sábado, 11 de dezembro de 2010

"A droga é uma bomba relógio"

Entrevista com Soraya Escorel
Brasília Em Dia - Por: Marcone Formiga

Há poucos dias, o país inteiro e até muitas nações acionaram o painel de alarme depois que foram exibidas imagens de traficantes de drogas, no interior da Paraíba, incentivando um garoto de dois anos e meio de idade a consumir um cigarro de maconha. No vídeo, a plateia formada pelos criminosos se divertia e exultava com aquele circo de horror ao qual submetiam a criança. O fato reflete e traduz a crise social que se forma em todo o Brasil, a partir da constatação de que a iniciação dos jovens no mundo das drogas ocorre em todos os níveis sociais e de forma cada vez mais precoce, já no próprio ambiente das primeiras séries escolares.Soraya Escorel, Promotora de Justiça da Infância e Juventude de João Pessoa (PB), foi quem agiu rapidamente no caso da criança. Mestranda em Ciências Sociais pela UFPB, com estudos e pesquisas sobre a violência nas escolas, ela integra a Diretoria Executiva Nacional da ABMP - Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude. Especialista quando o tema envolve crianças, adolescentes e consumo de drogas, ela também é membro da Comissão Permanente de Infância, Juventude e Educação (Copeije), do Grupo Nacional de Direitos Humanos.Na entrevista que segue, Soraya Escorel alerta para a gravidade do tema, ressaltando que o poder público, a família, a escola, a Igreja e a sociedade civil precisam agir o quanto antes em conjunto e investir num trabalho preventivo diante do problema devastador que são as drogas, que afeta todo o núcleo familiar. Ela explica que está prevalecendo uma inversão de valores nos relacionamentos entre pais e filhos. Com base em sua experiência diária, ela constata que muitos pais preferem se omitir e abandonar seus filhos dependentes de drogas, quando, na realidade, poderiam ajudar na sua recuperação.Também defende um envolvimento coletivo, a partir de pilares essenciais, como a família, a escola, a igreja e também profissionais das várias áreas do conhecimento, inclusive da Justiça.A promotora afirmou que a droga é como uma bomba-relógio. E se for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque seu uso, por uma única vez, já vicia. Como se não bastasse este risco, já existe um novo tipo de droga, a crackoína, uma mistura de crack e cocaína, que tem um efeito devastador no organismo dos usuários.- O consumo de drogas não tem fronteiras, porque até crianças são iniciadas no vício. A senhora mesma, nestes dias, constatou que um garoto de dois anos foi filmado fumando um cigarro de maconha. Como nossa sociedade chegou a ponto tão fundo neste problema?- A princípio, eu fiquei bastante chocada ao ver o vídeo, porque todas as pessoas estavam em extasiados ao verem a criança usando um cigarro de maconha, o que provocou até risadas nas pessoas que viam a cena lamentável. Isso já me deixou bastante preocupada, mesmo sem saber quem eram aqueles que estavam no local no momento em que a criança estava fumando. Depois, com o conhecimento do fato, por intermédio da própria mãe da criança, o que mais me chamou a atenção foi a confissão espontânea dela, ao afirmar que estava morando na casa de um traficante que, inclusive, já foi assassinado. Confirmou, ainda, que a criança utlizou a droga no mês de abril,época em que foi gravado o vídeo.- Mas uma mãe permitir isso é grave, não é?- Sem dúvida! Mas ela, ao depor, creio que até por questão de defesa, dado que também precisa ser investigado, afirmou que só aconteceu porque ela estava sendo pressionada, ameaçada por esse traficante, talvez até para que pudesse utilizar esse vídeo futuramente. Ela salientou que pediu a ele para que aquilo não ocorresse, mas, de fato, ocorreu. E ela citava isso com muita segurança, apesar dos seus 19 anos de idade, porque compareceu espontaneamente à promotoria, para se entregar. Ou seja, ela estava se sentindo acuada, preocupada com toda essa repercussão na mídia nacional, então se sentiu ameaçada e, principalmente, sentia que o filho estava sendo ameaçado. Afirmou também que sabia o risco que corria, pois quem se envolve com o tráfico sabe que fica muito vulnerável.- A senhora acreditou na mãe da criança?- O que mais chamava a atenção também era a coerência do que ela dizia: que, realmente, a criança estava utilizando a droga, mas, ao mesmo tempo, ela confirmava que colocava o filho em risco. Aquilo me tocou bastante, não só no cunho profissional, mas também como mãe. Nós, que somos mães e profissionais, sabemos que não podemos colocar nossos filhos em risco.- A impressão que se tem é que as crianças conseguem drogas mais facilmente do que um chocolate. É assim mesmo?- Eu creio que essa inversão de valores entre pais e filhos, nos relacionamentos, está prevalecendo nos lares e na família. Às vezes, pais e mães são os únicos a cuidar do desenvolvimento dos seus filhos junto aos adultos e idosos, de forma bem precoce, justamente por conta dessa inversão, desse abandono que prevalece dentro da própria casa. As pessoas pensam que uma criança está abandonada quando fica apenas sozinha nas ruas. Mas, de fato, a gente que trabalha na Justiça constata que muitas crianças e adolescentes estão abandonados nas suas próprias casas. Por isso, eles terminam não sendo bem instruídos e passam a ser uma presa fácil no mundo das drogas. Isso acontece porque esse mundo é atrativo, uma vez que existe um espaço muito grande a ser ocupado em todas as áreas dos jovens. Essa lacuna, que é deixada pela família, é preenchida exatamente pelo mundo fácil, no acesso à droga, e depois o jovem se inicia no tráfico, conseguindo inclusive se infiltrar facilmente, diante de tantas oportunidades. É importante acrescentar que isso independe da classe social e pode ser iniciado desde a infância e se estender até a adolescência, mesmo dentro da própria casa, sem que os pais percebam ou mesmo que finjam ou se enganem, dizendo que não veem nada. Pois admitir isso é difícil, principalmente porque exige que se reconheça a própria culpa também no fenômeno que ocorre com o filho.- Como saber se uma criança ou um adolescente está se drogando?- Para nós, que somos da área jurídica, é mais difícil poder responder uma pergunta como essa. Mas o que os peritos comentam é que a criança manifesta alguns sinais. É possível perceber quando uma criança está fazendo uso da droga, porque dá indícios, que podem ser por cansaço ou estados de euforia, porque a pessoa fica muito ativa. A droga tanto pode dar o sinal de que uma pessoa está em profunda depressão como também em êxtase constante. A partir daí, começa a querer vender coisas dentro de casa, furtar joias e peças de decoração da casa para comprar droga. Outra manifestação é que os jovens não querem ir para a escola ou estão muito deprimidos. Além disso, dão pistas de que estão se envolvendo com pessoas que não são condizentes com a educação que recebem...- O que a senhora sugere para uma situação como essa?- É necessário estar presente na vida dos filhos. A partir do momento em que participamos do mundo deles, no dia-a-dia, conversando com eles, podemos perceber como eles estão, se precisam de ajuda e, de forma precoce, poderemos até afastar isso de suas vidas, se eles já se iniciaram no vício da droga. Existem meios de se prevenir, porque quem tem filhos não pode nunca julgar que isso não vai acontecer com eles. É preciso ler, se atualizar e estar sempre preparado para que não ocorram fatos como esses que a gente vê na imprensa. Mas, para isso, é necessário que pais, mães e escolas estejam bastante atentos.- A escola não poderia funcionar como um suporte para evitar que isso continue ocorrendo, avançando cada vez mais?- A escola é fundamental nesse papel de prevenção, porque é dentro da escola que os filhos passam a maior parte do tempo. Também é na escola onde eles convivem com outros colegas que podem estar envolvidos ou oferecendo algo que venha a causar uma dependência. Isso pode ser o crack, a maconha, a cocaína, dependendo do nível social daqueles que estão em escolas públicas ou privadas. O que mais pode colaborar é a escola, mas não sozinha, porque ela tem que estar dialogando com a família, que precisa estar mais presente também no âmbito escolar, não só para assistir às apresentações de seus filhos, mas também procurando saber como eles estão, como está o relacionamento deles com os colegas e os professores. É necessária uma intervenção da família, da escola e (até acrescento) também da igreja. Quando todos estão envolvidos, é mais fácil fazer um trabalho com resultado satisfatório.- Por quê?- Porque é necessário que haja esse envolvimento coletivo das instituições. A família, a escola, a igreja, os profissionais de várias áreas, a Justiça... A sociedade como um todo deve se envolver. Peritos da Justiça, em alguns encontros, inclusive recentemente nesse mesmo caso [da criança que fumava maconha], em contato com jovens, demonstravam a preocupação com a penetração das drogas dentro das escolas, mostrando como é tão fácil se viciar. Eles afirmam que é um mal que começa fácil e do qual é difícil sair. Eles se preocupam em realizar esse trabalho preventivo.- O que eles dizem mais?- Se a droga for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque ele tem um poder de vício muito maior, uma vez que é fumado. Aliás, existe agora até um novo tipo de droga, a crackoína, que é a mistura de crack e cocaína, o que a torna ainda mais perigosa. Muitas vezes, nós, como profissionais, não temos conhecimento, mas temos a obrigação de fazer parte desse processo de prevenção.- Ver garotos mendigando e até dormindo ao relento, com sintomas de drogados, é uma cena cotidiana em qualquer cidade do país. Isso demonstra que a droga destrói mesmo um ser humano?- Totalmente. E não só a vida do viciado, mas também de toda a família. Eu aconselho às pessoas envolvidas nessa realidade que não desistam dos seus filhos e parentes, porque eles são os primeiros a querer que os jovens saiam dessa vida. Eu afirmo isso para as mães, os pais e os parentes que procuram a Promotoria a fim de pedir ajuda, para que seus jovens possam se livrar desse vício, inclusive, às vezes, até chegando ao extremo desesperado de entregá-los nas mãos da Justiça, para que esta os livre desse mal, que é algo que não cabe a ela apenas resolver.- Mas ocorre que os pais abandonam os filhos drogados.- Se os pais e as mães desistirem de seus filhos, como nós, da Justiça, iremos fazer para ajudar? É uma questão de educação, que começa em casa e tem razões para chegar a acontecer. Ninguém se envolve com a droga, com algo prejudicial à saúde, se não tiver algum meio que o levou a procurar. Acho que é mais difícil uma pessoa se envolver com drogas se ela tiver um bom relacionamento dentro de casa, com sua família, dentro da escola, com seus amigos e professores, enfim, com a sociedade.- Por que não cabe apenas à Justiça, doutora?- Porque Justiça nenhuma vai poder dar de volta aos pais o filho do jeito que ele nasceu. Ninguém nasce com a droga. Nós, que somos referências, pais e mães, somos um modelo, representamos um exemplo importante dentro de casa. Se dermos bons exemplos e fizermos que nossos filhos participem até de questões que tenham um envolvimento social, podemos minimizar e até dificultar muito o acesso deles às drogas. Devemos fazê-los participar de momentos que permitam a eles se doar ao outro, para que eles possam ver como é difícil estar sozinho nas ruas, abandonado e sem família. Temos que demonstrar isso aos nossos filhos. Somos referências. Portanto, é preciso que busquemos enfatizar isso, porque não podemos mudar o mundo se não colaborarmos para que esse mundo se modifique.- A senhora admite que isso pode tomar a dimensão de uma epidemia social?- Creio que sim. Eu convivo todos os dias com pessoas que chegam desesperadas, mães chorando muito, com uma preocupação muito grande de fazer aquela pessoa se libertar das drogas. Creio que é uma epidemia, mas que tem muita relação com o modelo de família que se pratica hoje no Brasil inteiro. São pessoas totalmente descomprometidas, que abandonam seus filhos, não procuram dialogar, porque acham que se resolve alguma coisa com uma ação mais rápida, como, por exemplo, batendo e espancando. Elas pensam assim porque é mais fácil bater e espancar um filho para corrigi-lo do que parar e dialogar, o que requer um tempo e um espaço maior da sua vida. Essas pessoas têm que parar um pouco e pensar que "a vida não é só dinheiro, não é só trabalho, vou acompanhar a vida escolar do meu filho". Acontece que algumas pessoas sequer param para conhecer os professores do filho, o diretor da escola, o amigo do filho.- Como a senhora percebe essa epidemia social?- Trata-se de uma questão que incomoda muito porque também existem poucas políticas públicas no sentido de dar encaminhamento a esses jovens, para que, quando adultos, tenham a oportunidade de se transformar fazendo um tratamento. Infelizmente, isso é, sim, uma epidemia, o que nos remete a uma questão de saúde pública. Deve haver uma preocupação maior do poder público para combater essa realidade, em suas três esferas: federal, estadual e municipal.- O que se constata é que a droga está chegando a todos os segmentos sociais. Em alguns colégios, os próprios alunos traficam a droga para vender aos colegas. Isso aumenta ainda mais a gravidade dessa situação?- Claro! Até porque a gente percebe o quanto essas crianças estão vulneráveis. Muitas vezes, esses jovens estão na escola com muita dificuldade, sem se alimentar bem, por falta de merenda ou porque os pais estão desempregados, com transporte difícil. Esses garotos ambicionam ascender a um nível social melhor, querem obter uma oportunidade de ter uma roupa melhor, um brinquedo, enfim, uma vida melhor. Crianças assim são presas fáceis para os traficantes, porque são seduzidas por um mundo de "maravilhas" que lhes é oferecido. É por isso que existem todos os "aviõezinhos", ou seja, pequenos traficantes. Eles começam a achar que é fácil pegar a droga e repassar para os colegas ali dentro.- Combater o tráfico é a saída. Por que o governo federal não entra nessa guerra?- Estamos no tempo de uma luta desleal, com um tráfico totalmente articulado e o outro lado completamente desarticulado. Precisamos estar organizados para poder combater, enfrentar e fazer esse enfrentamento. A gente tem que seduzir os jovens com programas melhores e oferecer vantagens a eles, que estão nas escolas precisando de ajuda. Temos de oferecer a eles programas que venham a despertar seu interesse, para que eles não pensem em entrar nesse mundo e ficar. Mas como somos também bastante otimistas, percebemos que já existe uma preocupação nacional e também alguns programas que já oferecem não só tratamento, como também meios de se prevenir contra o uso da droga. Campanhas que existem naturalmente, por meio de instituições e ONGs que se preocupam com a temática. Percebemos que esses programas existem, mas que ainda não estão articulados. Não são ainda uniformes no Brasil inteiro. E é isso que eu acho que era preciso haver: uma união maior entre as instituições nos estados e as iniciativas da sociedade civil no Brasil inteiro.- E quando os pais são viciados?- A situação se torna ainda mais complicada, porque duas consequên-cias podem advir disso. Primeiro, os filhos podem se espelhar nos pais, tornando-se também viciados, a partir do modelo que têm em casa. Em segundo lugar, pode acontecer justamente o contrário: os filhos podem não admitir aquilo e podem tentar, eles mesmos, ajudar os pais, porque muitas vezes nós aprendemos com os filhos. Nós sabemos que existem casos em que pais são viciados, mas os filhos não desistem de seus genitores e tudo fazem para encontrar um tratamento, porque querem que seus pais se transformem. Eu acredito que as pessoas podem se transformar, sim, por amor. Por amor, famílias podem ser socorridas e curadas, ajudadas e transformadas. Mas desde que haja essa questão do compromisso e do amor.- Outro ponto muito forte é que adolescentes passam a ser sexualmente reféns dos traficantes. Como a senhora vê isso?- Quando isso acontece, a saída desses jovens desse mundo é dificultada. É por causa disso que existem casos e casos, inclusive aqui na Paraíba também, de adolescentes que terminam sendo eliminados, porque eles abriram a boca. Eles tentaram sair e não conseguiram. Aí, começam a ser ameaçados de morte e acabam sendo assassinados. Infelizmente, existem inúmeros casos como esse, mas felizmente já existe também um antídoto, que é o Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM).- Como age esse programa?- É uma iniciativa do governo federal que tem funcionado bem, dando suporte a diversos casos. Posso afirmar que esse programa tem feito a diferença, porque eu mesma já fiz encaminhamentos de jovens para o PPCAAM. Pena que muitas pessoas do Brasil inteiro desconhecem a existência desse programa, que eu posso afirmar que tem salvado muitas vidas, inclusive de adolescentes e familiares destes que foram ameaçados de morte. Hoje, essas pessoas podem contar uma história diferente, graças à intervenção no tempo certo.- A senhora está pessimista ou otimista diante de toda essa situação?- Na verdade, eu sou uma idealista, e todo idealista é otimista, porque acredita em transformações e mudanças. Creio nisso, que depende muito de nós, enquanto sociedade, prover as transformações que são necessárias. Depende de nós poder contaminar os outros com este vírus que é o compromisso. Devemos fazer mais do que é a nossa obrigação. Não apenas chegar ao final do mês e colocar nosso dinheiro no bolso e achar que está trabalhando. Conheço muitos colegas que, assim como eu, têm feito a diferença no Brasil inteiro, profissionais comprometidos com o seu trabalho e que não estão preocupados em apenas fazer um processo, estar de corpo presente nas audiências...- Insistindo: a senhora está otimista ou pessimista?- Otimista sim! Essa é apenas a obrigação, mas eu sou otimista por isso, porque sei que existem muitas pessoas que têm feito mais, e muito bem, muitas vezes de forma até anônima, contribuindo muito para que as transformações aconteçam na nossa triste realidade. Eu tenho a certeza de que, de mãos dadas, de forma articulada, podemos mudar isso. Meu otimismo é nesse sentido, é para que haja uma mobilização maior, nacionalmente. Não apenas em um estado ou em outro, mas de todo o país, para que as questões políticas sejam deixadas de lado, a fim de que possam se inteirar da responsabilidade e da prioridade que é garantir a existência de pessoas sadias vivendo na sociedade, não pessoas contaminadas e drogadas, como vemos hoje em dia.

