sábado, 12 de fevereiro de 2011

Chefão da Rocinha mandou cortar mesada de policiais

Policiais federais cumpriram ao menos 35 mandados de prisão em operação Guilhotina, nesta sexta-feira.

Arrego à polícia podia chegar até R$ 350 mil

Informações de fontes da polícia do Rio de Janeiro indicam que o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que comanda a venda de drogas na favela da Rocinha, na zona sul, pagava uma "mesada" para policiais civis e militares. A suposta "mesada, que variava entre R$ 60 mil, R$ 100 mil e R$ 350 mil, teria sido cortada pelo traficante após a ocupação da polícia no Complexo do Alemão, na zona norte, em novembro do ano passado.
Em represália, policiais teriam espalhado um boato de que Nem teria se aliado a bandidos inimigos, como Pezão e Fabiano Atanásio, o FB, do Complexo do Alemão tendo, inclusive, escondido os rivais em seu reduto.
A intenção, seria enfraquecer Nem, motivando operações policiais na comunidade e colocando outros líderes do grupo contra ele.
Nem, por sua, vez, mandou que carros de som circulassem pelas ruas da Rocinha, com mensagens negando que a Rocinha estivesse servindo de abrigo para os rivais da Penha e do Alemão.
Um policial que investiga o esquema contou ao R7 que estava prestes a descobrir quem recebia o dinheiro, mas acabou não conseguindo porque seu informante foi morto a mando de traficantes.
Um dos principais fornecedores de drogas da Rocinha, o traficante Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, já morto, foi um dos pivôs da deflagração da operação Guilhotina da PF (Polícia Federal) que resultou na prisão de 35 pessoas nesta sexta-feira (11), sendo 27 policiais, entre eles o delegado da Polícia Civil, Carlos Oliveira, muitos deles ligados ao tráfico de drogas.
No ano passado, após vazamento de uma operação para capturar Roupinol em Macaé, a polícia prendeu um informante da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), que também ajudava os traficantes. A partir daí, iniciou-se uma investigação para apurar supostos arregos (propinas) pagos a policiais.
Um outro esquema envolvendo PMs e traficantes está sendo investigado pela Polícia Civil. Na última quinta-feira (10), quatro policiais militares foram presos em São Cristóvão suspeitos de vender dois quilos de cocaína a R$ 20 mil para um traficante, que repassaria a droga a bandidos da favela Barreira do Vasco.
Os policiais encarregados da investigação suspeitam que outros 20 PMs possam estar ligados ao esquema, que envolveria também venda de armas para as comunidades da Mangueira, Jacarezinho, Tuiuti e Parque Arará, todos na zona norte.


R7

Diagnóstico da Dengue



Atendimento dos Profissionais de Saúde sempre deveria ser assim, como mostrado neste vídeo. Competência e amor dimiuirão bastante os riscos na doença.. e consequentemente as mortes pela doença..
Um bom-dia. Sônia


Blog Ternura de Deus

Raro babuíno ruivo nasce em Israel


Animal com genes recessivos tem suas primeiras fotos exibidas
Um babuíno ruivo, espécie rara de primata, nasceu em 26 de janeiro no Safari Ramat Gan, em Israel. As primeiras fotos do animal foram divulgadas nesta semana.
Assim como nos humanos, o gene para cabelos ruivos entre os babuínos é recessivo e faz 30 anos que o último primata ruivo nasceu em Israel, no Zoo de Tel Aviv.


O filhote ruivo é uma fêmea e sua mãe, Scud, tem 20 anos e nasceu durante a Guerra do Golfo. Segundo o site ZooBorns, Scud não é muito popular no grupo de babuínos do Safari Ramat Gan, mas o novo bebê reforça sua posição perante os outros animais. Agora, o macho dominante do grupo fica muito mais tempo com a fêmea, curioso sobre o filhote.


Galileu

Álcool mata mais que Aids, tuberculose e violência, diz OMS


GENEBRA - O abuso de álcool mata 2,5 milhões de pessoas por ano, mais do que a Aids, a tuberculose ou a violência, informou nesta sexta-feira relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), que urgiu os governos a tomar medidas para conter seu avanço. Segundo a OMS, a elevação da renda está fazendo crescer o consumo de álcool em países da Ásia e África, enquanto várias nações desenvolvidas e emergentes, como o Brasil, veem aumentar os casos de bebedeiras excessivas, o chamado "binge drinking".
Apesar disso, alerta a organização, as políticas de controle do consumo continuam a ser consideradas de baixa prioridade pelos governos, mesmo diante do fato de cerca de 4% das mortes no mundo estarem relacionadas ao álcool, seja como fator em acidentes de trânsito ou tendo como consequência o desenvolvimento de câncer, doenças cardiovasculares e cirrose. Isso sem contar os prejuízos econômicos causados pelo absenteísmo e o custo para tratamento dos doentes.
De acordo com o relatório, a cerveja é a bebida preferida no Brasil (54% do total de álcool puro consumido), seguida pelos destilados (40%) e os vinhos (5%), com o 1% restante vindo de outros produtos que têm como base arroz (saquê) e frutas (cidras etc). Em média, o brasileiro com mais de 15 anos bebe 9,2 litros de álcool puro por ano e o consumo da substância está ligado à morte de 7,29% dos homens e 1,41% das mulheres acima desta idade.
No mundo todo, os homens também são as principais vítimas do álcool, que responde por 6,2% das mortes, contra 1,1% entre as mulheres, destaca a OMS. Só na Rússia e países vizinhos um em cada cinco homens morre de causas relacionadas ao álcool. E os jovens são outro grupo sob forte risco, sendo o álcool responsável por uma em cada dez mortes de pessoas entre 15 e 29 anos, num total de 320 mil anuais. "O abuso do álcool é especialmente fatal para os grupos mais jovens e principal fator de risco de morte entre os homens com 15 a 59 anos de idade", diz a publicação.
- O álcool é um assassino e não faz nada bem do ponto de vista da saúde pública - comentou Melvin Freeman, funcionário do Ministério da Saúde da África do Sul e um dos colaboradores para a confecção do relatório.
Segundo a OMS, as taxas de consumo de álcool variam muito, sendo mais altas nos países desenvolvidos e menores no norte da África, na África subsaariana e no sudeste da Ásia, onde as grandes populações muçulmanas se abstêm de seu uso. Na França e outros países europeus com alto consumo, no entanto, os episódios de bebedeiras excessivas são mais raros, sugerindo um padrão mais regular e moderado em seu consumo, já relacionado com menores riscos de doenças cardiovasculares e de derrames. "Mas o efeito benéfico de proteção do coração desaparece em ocasiões de abuso", avisa a organização.
De acordo com o relatório, as bebedeiras excessivas, que frequentemente levam a um comportamento de risco, agora são prevalentes em países como o Brasil, Casaquistão, México, Rússia, África do Sul e Ucrânia. No Brasil, 32,4% dos homens e 10,1% das mulheres relataram terem feito isso pelo menos uma vez por semana em 2003. "No mundo todo, cerca de 11% dos bebedores têm um episódio semanal de abuso, com os homens prevalecendo sobre as mulheres numa proporção de quatro para uma", acrescenta a organização.
Para a OMS, a elevação dos impostos sobre as bebidas alcoólicas é a melhor maneira de conter o abuso, principalmente entre os jovens. Outras medidas efetivas seriam o estrito cumprimento de regulamentos relativos à idade mínima para o consumo e à mistura de álcool e direção, somados a limitações para a publicidade e patrocínio de eventos pelos fabricantes.


O Globo

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pai das gêmeas suíças desaparecidas diz em carta que matou as filhas


O pai das gêmeas suíças desaparecidas confessou tê-las matado, em uma carta datada de 3 de fevereiro e enviada de Bari, sul da Itália, na qual anuncia que pretendia suicidar-se, indicou nesta sexta-feira a polícia suíça.
"Os investigadores da polícia suíça foram informados na terça-feira, 8 de fevereiro, que o pai das gêmeas enviou oito cartas de Bari à sua mulher, segundo os correios", declarou o porta-voz da polícia do cantão de Vaud, Jean-Christophe Sauterel. Sete das cartas despachadas por ele também continham dinheiro.
"O último envelope, com data de 3 de fevereiro, continha uma carta na qual o pai declara ter matado as duas filhas e revelando que está em Cerignola, onde pretendia se matar", indicou Sauterel.
"Ele confirmou na carta que as meninas não sofreram e descansam em paz", acrescentou o porta-voz. "Provavelmente, as crianças estão na Córsega".
O pai das gêmeas matou-se na noite de 3 de fevereiro, atirando-se na linha do trem na estação de Cerignola.



Mãe é detida por deixar 4 filhos em abrigo para vítimas da chuva em AL


Segundo o Conselho Tutelar, crianças têm entre 9 meses e 10 anos.
Conselheiro disse que mulher está sob efeitos de drogas e álcool.

Quatro crianças, com idade entre 9 meses e 10 anos, foram abandonadas pela mãe, na tarde desta sexta-feira (11), em um alojamento em Murici (AL). A barraca fica em uma área montada para vítimas da enchente, que destruiu cidades do estado em junho de 2010. Este é o segundo caso de crianças deixadas pelos pais no acampamento nesta semana.
Segundo informações da Prefeitura Municipal de Murici, cerca de 500 famílias estão no local.
Allan Tenório de Novais, presidente do Conselho Tutelar da cidade, disse que a mãe foi encontrada sob efeitos de droga e álcool. "Quando chegamos, as crianças estavam abandonadas. A mãe foi achada jogada no chão. Ela foi detida para que volte a ficar consciente e possa falar o que aconteceu."
Segundo Novais, moradores vizinhos teriam relatado que a mãe já teria deixado os filhos na barraca no domingo (6) e retornado apenas na terça-feira (8). "O pai, pelo contrário, trabalha e, quando está com as crianças, cuida delas muito bem. Só conseguiremos saber o que aconteceu de fato depois que a mãe voltar ao normal. Não há como ouvir o depoimento dela neste momento."
A Força Nacional de Segurança informou que a temperatura média dentro das barracas usadas no abrigo para vítimas da enchente é de 58ºC em dias de pouco calor. Segundo o Conselho Tutelar de Murici, cada barraca tem 6 metros de largura por 5 metros de comprimento, são feitas de lona e têm uma porta pequena.

