Filme de Voto Popular e Melhor Atriz para Nanda Costa.

Sobre a Childhood Brasil
Braço brasileiro da World Childhood Foundation, criada por S. M. Rainha Silvia da Suécia, a Childhood Brasil foi fundada em 1999 e tem sede em São Paulo. Seu foco de atuação é a proteção da infância contra algumas das piores formas de violência: o abuso e a exploração sexuais. A organização apoia projetos desenvolvidos por outras ONGs em comunidades, fomentando experiências inovadoras de intervenção e contribuindo para o desenvolvimento de organizações de base. Em paralelo, desenvolve programas próprios, de amplo impacto. São programas que informam a sociedade, capacitam diferentes profissionais, fortalecem redes de proteção, disseminam conhecimento e influenciam políticas públicas, contribuindo para transformações positivas e duradouras para a causa. Confira o relatório de atividades 2008/2009 no site http://www.wcf.org.br/.

Childhood Brasil - http://www.wcf.org.br/

In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação - http://www.inpresspni.com.br/

Informações:
Bárbara Mayumi - barbara.mayumi@inpresspni.com.br
Tel.: (11) 3323-1620
Coordenação - Célia Nogueira – celia.nogueira@inpresspni.com.br
Tel.: (11) 3323-1601

Bebês são jogados em lençol em festival religioso muçulmano na Índia

O ritual muçulmano, também adotado pelos hinduístas, é celebrado anualmente e tem o objetivo de trazer prosperidade para crianças e famílias. Organizações de direitos humanos protestam contra ele, por acreditar que as crianças, que choram durante e depois da queda, são maltratadas e correm riscos. (Foto: Shariq Allaqaband/Barcroft India/Getty Images)

Objetivo da celebração é atrair prosperidade para as famílias.
Organizações de direitos humanos denunciam suposto risco às crianças
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Chefe de aldeia joga bebê em lençol, de um plinto de um metro e meio de altura em santuário em Baba Umer Dargah, na vila Musti, na cidade indiana de Solapur. (Foto: Shariq Allaqaband/Barcroft India/Getty Images)

CORPO-I-LÓGICO


Coluna de Marcelo Cunha Bueno sobre como as crianças estão abertas para as relações ao chegar na escola: "um corpo que não para de ser convidado a participar de novas conexões".

Para pensar... Matemáticas.

Pensemos num corpo. Um corpo que chega à escola repleto de aberturas. Um corpo que não para de ser convidado a participar de novas conexões. Um corpo que dançava num baile da família e que agora é chamado para atravessar esse emaranhado entre família, cidade e escola.
Uma criança que reconhece o mundo porque o sente. Esse sentimento em devir, que sente de verdade, que sente profundamente, pois é no corpo que se entende sentimento. Uma criança não linguajada que se entrega ao mundo para viver e aprender com ele.
Assim nos acontece essa criança. Uma criança que, antes de ser criança, já é múltipla! Uma criança aberta para relações.
Relacionar é organizar.
Ir para além dos números... para além dos cálculos. Matemáticas como relação. Eu e meu grupo, um conjunto. Eu, o outro, a outra... uma soma. Os porquês e os serás... hipóteses. Meus quereres, meus poderes, neste e naquele grupo... problemas a serem resolvidos.
Não vemos números, vemos formas corporais.
Um corpo que aprende a se subtrair quando está no grupo. Subtração como processo de identificação... soma como processo de coletividade. Permanências. Permanências, quando me sinto parte do grupo, quando sinto que sei, aprendo, costuro. Variáveis. Variáveis, quando sei que o que sei pode ser modificado pela equação da coletividade, composta pelas diferenças que me compõem, que me agregam e somam no grupo.
Eu sem minha mãe, sem o corpo familiar, subtraio-me para me somar ao outro... que é x, desconhecido. Adaptação como equação.
Transições. Transições que criam diferentes possibilidades relacionais. Hipóteses. Hipóteses e transições que me contam de um mundo cultural, em movimento, talvez em transe.
Uma criança que não se contenta com o resultado, com o fim de suas ações. Quer inverter, quer verificar, quer tirar a prova real de cada situação experimentada.
Transgredir a regra é mais uma forma de frequentar um produto. Transgredir é afirmar. Transgredir é entender os resultados... mas é também perceber suas variáveis.
Matemáticas como um corpo-relacional. Matemáticas como espaço, como geografia. Uma geografia que localiza, desliza pelos planos, curvas, linhas, vértices, ângulos, pontos, sinais...
Um espaço que é atravessamento... daquilo que desejo e quero, para aquilo que posso e alcanço. Assim fazem as crianças quando buscam algo. Desejam, calculam, medem, atravessam e alcançam.

Marcelo Cunha Bueno é educador e diretor pedagógico da escola Estilo de Aprender, em São Paulo


Crescer

Mãe de Isabella Nardoni abre o coração para o RedeTVi



Ana Carolina Oliveira fala sobre o resultado do julgamento envolvendo Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá e mais uma vez agradece o apoio e carinho que recebeu da população.