UNIAD

"Hoje com mais de 50 anos, geração pré-Aids está mais exposta ao vírus", diz médico

O médico infectologista Jean Gorinchteyn, especialista no tratamento de Aids em idosos, no Instituto Emílio Ribas

Com seis anos de experiência no ambulatório de idosos soropositivos do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, o infectologista Jean Gorinchteyn notou uma lacuna grave nas campanhas de prevenção da Aids: elas não se dirigem às pessoas que têm mais de 50 anos.
O resultado, segundo o médico, é a presença, no hospital, de mais senhores e senhoras infectados com o vírus, e "das formas mais banais". O público nessa faixa de idade é pouco acostumado ao uso da camisinha e ignora os riscos de contágio.
Para contornar esse cenário, Gorinchteyn escreveu "Sexo e Aids Depois dos 50", livro que reúne muitas informações práticas sobre o tratamento e o diagnóstico, além da história da doença.
Mas o coração da obra são os depoimentos de quatro mulheres e dois homens entre 61 e 75 anos. Eles relatam como contraíram uma doença que até então acreditavam ser exclusiva de jovens.
Nas orelhas há depoimentos de Lima Duarte, Paulo Goulart, Nicete Bruno e Adriane Galisteu, célebres que, segundo o médico, dão mais visibilidade ao alerta.

Leia os principais trechos da entrevista.

Folha - Pessoas acima dos 50 são o novo grupo de risco?
Jean Gorinchteyn - Todos somos grupos de risco, mas criamos condições de essas pessoas mais velhas se tornarem vulneráveis, sem direito à prevenção. Representam o grupo de maior risco, hoje. As outras faixas etárias estão protegidas: houve redução da transmissão infantil e no número de infectados entre a população de 14 a 49 anos.

Quais os números de infectados nessa faixa etária?
Até 2002, tínhamos uma média de 17 pessoas acima dos 50 com HIV por 100 mil habitantes. Isso dobrou naquele ano: saltou para 40 pacientes por 100 mil habitantes, nível que vem se mantendo. Se os níveis se mantêm é porque essa população não foi alertada. Nas outras faixas, isso tem diminuído.

De que forma as pessoas de mais de 50 contraem o vírus?
Entre os mais velhos, 89% das contaminações se dão por via sexual, como nos jovens. A diferença é que o jovem hoje se contamina se quiser. Ele sabe como usar o preservativo e onde encontrar. Os mais velhos, não. Dizem que não sabiam usar. Já não usavam o preservativo de forma habitual, porque o látex era duro e grosso, só usado para evitar a gravidez.