Outro caso
Nove irmãos foram resgatados pela Força Nacional de Segurança, nesta quarta-feira (9), em uma barraca em Murici, em Alagoas. Os homens da Força Nacional foram ao local após uma denúncia anônima. As crianças estavam sozinhas na barraca. A irmã mais velha, de 10 anos, cuidava dos outros.
Segundo a Força Nacional, o bebê mais novo, de 3 meses, foi encaminhado para um hospital com quadro de desnutrição, desidratação e hipotermia. Outra criança, de 1 ano e 8 meses, também foi internada com os mesmos sintomas.

Glauco Araújo


G1

Recém-nascido é encontrado morto



Pessoa responsável pelo crime não foi localizada pela polícia

Um recém-nascido foi encontrado dentro de um córrego que beira a rua Paulo da Costa, na região de Interlagos, zona Sul de São Paulo, na noite de quinta-feira (10). Moradores da região estranharam o corpo no local e chamaram a Polícia Militar.
Viaturas da 3ª Companhia do 27º Batalhão foram até o local e foi feita perícia. A pessoa responsável pelo crime não foi localizada. O caso foi encaminhado ao 102º DP, onde será investigado.


R7

Marilia Gabriela entrevista promotor do caso Nardoni no SBT


O “De Frente Com Gabi” deste domingo, 13 de fevereiro, à meia-noite, recebe o promotor Francisco Cembrabelli.

O programa De Frente Com Gabi, exibido pelo SBT, deste domingo, 13 de fevereiro, à meia-noite, recebe o promotor Francisco Cembrabelli. Com mais de 20 de experiência no tribunal de júri, Cembranelli se tornou conhecido em todo Brasil depois de atuar no Caso Isabella.

Abaixo, algumas frases da entrevista:

- Nunca escolhi estar exposto;

- O homem é naturalmente um ser bom;

- O promotor não tem obrigação de acusação;

- Para atuar no caso, eu preciso me convencer da verdade. Eu devo satisfação a minha consciência;

- Não sou dono da verdade;

- Houve uma dificuldade extrema (Caso Celso Daniel). Um grande número de pessoas morreu em circunstâncias misteriosas;

- A população começou a acompanhar o Caso Isabella como se fosse novela;

- A imprensa não tem o poder de criar provas.

http://www.vcfaz.net/viewtopic.php?t=145673

Defendendo o indefensável


Uma das mais antigas técnicas de defesa decorre dos estudos da vitimologia. Como essa ciência se aplica às defesas de réus processados por homicídio doloso? Procura-se nas vítimas características que possam ter motivado a reação do réu, as vezes a ponto de ele ser forçado a tomar uma atitude.
Em muitos casos esta linha de defesa adotada alcança o objetivo de absolver o réu, ou de diminuir consideravelmente a pena em razão de atenuantes.
Como exemplo, podemos citar o caso do homem violento que passa a vida maltratando a esposa e acaba sendo assassinado por ela, ou casos de jovens envolvidos no tráfico de drogas, e por aí vai. Enfim, tratam-se de pessoas que são consideradas vítimas em potencial, ou seja, com tendência a se tornarem vítimas.
Contudo, no caso de Joanna, não existe espaço para este tipo de estratagema. Joanna era uma menina indefesa, apresentava a fragilidade de criança de 5 anos. Trazia consigo a inocência e a bondade inerentes a crianças desta idade, que ainda não conhecem os grandes e perversos males deste mundo.
Joanna não era uma pessoa com tendência a vitimização. Era uma menina que queria ir pra Disney, que sonhava em aprender a ler, ávida por decifrar as letras que a cidade apresentava diante de seus olhos.
É certo que a defesa do pai e da madrasta, assassinos de Joanna, não ia tentar culpar a menina pela própria morte. Sendo assim, tomam outro caminho, tão estapafúrdio quanto, e resolvem tentar jogar críticas e culpas no colo da mãe de Joanna, colo que só deu a ela amor e carinho.
Levianamente, acusam a familia materna de terem produzido a queimadura que já foi provado pela perícia, foi produzida nos dias em que Joanna já estava com o pai.
Irresponsavelmente, desmentem suas próprias palavras. Sim, porque todos nós ouvimos horrorizados André contar a um repórter que havia manietado Joanna.
Cinicamente, levam uma testemunha que informa que "ele era um pai maravilhoso".
Atacam impiedosamente a maior vítima desta tragédia depois de Joanna: sua mãe.
Confesso que não tenho muita experiência em julgamentos pelo Tribunal do Juri, mas na última vez que vi os advogados de defesa e os réus tentarem criticar a mãe da vítima o julgamento foi 7 X 0 pela condenação, com penas de 26 e 31 anos de cadeia para Alexandre Nardoni e Anna Jatobá.


Blog Caso Joanna Marcenal

Vídeo mostra que pai tentou impedir fuga de ladrão com carro e bebê



Administrador chegou a pular na frente do veículo na Zona Sul de SP.
Suspeito abandonou carro com a criança, fugiu e avisou a polícia.

Imagens registradas por câmeras de segurança instaladas na Rua França Pinto, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, mostram o momento em que o administrador Fernando Modé, de 34 anos, tentou conter o criminoso que entrou no carro da mãe de sua filha e fugiu com a criança na noite desta quarta-feira (9). O administrador bateu nos vidros e chegou a se jogar na frente do veículo, mas o ladrão conseguiu fugir.
O furto aconteceu quando a mãe da menina, que é separada de Modé, foi buscar a criança na casa da avó do administrador. A mulher estacionou o carro do outro lado da rua, e o pai colocou a menina no veículo. Os dois ficaram cerca de dois minutos conversando na calçada – foi quando o ladrão agiu.
“Uma vizinha nossa falou: ‘olha, alguém entrou no seu carro’. Eu tentei abrir a porta, estava trancada, e tinha um cara dentro do carro. Bati no vidro para tentar abrir, e ele subiu a rua saiu, acelerando”, contou o administrador. “Eu estava do lado do carro, muito do lado, é que eu estava de costas para a porta e não vi, o cara veio abaixado. Peguei o meu carro, tentei ir atrás, mas o perdi no caminho.”
A polícia foi acionada. O administrador tentou ligar diversas vezes para o celular da mãe da menina, e quando o ladrão atendeu, indicou onde havia deixado o carro. Ao chegar ao local, Modé já encontrou sua filha com a polícia, pois uma mulher havia ligado para o 190.
Agora, a família pretende ter mais cuidado ao embarcar e desembarcar a menina. “Tem que ter mais cuidado, mais segurança, usar a garagem, não fazer isso na rua. Vamos entrar na garagem, sempre”, explicou.


G1

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Anônimo tira do ar blog que defende o médico estuprador e foragido


Um anônimo tirou do ar o blog “Roger Abdelmassih Vítima” no qual defende o médico de reprodução humana assistida que foi condenado a 278 anos por estupro de pacientes e que no momento se encontra foragido. O blog ainda pode ser acessado pela memória cache do Google.
Ele afirma que o ex-médico é vítima de uma “armação” envolvendo ex-pacientes, Ministério Público, Justiça e mídia.
Aparentemente é a mesma pessoa que tem postado no Paulopes Weblog dezenas de comentários chamando as vítimas de “pu...”, entre outros xingamentos. Os comentários têm sido deletados automaticamente pela função “spam” do Blogger.
Embora se esconda no anonimato, é fácil saber de quem se trata. O Google, que é proprietário da plataforma Blogger, poderá fornecer às autoridades o seu endereço IP (Internet Procol), o que permitirá localizar de onde tem acessado a internet.
O anônimo diz não ser da família do “doutor”, mas está muito bem informado sobre o médico. Talvez ele possa fornecer aos policiais da Divisão de Captura pistas sobre o paradeiro de Abdelmassih


Descubra como vivem a mulher mais alta e a mais baixa do mundo



Por causa de doenças raras, as duas enfrentam problemas de crescimento

A indiana Jyoti Amge parece até um bebê, mas já tem 17 anos. Portadora de uma doença rara, chamada acondroplasia (que impede seu crescimento), Jyoti é considerada pelo livro dos recordes a mulher mais baixa do mundo: ela mede apenas 60 cm de altura.
Os problemas da jovem começaram quando ela ainda nem tinha nascido. No primeiro exame de ultrassom, os médicos tiveram uma surpresa: não aparecia o bebê. Apesar de o médico dizer que a criança estava morta, a mãe de Jyoti decidiu continuar a gravidez.
Somente após completar o décimo mês de gestação, os médicos fizeram uma cesariana e tiveram outra surpresa: o bebê estava vivo, pesando 1,5 kg.
Assim como Jyoti, a chinesa Yao Defen também sofre de uma doença rara, mas que causa problemas opostos. Aos 38 anos, Yao está presa a uma cama por causa de um tumor no cérebro. Considerada a mulher mais alta do mundo, a chinesa sofre de uma doença chamada gigantismo e corre risco de morrer.
Essa doença é provocada por um tumor que cresce na hipófise, uma glândula que fica no cérebro e é responsável pela produção de alguns hormônios, como o do crescimento.
Por causa da doença, Yao tem problemas para fazer atividades comuns do dia a dia. Ela chegou a ficar internada após tentar acender o forno. Os médicos precisaram da ajuda de quatro pessoas para levantar Yao do chão e colocá-la na ambulância. A chinesa teve uma hemorragia cerebral e precisou ficar internada. Apesar de já ter deixado o hospital, os médicos dizem que uma próxima queda pode ser fatal.

Conheça o drama de Yao e Jyoti neste domingo (13) no Domingo Espetacular. Com apresentação de Paulo Henrique Amorim, Janine Borba e Fabiana Scaranzi, o programa começa às 20h, logo após o Programa do Gugu.


R7

Empréstimo: Camas hospitalares e cadeiras de rodas.


Gratuito e EM TODO BRASIL !

Um ser humano muito especial, chamado Aroldo Mendonça, integrante do
Rotary Clube, formou um banco de leitos hospitalares e cadeiras de
rodas e os empresta, sem cobrar nada, só pedindo em troca a sua
devolução, quando não é mais necessária. Ele é um anjo da guarda para
muita gente.
Atualmente, o banco, conta com mais de 600 leitos espalhados por todo
o Brasil, já que o Sr. Aroldo conserta e aceita doações das camas
hospitalares e cadeiras de roda, mesmo quebradas, ele retira no local
e leva para a sua oficina que é especializada nesse tipo de conserto;
As doações são as propulsoras dos empréstimos e ajudam a mais e mais
pessoas, todos os dias e em todos os pontos do país, sem pedir nada em
troca..
O frete dos empréstimos fica por conta da pessoa interessada que faz
uma espécie de contrato com o Sr. Aroldo por seis meses, sendo
renovável por mais tempo, mediante a necessidade do prolongamento do
uso do equipamento.
Caso precise, ligue para o Sr. Aroldo Mendonça: (21) 2266-2501 (21)
2266-2501 ou (21) 9636-8000 (21) 9636-8000

Vale divulgar, não é mesmo?
Se alguém conhecer pessoas ligadas a hospitais divulgue também.
Acredito que se você não precisa e pode ajudar, vai aí uma ótima causa!
VALE LEMBRAR QUE SE VC TIVER CAMAS OU CADEIRAS QUE NAO USE MAIS,
TAMBEM PODE AJUDAR, DOE!