RedeTV

Bombeiro: resgate com vida em deslizamento é inferior a tremor


O comandante-geral dos Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, coronel Pedro Machado, afirmou na madrugada desta quinta-feira que o trabalho de resgate de sobreviventes entre os soterrados no deslizamento de dezenas de casas no morro do Bumba, em Niterói, é mais difícil que no Haiti. "Ao contrário de desastres como do Haiti, onde pessoas foram encontradas após 15 dias, em um deslizamento como este é muito difícil encontrar sobreviventes. O trabalho que estamos realizando aqui é tão intenso quanto o que realizamos em Angra dos Reis. Ainda há esperanças. Enquanto houver, vamos continuar trabalhando", disse Machado.
Durante a madrugada, dois geradores foram acionados para iluminar o local e facilitar as buscas. Quatro retroescavadeiras, uma delas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) estão no local para ajudar na remoção dos escombros. Às 4h, foi encontrado o corpo de sexta vítima fatal dos deslizamentos que atingiram o morro do Bumba.
Pouco antes, por volta das 3h20, outros dois corpos de vítimas soterradas foram retirados dos escombros. As últimas vítimas fatais são uma criança, cuja idade não foi identificada, e dois adultos. Mais cedo, outros três corpos, de três mulheres, foram encontrados nos escombros. Um deles foi identificado como sendo de Nádia Carvalho, de 37 anos. Duas pancadas de chuva, a última ocorrida perto das 3h15, dificultam o trabalho das equipes.
O deslizamento ocorreu perto das 19h30, derrubando cerca de 40 casas. As equipes do Corpo de Bombeiros chegaram no local às 20h50. Pelo menos 300 pessoas trabalham no local, entre Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil. Outras 23 pessoas, todas com ferimentos, foram resgatadas com vida.
O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, afirmou que em casos de deslizamentos de terra, é mais difícil a formação de bolsões de ar que permitam a respiração dos soterrados por mais tempo. Assim, a tarefa de encontrar sobreviventes fica mais difícil.

Bombeiros e Defesa Civil descartam explosão
Os Bombeiros e a Defesa Civil também descartaram a hipótese de que uma explosão tenha ocasionado o deslizamento, afirmando que se fosse verdade, os indícios seriam bem claros. De acordo com o secretário de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, é possível que algumas pessoas tenham confundido o barulho das pedras caindo e do concreto rachando com o barulho de uma explosão. A hipótese foi levantada porque o local fica sobre um aterro sanitário desativado, e o cheiro de gás é forte.

Construções são irregulares
O secretário de Obras e Serviço Público de Niterói, Zeca Mocarzel, lembrou que as construções no local são irregulares, pois o terreno é um aterro sanitário desativado. "Isso pode ter contribuído para o desabamento", disse Mocarzel. O secretário Côrtes, que em entrevistas defendeu a remoção imediata dos moradores da áreas de risco, afirmou que os moradores devem ser alertados. "Não dá para culpar as pessoas que não deixaram suas casas", afirmou.
De acordo com a dados oficiais, 79 pessoas já morreram na cidade, sem contar com as vítimas encontradas no morro do Bumba. O morro fica próximo à garagem da Viação Santo Antônio, no fim da Alameda São Boaventura. Foram acionados os bombeiros dos quartéis de Niterói, Itaboraí, Itaipu e São Gonçalo.
Entre as casas que desabaram, está uma creche, que abrigaria cerca de 30 crianças. Moradores descreveram, inicialmente, que pelo menos oito crianças estavam no local. Outros relatos dão conta de que, pelo horário, a creche estava fechada.

Número de vítimas é incerto
Segundo o Corpo de Bombeiros não é possível confirmar o número de vítimas ou de casas. Segundo relatos dos moradores, a quantidade de residências varia entre 20 e 60. A Defesa Civil Estadual trabalha com o número de 50 casas, através de uma imagem aérea. "É certo que havia um grande número de casas, havia uma rua que dava acesso a outras casas, portanto, é de se imaginar que o número de residências era realmente grande", disse o coronel. "Com certeza, de todos os deslizamentos que ocorreram no Rio, este foi o pior até agora", disse o secretário Sérgio Côrtes.

Cachorro foi o 1º resgatado
Um cachorro foi o primeiro a ser resgatado de uma casa onde viviam cinco pessoas, incluindo uma criança de dois anos. Taylor foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros e causou comoção entre os moradores.
Uma das mulheres era Nádia Carvalho, 37 anos, que estava nessa casa. A prima de Nádia, que se identificou como Gisele, disse que além dela também estavam na casa uma criança de 2 anos e mais três adultos. Gisele afirmou que ouviu de um dos Bombeiros que a chance de encontrar sobreviventes na sua família era muito pequena. Emocionada, decidiu ir embora do local, junto com seus pais.

"Estamos preparados para ficar por 15 dias"
O comandante-geral dos Bombeiros do Rio de Janeiro, Pedro Machado, afirmou que as equipes estão preparadas para ficar no local por até 15 dias, buscando sobreviventes. Nesta madrugada, cerca de 300 pessoas trabalham, entre bombeiros, policiais, oficiais da Defesa Civil e moradores.
Os Bombeiros também trabalham para evitar que curiosos atrapalhem o trabalho. O local das buscas foi isolado com faixas para evitar as intervenções.

Previsão de chuva
Segundo a agência meteorológica Climatempo, pode haver chuva fraca no Estado do Rio de Janeiro, inclusive em Niterói, nesta quinta. A umidade e a intensidade dos ventos, que chegam a 44 km/h, favorecem o surgimento de focos de chuva.

Estragos e mortes
A chuva que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 5 e 6 de abril deixou pelo menos 145 mortos (sem contabilizar o acidente, mais de 135 feridos, alagou ruas, causou deslizamentos e destruição no Estado. O Serviço de Meteorologia do Rio registrou no período o maior índice pluviométrico da cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos: 288 mm.

Luís Bulcão Pinheiro


Terra Notícias
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