Mulheres de mais de 50 têm comportamento arriscado?
A situação da mulher é muito clara. Ela sabe que se contaminou ou com o marido que teve relação extraconjugal ou com o seu novo namorado. Casos de contaminação por relacionamento eventual são raros no ambulatório onde atendo. E naquelas que tiveram uma relação eventual, a contaminação ocorreu só com um parceiro. Ela tende a ter um perfil mais vitimizado.

Há mais senhores infectados?
Há muito mais homens. Em jovens, é quase um meio a meio. O homem é sempre mais infectado porque a mulher mais velha entra na menopausa e começa a ter um declínio hormonal, que faz com que ela tenha o seu desejo diminuído. Muitas vezes ela opta por não ter relação e compensa isso com o fato de ser mãe, avó, companheira. O homem, não. O decréscimo hormonal é mais lento. O homem vai procurar relações fora e daí se contamina. Muitas vezes ele nem contamina a mulher, porque o casal não mantêm mais relações.

O Viagra ajuda a explicar o contágio maior nessa faixa?
Só poderemos medir esse impacto daqui a três anos. Mas é certo que essas medicações fizeram com que o individuo melhorasse o desempenho e com isso se relacionasse mais, muitas vezes sem preservativo.

Como os mais velhos lidam com o diagnóstico?
É comum aparecer o questionamento sobre a forma como eles contarão para suas mulheres, filhos, netos. Muitos são pessoas que já assumiram papéis sociais. O diagnóstico vai trazer um demérito, uma depressão. Eles se sentem envergonhados. Alguns até hoje não contaram a filhos e netos. Alguns filhos se revoltam. O câncer traz os netos, estimula a família, mas a Aids, num primeiro momento, não. O indivíduo não é visto como vítima. Às vezes, acaba abandonado.

O que deveria mudar em termos de propaganda para atingir essas pessoas?
A publicidade deveria escolher pessoas com esse perfil e que pudessem falar e lembrar que quem tem mais de 50 também corre o risco de pegar Aids e precisa usar camisinha. Seria importante que essas pessoas fossem incentivadas em outros tipos de campanhas, da mesma forma como se faz mutirão da catarata, do colesterol.
O livro mostra o preconceito em relação aos mais velhos, na área da saúde.
Não é só da área da saúde. Quando a gente fala de um homem de 50, tudo bem aceitar que ele tem vida sexual. Mas quando se fala num homem de 85 tendo vida sexual, as pessoas brincam. Somos preconceituosos de formação. Não crescemos habituados a ouvir isso. Olhávamos nossos avós como figuras assexuadas. Quando essas pessoas têm relações sexuais, isso choca. Muitas pessoas com 70, 80 têm condições físicas maravilhosas, se aposentam e continuam trabalhando, provendo a casa, ativas. Por que a vida sexual não seria mantida?


Suspeitos de matar prefeito de Jandira têm prisão temporária decretada



Informação foi confirmada nesta manhã pelo delegado responsável pelo caso

O delegado titular do Setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Carapicuíba, Zacarias Katzer Tadros, responsável pelas investigações da morte do prefeito de Jandira, Brás Paschoalin (PSDB), conseguiu a prisão temporária, por 30 dias, dos quatro suspeitos de terem participado da execução do prefeito. Os quatro haviam sido detidos na sexta-feira (10), logo após o crime. O pedido havia sido protocolado no Fórum de Jandira, na madruga deste sábado (11).
Os presos Adilson Alves de Souza e Lazaro Faustino, que foram encontrados logo depois do crime e são tidos como os autores dos disparos, e Cristiano dos Santos e Felipe dos Santos, que foram detidos com diversos artefatos que possivelmente seriam utilizados para queimar o veículo do prefeito, foram levados ao IML (Instituto Médico-Legal) Central para realização de exames e voltaram para o Setor de Homicídios. Eles serão transferidos para cadeia pública de Cotia ou de Carapicuíba.
No final da sexta-feira, as armas usadas no assassinato ainda não haviam sido encontradas, podem ter sido uma pistola 9 mm e uma metralhadora ou um fuzil. A polícia concluiu isso a partir de análise preliminar do local do crime. Um laudo será elaborado nos próximos dias.



R7

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prefeito veta projeto de combate a pedofilia


Somente nas últimas duas semanas, dois casos aterradores foram noticiados e dos aproximadamente 600 inquéritos abertos este ano pela Delegacia da Defesa da Mulher, do Idoso e da Criança (DDMIC) na cidade

O prefeito Murilo Domingos vetou projeto de lei que inclui na grade curricular das escolas municipais orientação contra a pedofilia.
A alegação do veto por parte do executivo é pelo vicio de iniciativa, o executivo ressaltou que mesmo sancionado o referido projeto mesmo assim o projeto ainda continuaria inconstitucional.
O vereador Toninho do Gloria que é presidente da ONG MT contra a pedofilia, demonstrou sua profunda revolta com veto por parte do executivo, o parlamentar destacou que projetos que visa combate à pedofilia, prostituição infantil e crimes contra a mulher e o idoso devem ser olhados com outros olhos, alegar inconstitucionalidade? de projeto que visa combater o mal da humanidade a mãe do crime hediondo que é a pedofilia,eu desafio quem quer seja se o projeto sancionado, se o ministério publico ou seja la quem for vai questionar a referida lei,porque o objetivo da propositura é voltada à questão do combate à pedofilia, prostituição infantil precisamos dar uma resposta à sociedade, complementando a legislação já existente de combate à ação monstruosa contra crianças e adolescentes.
A frequência com que a polícia tem investigado casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em Várzea Grande tem gerado a sensação de que a Cidade Industrial experimenta um espantoso aumento desse tipo de violência. Somente nas últimas duas semanas, dois casos aterradores foram noticiados e dos aproximadamente 600 inquéritos abertos este ano pela Delegacia da Defesa da Mulher, do Idoso e da Criança (DDMIC) na cidade, a delegada titular Daniela Silveira Maidel estima que cerca de 100 são casos de violência sexual contra vulneráveis.
Toninho adiantou que vai procurar todos os parlamentares e mostrar a ação dos vereadores de Cuiabá que por unanimidade, derrubaram o veto do prefeito Chico Galindo(PTB), que na primeira votação havia vetado o projeto de lei do vereador Toninho de Souza (PDT) sobre segurança nas agências bancárias.
O líder do PV afirmou que ira fazer um pronunciamento na segunda feira para discutir o mérito do projeto e despertar os vereadores para essa questão.
Com o intuito de orientar os alunos a se protegerem da violência sexual, o vereador Toninho do Gloria apresentou projeto de lei "pois prevenção é a melhor forma de combater a pedofilia " , defende o vereador. O nome da aula será Não à pedofilia - Protegendo a criança através da educação.
De acordo com o vereador Toninho do Gloria, o projeto que foi vetado pelo executivo tem por objetivo alertar os alunos para esse tipo de violência tão comum e praticado muitas vezes por familiares. “É importante ter informações sobre o assunto para poder prestar ajuda à criança vítima desse tipo de violência”, diz.
“É um crime que acontece comumente ao nosso lado e por isso, é uma luta de todos os pais, professores e comunidade. Só teremos êxito se todos se unirem para combater a pedofilia”, comentou.
Quero dizer de indignação como pai de uma criança de dez anos de idade me coloco em lugar dos pais diante de tamanha agressividade. Abusar sexualmente de um indefeso é matar um ser humano em vida essa é a essência do projeto que apresentei e vetada pelo prefeito.


E-mail enviado por Todos Contra a Pedofilia MT Contra a Pedofilia

‘Sou inocente’, diz Mizael, em e-mail repassado por seu advogado

O advogado Ivon Ribeiro (à esquerda), acompanha seu cliente, Mizael Bispo de Souza, em entrevista coletiva concedida à imprensa em julho deste ano (Foto: Letícia Macedo/G1)

Procurado pela polícia, acusado de matar Mércia está escondido.
Defesa pretende entrar com recurso contra decretação da prisão pela Justiça.

Procurado desde a tarde de terça-feira (7) pela Polícia Civil de São Paulo, que está mobilizada para prendê-lo, Mizael Bispo de Souza, principal acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, afirmou ao G1, em entrevista por e-mail intermediada por sua defesa, que lamenta não poder sair de seu esconderijo para participar nesta sexta-feira (10) da formatura escolar da filha mais nova em Guarulhos, na Grande São Paulo. O advogado e policial militar reformado também voltou a alegar inocência.
Mizael, que além da prisão preventiva decretada pelo juiz Leandro Bittencourt Cano foi levado à júri popular pelo assassinato de Mércia, respondeu às perguntas feitas sobre sua relação com a filha, que teve com a ex-mulher, a decretação da prisão e como está se sentindo tendo de se esconder para não ser preso.
Em nenhum momento, a reportagem falou, conversou ou esteve com Mizael. O advogado Ivon Ribeiro, que defende o réu, intermediou a entrevista, encaminhando a seu cliente as perguntas feitas pelo G1. Depois, consultado pela reportagem, o advogado enviou por e-mail as seguintes declarações como sendo de seu cliente:
“Hj lamentavelmente não poderei comparecer a formatura da minha filha, sou inocente, compareci a todos os atos do processo e por conta de um decreto de prisão, onde não existe nenhum fato novo para esta prisão, fico longe daqueles que precisam de mim.”
“Afirmo q não cometi crime nenhum, muito menos contra quem foi minha namorada por 4 anos e 2 meses, isto está mais do que provado no processo mesmo assim, não sei pq estão fazendo isso comigo. Continuarei me defendendo até o fim deste processo, não tenho medo da verdade e muito menos das mentiras que dizem de mim.”
As respostas atribuídas a Mizael foram reproduzidas na íntegra.