Saiba mais:
http://www.rotary4480.com.br/sueli2009_2010/pagina.php?pg=projetos&id=512


Informação recebida por e-mail

Justiça exclui Suzane Richthofen da herança deixada pelos pais, assassinados em 2002


SÃO PAULO - Suzane Von Richthofen, condenada em 2006, pela morte dos pais Marísia e Manfred Von Richthofen, foi excluída da herança da família. A decisão é da 1ª Vara da Família e Sucessões, em ação movida pelo irmão de Suzane, Andreas von Richthofen. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de São Paulo da última terça-feira e cabe recurso.
Para a Justiça, Suzane foi considerada indigna de receber a herança e o dinheiro da família foi a principal motivação para o crime, ocorrido em 2002.
O irmão de Suzane, Andreas, chegou a fazer um pedido de desistência da ação, alegando motivo de "foro íntimo", mas o Ministério Público se manifestou contra o pedido, argumentando que cabia ao tutor do então menor Andreas zelar pelos interesses do menor, que são indisponíveis. O pedido foi indeferido. Os advogados de Suzane tentaram derrubar a ação, mas não conseguiram. Depois de atingir a maioridade, Andreas reiterou todos os pedidos e requereu o prosseguimento da lide com julgamento antecipado.
"A indignidade é uma sanção civil que causa a perda do direito sucessório, privando da fruição dos bens o herdeiro que se tornou indigno por se conduzir de forma injusta, como fez Suzane, contra quem lhe iria transmitir a herança. A prova da indignidade juntada aos autos comprovou a co-autoria da requerida no homicídio doloso praticado contra seus genitores. Assim, restou demonstrada sua indignidade, merecendo ser excluída da sucessão", diz a sentença.
Suzane foi ainda condenada a restituir os frutos e rendimentos dos bens da herança que porventura tenha recebido antes da decisão, além de pagar as custas e despesas processuais e os honorários advocatícios.
Suzane poderá, de acordo com a sentença, se beneficiar da Lei nº 1.060/50, que estipula que, se dentro de 5 (cinco) anos, a contar da sentença final, o assistido não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará prescrita.
Em junho passado, Suzane teve negado o pedido de progressão da pena, para cumprir o tempo de prisão em regime semiaberto .
Desde 2007 Suzane está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, a 140 km de São Paulo, mesmo local se encontra presa Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni. A jovem foi condenada em 2006 a 39 anos de reclusão, em regime fechado. Além de Suzane, participaram do crime seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Cristian Cravinhos. Os dois também cumprem pena pelo crime.
Suzane Von Richthofen e irmãos Cristian e Daniel Cravinhos foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e furto. Suzane e Daniel chegaram a comparecer ao enterro de Manfred e Marísia, mas foram presos dias depois do crime. Daniel e Cristian confessaram que mataram o casal que dormia com golpes de barra de ferro. Suzane planejou o crime.


Procuradoria investiga denúncia de tráfico em abrigos de Teresópolis

Força Nacional de Segurança patrulha o entorno do Ginásio Pedrão, o principal abrigo em Teresópolis.

Representantes pedem reforço na segurança dos locais

Quase um mês após as enchentes e deslizamentos que devastaram cerca de 30 bairros na cidade de Teresópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Procuradoria Geral de Teresópolis estão investigando denúncias de tráfico nos abrigos da cidade. Pelo menos em três deles teriam ocorrido casos frequentes de venda de drogas e, em outros dois, casos esporádicos e já resolvidos.
Em entrevista exclusiva ao R7, a procuradora Ana Cristina confirmou ter recebido denúncias de coordenadores e de outras autoridades sobre os casos de tráfico de drogas dentro dos abrigos da cidade
- Todos os dias fazemos reuniões para saber o que ocorre em todas as frentes. Há poucos dias recebi estas informações de representantes dos abrigos. Alguns pediram reforço na segurança porque estavam preocupados com os casos de tráfico que estavam ocorrendo nas dependências. Nem sempre é possível avaliar, numa situação como essas, exatamente a origem das pessoas que estão sendo abrigadas. Já requisitei pessoalmente que a secretaria de segurança vá a cada um dos abrigos para verificar estas ocorrências e tomar as medidas necessárias.
Em um dos abrigos localizados no centro da cidade, a coordenadora do local informou que conseguiu retirar de dentro das dependências um indivíduo que havia perdido sua casa mas que havia conseguido levar consigo drogas. Ele utilizava assim o lugar como ponto de tráfico, vendendo e repassando a terceiros.
Ana Cristina falou também sobre outra denúncia, esta não confirmada. Segundo o morador G.D.C, de 56 anos, a Defesa Civil tem sido intimidada por traficantes e está tendo dificuldades para interditar casas de pessoas ligadas ao tráfico. Assim como a procuradora, o major Anderson Corrêa de Oliveira, do Batalhão de Teresópolis (30º BPM), também disse que não recebeu nenhuma informação a respeito dessas ocorrências.
-A principio não chegou nada disso para a gente. Temos boa relação com a Defesa Civil e com as autoridades responsáveis pelos abrigos. Se tivesse ocorrido algo, certamente eles teriam nos repassado, e nós, imediatamente, iríamos ao local coibir estes fatos. Fazemos rondas em todos os abrigos a cada hora cheia.

Polícia sobrecarregada
Segundo um levantamento feito pelo R7, a Delegacia de Teresópolis (110ª DP) tem 60 policiais a menos do que há 20 anos. Com a sobrecarga de trabalho em todas as frentes, no fim da primeira quinzena de janeiro, o Ministério Público Estadual criou na região serrana um núcleo do grupo de combate ao crime organizado, para tentar suprir a demanda atual do município.
Apesar disso, em Vieira, bairro conhecido como Várzea, que se localiza a 57 kilômetros do centro da cidade, os moradores também se queixam da falta de segurança da Força Nacional e da Polícia Militar.

Um mês da tragédia
Nesta sexta-feira (11), a tragédia que devastou parte da região serrana completa um mês (Veja os vídeos). Apenas na cidade de Teresópolis, morreram, oficialmente, 372 pessoas. Além disso, a cidade tem 6.727 desabrigados, 9.111 desalojados e 223 pessoas desaparecidas. No entanto, os moradores acreditam que o número de mortos é ainda maior. Para Antônio Marcos Diniz, 41 anos, morador da Posse, os mortos devem ultrapassar facilmente a barreira dos mil.
- Aqui na Posse deve ter muita gente embaixo dessa camada de terra e areia que ainda nem foi mexida e que, ao que tudo indica, continuará assim por que o bairro parece que vai ser transformado em uma reserva ambiental. Já lá em Campo Grande, que o Censo do IBGE apontou mais de 6.000 habitantes e que foi completamente destruído, tenho certeza que nunca mais encontrarão famílias inteiras. Não tem como reclamar por desaparecidos se a família toda foi morta.

Sérgio Vieira



Assaltante leva carro com bebê dentro na Zona Sul de SP



Drama da família durou cerca de uma hora e meia.
Criança foi encontrada chorando, ainda dentro do veículo.

Um bebê foi levado dentro de um carro roubado na noite desta quarta-feira (9), na Zona Sul de São Paulo. O drama da família durou cerca de uma hora e meia, até o veículo ser encontrado com a criança dentro, informou a Polícia Militar (PM).
Um homem armado roubou o carro na Rua França Pinto, sem permitir que o pai retirasse a criança do veículo.
Por volta das 22h, uma equipe da PM localizou o carro na Rua Capitão Macedo, também na Zona Sul. De acordo com a polícia, o bebê estava dentro, sem nenhum ferimento, apenas chorando.


G1

Polícia investiga se houve negligência em caso de menina afogada



Em abril de 2010, o Conselho de Educação Física autuou a escola porque dois estagiários davam aula. Os pais decidiram doar os órgãos de Daniela Casali. O corpo será cremado nesta quinta-feira.
Como o pai é militar, o velório de Daniela Camargo Casali foi na capela do Hospital das Forças Armadas. Alexandre Casali e Luciana Camargo chegaram amparados por amigos e familiares. Eles decidiram doar os órgãos da menina.
“A gente espera que todo procedimento administrativo e policial seja tomado, que a investigação seja feita com critério, de forma que não haja injustiça. Mas o responsável deve ser punido com a pena devida”, declara Cláudio Casali, tio da menina.
A polícia já ouviu quatro funcionários do colégio Dromos e a mãe de um aluno e também analisou fotografias tiradas antes da aula de natação. O Conselho de Educação Física também vai apurar o que aconteceu. Em abril do ano passado, o conselho autuou a escola porque dois estagiários davam aula. A situação foi regularizada há seis meses, mas falta conferir como estava este ano.
Daniela, de dois anos e sete meses, se afogou durante a aula de natação. A turma, de aproximadamente dez alunos, era monitorada por cinco adultos, que não souberam dizer como a criança caiu na piscina ao lado, mais funda. O inquérito vai apurar se a menina passou pela grade ou se o portão estava aberto.
“Isso interessa ao inquérito policial, mas a primeira questão é aferir a vigilância realizada em relação às crianças”, sublinha o delegado Watson Warmling.

Rita Yoshimine


DFTV

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Frei suspeito de pedofilia em MT diz que tinha relacionamento com menina


Religioso detido ao sair de motel com adolescente de 16 anos já foi solto.
Segundo advogado do frei, não houve crime.


