segunda-feira, 9 de maio de 2011

Detentos de Maringá produzem material didático para deficientes visuais

Em seis anos foram gravados 90 livros falados

Detentos da Penitenciária Estadual de Maringá produzem material didático para pessoas com deficiência visual. O trabalho é resultado de uma parceria entre a Secretaria da Justiça e o Centro de Apoio Pedagógico (CAP) para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual de Maringá. Além da digitação de livros em braile e da confecção de peças em relevo – como mapas e figuras geométricas –, os detentos fazem a locução de livros de história.

Atualmente 16 detentos participam do projeto “Visão de Liberdade”, iniciado em 2004, com o CAP local, que é vinculado à Secretaria da Educação. Eles fazem parte de um grupo de 3.694 condenados pela Justiça, em todo o Paraná, que desenvolvem algum tipo de trabalho durante o cumprimento da pena. “No mês que vem mais cinco serão treinados por um locutor voluntário para ampliar a produção de audiolivros”, informou o diretor da Penitenciária Estadual de Maringá, Marcos Roberto Rodrigues.

Os livros falados são gravados em uma cabine acústica instalada dentro do presídio, com sonoplastia e efeitos de voz. O material é distribuído para os 129 municípios vinculados ao Centro de Apoio Pedagógico de Maringá. “Nossos livros também são enviados para todo o Brasil e para uma biblioteca pública da cidade de Sobreda, em Portugal”, informou a coordenadora do centro, Maria Ângela Bassan Sierra.

Desde 2004, foram produzidos pelos detentos de Maringá 25.305 peças de material didático em relevo e digitados 338 livros e apostilas diversas. De dezembro de 2005 a abril de 2011, foram gravados 90 livros falados, com tiragem de 150 cópias cada, e mais 16 apostilas. Os presos envolvidos no projeto são beneficiados pela redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados e recebem um pecúlio pelo trabalho realizado.




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