Recursos
Segundo os advogados de Mizael, ele não vai se apresentar à polícia. Na próxima semana, os defensores do réu pretendem impetrar dois recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo. Um contra a decretação da prisão, pedindo que o acusado responda ao crime em liberdade. O outro vai contestar a sentença de pronúncia do juiz que determinou que o ex-namorado de Mércia seja levado a julgamento popular.
De acordo com Samir Haddad Júnior, outro advogado de Mizael, seu cliente está escondido na casa de pessoas conhecidas em Guarulhos.
Mizael tem 40 anos, é advogado, policial militar reformado, ex-namorado e ex-sócio de Mércia. Ele é apontado como o mentor do crime. Foi acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Segundo o Ministério Público, ele matou a advogada por ciúmes, já que não aceitava o fim do relacionamento.

Vigia
A reportagem não localizou o advogado José Carlos da Silva, que defende Evandro Bezerra Silva, para comentar o assunto. O vigilante também teve a prisão preventiva decretada e foi mandado a júri, acusado de envolvimento na morte de Mércia. Evandro está foragido, mas quando falou à Justiça negou o crime.
Evandro, 39 anos, trabalhava como vigilante em feiras livres para Mizael, e teria ajudado o advogado a cometer o assassinato. Ele responde por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. De acordo com o promotor Rodrigo Merli Antunes, o vigia foi denunciado como partícipe porque sabia das intenções homicidas de Mizael e aceitou colaborar com a prática do crime.

O caso
Mércia desapareceu da casa dos avós em Guarulhos, em 23 de maio, quando saiu de carro. Após a denúncia feita por um pescador, o veículo e o corpo dela foram encontrados por bombeiros em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, nos dias 10 e 11 de junho, respectivamente.

Sentença
Na sua sentença, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano seguiu o pedido de prisão do Ministério Público. No entender do magistrado, há “indícios suficientes de autoria” de Mizael e Evandro no assassinato de Mércia, que são “evidenciados pelas provas oral e documental”, para decretar a prisão deles. O magistrado relacionou, em sua decisão, ao menos 12 indícios da participação deles no crime.
De acordo com o promotor Rodrigo Merli Antunes, os acusados também constrangeram testemunhas e tentaram forjar provas. As defesas dos acusados devem entrar com recursos nas próximas semanas no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a pronúncia dos réus e a decretação da prisão.
Não é a primeira vez que Mizael e Evandro têm a prisão decretada pela Justiça. O mesmo juiz chegou a determinar a preventiva deles em 3 de agosto. O advogado chegou a fugir e depois conseguiu a liberdade por conta de um habeas corpus do TJ-SP. O vigia chegou a ser preso em 9 de julho, quando afirmou que Mizael matou Mércia por ciúmes e falou que o ajudou a fugir da represa. Dias depois, revelou numa carta ao G1 que foi torturado por policiais para confessar um crime que não cometeu. Os desembargadores revogaram a prisão de Evandro em 9 de agosto.

Polícia Federal
A Polícia Federal também foi acionada para tentar ajudar a prender os acusados de matar Mércia Nakashima, afirmou o delegado Antonio de Olim, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quarta-feira (8). Segundo Olim, o objetivo da PF será o de vigiar aeroportos e fronteiras para impedir qualquer fuga do Brasil.
O delegado também declarou que vai prender quem ajudar os acusados de matar Mércia Nakashima a fugir. De acordo com o delegado do DHPP, além de Mizael, Evandro também estaria escondido em Guarulhos.

Kleber Tomaz


G1

Sobreviventes do Holocausto criticam rabinos que proibiram aluguel a árabes

Quem desobedecer a ordem pode ser banido da comunidade local

O presidente da Associação Internacional dos Sobreviventes do Holocausto, Noah Flug, condenou nesta quinta-feira um grupo de cerca de 50 rabinos-chefes de cidades israelenses que assinou um decreto proibindo judeus de alugarem imóveis para cidadãos árabes.

Flug exigiu que os rabinos retirem imediatamente o decreto e afirmou que ficou chocado com a declaração.
"Como judeu que sofreu o Holocausto, lembro-me de como os nazistas alemães expulsaram os judeus de seus apartamentos e dos centros das cidades para criar guetos", disse ao site de notícias israelense Ynet.
"Pensávamos que no nosso país isso não iria acontecer, isso é especialmente difícil para alguém que passou pelo Holocausto", acrescentou.
No decreto, os rabinos signatários ameaçam isolar da comunidade os que violarem a ordem.
O Museu do Holocausto em Jerusalém, Yad Vashem, também publicou um comunicado condenando a posição dos rabinos.
De acordo com o museu, o decreto dos rabinos é "um golpe duro para os valores básicos de nossas vidas como judeus e como um povo que vive em um país democrático".
Segundo pesquisa do Israel Democracy Institute publicada no mês passado, 46% dos cidadãos judeus israelenses não gostariam de ter vizinhos árabes, e 39% não gostariam de morar perto de trabalhadores imigrantes ou com doenças mentais.
Há cerca de 1,3 milhão de árabes vivendo em Israel (em sua maioria palestinos que permaneceram no território após a criação do Estado), que representam um quinto da população.

Críticas
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, criticou o decreto dos rabinos, afirmando que "não há lugar em um Estado democrático para esse tipo de pronunciamento".
Na quarta feira, após a divulgação do decreto, cerca de 150 pessoas se manifestaram em Jerusalém, em frente à sinagoga principal da cidade, levantando cartazes com os dizeres: "decreto dos rabinos = blasfêmia".
O ex-presidente do Parlamento israelense Avraham Burg, que estava entre os manifestantes, fez um apelo ao premiê Netanyahu para que demita os rabinos, que chamou de "nacionalistas e fundamentalistas".
De acordo com a escritora Yael Gvirtz, "depois de combater o incêndio no Carmel, devemos nos dedicar a combater o fogo do racismo".
"Esse é um judaísmo auto-concentrado, ignorante e intoxicado pelo poder", afirmou a escritora.
Segundo o site Ynet, o rabino Yehuda Gilad, do vilarejo de Maaleh Gilboa, qualificou o decreto dos rabinos de uma "deturpação grave da Torá (o livro sagrado do Judaísmo), de maneira que contradiz valores humanos básicos".

Apoiadores
Apesar das críticas, cerca de 300 religiosos acrescentaram suas assinaturas ao decreto dos rabinos nesta quinta-feira, segundo o jornal Yediot Aharonot.
Para o rabino-chefe da cidade de Ashdod, Yossef Sheinin, a proibição "se baseia na Bíblia".
"Na Bíblia está escrito que Deus deu a terra de Israel ao povo de Israel, o mundo é tão grande e Israel é tão pequeno mas todos o cobiçam, isso é injusto", afirmou Sheinin.
O rabino-chefe do assentamento de Beit El, Shlomo Aviner, que também assinou o decreto, disse que "os árabes são 25% dos cidadãos, e não devemos ajudá-los a criar raízes em Israel".
Entre os rabinos que assinaram o decreto estão os rabinos-chefes de cidades importantes como Rishon Letzion, Carmiel, Rehovot, Herzlia, Naharia e Pardes Hana e todos são funcionários públicos.

Guila Flint



‘Preservar a cena do crime foi vital’, diz perita do caso Isabella


Perita do caso Isabella Nardoni, Rosângela Monteiro diz que a preservação da cena do crime foi vital para que o caso fosse desvendado. Ela é uma das palestrantes do 2º Encontro Nacional de Química Forense, que está sendo realizado no Centro de Convenções de Ribeirão Preto até sábado (11). Ela diz que isso possibilitou a análise das manchas de sangue. "Encontramos manchas dentro do veículo com a ajuda de reagentes químicos e de luzes forenses (lanternas especiais)", conta.
Mas ela alerta que um processo como o da Isabella Nardoni, não termina com a entrega do laudo, mas se inicia ali. "É uma tese que o perito vai defender e o estágio final é o julgamento, então é preciso estar preparado", revela. Ela diz que é preciso ter habilidade, espontaneidade, facilidade para se comunicar, pois no julgamento o perito estará falando com o júri e isso é um trabalho de convencimento.
"Comigo, em 30 anos de trabalho, nunca aconteceu das provas técnicas apontarem para um lado e o júri pender para outro lado porque eu tenho um poder de convencimento, mas o júri está livre para apreciar as provas como achar melhor", ressalta.
Ela diz que os jurados não precisam ficar restritos às provas periciais, então pode acontecer do júri apontar para outro lado. Rosângela diz que infelizmente o caso dos Nardoni é só um dos 15 mil casos que o núcleo de São Paulo resolve por ano. "São quase um milhão de peças que examinamos nesse período e o nosso maior problema é a falta de recursos humanos", revela. Ela diz que, no total, para fazer todo esse trabalho, o núcleo paulistano possui 24 peritos. "É um número bem reduzido, precisamos contratar mais gente".
Rosângela revela que é bem comum o pessoal do interior de São Paulo pedir apoio em alguns casos em função do número de ocorrências que são atendidas na Capital. "Nós temos núcleos especializados, então você acaba adquirindo um conhecimento diferenciado enquanto no interior o pessoal trabalha, como nós dizemos no meio, com clínica geral, pois atende todas as ocorrências", explica.
A perita diz que o fato de Ribeirão Preto ter o único curso de Química forense é muito interessante porque divulga o trabalho de perícia. "E nós precisamos de gente trabalhando nessa área", conta.


Imagens mostram novas agressões a homossexuais em São Paulo



A polícia vai usar imagens de câmeras de segurança para identificar um homem que agrediu homossexuais em São Paulo. Mais duas pessoas foram atacadas na região da avenida Paulista.
As imagens mostram os rapazes saindo de uma festa, na madrugada de domingo. Ao perceber que estavam sendo seguidos por um homem, eles aceleram o passo. Em seguida, um deles é atacado violentamente.
Depois, o amigo também apanha. O agressor só parou ao ser contido por uma mulher. O primeiro a ser atingido - um designer homossexual, de 32 anos - levou nove pontos no rosto. As vítimas identificaram o homem como um skinhead e disseram que ele usava um soco inglês.


eBand

3D feito a lápis


A perspectiva tridimensional encanta o público no cinema e nas televisões mais modernas. Mas saiba que não é preciso tanta tecnologia para criar cenas surpreendentes em 3D. O artista chileno Fredo usa a técnica para fazer desenhos, nos quais usa apenas lápis e papel. Confira algumas das ilustrações, nas fotos :



Casa e Jardim

Menino conta como foi abandonado por transporte escolar em estrada



Criança teve que andar 2,5 km até chegar em escola.
Professor e motorista foram afastados em Boituva.