O frei Erivan Messias da Silva, que foi preso ao sair de um motel com uma adolescente de 16 anos em Várzea Grande (MT), afirmou em entrevista ao site da TV Centro América que mantinha um relacionamento amoroso com a jovem há seis meses.
O religioso foi detido ao sair do motel na segunda-feira (31) por suspeita de estupro de vulnerável e permaneceu na prisão até sexta-feira (4). Segundo a delegada Juliana Palhares, responsável pelo caso, ele vai aguardar a conclusão da investigação policial em liberdade. O inquérito do caso ainda não foi concluído.
O frei trabalhava em duas paróquias de Cuiabá, mas foi afastado das funções. A decisão foi divulgada pela Arquidiocese de Cuiabá no dia 1º de fevereiro.
Na entrevista, ele explica que escondeu o relacionamento com a adolescente por medo do escândalo. Ele também pediu perdão aos fiéis e à Igreja.
De acordo com a delegada, o frei usava o carro da paróquia para ir ao motel com a menor. Ele confirmou o fato e disse que sempre teve um veículo à disposição para uso pessoal. O religioso afirmou que tinha permissão da família para sair com a jovem.
Segundo Anderson Nunes de Figueiredo, advogado de defesa do religioso, a Justiça acolheu o questionamento da defesa sobre a hipótese de estupro de vulnerável. “A juíza entendeu que a prisão era ilegal porque, em tese, não estava caracterizado nenhum crime. Para caracterizar o crime de estupro de vulnerável a vítima deve ser menor de 14 anos, ter algum tipo de deficiência ou ser impedida de se defender, o que não era o caso. Houve o consentimento da adolescente. Em todo o momento ela afirmou à polícia que sabia o que estava fazendo”, diz.


Sobe número de casos de leptospirose em cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas de janeiro


RIO - O número de casos de leptospirose em cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas de janeiro subiu para 39 nesta quarta-feira, de acordo com o balanço semanal divulgado pela subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Em Nova Friburgo, são 32; em Teresópolis, 5; em São José do Vale do Rio Preto, 1; e, em Bom Jardim, 1. Na última semana, foram 28 casos da doença confirmados na Serra. Em Nova Friburgo, foram 26 registros e, em Teresópolis, dois.
Também subiu o número de mortos na Região Serrana em consequência das chuvas de janeiro. De acordo com dados da Polícia Civil, são 892 vítimas. Foram encontrados 423 corpos em Nova Friburgo; 372, em Teresópolis; 71, em Itaipava; 21 vítimas, em Sumidouro; quatro, em São José do Vale do Rio Preto; e, em Bom Jardim, um corpo foi encontrado.
Já o registro do número de desaparecidos foi para 406. O dado é feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do trabalho realizado pelo Programa de Identificação de Vítimas (PIV). Em Teresópolis, são 223; Nova Friburgo, 85; Petrópolis, 55; Sumidouro, 2; em localidades não informadas, 41. Em Bom Jardim e São José do Vale do Rio Preto, não houve notificação. O programa é coordenado pelo Procurador de Justiça Rogério Scantamburlo e pelo Promotor de Justiça Pedro Borges Mourão. As informações registradas por parentes e amigos são checadas com os dados de hospitais, IML, abrigos, entre outros. Além disso, equipes de apoio vão a campo em busca de maiores dados que possibilitem as localizações.
A lista nominal de desaparecidos pode ser consultada no site do MPRJ . O PIV em Petrópolis está funcionando na Coordenação do Centro Regional, na Rua Marechal Deodoro 88, no Centro da cidade. O MPRJ também montou um posto de atendimento avançado na Sala do MP no Fórum do Distrito de Itaipava, na Estrada União Indústria s/nº, ao lado do Corpo de Bombeiros. Os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Em Teresópolis, o posto do PIV funciona na Praça Luís de Camões s/nº, Centro, e o de Friburgo, na Praça Demerval Barbosa s/nº, Centro. O registro de desaparecimento de familiares ou conhecidos também pode ser feito por meio de formulário disponível no site do MPRJ, ou pelos telefones (21) 2283-6466 e 127 (Ouvidoria).



Guerra no Afeganistão matou 2 crianças por dia em 2010, diz ONG


Entre 2.421 mortes de civis relacionadas ao conflito , 739 foram de menores de 18 anos

CABUL - Duas crianças foram mortas em média a cada dia no ano passado no Afeganistão, e áreas outrora pacíficas do norte estão agora entre as mais perigosas, disse nesta quarta-feira uma entidade independente de proteção dos direitos humanos no país.
O relatório da Afghanistan Rights Monitor (ARM) diz que, entre 2.421 mortes de civis registradas em incidentes relacionados ao conflito no ano passado, 739 foram de menores de 18 anos.
Quase dois terços dessas mortes de menores de idade foram atribuídas a "grupos armados de oposição" (ou insurgentes), enquanto as tropas estrangeiras sob comando dos EUA e Otan teriam causado 17 por cento delas.
A ARM disse que muitas mortes de menores ocorreram nas violentas províncias meridionais de Kandahar e Helmand, tradicionais redutos da insurgência, mas que Kunar (leste) e Kunduz (norte) também estão entre as regiões mais perigosas para crianças e adolescentes.
As mortes de militares e civis atingiram em 2010 seus piores níveis desde que os EUA invadiram o Afeganistão e ajudaram a derrubar o regime islâmico do Taliban, em 2001.
Mas o número de menores mortos pela guerra caiu no ano passado em relação a 2009, quando houve 1.050 vítimas, segundo o ARM.
A entidade alertou, no entanto, que "as crianças estiveram altamente vulneráveis aos males da guerra, mas pouca coisa foi feita pelas partes combatentes, particularmente os grupos armados de oposição, para assegurar a segurança infantil durante incidentes militares e de segurança".
Um relatório divulgado no final do ano passado pela ONU estimava que o número de vítimas civis no Afeganistão havia aumentado 20 por cento nos primeiros dez meses do ano, em relação ao mesmo período de 2009, e que mais de três quartos eram mortos ou feridos por insurgentes.
O relatório do ARM diz que a maioria das crianças e adolescentes que morrem são vitimadas por bombas caseiras. Em seguida na lista vêm os ataques suicidas, os bombardeios aéreos e os morteiros.
Na segunda-feira, a Isaf (força internacional sob comando da Otan) informou que uma criança foi morta acidentalmente num bombardeio na província de Helmand.


A polêmica dos cobaias

Imagens como essa são comuns em sites de organizações de defesa dos direitos dos animais

Uso de animais vivos em testes em experimentos científicos e em instituições de ensino divide opiniões

Em novembro de 2010, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul derrubou uma liminar que desobrigava um estudante de Biologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul a frequentar aulas de Bioquímica 2 e Fisiologia Animal B, disciplinas que preveem a dissecação de animais vivos. Na decisão, o juiz alegou que não poderia adaptar o currículo de acordo com as convicções pessoais dos aluno.
Na mesma Universidade Federal do Rio Grande do Sul, só que no curso de Medicina, desde 2007, não se faz uso de animais vivos no ensino de graduação. Foi a primeira instituição de ensino superior a abolir essa prática no país, seguida da Faculdade de Medicina do ABC (SP).
Posturas opostas no mesmo espaço acadêmico evidenciam a falta de consenso e a polêmica que gira em torno da vivissecção, nome dado às técnicas de uso de animais vivos em estudos. De um lado, está a corrente daqueles que pregam a extinção total desse tipo de procedimento na ciência. Na outra ponta, os defensores da vivissecção como a técnica mais precisa e segura para o ensino e experimentos médicos.
Há ainda uma postura intermediária, que apoia o controle da experimentação animal por códigos de ética. Seguindo essa linha, determinou-se, em uma lei de 2008 (conhecida como lei Arouca, em referência ao autor do projeto, o então deputado federal Sérgio Arouca), a constituição prévia de Comissões de Ética no Uso de Animais para o credenciamento das instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais. A norma, porém, ao contrário de atender aos anseios dos defensores dos animais, foi considerada um retrocesso pelas principais ONGs protetoras. É caso da Frente Brasileira Para Abolição da Vivissecção, explica a presidente-fundadora Rosely Bastos.


Testemunha diz ter visto gêmeas desaparecidas a bordo de barco para a Córsega


Uma testemunha afirmou ter visto as gêmeas suíças, desaparecidas desde 30 de janeiro, a bordo de um barco que ia se Marselha, na França, até a Cósega. Alessia e Livia, de seis anos, estavam com se seu pai, que se suicidou quatro dias depois.
"Desde ontem (terça-feira) sabemos por passageiros do barco entre Marselha e Propriano, no sul da Córsega, que o homem estava com as meninas a bordo", afirmou à imprensa o promotor Jacques Dallest.
Três passageiros do barco, entre estes a vizinha de camarote do pai e das duas meninas, prestaram testemunho ante a promotoria.
"A vizinha de camarote explicou que ouviu choro de criança durante a noite e que dias depois viu as fotos das meninas e reconheceu formalmente uma delas", explicou o promotor. Ela também indicou ter visto as duas garotas na área jogos infantis do barco "Scandola", da CMN (Companhia Meridional de Navegação).
"Há inúmeras hipóteses: a mais triste e a mais trágica seria que ele acabou com a vida das meninas, que as matou durante a travessia entre Marselha e Propriano, ou depois", indicou Dallest.
Os investigadores perderam a pista das meninas depois desta viagem de barco, embora um "homem idoso" em Propriano tenha afirmado "ter visto de longe o homem e as duas meninas", apesar de não conseguir identificá-las.
Segundo os primeiros elementos das investigações, o pai das meninas nunca chegou a ir a Córsega.
Uma vasta operação internacional, chamada "Operação Gemelle" (gêmeas em italiano) levou os investigadores do sudoeste da Suíça a Apulia, na Itália, passando por Marselha e Córsega na França.

Caso Madeleine
Em 2007, a inglesa Madeleine McCann, de três anos, desapareceu de um resort em Portugal. Ela passava as férias no local com seus pais e seus irmãos. Kate e Gerry McCann, os pais da garota, afirmam que a filha foi sequestrada. Até hoje, a polícia estuda todas as possibilidades, inclusive a que aposta os McCann como suspeitos. Madeleine nunca foi encontrada.

Maria Alice Rangel Vila



Nova Cracolândia em área nobre de SP assusta motoristas


Canteiro central da av. Jornalista Roberto Marinho é invadido por usuários de crack

Quem passa pela avenida Jornalista Roberto Marinho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, e vê seus “novos moradores” diz que a sensação é uma mistura de constrangimento, tristeza e medo. O canteiro central da via, por onde passa o córrego Água Espraiada, foi transformado em ponto de consumo de crack. Dezenas de dependentes se acumulam ali, dia e noite, compondo uma nova Cracolândia na capital.
Por volta das 11h30 do dia 21 de janeiro, quando a reportagem do R7 esteve no local, já era possível ver usuários escondidos atrás do muro. Alguns dormiam, outros consumiam a droga. PMs passam perto do canteiro e descem do carro, expulsando os chamados “craqueiros”. Eles se espalham, entram nas ruas que cortam a avenida e voltam para o mesmo lugar em pouco mais de meia hora.
Uma das usuárias, conhecida como Magrela, ironiza a situação e diz que é mais fácil “colocar uma grade em volta do córrego e transformá-lo em uma clínica”.
- A polícia vem aqui, mas não adianta. Não é uma questão de polícia. É um problema de saúde. Aí, eles levam a gente para a cadeia. Na cadeia, eu fumei crack, eu fumei maconha. Nem dez dias eu fiquei. De que adiantou?
Magrela diz ter nascido e crescido no bairro. Aos 32 anos, ela viveu os últimos 15 entre melhoras e recaídas no vício do crack. Há sete meses, a usuária vive perto do córrego Água Espraiada.
- Eu sempre fui muito louca. Eu queria conhecer a loucura das drogas. Adoro beber. Sou alcoólatra de carteirinha.
Ela chora ao falar dos três filhos - de oito, quatro e três anos de idade -, que estão sob a guarda de sua irmã. E diz que foi abandonada pela família.

"Motoristas reféns"
Quem passa de carro todos os dias pela avenida fica refém da situação. O analista de sistemas Felipe Benedito conta que se mudou recentemente para um prédio muito próximo à avenida e vê essa mesma cena todos os dias. A sensação, segundo ele, é de insegurança.
- Me sinto mal. Principalmente à noite, quando aqui fica bem movimentado. Eles transitam por aqui, te param no trânsito... É complicado.
O advogado Paulo Jorge se diz “bastante preocupado” com a situação. Um piloto de avião, que preferiu não se identificar, afirma que se sente constrangido ao ver os usuários fumando às margens do córrego Água Espraiada.
- Me preocupa, porque a gente sabe que a droga leva o cara a te assaltar ou fazer qualquer outra coisa quando está doidão.
A situação também incomoda o despachante Afonso Pantoni, que transita com frequência pela via.
- Os caras queimam direto aqui. Eu me sinto mal, mal. A gente que é trabalhador passar por aqui é ruim.
A situação também atrapalha o comércio no local. Felipe Leite, gerente da loja de conveniência Select, conta que os viciados entram na loja para trocar o dinheiro que é pedido no sinal de trânsito.
- Como a gente funciona 24 horas, durante a madrugada aqui é um inferno. Só os noias da Espraiada entrando, saindo, roubando chocolate. A gente tem um segurança, mas mesmo assim, não inibe não (...) A polícia passa, faz ronda, mas não adianta. Eles ficam atrás do murinho, dentro do rio, então eles não veem. Ela repreende um e outro, mas não adianta não... É doença já.

O que dizem as autoridades
A GCM (Guarda Municipal Metropolitana) informou que trabalha no local há cerca de seis meses, promovendo atividades esportivas com o objetivo de "aproximar a corporação da sociedade e ampliar a rede de proteção social, contribuindo também para a diminuição de criminalidade e aumentando a sensação de segurança". O órgão diz ter instalado uma base comunitária móvel em frente ao piscinão das 6h às 18h e que também faz rondas noturnas.
Ao receber denúncias, a GCM diz enviar uma viatura para o local. "Se for pessoas em situação de risco, as mesmas serão encaminhadas aos órgãos competentes para tratamento/encaminhamento. Se a solicitação derivar de uma conduta tipificada, como crime, aí então cabe a condução ao distrito policial para ciência da autoridade", afirma a GCM, por meio de nota.
Já a prefeitura de São Paulo afirma que, desde 2005, a cidade "vem recebendo grandes investimentos para implementar uma política de atenção integral à pessoa com transtorno mental, incluindo as que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas".
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza diversos leitos e que "todas as unidades hospitalares do município de São Paulo estão preparadas para atender pacientes psiquiátricos, entre eles, dependentes químicos". São 21 Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas que atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h ou das 8h às 18h.
A prefeitura informa ainda que, desde 2008, a secretaria faz um trabalho de abordagem ao dependente químico. "Quando o paciente aceita ser avaliado, o encaminhamento se dá por meio de triagem, por um grupo de enfermeiros e médicos psiquiatras." O trabalho faz parte da Ação Integrada Centro Legal, parceria entre a prefeitura, governo do Estado, Poder Judiciário, Ministério Público e sociedade civil, criada para recuperar o centro da cidade.
A Secretaria de Segurança Pública informa que "o trabalho da Polícia Civil é investigar todos os crimes praticados na região desde que as ocorrências sejam devidamente registradas pelas vítimas nas delegacias da área. Também é importante ligar para o número 190 assim que a vítima sofrer o crime pois a ação ágil da Polícia Militar pode levar à prisão dos autores".
A Polícia Militar diz que "tem atuado de forma direta na questão de segurança do bairro de Campo Belo, especificamente no entorno da avenida Jornalista Roberto Marinho e nas comunidades que ali se encontram". De acordo com a PM, nos últimos dois anos, 327 pessoas envolvidas em tráfico e porte de drogas nas comunidades da avenida foram presas em flagrante. A corporação apreendeu 29 armas de fogo, prendeu 243 pessoas em flagrante delito por outros crimes e apreendeu 157 menores infratores.
Segundo a polícia, a grande maioria das prisões feitas na região envolve crianças e adolescentes, sendo que, por muitas vezes, os menores de idade são detidos mais de uma vez.


Polícia descarta negligência de casal que tirou filhas da escola para educar em casa em SP


SÃO PAULO - O norte-americano Philip Ferrara e sua mulher, a brasileira Leila Brum Ferrara, dispensaram advogados e prestaram depoimento por 45 minutos na delegacia de Serra Negra nesta terça-feira. Após o depoimento, o delegado responsável pelo caso desconsiderou a negligência dos pais com a educação das filhas, que estão fora da escola desde 2008, e novas investigações devem ser feitas sobre a eficiência do ensino. As duas filhas do casal, de 9 e 11 anos de idade, são educadas em casa , método comum nos Estados Unidos, onde nasceram.
O casal foi intimado a prestar esclarecimentos à Polícia Civil depois que o delegado Rodrigo Cantadori instaurou um inquérito policial a pedido do Ministério Público (MP) da cidade para investigar o caso.
- Uma família que quer o melhor para os filhos, acho que é difícil olhar isso como um crime - afirma a mãe Leila Brum Ferrara.
Os pais garantem que as filhas estudam quatro horas por dia as disciplinas disponíveis na internet.
Depois de ouvir o depoimento do casal, o delegado considera difícil caracterizar como crime de abandono intelectual, já que eles não estariam sendo negligentes. Mas, antes de concluir o inquérito ainda vão ser necessárias outras investigações sobre a eficiência dos métodos de ensino virtual da escola Americana.
- A polícia vai averiguar como tudo isso funciona - disse o delegado Cantadori.
No entanto, mesmo se o inquérito policial concluir que não há crime na atitude o casal, ainda será necessário convencer o juiz da Vara de Infância e Juventude de que as filhas não estão sendo prejudicadas por serem educadas em casa. A Justiça solicitou a entrega de documentos que comprovassem que este tipo de formação pode garantir condições de que as meninas conquistem um diploma.
O MP exige também que o casal cumpra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece que toda a criança seja matriculada em uma escola regular. A promotoria pediu a abertura de inquérito e informou que o casal pode responder pelo crime de abandono intelectual.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

8 de fevereiro de 2011 -Dia da Internet Segura: PF oferece dicas de proteção no PC


A Polícia Federal (PF) brasileira participa do Dia da Internet Segura, comemorado nesta terça-feira em 65 países. A PF fará uma série de palestras sobre o tema "visando o uso seguro e responsável das tecnologias online e de telefonia móvel" em diversas cidades do país. O principal foco de proteção do órgão são as crianças e adolescentes.
Em Rio Grande (RS) a PF desenvolve nesta terça-feira a Operação Internet Segura, de caráter preventivo e educativo a partir de ações de conscientização em lan houses da cidade. De acordo com a delegada Janaína Braido, chefe da Delegacia de Polícia Federal de Rio Grande, o objetivo não é orientar apenas crianças e adolescentes que procuram as lan houses para uso da internet e jogos, mas também os proprietários dos locais. "A ideia é fiscalizar e orientar para que o uso da internet seja feito de forma segura e responsável." Haverá distrubuição de cartilhas com conteúdo educativo.
Ainda segundo a delegada, as principais denuncias de crimes na rede estão relacionados à pedofilia e à divulgação de material impróprio. Ela ressalta que hoje já é considerado crime o armazenamento de imagens impróprias de crianças - há poucos anos, só era considerado delito se o material fosse divulgado. Em Belo Horizonte, lan houses do centro da cidade foram alvo de cinco mandados de busca e apreensão. A procura é por material pornográfico. Os locais já vinham sendo investigados pela PF e com as apreensões dos HDs realizada nesta terça-feira, as pesquisas serão aprofundadas e as máquina encaminhadas à pericia.
A PF também desenvolve palestras em escolas e centros universitários com intuito de orientar usuários sobre como devem se prevenir contra os malefícios que podem ser provocados pelo uso incorreto da web.