O estudante de 10 anos que foi abandonado em uma rodovia da cidade de Boituva, a 121 km de São Paulo, quando voltava para casa de transporte escolar, contou que outros alunos também estavam fazendo bagunça no veículo. Por causa da confusão, o motorista e um professor que acompanhava os estudantes deixaram o menino na rodovia.
A criança havia saído do ensaio de um coral de Natal em uma escola que fica a 3 km de onde ele estuda. A confusão começou logo que as crianças entraram no veículo que faria o transporte.
“Toda hora que passava na lombada todo mundo pulava, daí o professor falava ‘para’. O ônibus parou lá no acostamento, daí eu pensei ‘o que será que aconteceu?’ Daí ele olhou para mim e falou: ‘’Você vai descer, você desce aqui e vai embora daqui até a escola”, contou o estudante.
De acordo com a mãe do garoto, o filho foi deixado em um ponto de ônibus. Ele andou 500 metros na beira da pista, que tem tráfego de veículos pesados intenso. Depois, teve que atravessar a pista e andar mais 2 km pelo bairro.
A mãe foi avisada por outras crianças de que o filho havia sido abandonado. “Ele deixou meu filho para trás, ele não tem noção do que poderia ter acontecido”, disse Patrícia Teixeira de Oliveira.
O motorista do transporte escolar e o professor foram suspensos pela Secretaria de Educação. “Foi uma atitude inadmissível dos dois, podemos até chamar de um ato de irresponsabilidade.”, afirmou o secretário de educação Márcio Pedro Marson. Um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar a conduta dos dois. O caso será apurado também pela polícia.



G1

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quimioterápico reduz mortes de crianças com anemia


Pesquisa mostra eficácia da droga contra doença do tipo falciforme, uma das mais comuns no Brasil. Especialista alerta que é preciso mais estudos

Pela primeira vez, um estudo mostrou que um medicamento quimioterápico, o hidroxiurea, é eficaz para evitar mortes de crianças com anemia falciforme. O trabalho foi apresentado ontem (6) no congresso da Sociedade Americana de Hematologia, em Orlando (EUA), pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira Cavalcanti (Hemorio), do Rio de Janeiro. No Brasil, a doença atinge uma em 1.200 crianças. O uso da hidroxiurea em adultos é estabelecido. Em meninos e meninas, não há consenso devido à sua toxicidade. O Ministério da Saúde autoriza e oferece o remédio pelo SUS para crianças que já tiveram complicações graves. O presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Cármino de Souza, alerta, porém, que uso de quimioterápicos para tratar doenças não malignas em crianças exige mais estudos.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP); Iara Biderman – 07/12/2010


prómenino

Calor excessivo pode levar cães à morte

Se você anda incomodado com o calor lá fora, imagine o seu amigo de quatro patas com toda aquela camada de pelos? “Os cachorros não transpiram pela pele como os humanos”, explica o diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani. “Eles perdem calor pela respiração e transpiram pelos coxins plantares (localizados na sola das patas) e pelas narinas. Como essa área é muito pequena em relação à extensão do corpo, ela é insuficiente para manter a temperatura corpórea próxima da temperatura normal”, explica o diretor clinico do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani.
Segundo o médico veterinário, quando o cão é exposto a altas temperaturas, ou a estresses e atividades intensas em dias muito quentes, sua temperatura interna pode ultrapassar os 40ºC e é aí que o cachorro pode apresentar hipertermia, quadro que pode provocar convulsões, diarréia, vômitos e levar à morte.
Os sintomas da hipertermia são: respiração ofegante, hipersalivação, temperatura acima de 40°C, mucosas avermelhadas, taquicardia, arritmias cardíacas, vômitos, muitas vezes com sangue, diarréias também com sangue, manchas e hematomas dispersos pelo corpo, alterações mentais, convulsões, tremores musculares, dificuldade de locomoção e falta de coordenação motora, diminuição ou ausência da produção de urina, coma e parada cardiorrespiratória. “A hipertermia é uma condição gravíssima que requer tratamento médico imediato. Uma vez que os sinais clínicos desse quadro são identificados, existe um tempo extremamente curto para ser revertido, diz Quinzani.
Independente da raça, todos os cães estão predisposto a essa patologia se submetidos a condições ambientais desfavoráveis de calor e umidade. Porém, cães com focinhos curtos como bull dog, boxer, pug, lhasa apso, shi tsu, boston terrier entre outros, estão mais suscetíveis ao problema. “Anatomicamente já são desfavorecidos de um aparelho ‘refrigerador’ adequado”, explica o veterinário.


Emergência: saiba como proceder
Aos primeiros sinais clínicos de hipertermia o animal deve ser retirado imediatamente do ambiente quente, colocado sob refrigeração ou ventilação adequada. “Molhar o animal com um borrifador e toalhas frias também auxilia no processo de refrigeração. Porém, não se deve submergir o animal em água fria, pois isso leva a vasoconstrição periférica dificultando ainda mais a dispersão de calor. É preciso também procurar imediatamente um médico veterinário”, diz Quinzani.

Confira as dicas preventivas:
1. Evite passeios e esforços físicos em dias quentes e úmidos.
2. Não deixe o animal preso dentro do carro, mesmo com vidros abertos.
3. Não deixe o animal em ambientes fechados ou sem acesso à sombra e água fresca.
4. Não dê banhos com água quente e secadores quentes no verão.
5. Não submeta o animal a situações de estresse psicológico que o deixe ofegante por medo ou insegurança.
6. Evite esforços ou condições desfavoráveis para animais obesos ou que tenham anatomicamente alguma dificuldade respiratória.
7. Evite a contenção forçada do animal e uso de focinheira em ambientes quentes e fechados.

Procuro pai do meu cunhado


Olá!!

Vim buscar ajuda para meu cunhado que me pediu para ajudá-lo nesta busca.
Meu cunhado, não fosse pela minha irmã (sua esposa), e seus 02 filhos, seria sozinho no mundo.
Seu pai sumiu no mundo qdo ele tinha 04 meses de idade (sr Vicente trabalhava no ramo de construÇão e nasceu na Bahia, mas morava em SP capital) e sua mãe (Abgail) faleceu qdo ele tinha apenas 16 anos em 1998(faleceu em SP capital, onde viviam juntos).
Vicente Pereira de Oliveira, foi casado com Abgail de Monteiro de Oliveira(nome de casada; q faleceu em 1998 mais ou menos), tiveram 5 filhas e 1 filho chamado Samuel, Samuel de Oliveira, q ficou sem pai e sem mãe.
O senhor Vicente se separou da mãe dele qdo ele tinha 04 meses de idade.
Hoje ele, Samuel, tem 28 anos, é casado e tem 2 filhos. Samuel sempre buscou e busca o pai, pois sente a necessidade de conhecê-lo, dar um forte abraço e dividir suas alegrias e família.
Por favor, nos ajudem nesta busca.
Hoje ele deve ter por volta de 60 anos, é a única coisa que esse filho sabe sobre esse pai.

Em caso de infos, entrem em contato através de e-mail: mkristini@yahoo.com.br

Desde já agradeço e aguardo,
Margarete Cristini - Maggie


E-mail enviado por uma leitora

Professora diz ter sido agredida por mãe de aluna em São José


Ela registrou boletim de ocorrência e diz que não volta mais para o trabalho

Uma professora do Centro de Educação Infantil São Luiz, em São José, na Grande Florianópolis, diz ter sido agredida pela mãe de uma aluna durante o trabalho. Nesta terça-feira, ela fez exames no Instituto Geral de Perícias (IGP).
Os funcionários da creche, que atende a cerca de 60 crianças entre dois e cinco anos, não trabalharam nesta terça-feira. A agressão teria sido na segunda-feira à tarde, enquanto a professora servia uma refeição para uma criança.
— Ela simplesmente veio e deu um soco no meu rosto, me puxou pelos cabelos, me jogou no chão, e ela batia muito forte com a minha cabeça no chão — conta a professora.
Ela diz que a mãe a teria acusado de agredir a aluna:
— Minhas colegas haviam me dito que ela estava me acusando de ter batido na filha dela. E eu jamais toquei um dedo na menina.
A professora cuida de crianças há sete anos na creche e disse que não pretende voltar ao local de trabalho. Ela registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira na Delegacia de Forquilhinhas.
De acordo com o investigador Sérgio Safanelli, a professora e a mãe da aluna devem ser intimadas a depor. No começo da noite, a reportagem tentou ouvir a diretora do centro, a suspeita da agressão e a Secretaria de Educação de São José, mas ninguém foi localizado para comentar o caso.

Zero Hora

Caso Mércia: Advogado diz que Mizael está escondido em Guarulhos, SP


SÃO PAULO - O advogado do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza disse que seu cliente está escondido em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde mora. Mizael e o vigia Evandro Bezerra da Silva tiveram a prisão decretada pela Justiça de Guarulhos, nesta terça-feira, pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima. Eles também vão ser levados a júri popular. Os dois permanecem foragidos.
Antes mesmo do anúncio da prisão preventiva, Mizael já não era mais encontrado em sua casa. O escritório dele, que também é advogado, está fechado há duas semanas. Mizael teria sido orientado pelo próprio advogado a se esconder em Guarulhos, onde mora.
O defensor do acusado da morte da ex-namorada disseram que, na semana que vem, entrarão com dois recursos; um contra a sentença que leva Mizael a júri popular e outro contra a decretação da prisão preventiva.
O advogado da família de Mércia, Alexandre Domingues, disse que a notícia da decretação da prisão foi recebida com alívio pela família da advogada.
- A família vai poder recomeçar a vida com um pouco mais de tranquilidade e aguardar o julgamento - disse o advogado.
O pedido de prisão e os argumentos para que os acusados fossem levados a júri popular foram apresentados pelo Ministério Público no último dia 30 de novembro. No pedido, o promotor Rodrigo Merli Antunes apresentou ainda as razões para que a Justiça mande o ex-policial Mizael Bispo de Souza e o vigia Evandro Bezerra da Silva a júri popular.
Na decisão, o juiz acrescenta que há ao menos 12 indícios da participação dos acusados no crime, entre eles "o relacionamento conturbado de Mizael e Mércia em seu término", "os encontros entre Mizael e Evandro no posto de gasolina eram esporádicos, mas passaram a ser rotineiros nas proximidades do dia do crime", e que no sapato de Mizael "foram encontrados fragmentos de uma alga subaquática, de água doce, compatível com as características da Represa de Nazaré Paulista".
O magistrado ainda fala "que o novo decreto de prisão preventiva tem a missão importante de restabelecer a ordem pública" e que "não prendê-los será um sinal verde para estimular novos crimes".
Mizael foi denunciado pelo MP por homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima -, além de ocultação de cadáver. Evandro responde por ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado - o motivo torpe foi descartado no caso do vigia que, segundo o MP, foi denunciado como partícipe porque sabia das intenções de Mizael e aceitou colaborar com a prática do crime.
Mércia Nakashima desapareceu em 23 de maio. Ela foi vista pela última vez na casa de familiares. O corpo da advogada foi encontrado na represa de Nazaré Paulista, a 59 km de São Paulo, no dia 11 de junho.

Risco de morte de adolescente negro é 3,7 vezes maior em relação ao branco, diz estudo

Pesquisa foi feita pelo Observatório de Favelas e pela Secretaria de Direitos Humanos

O risco de um adolescente negro entre 12 e 18 anos ser assassinado no Brasil é 3,4 vezes maior que o de um garoto branco. O dado faz parte PRLV (Programa de Redução de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens) divulgado em Brasília (DF) nesta quarta-feira (8).
O estudo foi feito pelo Observatório de Favelas em conjunto com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Unicef e Laboratório de Análises de Violência da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
O balanço foi realizado a partir da análise de 266 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Nele, o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) por cor da pele, com base no ano de 2007, apontou que o risco de assassinato é maior para os negros em 79% dos municípios.
Em Maceió (AL), o risco de morte deste grupo chega a ser 53 vezes maior que aquele registrado entre os brancos.
O PRLV aponta ainda que a chance de morte entre adolescentes do sexo masculino é 9,5 vezes maior que em relação às mulheres de mesma idade. O estudo foi baseado em mortes provocadas por armas de fogos e outros meios.
O estudo teve como fonte dados do Datasus (banco de dados do Ministério da Saúde) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mônica Ribeiro e Ribeiro


Gêmeas siamesas de 10 meses se recuperam após separação em SP



Irmãs eram unidas pela parte superior do corpo.
Cirurgia foi na semana passada e durou 12 horas.

Duas gêmeas siamesas que eram grudadas pela parte superior do corpo foram separadas em São Paulo durante uma cirurgia delicada que durou 12 horas. O procedimento ocorreu na semana passada, e há nove dias as irmãs de 10 meses estão separadas. Elas se recuperam bem.
Segundo os médicos, a cirurgia que separou Kauany e Keroly foi um sucesso. Mais confiante, a mãe delas comemora o progresso. “Elas dormiram bem também, não deram febre de noite. Cada melhora qualquer gesto que a gente acha que está melhor, a gente fica mais tranquila”, contou Selma Gonçalves Maurício Miranda.
A recuperação depois da cirurgia delicada é mais um passo em uma caminhada cheia de obstáculos. As gêmeas estavam unidas pela parte superior do corpo. Primeiro, os médicos separaram a membrana que envolvia os corações das meninas. Depois, separaram fígado, intestino grosso, aparelhos urinários e os órgãos reprodutores das duas. Por último foi separada a parte óssea e muscular.
Já separadas, elas foram levadas para salas diferentes. Cada uma foi operada por uma equipe médica. “A nossa avaliação da cirurgia foi boa, trabalhosa, porém muito boa. Felizmente passaram a fase inicial de pós-operatório. Saíram da UTI, agora estão numa fase de longa recuperação pós-operatório, que eu diria de alguns meses, até nós termos a cicatrização dessas estruturas todas”, explicou o médico Uenis Tannuri, do Instituto da Criança.
“Com fé em Deus a gente vai conseguir de novo, porque agora é como a elas tivesse nascido de novo né?”, disse a mãe das meninas. Ainda não há previsão de alta para as meninas.


G1

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Adriano com o número 105 na camisa

Adriano Imperador camisa 105 no roma ao ser questionado ele disse ser uma homenagem para amigos que passam dificuldade 105 = cv em romanos ...

Mp3 NATIC

Jovem mata professor com facadas no peito por causa de nota baixa



O crime foi em Belo Horizonte. “Eu vi o professor agonizado com a mochila nas costas e o sangue caindo nas provas”, disse uma estudante.

Um crime bárbaro em Belo Borizonte. Um aluno matou o professor dentro da faculdade por causa de uma nota baixa.
Kássio Vinícius, de 39 anos, era casado e pai de dois filhos. Pouco antes do início das aulas, ele foi esfaqueado no tórax pelo o aluno.
“Eu vi o professor agonizado com a mochila nas costas e o sangue caindo nas provas”, disse a estudante Monica Rodrigues.
A arma do crime foi apreendida e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal. A polícia agora vai analisar as imagens do circuito interno de segurança, mas não tem dúvida quanto à autoria e à motivação do crime.
De acordo com o delegado, o assassino é Amílton Loyola, de 23 anos, aluno do quinto período de Educação Física.
“A provável motivação seria o descontentamento do autor em razão de uma avaliação dada pelo professor recentemente”, afirmou o delegado.
Entre os estudantes o clima era de tristeza e indignação.
“Todo mundo gostava do professor”, disse uma aluna, chorando.
Os colegas de classe de Amílton dizem que ele é agressivo e já foi expulso de outra faculdade.
”Esse menino é muito estressado, ele apela por qualquer coisinha que acontece com ele”, afirmou um aluno.
Depois de esfaquear o professor, Amílton teria vindo direto para casa. De acordo com os vizinhos, ele chegou em um táxi chorando muito e entrou no apartamento, que fica no primeiro andar de um prédio.
A polícia vai analisar as imagens do circuito de segurança. Em nota, a faculdade lamentou o fato e disse que está oferecendo apoio à família do professor assassinado.


Bom Dia Brasil

Alunos usam barco para fugir do trânsito na zona sul de São Paulo


Para evitar os congestionamentos, pais resolveram pagar mensalidade de uma embarcação similar a um bote para transportar os filhos diariamente à escola, na zona sul de São Paulo, mostra reportagem de Alencar Izidoro e Fernando Donasci publicada na edição desta terça-feira da Folha. As famílias moram em região bem arborizada às margens da Guarapiranga. Os filhos são alunos de colégio particular e que levam cinco minutos para atravessar a represa.
Em seguida, podem ir a uma das duas escolas caminhando, em sete minutos. Ou então, fazem baldeação e complementam a rota em uma van, que também foi incluída como parte do serviço. Com isso, é possível completar em 12 minutos --o percurso, de carro, costumava levar 40 minutos.
O valor das mensalidades varia de R$ 190 a R$ 230, a depender da localização do colégio --preço para um só trajeto, ida ou volta.


Folha.com

Um novo começo


Quase a totalidade da mídia nacional saudou com esperança e confiança os últimos acontecimentos do Estado do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado, principalmente na área referente ao tráfico de drogas. Esse, a nosso ver, é apenas o primeiro passo – não de uma corrida de 100 metros rasos, mas de uma maratona que exigirá constância de propósito, paciência e coerência na condução das ações.
A retomada dos terrenos apropriados pelos traficantes é, sem dúvida alguma, importante e decisivo passo. A etapa seguinte é a ocupação das áreas baldias deixadas pelas demais políticas públicas praticamente nas mãos do crime organizado. A Rede Municipal de Ensino do município do Rio de Janeiro conta com mais de 150 escolas nas chamadas áreas conflagradas, isto é, dominadas por delinquentes adultos auxiliados por seus congêneres juvenis. A superação desse quadro exige um conjunto ordenado e articulado de ações entre a União, Estado e Município e entre Estado e Sociedade.
À sociedade, além dos importantíssimos programas de atendimentos de solidariedade social a crianças, adolescentes e jovens, cabe o incremento da prática da denúncia anônima, expediente ao alcance de qualquer cidadão minimamente informado sobre a importância do que vem acontecendo no Rio de Janeiro, não só para a população fluminense, mas para o Brasil como um todo.
Após a instalação, reiteração e retomada do controle dos serviços públicos pelo Estado, a medida mais importante será desencadear um processo sólido de pedagogia social (mídia, educação e socioeducação), visando à implantação de uma cultura de paz, que tenha abordagem e método na resolução pacífica de conflitos.
No que se refere ao atendimento aos adolescentes em conflito com a lei a quem foram aplicadas medidas socioeducativas de PSC (Prestação de Serviço a comunidade) e LA (Liberdade Assistida), cabe formar (em agentes educativos), capacitar (em estabelecimentos especializados como a Escola Paulo Freire de Gestão Socioeducativa do DEGASE/RJ) e treinar em serviço (nas unidades de atendimento) funcionários capazes de compreender, aceitar e praticar a letra e o espírito do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Aos Conselhos de Direitos, cabe traçar os planos de ação nacional, estaduais e municipais para tirar do papel o sistema de defesa de direitos. O SINASE (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) é o grande instrumento para realização desses propósitos. Aos Conselhos Tutelares, no dia-a-dia, cabe receber, estudar e encaminhar os casos a serem atendidos pelos CREAS. Aos CREAS, por sua vez cabe o papel de coordenar e integrar as ações das Redes Locais de Atendimento.
O conjunto de conhecimentos requeridos para o exercício de todas essas funções podem ser resumidos num pequeno conjunto de conteúdos, que, se bem articulados em termos intelectuais (interdisciplinares) e bem aplicado em termos prático–operacionais (interprofissionais) serão capazes de gerar uma capacidade inovadora, convergente e sinérgica.
A diferença entre o interdisciplinar e o interprofissional é que o primeiro é uma categoria de natureza acadêmica. Isso se refere ao processo de produção, acumulação e difusão de conhecimentos. Já o trabalho interprofissional refere-se à aplicação dos conhecimentos adquiridos ao cotidiano do trabalho nos campos da produção de bens e de serviços. Precisamos compreender na teoria e na prática essa distinção, pois muitos serviços sociais de natureza governamental e não governamental acabam se transformando em centros de discussão de uma determinada problemática e não em formuladores e executores de estratégias de intervenção sobre elas. Essa é uma realidade que é preciso e possível mudar e depende da capacidade de cada um de nós mudarmos a nossa postura ética, profissional, social e política diante deste quadro.
O Brasil tem muitas condições para reverter o presente quadro e já começamos a dar os primeiros passos no sentido de fazê-lo. Só assim, poderemos atravessar de cabeça erguida as nove décadas que nos separam do início do século XXII. Pouco adianta chegarmos a ser a quinta maior economia do mundo e nos posicionarmos em 73º lugar em termos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD). Essa distância reflete descompromisso ético, falta de vontade política e incompetência técnica. Não podemos mais continuar aceitando o inaceitável. É preciso usar a Constituição, as Leis para trabalhar e lutar em favor dos direitos da população que subsiste na subcidadania, principalmente as crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