Veja algumas dicas:

Prevenção
A internet é um ambiente público e aberto. Pequenas pistas podem fornecer uma ampla visão da vida e da rotina da criança ou adolescente. Portanto, não se deve fornecer informações pessoais a amigos virtuais (e-mail, número telefônico, escola onde estuda, time para o qual torce, compromissos com amigos, eventos familiares, fotos ou vídeos próprios, dos amigos ou da família)

Email- Não abra emails de remetentes desconhecidos- Ignore eventuais anexos ou links destes emails- Desconsidere mensagens catastróficas, com mensagens tristes, correntes, de recadastro ou troca de senha- Crie uma conta de email somente para se cadastrar em sites e serviços online

Redes Sociais- Restrinja a visualização do seu perfil somente para amigos e seja criterioso ao aceitá-los- Se for postar fotos, prefira aquelas que tenham somente o seu rosto, sejam pequenas, tenham baixa resolução e estejam em preto e branco- Não poste vídeos pessoais- Não informe dados pessoais, como nome completo, endereço, e-mail, telefone
Chats e mensagens instantâneas- Seja criterioso ao adicionar contatos- Desconfie de tudo o que lhe seja dito- Não fale sobre assuntos íntimos e pessoais, nem sobre sua rotina, como onde estuda ou trabalha- Não abra a webcam nem troque arquivos com estranhos- Não marque encontros reais com amigos virtuais, mesmo que em lugares públicos

Arquivos- Muita atenção ao conteúdo baixado, principalmente se for software- Ao baixar arquivos ilegais ou de conteúdo impróprio, apague-os imediatamente- Evite permanecer conectado por muitas horas seguidas, pois há riscos reais de invasão do seu computador

Jogos Online- Não provoque os outros jogadores e ignore as provocações recebidas- Cuidado com "cheats" (truques): podem ser golpes- Limite a quantidade de horas de jogo por dia

Celular- Mantenha o aparelho sempre guardado, para evitar extravios- Seus contatos, mensagens e dados armazenados dizem muito sobre você, seus amigos e familiares- Desconfie de ligações de pessoas que você desconheça- Jamais forneça informações pessoais, a menos que você tenha originado a chamada para algum serviço de atendimento


Governo do Amazonas examina haitianos refugiados para evitar surto de cólera


No Haiti, doença já matou mais de 4 mil pessoas desde outubro do ano passado

A cidade amazonense de Tabatinga, que fica na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, abriga mais de 600 refugiados vindos do Haiti. Como o país caribenho sofre uma epidemia de cólera desde outubro passado, a Secretaria de Saúde do Amazonas envia nesta segunda-feira (7) técnicos de vigilância para a região a fim de evitar que a doença se espalhe pelo Estado.
A equipe tem como objetivo realizar um diagnóstico dos riscos de disseminação da bactéria que provoca o cólera, a Vibrio cholerae, também conhecida como vibrião colérico. Os técnicos também estão preocupados com as condições de higiene nas regiões onde vivem os haitianos – a maioria foi instalada em moradias precárias e com problemas de saneamento básico. No Haiti, o cólera já matou mais de 4.000 pessoas desde outubro.
De acordo com a secretaria, nenhum caso de cólera foi registrado entre as pessoas que vieram do Haiti ou entre os brasileiros que vivem na região da tríplice fronteira. As medidas adotadas, de acordo com o órgão, são preventivas.
As ações de controle na cidade devem incluir a intensificação do monitoramento de doenças da diarreia e o uso de hipoclorito de sódio na água consumida pelos moradores. Será feita ainda uma coleta sistemática de água das moradias para identificar a bactéria.
Até mesmo rios, lagos e igarapés podem ser vias de disseminação do cólera, já que muitas pessoas no interior do Amazonas utilizam essas águas para consumo direto e para o preparo de alimentos.
O cólera provoca diarreia e pode levar a uma desidratação grave que, se não tratada, pode causar morte. O tratamento é feito principalmente com a reposição de líquidos, por meio de soro, e com o uso de antibióticos.
O Amazonas viveu uma epidemia de cólera em 1991. Os últimos casos da doença no Estado foram registrados em 1998.


Jovem viciada em crack entrega recém-nascidos para adoção

Na casa da mãe da viciada há outras oito crianças. (Glauber Cunha/Araraquara.com)

Na madrugada da última sexta-feira, a jovem M.A.T., de 23 anos, deu à luz um casal de gêmeos na Santa Casa de Misericórdia de Araraquara. A situação seria normal e o nascimento uma festa se não fosse a mãe dependente de crack e ter manifestado o desejo de entregar as crianças para adoção. Mãe de duas outras crianças pequenas - uma menina de 3 e um menino de 1 ano -, M. nem quis ver os gêmeos. Mais do que isso, antecipou-se ao parto indo à Vara da Infância e da Juventude para declarar o desejo de entregá-los a outra família.
A jovem faz parte de um número cada vez maior de dependente químicos que engravidam e doam os filhos, engordando a fila de crianças na lista de adoção.
A mãe da jovem, a faxineira V.L.T., não sabe mais o que fazer para tirar a filha do vício. Segundo ela, desde os 18 anos a jovem entra e sai de clínicas de tratamento, sem sucesso. E é assim também no dia a dia. M. some de casa e depois volta com a mesma velocidade com que a droga é queimada em seu cachimbo.

Polícia resgata recém-nascido enterrado vivo na Paraíba .


Criança estava coberta por pedras em terreno baldio

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, na manhã desta terça-feira, o resgate de um recém-nascido enterrado vivo no município de Esperança, localizado a 146,6 km de João Pessoa (PB). Uma mulher, que seria a mãe do bebê, foi presa.
O bebê, nascido ontem, estava em um terreno baldio no povoado de São Miguel, próximo à sede do município, e foi localizado por moradores que passaram a noite ouvindo o choro do recém-nascido. Segundo a PRF, a criança tinha o corpo coberto por pedras e a boca cheia de mato. Foram os moradores que viram o bebê e chamaram os policiais rodoviários de plantão em um posto localizado a 500 m do terreno.
Os policiais rodoviários chegaram ao local e encontraram o bebê nos braços de um pedreiro, já enrolado em um pano. A criança foi socorrida para o hospital da cidade e transferida para Campina Grande (PB) com arranhões por todo o corpo e um ferimento no olho.
A Delegada de Polícia Civil de Esperança, Mariam Moura Ferreira, recebeu a ocorrência e já teria identificado e prendido uma mulher de 19 anos, que seria a mãe do bebê. Ela teria confessado o crime. O motivo, segundo a mulher, seria de que era solteira e o pai não desejava assumir a criança.


Motorista abandona ônibus escolar no interior de SP



Crianças estariam fazendo barulho dentro do transporte

Um ônibus escolar municipal de Botucatu, município a 235 km da capital paulista, foi abandonado pelo motorista com os alunos dentro, em uma rua, na sexta-feira (4). As crianças estariam fazendo muito barulho dentro do transporte.
A Secretaria Municipal de Educação informou que o motorista foi afastado temporariamente do cargo até saberem o que aconteceu. O secretário admitiu que houve negligência, mas não informou se o funcionário vai ser demitido.
Será apurado também se o motorista está passando por problemas pessoais, o que não irá impedir que a Secretaria Municipal de Educação tome as providências necessárias.


R7

Pai que abusou da filha e teve com ela sete filhos-netos é morto em rebelião de presos no Maranhão


SÃO LUÍS - O homem preso em Pinheiro, no Maranhão, condenado a 63 anos de prisão por abusar da filha , com quem teve sete filhos-netos , mantidos em cárece privado em um povoado isolado, foi morto durante a rebelião na Delegacia Regional. José Agostinho Bispo Pereira, 55 anos, havia sido preso em flagrante no dia 8 de junho de 2010. A filha, com quem Agostinho mantinha um relacionamento matrimonial, tem 29 anos e era abusada desde o 12. A polícia comprovou, ainda, que a filha-neta de 8 anos já estava sendo abusada pelo pai-avô. Outros cinco detentos morreram durante a rebelião.
A rebelião na delegacia regional de Pinheiro começou na noite desta segunda-feira.
José Agostinho mantinha a família afastada, sem ir à escola, pois sabia que, se alguém descobrisse, seria preso pela polícia. O caso foi comparado ao ocorrido na Áustria, onde Josef Fritzl, chamado "monstro de Amstetten", teve sete filhos com sua filha Elisabeth , que foi estuprada repetidas vezes por ele durante os 24 anos em que foi mantida presa num porão. Josef Fritzl foi condenado à prisão perpétua.
A negociação para o fim da rebeilião está em curso. Segundo a polícia, o motivo é a superlotação do presídio. Os presos exigem melhores condições na carceragem do local. Segundo a delegada Laura Amélia Barbosa, mais de 90 presos estão nas celas, com capacidade para apenas 30.
Em junho de 2010, também ocorreu uma rebelião pelos mesmos motivos na Delegacia Regional de Pinheiro. Na época eles protestavam contra a falta de higiene e superlotação. Após a negociação, 40 presos foram transferidos para outras delegacias em comarcas próximas.
Um padre, um pastor e um representante da OAB ajudam a polícia na negociação com os detentos. Mais de cem policiais estão cercando a delegacia. Há homens da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Grupo Tático Aéreo (GTA). O coronel Franklin Martins, comandante-geral da Polícia Militar, também está no local.
De acordo com a assessoria imprensa, os seis corpos já foram removidos do local.
Um novo presídio deveria ser construído em 2004, mas protestos da população impediram a construção. O local abrigaria presidiários de toda baixada maranhense.



O Globo

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Juiz interroga pai da menina Joanna no Rio


Magistrado deve ouvir ainda nesta segunda a madrasta da criança.
Os dois são acusados de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva.

O juiz Alberto Fraga, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, interrogou nesta segunda-feira (7), o funcionário público André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, morta no dia 13 de agosto de 2010 vítima de meningite, contraída pelo vírus da herpes, após 26 dias em coma.
A audiência de instrução e julgamento é continuação da realizada no dia 17 de janeiro, quando foram ouvidas cinco testemunhas, sendo duas de acusação e três de defesa.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Fraga deve ouvir ainda nesta segunda Vanessa Maia Furtado, madrasta da menina. Os dois são acusados de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva, contra a criança.
Ainda de acordo com o TJ, em seu depoimento ao juiz nesta segunda-feira, o réu deixou claro, inúmeras vezes, que era leigo e que no período de 15 a 19 de julho de 2010, vários especialistas viram a menor. Quanto à lesão na nádega da criança, ele disse que a menina já viera assim da casa da mãe, informou o TJ.
Sobre o depoimento da babá da criança, André Marins confirmou que seguiu recomendação da psicóloga para usar fita crepe na ponta dos dedinhos de Joanna. Ele contou também, de acordo com o TJ, que lutou durante cinco anos para conseguir ter contato com a filha. Segundo o réu, em 26 dias de internação nenhum médico diagnosticou a doença da menina e, só após 40 dias do óbito, o Instituto Médico Legal o fez. O interrogatório de André durou duas horas.
O magistrado também ouviu, nesta segunda, os depoimentos de duas testemunhas de defesa do réu.

Juiz nega pela 4ª vez pedido de liberdade do pai
No dia 17 de janeiro, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, indeferiu o pedido de liberdade provisória de Marins. Foi a quarta vez que o magistrado indeferiu o pedido de liberdade feito pela defesa de Marins. No dia 11 de janeiro, o juiz já havia negado o pedido de liberdade.



Rio é eleito melhor cidade arquitetônica do mundo

Projeto da zona portuária do Rio, depois da conclusão do Museu do Amanhã

Prêmio dado pela conceituada revista de design Wallpaper é baseado nas promessas arquitetônicas e projetos de revitalização

Um dos mais celebrados prêmios de design do mundo, o Wallpaper Awards Architecture, acaba de eleger o Rio de Janeio como a melhor cidade arquitetônica do mundo, passando à frente de Chicago, Johanesburgo, Oslo e Hong Kong, as outras finalistas.
No prêmio, que conta com mais 10 categorias, como melhor restaurante, melhor produto de beleza e melhor prédio público, o Rio foi lembrado tanto por suas obras históricas como por projetos que o preparam para receber a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
O Museu do Amanhã, de Santiago Calatrava, na zona portuária, a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, obra de Christian de Portsamparc em fase de finalização, e o novo projeto para o Museu da Imagem e do Som, do escritório novaiorquino Diller Scofidio + Renfr, que deve se instalar no lugar da antiga boate Help, na beira da praia de Copacabana, são promessas que reforçaram as indicações de título para a cidade.
As reformas de alto investimento, como a do bilionário Eike Batista no tradicionalíssimo Hotel Glória, prometido para este ano, e do Hotel Nacional, de Oscar Niemeyer, para 2014, também fizeram coro às expectativas de um futuro ainda mais lindo para a cidade.



A mistura de comportamento e visual, uma das características mais apaixonantes do Rio, também seduziu os jurados do prêmio, que destacaram a revitalização do Centro, o conhecido Rio Antigo, e da Lapa, referência em espaços musicais e galerias de arte. Eles ainda destacam o bairro de Botafogo como nova referência da nightlife carioca.
Até mesmo iniciativas sociais, como a forte ação da polícia e a reformulação estrutural nos morros e favelas reforçaram o pacote de maravilhas locais. Ideias descoladas, como as lojas de moda e design do Leblon e de Ipanema, com sugestões bacanas como o ateliê da designer Gilda Midani, montado em um apartamento particular, somaram argumentos para que o martelo fosse batido. Rio de Janeiro, melhor cidade do mundo.
Os detalhes da escolha estarão na edição de fevereiro da edição impressa. Mas não é de hoje que a revista está de olho no Brasil. Em maio passado, Tony Chambers, editor-chefe da publicação recebeu, entre caipirinhas e bobós de camarão, designers e criadores brasileiros na galeria Espasso, no criativo bairro de Tribeca, em Nova York. A festa, promovida em parceria com o grupo Iguatemi, celebrava o lançamento de uma edição inteira da Wallpaper em homenagem ao Brasil. Foi o começo de uma relação promissora, que agora começa a se tornar concreta.


delas

Criança não deve ficar tão preocupada

A infância deveria ser a época mais relaxada da vida. Mas o número de crianças ansiosas aumentou 60% em uma década no Brasil. Como perceber – e tratar – o distúrbio

As crianças são, por natureza, ansiosas. Todo pai sabe que vai ouvir mais de 20 vezes a pergunta sobre quanto tempo falta para acabar a viagem ou chegar o dia do aniversário. Mas às vezes a ansiedade passa dos limites. É comum que uma menina de 11 anos pergunte quando vai ser uma festa. Não é comum que ela durma com um relógio e acorde durante a noite para checar quantas horas faltam. Letícia dos Santos fazia isso. Todo evento importante era precedido de grande sofrimento. “Ela chegava a ter falta de ar e uma vez desmaiou antes de uma prova”, diz a mãe, a comerciária Sirlene dos Santos.
O desmaio serviu de alerta. A mãe a levou a uma emergência, mas não constataram nenhum problema físico. O pediatra não conseguiu encontrar uma causa para o desmaio. Algum tempo depois, quando o avô de Letícia precisou amputar uma perna, em decorrência de hepatite, sua ansiedade explodiu. “Ela não podia visitá-lo, então cismava que ele tinha morrido”, diz a mãe. “A Letícia pedia para eu provar que ele estava vivo, que o pusesse para falar com ela no celular.” A mãe começou a pensar em procurar um psicólogo e acabou vendo um anúncio da Santa Casa com os sintomas da ansiedade infantil. Reconheceu a filha em cada palavra que leu: preocupação excessiva, sofrimento por antecipação, dificuldade de dormir.
O distúrbio que acomete Letícia é cada vez mais frequente no Brasil. Um levantamento feito pelo Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria da Infância e Adolescência (Capia) da Santa Casa do Rio de Janeiro mostra que em dez anos o número de crianças com o transtorno cresceu 60%. O Capia costuma atender 40 crianças a cada semana. Há dez anos, oito delas, em média, saíam com o diagnóstico de ansiedade. Hoje, são 13. Também em São Paulo se nota um aumento de casos, diz Fernando Asbahar, coordenador do projeto de Transtornos Ansiosos da Infância e Adolescência no Hospital das Clínicas, embora ele não tenha uma contagem como a do Rio.
De acordo com a Associação Americana de Transtornos de Ansiedade, entre 9% e 15% da população de 5 a 16 anos sofre do distúrbio. Na falta de estudos que mostrem se esse porcentual varia de um lugar para outro, os psiquiatras brasileiros trabalham com a mesma estimativa. Há sinais de que o mundo moderno tenha agravado o problema. Um levantamento feito com 300 estudantes americanos pelo pesquisador Jean Twenge, da Universidade de Cleveland, concluiu que as crianças americanas são sete vezes mais ansiosas do que há 70 anos. Twenge pesquisou questionários do “Inventário de personalidade”, aplicado no Estado de Minnesota a todos os alunos do ensino médio desde 1938. As crianças de hoje mostram-se mais inseguras sobre seu futuro, confiam menos em si próprias e demonstram medo de não ter controle sobre fatores externos.
O transtorno é potencialmente grave. Em suas formas mais severas, a ansiedade pode afetar o raciocínio, a habilidade de tomar decisões, a percepção de seu ambiente, o aprendizado e a concentração. Além disso, vem se formando entre os médicos o consenso de que muitas desordens da vida adulta, desde dificuldades de relacionamento até a depressão, têm suas primeiras manifestações na infância – e em muitos casos poderiam ser evitadas com tratamento precoce. Esse tratamento é relativamente simples. Em poucas semanas de acompanhamento psicológico, Letícia já consegue dormir sem o relógio ao lado da cama e se mostra mais tranquila.
A grande dificuldade, em casos como o dela, é o diagnóstico. Apesar de serem tão comuns, os distúrbios de ansiedade costumam passar despercebidos – talvez porque seus sintomas comportamentais sejam tão parecidos com virtudes. É o caso de Vitória de Anchieta Custódio, de 10 anos. Ótima aluna, ela não se conforma com notas menores que 9. Está sempre preocupada com a saúde dos avós. Quando eles adoecem, pergunta o tempo todo à mãe sobre o estado de saúde deles. Vitória não cede à tentação do consumo desenfreado e até rejeita presentes: ela se importa com a situação financeira da família. Se chove, Vitória liga para o pai para saber se está tudo bem e se ele voltará para casa em segurança. Tem poucos amigos – e se dedica extremamente a eles. Parece, enfim, uma menina exemplar. Mas suas características dão sinais de uma espécie de sofrimento.
É difícil atinar que as qualidades tão prezadas nos filhos possam indicar problemas. Tão difícil que mesmo os sintomas físicos costumam ser ignorados. Em 80% dos casos a ansiedade vem acompanhada de manifestações como náusea, vômitos, dores de barriga, úlceras, diarreia, falta de ar, fraqueza ou até queda de cabelo. Em geral, os pais procuram pediatras queixando-se do problema orgânico e a ansiedade fica mascarada.
Se o pediatra levanta a possibilidade de ser algo psicológico, muitos pais reagem mal. “Nós sofremos muita pressão dos amigos quando dissemos que a Vitória iria a um psicólogo, mas hoje ela está bem melhor”, diz a mãe, Carla Parreira.
Para tentar sanar a subnotificação do distúrbio, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) iniciou uma campanha com os pediatras, orientando-os para os sintomas mais comuns. “Percebemos que a maioria dos casos de dores abdominais persistentes e também de perda de peso tem origem psicológica. A orientação aos pediatras é que eles considerem essa possibilidade no diagnóstico”, diz Eduardo da Silva Vaz, presidente da SBP. Ele afirma que crianças “terceirizadas” são mais propensas a sofrer ansiedade por causa da separação. “Hoje as mães trabalham e muitas costumam deixar os filhos com babás. Quem tem filho tem de saber que nos primeiros anos de vida é essencial ter tempo para ele.”
Para Fabio Barbirato, coordenador do Capia, no Rio, o número de diagnósticos cresceu porque os profissionais estudam mais o transtorno e estão mais capacitados para detectá-lo. Cresceu também a quantidade de psiquiatras infantis no Brasil. Há dez anos eram 150, hoje são 600. Mas, sem a ajuda dos pediatras, a maioria dos casos de ansiedade ainda ficará sem tratamento. E crianças ansiosas dificilmente serão curadas sozinhas. Barbirato diz que o mais comum é que se tornem adultos ansiosos, que passarão a noite em claro na véspera de apresentar um projeto corriqueiro no trabalho e evitarão situações sociais nas quais se sintam desconfortáveis. De acordo com estudos internacionais, em 80% dos casos um menino ansioso vira um adulto deprimido.
É possível que o número de casos no Brasil esteja crescendo apenas como consequência de melhoras no processo de diagnóstico. Mas os médicos também apontam uma tendência social. As crianças de hoje, segundo Barbirato, estão expostas a mais pressão. “Com 5, 6 anos, eles já estão se preparando para os vestibulinhos. A nota média nas escolas subiu e existe uma cobrança maior por desempenho”, diz. A violência também provoca a ansiedade. Psicólogos relataram um aumento de consultas no período em que se noticiou o caso da menina Isabella Nardoni, jogada da janela do apartamento do pai, em São Paulo. Outro fator de estresse seria a exposição às conversas de adultos. As crianças estariam, hoje, mais expostas a discussões sobre dinheiro, brigas dos pais, conflitos no trabalho ou na sociedade. Sem maturidade para saber que estão protegidas, as crianças fantasiam perigos.