Antônio Carlos Gomes da Costa



Defesa de Mizael quer revogar decretação de prisão e anular júri popular


Polícia procura ex-namorado da advogada em Guarulhos, na Grande São Paulo

A defesa do advogado e ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, acusado de matar sua ex-namorada Mércia Nakashima, informou na terça-feira (7) que vai tentar reverter a decisão da Justiça de levar o caso a júri popular e prender o acusado.
O advogado Samir Haddad Júnior diz que entrará na Justiça com dois recursos na semana que vem - um para que Mizael responda ao processo em liberdade e outro para impedir que o caso seja levado a júri.
Haddad afirma que a espera para entrar com esses instrumentos se deve a uma licença de uma desembargadora que acompanha o caso desde o princípio. Ambos os recursos serão analisados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Justiça decretou na tarde de terça-feira a prisão preventiva de Mizael Bispo. Por volta das 17h40, a Polícia Civil já fazia buscas por Mizael em sua casa em Guarulhos, na Grande São Paulo. O ex-PM não foi encontrado.
Segundo Haddad, o réu não vai se entregar e ele não vai levar seu cliente à polícia.
– É um direito que lhe assiste e eu não sou carcereiro.

O crime
A audiência para ouvir as testemunhas do caso ocorreu entre os dias 18 e 21 de outubro em Guarulhos. Além das 21 pessoas listadas pela promotoria e pelos advogados dos acusados, o juiz interrogou os dois réus.
Os desembargadores da 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram no dia 24 de novembro que o julgamento do caso Mércia Nakashima seria realizado em Guarulhos. A defesa havia entrado com recurso para que o júri ocorresse em Nazaré Paulista, a 64 km de São Paulo.
Mércia desapareceu no dia 23 de maio deste ano depois de visitar a avó em Guarulhos. Seu corpo foi encontrado no dia 11 de junho na represa de Nazaré Paulista. Um dia antes, o carro da advogada foi achado no mesmo local.


Bom dia ao Blog Anjos e Guerreiros


Enviamos abaixo o aviso sobre o lançamento do mais novo livro do médico Alex Botsaris, Medicina Ecológica - Descubra com cuidar da saúde sem sacrificar o planeta, no próximo dia 11 (sábado), no Jardim Botânico, com direito a palestra do autor e distribuição de mudas de plantas medicinais.
O encontro pretende trazer a público o debate sobre esse conceito, ainda pouco conhecido dos brasileiros, e os temas que ele engloba, entre eles a aplicação da medicina complementar e de estratégicas de tratamento que reduzam o impacto das substâncias químicas medicamentosas no meio ambiente. Outro foco é o combate ao uso abusivo de medicamentos sintéticos, em especial antibióticos potentes recém-lançados e sem estudos de impacto.
Em anexo, segue a capa do livro com a orelha da obra, escrita pela jornalista Sônia Bridi, para ajudar a introduzir o assunto.

Atenciosamente

Karine Fonte
Fatutti Comunicação

EVENTO NO JARDIM BOTÂNICO DO RIO APRESENTA MEDICINA ECOLÓGICA
E DISTRIBUI PLANTAS MEDICINAIS
No próximo dia 11 de dezembro, às 16h, o Dr. Alex Botsaris fará uma palestra gratuita sobre seu mais recente livro, Medicina Ecológica – Descubra como cuidar da sua saúde sem sacrificar o planeta, com uma grande ação em favor da medicina complementar e da qualidade de vida. Durante o evento, no setor de Plantas Medicinais do Jardim Botânico do Rio, cada pessoa que adquirir um exemplar do livro levará de graça uma muda de planta medicinal.
A ação busca apresentar a ideia central do livro, de que a sociedade contemporânea depende em excesso de medicamentos sintéticos até para problemas simples de saúde, quando já existem soluções fitoterápicas, menos agressivas e tão eficientes quanto, e ainda despreza constantemente o “princípio da precaução”, que em medicina se traduz nas ações preventivas de saúde. São posturas que agridem nosso organismo e também o meio ambiente.
Para evitar essa situação, o Dr. Botsaris defende a chamada “medicina ecológica”, que combina as estratégias da medicina complementar já validadas pela ciência (homeopatia, fitoterapia e acupuntura, entre outras) com os tratamentos convencionais, numa abordagem individualizada para melhorar a saúde global do paciente. Aplicando esse princípio o médico, além de ser mais eficaz, contribui para proteger o planeta, pois ao receitar menos remédios ou optar por insumos naturais, menos substâncias químicas terminam no esgoto ou no lixo.
“O que defendemos é uma medicina preocupada em recuperar o equilíbrio dos indivíduos, com visão holística e abordagem individualizada, que agride pouco o meio ambiente, é simples, barata e tem conotação preventiva”, explica o autor. Para ele, o médico ou o paciente que adotam a medicina ecológica observam as duas principais ações de saúde que mais reduzem o uso de remédios: a prevenção (não fazer coisas que prejudiquem o organismo) e a promoção (fazer coisas que tragam bem ao organismo).
Escrito em linguagem simples e direta, mas sem deixar de apresentar estudos e argumentos sérios, o livro de Alex Botsaris aborda outras questões espinhosas ligadas ao meio ambiente e à medicina, como as consequências das agressões ambientais na saúde dos cidadãos; a ética médica e a influência da indústria farmacêutica; o uso indiscriminado de produtos químicos; e a má qualidade de vida nos centros urbanos. A obra é um chamado à reflexão sobre os desafios na área de saúde que a Humanidade enfrenta neste início de século XXI.
O autor – Alex Botsaris é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital Claude Bernard (Paris) e em Medicina Chinesa pela Universidade de Pequim. É membro da Associação Brasileira de Fitoterapia (Abfit – antigo IBPM); e da equipe do Programa Estadual de Plantas Medicinais (Proplan) da Secretaria Estadual de Saúde do Rio (SES/RJ). Já atuou como consultor da Natura e da Ybios (empresa de tecnologia em ativos naturais).

Outros livros publicados
- Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras (Editora Ícone), 1995;- Fórmulas Mágicas (Editora Nova Era), 1997;
- Sem Anestesia (Editora Objetiva), 2001;
- Complexo de Atlas (Ed Objetiva), 2003;
- Medicina Complementar (Editora Nova Era), 2004;
- Doce Vôo da Juventude (Editora Objetiva), 2007;
- O Prazer de se cuidar (Casa da Palavra), 2007.

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Geleiras da Patagônia são as mais ameaçadas do planeta, diz estudo


As geleiras da Patagônia, na Argentina e em parte do Chile, estão derretendo mais rapidamente do que qualquer outro glaciar no planeta, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira em Cancún, durante a reunião das Nações Unidas sobre mudança climática.

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que as geleiras sul-americanas estão perdendo ainda mais massa que as do Alasca e as localizadas no nordeste dos Estados Unidos e sudeste do Canadá.
As geleiras dos Andes, bem como as do Himalaia e do Ártico, também vêm perdendo massa, porém em menor escala. Também na Europa, desde 2000, os glaciares vêm diminuindo, embora antes disso a tendência fosse inversa.

Efeito inverso
Por outro lado, em algumas partes das geleiras na Terra do Fogo, no sul da América do Sul, foi registrado aumento da massa de gelo. O mesmo se viu no oeste da Noruega e na ilha sul da Nova Zelândia.
"Esse relatório destaca uma tendência global, observada durante décadas em algumas regiões do planeta, que tem implicações de curto e longo prazo para números consideráveis de pessoas em termos de acesso a água e vulnerabilidade", afirmou o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.
No entanto, a ciência também encontrou situações mais complexas.
Em algumas montanhas, os efeitos parecem ser contraditórios. Em pequenas porções do maciço de Karakoram, na Ásia, por exemplo, o avanço de glaciares chegou a invadir áreas que há 50 anos não tinham gelo.

Consequências
As consequências da diminuição das geleiras nas secas regiões da Argentina, do Chile, do Peru e da Ásia Central devem ter um impacto profundo sobre a escassez de água, segundo o estudo.
Nessas regiões, as geleiras costumam ser fontes fundamentais de água.
No Himalaia, o degelo ameaça o sustento de milhares de pequenos produtores rurais, além de provocar enchentes catastróficas.
Por isso, o governo da Noruega anunciou nesta terça-feira que vai financiar ações para promover adaptação às mudanças causadas pelo desaparecimento das geleiras nos Himalaias.
O país vai investir US$ 12 milhões ao longo de cinco anos.
"Estas descobertas alarmantes ressaltam a importância de combater as mudanças climáticas globalmente. Elas enviam uma mensagem contundente a nós, políticos, e aos negociadores em Cancún", disse o ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Internacional norueguês, Erik Solheim.