Ansiedade é como alergia. Você tem uma reação desproporcional a algo corriqueiro

Há, porém, a opinião oposta. “As crianças de hoje são protegidas demais”, diz a filósofa e escritora Tania Zagury, autora de Limites sem trauma. “Elas são pouco exigidas. Então quando chega a hora de um vestibulinho, de uma cobrança na escola, elas não sabem como lidar, não foram preparadas.” Para Tania, a ansiedade é fruto do imediatismo que tomou conta da sociedade.
Ou talvez não seja nada disso. Segundo um estudo publicado no mês passado na revista Nature, a ansiedade pode estar gravada em nosso DNA tanto quanto a cor dos olhos ou do cabelo. Embora fatores externos exerçam influência, a predisposição para a ansiedade seria hereditária. Cientistas do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, monitoraram um grupo de 1.500 macacos e constataram que os 238 mais ansiosos eram da mesma família. Um mapeamento cerebral dos animais mostrou que as duas áreas do cérebro mais ligadas a esse sentimento, a amígdala e o hipocampo, funcionavam de forma parecida no grupo, com a atividade intensa, maior do que nos mais calmos, assim que uma possível ameaça surgia.
As duas regiões do cérebro são responsáveis por identificar um problema e decidir uma resposta a ele. No grupo de macacos mais ansiosos, a reação era exagerada – como nos ansiosos humanos – e se mantinha mesmo depois que a ameaça cessava. “O estudo é um grande passo para mostrar que a ansiedade é muito mais biológica do que imaginamos”, disse Ned Kalin, neurologista da Universidade de Wisconsin.
Não é incomum haver irmãos ansiosos. O irmão menor de Vitória, Gabriel, fez tratamento quando tinha 7 anos. Entre os pacientes da Santa Casa, 88% têm um pai ou uma mãe ansioso. “Isso muitas vezes dificulta o tratamento porque o pai, por ser ansioso, acha o filho normal e diz que com o tempo passa”, diz Barbirato.
Um dos maiores obstáculos para identificar o transtorno é que o problema não está na existência da ansiedade, mas no grau em que ela aparece. A ansiedade faz parte da vida. Desde a tenra infância, os desafios que enfrentamos podem provocar retração, busca de apoio, aversão ao risco, até falta de confiança em si mesmo. Normalmente, esses problemas desaparecem quando a criança aprende a lidar com a situação nova ou quando a situação muda. É assim com a troca de escola, entrar na piscina ou no mar, fazer provas etc. A ansiedade é um mecanismo de proteção. Em 1996, fez sucesso um livro do então presidente da Intel, Andy Grove, defendendo a tese de que, no mundo dos negócios, só os paranoicos sobrevivem. “Em quantidade normal, a ansiedade pode fazer a pessoa crescer e se desenvolver”, diz a psicóloga Lilian Lerner de Castro, vice-presidente da Associação dos Portadores de Transtorno de Ansiedade (Aporta).
Ansiedade de menos é ruim. Relaxados, somos mais vulneráveis. Um estudo da seguradora inglesa Elephant mostrou que 65% dos acidentes de carro acontecem num raio de menos de 10 quilômetros de casa – quando nos sentimos tranquilos e baixamos a guarda. Mas ansiedade demais paralisa. “Enquanto o deprimido remói o passado, o ansioso vive preso no futuro”, diz Angela Donato Oliva, professora de pós-graduação do Programa de Psicologia Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A ansiedade é como uma forte alergia psicológica. Você tem uma reação desproporcional a algo que, para os outros, é corriqueiro.”
No caso de uma criança assim, a simples ida à casa de um coleguinha detona uma onda de preocupação e expectativa exacerbada. “Quando a gente dizia que ele iria visitar algum amigo, o Bruno ficava perguntando quando ia ser, como ia ser. Se preocupava com tudo, com a roupa que ia, quem ia levar, que horas ia voltar. Isso às vezes semanas antes”, diz a professora Fátima Aparecida Borges da Costa, mãe de Bruno, de 9 anos, que faz terapia para combater a ansiedade.
Se é assim com visitas, o que dizer de mudanças mais radicais? Gabriele Rodolfo, de 9 anos, teve de trocar de escola quando os pais se separaram. Não aceitou. Teve medo dos novos colegas e professores. Horas antes da aula ela começava a ter ânsias de vômito. Levada à força, tinha crises de choro. A mãe, Fátima Fernandes, acabou tirando-a da escola e hoje ela tem uma professora particular. Ainda assim, Gabriele só aceitou a presença da estranha depois que começou o tratamento contra a ansiedade. “Ela passou a ter medo de tudo e é muito tímida”, diz a mãe.
Crianças que são “pequenos adultos”, muito responsáveis, também podem ser ansiosas. Quando Bruno começou a demonstrar preocupações incompatíveis com sua idade, a mãe desconfiou que havia algo de errado. “A gente dava um presente e ele perguntava: mas você vai poder pagar isso? No início eu achava que ele fosse só um menino responsável, o filho-padrão que todo pai quer ter”, diz Fátima. Quando ele soube que a mãe trabalharia no Censo e ia ter de entrevistar pessoas, Bruno começou a temer que ela encontrasse algum maníaco. O garoto começou a ter descamações na pele. Os medos foram evoluindo a ponto de Bruno não conseguir mais dormir sozinho. Hoje, o garoto está sendo acompanhado por um psicólogo e já mostra sinais de melhora.
Os pais têm papel fundamental no tratamento. E o ingrediente mais importante é paciência, misturada com carinho. Na maioria das vezes, a ansiedade é temporária. Pesquisas mostram que 90% das crianças entre 2 e 14 anos têm pelo menos um temor específico. Até os 2 anos, pode ser o medo de separar-se dos pais ou o susto com barulhos fortes. De 3 a 6 anos, os mais comuns são os medos de seres imaginários ou do escuro. Entre 7 e 16 anos, os temores podem ser de se machucar, ir mal na escola, desastres naturais. Como saber, então, se a ansiedade passou dos limites aceitáveis? Especialistas afirmam que os pais devem se preocupar quando a criança der sinais claros de estar sofrendo, quando o transtorno afetar sua rotina (notas baixas, vida social afetada) ou quando ela passar a apresentar sintomas físicos.
O tratamento pode envolver apenas acompanhamento psicológico e, em alguns casos, medicação (em geral, para aumentar o nível de serotonina, que provoca sensações de relaxamento). A terapia, sozinha, leva entre dois e quatro meses para mostrar resultados. Quando tratadas só com medicação, as crianças apresentam melhora em apenas 15 dias, mas o índice de recaída é alto, de 30%.
Perceber o problema e tratá-lo pode mudar a vida de quem sofre do transtorno. Em 2009, Graziela de Caro, de 16 anos, fez inscrição para concursos seletivos em escolas técnicas do Rio. Durante a preparação, seu comportamento mudou. “Ela sempre achava que estava muito doente, que alguma coisa ruim ia acontecer. Isso desestruturava toda a família”, afirma a mãe, a funcionária pública Marinele Reis, de 40 anos. Graziela acordava de madrugada com medo. Tinha dor de cabeça, tonturas, ia ao médico, que nada encontrava. Acabou não passando nas provas. No ano passado, começou a fazer tratamento. “Ela ficou mais tranquila e, agora, passou para a Fundação Oswaldo Cruz”, diz Marinele. Graziela concorria com outros 30 alunos no curso de gerência de saúde. Livre da ansiedade, conseguiu.

Época

Foragido há 2 meses, Mizael vive “preso”, diz advogado


Mizael Bispo, ex-namorado da advogada Mércia Nakashima, assassinada em maio do ano passado, está há quase dois meses foragido da polícia. Nesta segunda-feira (7), completam-se dois meses que a Justiça decretou a prisão preventiva do policial reformado e advogado. Apesar de Mizael estar foragido, Ivon Ribeiro, um de seus advogados, diz que o acusado vive hoje como se estivesse preso.
- Engana-se quem pensa que ele não está preso. É uma vida difícil. É uma pena antecipada.
Os cerca de 300 processos que eram conduzidos pelo escritório de Mizael, que é advogado, foram transferidos por tempo indeterminado para as mãos de Ribeiro e de um outro advogado amigo do réu.
Em 7 de dezembro passado, a Justiça também mandou prender Evandro Bezerra da Silva, que era vigia em um posto de gasolina em Guarulhos (Grande São Paulo). Foragido, ele é acusado de ter ajudado Mizael a concretizar o crime.

"País de impunidade"
Para a família da vítima, a sensação continua sendo de impunidade. Márcio Nakashima, irmão de Mércia, contou que não tem sido informado sobre os esforços da polícia para encontrar os acusados. Para ele, Mizael não vai se entregar.
Questionado se ele acredita na prisão de Mizael antes do julgamento, ainda sem data definida, Márcio disse que todos tentam manter a esperança, mas sem criar muita expectativa.
- Vivemos num país de impunidade. Um país que gosta de assassinos.
Ele se referia à decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o italiano Cesare Battisti, acusado de matar quatro pessoas na Itália.
O irmão da vítima, desiludido com a falta de notícias do acusado, conta que já não recebe muitas informações do paradeiro de Mizael.
- O caso esfriou um pouco e sumiu da mídia. As pessoas esquecem e já não ficam tão atentas.
Márcio diz que chegou a receber informações de possíveis esconderijos de Mizael. Ele afirma que repassou os dados para a polícia, mas não teve nenhuma informação se os endereços foram checados.
Para o defensor de Mizael, o fato de seu cliente ainda não ter se entregado é um direito dele.
- Vamos esgotar todos os recursos. E estou confiante que não precisaremos usá-los.
O pedido de liminar [decisão provisória] para deixar o acusado em liberdade já foi negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Para decidir os próximos passado, os advogados do réu aguardam o julgamento do mérito do habeas corpus de libertação [decisão definitiva], que deve ser feito pelo TJ nas próximas semanas.
- Se for negado, entramos novamente com a ação no STJ.

Foragidos
Só no Estado de São Paulo há cerca de 152 mil foragidos da Justiça, segundo informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública). O órgão não divulga oficialmente quantos policiais compõem a Divisão de Capturas, responsáveis pelas prisões.
Além dos acusados de matar Mércia, a polícia está à procura do ex-médico Roger Abdelmassih, acusado de estuprar pacientes, e do estudante Jonathan Domingues, suspeito de espancar no ano passado homossexuais na avenida Paulista.
No final do mês passado, quando Waldomiro Milanesi assumiu o divisão, o delegado admitiu que deve priorizar os casos com clamor público. Mas, até agora, nenhum dos foragidos mais conhecidos foram encontrados.
A reportagem do R7 questionou a SSP sobre o andamento da busca a Mizael e Evandro e foi informada que nada poderia ser divulgado para não atrapalhar as investigações. O advogado do ex-namorado de Mércia também não dá pistas de onde está seu cliente.


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