Eric Brücher Camara


Ex-paquita Pituxa briga na Justiça para morar com filho no Brasil


No Mais Você dessa terça-feira, 7 de dezembro, Ana Maria conversou com Louise Wischermann, a ex-paquita Pituxa do Xou da Xuxa, no fim da década de 80. Depois de 18 anos morando no Canadá, ela está de volta ao Brasil e enfrenta uma briga na Justiça canadense para ter o direito de morar aqui com seu filho Oliver, de 4 anos.
Louise, que possui esclerose múltipla, contou que durante a gravidez não teve o apoio do marido. “Ele não queria que eu engravidasse, pra tratar a doença, mas eu queria ser mãe mesmo assim”, revelou. Ainda sobre a doença, ela explica que seu tratamento é pago pelo SUS, Sistema Único de Saude, e por isso precisa morar aqui no Brasil. “Aqui eu tenho tratamento de graça. Lá não, eu pago por todos os remédios”.
A ex-paquita desabafou com Ana Maria. “Eu quero recomeçar minha vida no Brasil. Quero que o meu filho venha morar comigo aqui. Em momento nenhum quero afastá-lo do pai. Vou deixá-lo passar todas as férias com ele, mas quero o meu direito de mãe. Está tudo muito difícil... estou aqui há 15 dias e só consegui falar com o Oliver uma vez”, contou Louise.
Para dar mais detalhes sobre o assunto, a ex-paquita foi acompanhada do seu advogado, Bernardo Garcia, que está cuidando do caso aqui no Brasil. Bernardo explica que só o juiz canadense pode resolver o caso. “O Oliver é residente no Canadá, e nós não podemos fazer nada aqui, apenas acompanhar e trabalhar junto com eles. Espero que o juiz reconheça que o melhor para a criança é ficar com a mãe.”

Relembre o caso do menino Sean Goldman
Aproveitando o assunto, o Mais Você relembrou um caso parecido com o de Louise: o menino Sean. O pai dele é americano e a mãe, brasileira, morreu no parto. Atualmente o menino Sean Goldman está com 10 anos e mora com o pai David Goldman em New Jersey, nos Estados Unidos.
Esta semana o padrasto de Sean, João Paulo Lins e Silva, declarou que vai pedir à presidenta eleita, a Dilma, que interceda junto à Justiça americana para que a família brasileira tenha o direito de, ao menos, visitar o menino. A família diz que até agora só conseguiu falar com Sean - pelo telefone - 6 vezes. A avó do menino esteve nos Estados Unidos em abril desse ano e disse que não conseguiu nem ver nem falar com o neto.
Diante da absoluta falta de notícias, a família que mora no Rio pediu aos advogados americanos que mandassem prova confirmando que o garoto estava vivo. A avó, Silvana Bianchi, recebeu, então, um recado no celular: "Oi, vó, tudo bem? Depois eu te ligo, beijos". Tudo em inglês.

Fonte:Globo.com


Alagoas 24 horas

SP: Mãe de menina morta espera que enfermeira se apresente e assuma o erro que cometeu


SÃO PAULO - A mãe da menina Sthephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, que morreu depois de receber vaselina na veia no lugar do soro, espera que seja feita Justiça em relação à auxiliar de enfermagem responsável pela troca de medicamentos. Roseane Mércia dos Santos Teixeira, de 38 anos, diz que por enquanto não pensa em indenização, mas espera que a polícia encontre a auxiliar de enfermagem. Para a mãe, a funcionária do Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, onde o caso aconteceu, foi negligente. A mãe espera que a funcionária se apresente e assuma o erro que cometeu. A Polícia deve ouvir pelo menos 25 pessoas envolvidas no caso.
- Ela já havia colocado soro em duas bolsas. A Sthephanie já tinha tomado e estava melhor. Na terceira bolsa, a auxiliar de enfermagem começou a conversar com uma colega e não prestou atenção no que estava sendo colocado no recipiente - diz Roseane.
Nesta segunda-feira, o hospital entregou à polícia frascos semelhantes utilizados para guardar o soro e a vaselina. As duas embalagens contêm líquidos incolores, mas o nome de cada produto consta na etiqueta. Quem medicou a menina Sthepanie provavelmente não viu e injetou vaselina na criança. Em depoimento à polícia, a mãe disse que havia notado que o frasco de vaselina era diferente dos de soro, utilizados inicialmente no tratamento da menina.
A mãe de Sthephanie ressalta que a auxiliar de enfermagem percebeu o erro logo após a menina começar a passar mal. A mão disse ter ouvido de uma colega da funcionária 'que ela havia cometido um erro grave'.
- Minha filha começou a passar mal e dizia que sentia formigamento. Os olhos dela começaram a virar. Logo depois, chamei o médico, que suspendeu a medicação e levou ela urgente para a UTI. Eu, desesperada, ainda ouvi duas funcionárias do hospital comentando sobre o erro - contou a mãe.
Segundo Roseane, a funcionária responsável pela medicação de Sthephanie era jovem, alta, branca, de cabelos negros e de olhos claros. A mãe da menina espera poder fazer o reconhecimento da suspeita pessoalmente.
- Eu só espero que ela se apresente, assuma o erro que cometeu. Caso a polícia não a encontre e ela não se apresente, pretendo fazer o reconhecimento através de fotos pois lembro bem do rosto dela - afirmou.
Para Claudio Porto, presidente do Conselho Regional de Enfermagem em São Paulo, apesar da semelhança dos frascos, isso não justifica a troca, que causou a morte da garota na madrugada do sábado.
- Não é possível confundir quando isso está sendo feito por um profissional devidamente capacitado, qualificado e preparado para aquele procedimento. É inadmissível que exista esse tipo de confusão - disse Porto.
Em depoimento à polícia, Roseane olhou algumas fotos de funcionários do hospital, mas não conseguiu fazer o reconhecimento. Ela disse que estava nervosa e as fotos eram muito pequenas.
A mãe aguarda que a polícia possa providenciar novas imagens dos funcionários que estavam em plantão no dia em que a menina foi atendida.
Sthephanie tinha duas irmãs - uma de seis e uma de quatorze anos. A menina era muito apegada à mãe. Segundo Roseane, a filha dividia a cama de casal com ela.
- Estou separada do pai da menina desde 2001. Criei sozinha e ela era muito apegada a mim. Ainda não caiu a ficha, mas quando cair não sei o que farei de agora em diante - afirma.
Segundo a mãe de Sthephanie, o pai da garota nunca esteve presente e ainda deve pensão alimentícia.
- Ele nunca vinha ver a menina e agora anda falando na imprensa que estuda pedir indenização. Acho isso ridículo da parte dele neste momento.
Sthephanie era, segundo sua mãe, uma menina bastante estudiosa, que já havia passado para a sétima série. No futuro pretendia ser arquiteta ou DJ.
- Outro dia perguntei porque ela não estava indo à escola. Ela respondeu que 'não preciso mais ir, mãe. Já passei de ano'.
Segundo a mãe, Sthephanie era muito querida pelos amigos e no bairro onde mora a família (Jardim Corisco, na Zona Norte), diz a mãe.
Parentes e amigos da menina pretendem fazer uma manifestação em frente ao Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte, pedindo Justiça no caso. O horário não definido.
A menina foi internada na última sexta-feira com quadro de virose, com diarreia, febre e dores abdominais. Ela havia recebido duas bolsas de soro e começou a passar mal ao receber a terceira. Sthephanie sentiu as mãos formigarem e disse à mãe que iria morrer. Com embolia, a menina morreu aos 20 minutos de sábado, depois de ser transferida à Santa Casa de Misericórdia no bairro de Santa Cecília, que administra também o hospital do Jaçanã.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, se diz consternada com o fato e solidariza-se com a família da garota. Segundo a nota, após tomar conhecimento do fato foram instauradas, em caráter imediato, sindicâncias internas para apurar o que ocorreu. Os profissionais envolvidos no atendimento da paciente foram afastados.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Justiça decreta prisão de Mizael e Evandro por morte de Mércia

Mizael foi procurado pela polícia nesta tarde no
escritório e em casa (Foto: Juliana Cardilli/G1)


Juiz também mandou ex e vigia a júri popular pelo crime; cabe recurso.
Polícia procurou os dois nesta tarde, mas eles não foram encontrados.

A Justiça de Guarulhos, na Grande São Paulo, decidiu, na tarde desta terça-feira (7), levar Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva a júri popular sob a acusação de assassinarem Mércia Nakashima, de 28 anos, em maio deste ano. Além de terem de sentar no banco dos réus para serem julgados pelo crime por sete jurados escolhidos entre pessoas da sociedade, o ex-namorado da vítima e o vigia também tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, da 1ª Vara do Júri. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público. Em outras palavras, os dois, que estão soltos por força de liminares, terão de responder ao processo presos.
A sentença do magistrado foi divulgada nesta terça pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP. Cabe recurso. Os réus negam o crime.
Policiais civis foram, assim que decretada a prisão, até a casa e ao escritório de Mizael em Guarulhos, mas não tinham conseguido localizá-lo até as 17h30. Os advogados de Mizael e de Evandro foram procurados pela reportagem do G1, mas não foram localizados.
Mizael tem 40 anos, é advogado, policial militar reformado, ex-namorado e ex-sócio de Mércia. Ele é apontado como o mentor do crime. Foi acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Segundo o Ministério Público, ele matou a advogada por ciúmes, já que não aceitava o fim do relacionamento.
Evandro, 39 anos, trabalhava como vigilante em feiras livres para Mizael, e teria ajudado o advogado a cometer o assassinato. Ele responde por homicídio duplamente qualificado (emprego de meio insidioso ou cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. De acordo com o promotor Rodrigo Merli Antunes, o vigia foi denunciado como partícipe porque sabia das intenções homicidas de Mizael e aceitou colaborar com a prática do crime.

Desaparecimento
Mércia desapareceu da casa dos avós em Guarulhos, em 23 de maio, quando saiu de carro. Após a denúncia feita por um pescador, o veículo e o corpo dela foram encontrados por bombeiros em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, nos dias 10 e 11 de junho, respectivamente.
Não é a primeira vez que Mizael e Evandro têm a prisão decretada pela Justiça. O mesmo juiz chegou a determinar a preventiva deles em 3 de agosto. O advogado chegou a fugir e depois conseguiu a liberdade por conta de um habeas corpus do TJ-SP. O vigia chegou a ser preso em 9 de julho, quando afirmou que Mizael matou Mércia por ciúmes e falou que o ajudou a fugir da represa. Dias depois, revelou numa carta ao G1 que foi torturado por policiais para confessar um crime que não cometeu. Os desembargadores revogaram a prisão de Evandro em 9 de agosto.



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