sábado, 11 de junho de 2011

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO




Povo Fluminense,


Os Bombeiros do Rio de Janeiro, profissionais trabalhadores, ordeiros e competentes, em respeito à população que sempre defenderam, por vezes com o sacrifício da própria vida, vem a público esclarecer o que tem ocorrido na Corporação e no Governo do Estado e o que levou companheiros e seus familiares a desafiarem os desmandos do Comandante Geral Cel Pedro Marco e do Governador Sérgio Cabral.

Como sabemos, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma corporação voltada para a preservação de vidas e proteção de Bens da população do Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo da sua existência, o CBMERJ sempre se pautou pela hierarquia e disciplina e também pela credibilidade de seus serviços, estando ao lado da população Fluminense em todas as suas aflições e enfrentando com bravura as calamidades naturais que atingem o Estado. São inúmeras as vidas salvas e os bens preservados pelos profissionais do Corpo de Bombeiros, que a população chama carinhosamente de Heróis. Ao nos formarmos, juramos defender a população com o Sacrifício da nossa própria vida e assim temos feito ao longo desses 155 anos de existência.

A Corporação recolhe cadáveres, combate os mosquitos da dengue, atua nas UPAS, guarnece o sambódromo no carnaval e atua no Rock in Rio (sem remuneração extra, embora o evento seja cobrado ao público), além de exercer as suas funções de salvamentos e combate à incêndio, recebendo um dos PIORES SALÁRIOS pagos pela categoria no Brasil (tabela ao Final).

O reequipamento da Corporação não é mérito do Governador, mas sim da população do Estado do Rio de Janeiro que paga a taxa de incêndio e que, ainda assim, não sabe que os recursos não são totalmente destinados à Corporação.

A Ira do Sr. Sérgio Cabral, com os Bombeiros, vem de 2009, quando foi vaiado pela Corporação durante o lançamento da Campanha “Cultura Antidengue” no ginásio do Maracanãzinho e desde então tem discriminado os Bombeiros militares, sejam nas gratificações (usando seu poder de discricionariedade) seja nas condições de trabalho (vocês viram alguma homenagem aos heróis que morreram na calamidade da Região Serrana?)

Agora, a população do Estado do Rio de Janeiro, assiste a sua Corporação de heróis ser aviltada e achincalhada pelas atitudes ditatoriais do Governador Sérgio Cabral que culminou com os manifestantes adentrando o Quartel Central da Corporação, no ultimo dia 03, para serem ouvidos pelo seu Comandante Geral, que omisso, serviu de “pau mandado” do governador Sérgio Cabral e ignorou os clamores de sua Tropa, nem comparecendo ao local.

O Governador Sérgio Cabral, adotando os melhores recursos da DITADURA, mandou o BOPE invadir com tiros e bombas o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, ferindo militares honestos, mulheres e crianças indefesas. Atitude inadmissível em um Estado democrático de Direito!

Porque o Comandante Geral do CBMERJ, Cel Pedro Marco, não tomou as medidas necessárias para a retirada de seus militares do pátio do Quartel Central? Estavam todos desarmados e com seus familiares. Não era necessário o uso da força e sim do diálogo. Os Bombeiros são pacíficos por natureza.

O Governador nunca gostou da Corporação. Nomeou para Secretário o Ex médico do CBMERJ Sérgio Côrtes, um homem que deixou a Corporação por não concordar com os baixos salários e a carga de trabalho excessiva e agora nada faz para ajudar a Corporação, apenas integra os desmandos administrativos e superfaturados do Governo do Estado na área da saúde.

Assistimos perplexos ao Comandante Geral da PMERJ usurpar o Comando do CBMERJ e se dirigir, dentro do quartel dos Bombeiros, à tropa de profissionais honestos como se bandidos fossem.

Nossos militares foram presos e conduzidos aos quartéis da PMERJ como criminosos apenas por reivindicar dignidade profissional!

Se nossos companheiros erraram ao ADENTRAR a SUA SEGUNDA MORADA, o Governador foi CRIMINOSO e DITATORIAL ao ordenar a invasão do Quartel Central dos Bombeiros pelo BOPE com uso de FORÇA, TIROS E BOMBAS, como se ali fosse uma antro de criminosos e não de profissionais que arriscam a sua vida pela população, CAUSANDO FERIMENTO EM MULHERES E CRIANÇAS e obrigando a nossos companheiros ao confronto.

AJUDEM AQUELES QUE SEMPRE O SOCORRERAM!!!

NUNCA DEIXAMOS DE ATENDER E SOCORRER A POPULAÇÃO!

MOSTRE A SUA INDIGNAÇÃO POR ESSE ATO VIOLENTO E DITATORIAL DO GOVERNADOR SERGIO CABRAL!!!

MOSTRE O SEU APOIO AOS BOMBEIROS!

ENVIEM ESSA CARTA PARA TODOS OS SEUS AMIGOS.

ACOMPANHEM E APOIEM O NOSSO MOVIMENTO PELO SITE http://www.sosguardavidas.com


SALÁRIOS BRUTOS NO BRASIL:
01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe – R$ 3.012.00
03º - Goiás – R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
05º – São Paulo – R$ 2.170.00
06º – Paraná – R$ 2.128,00 1
07º - Amapá – R$ 2.070.00
08º – Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão– R$ 2.037.39
10º – Bahia – inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo – R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso – R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina – R$ 1.600.00
16º - Tocantins – R$ 1.572.00
17º - Amazonas – R$ 1.546.00
18º - Ceará – R$ 1.529,00
19º - Roraima – R$ 1.526.91
20º - Piauí – R$ 1.372.00
21º - Pernambuco – R$ 1.331.00
22º - Acre – R$ 1.299.81
23º - Paraíba – R$ 1.297.88
24º - Rondônia – R$ 1.251.00
25º - Pará – R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38 (SEM VALE TRANSPORTE)

O RIO DE JANEIRO é o Estado que mais recebe investimentos no Brasil, é o 2º que mais arrecada impostos. Pretende Sediar o Rock in Rio, as Olimpíadas militares, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
Há algo de errado e Podre no Governo do Exmo Sr Governador Sérgio Cabral Filho!!!

Coloque uma fita vermelha nos seus veiculos para demonstrar seu apoio aos bombeiros !!!!

Robson Simas – Cel BM RRem

Filipino com 61 centímetros é tido como o menor homem do mundo


Estatura será oficializada pelo Guinness, o livro dos recordes.
Junrey Balawing irá completar 18 anos no domingo (12).


O menor homem do mundo - após completados 18 anos de idade - é o filipino Junrey Balawing, segundo membros do Guinness, o livro dos recordes. O homem de 61,5 centímetros foi fotografado neste sábado (11) na cidade de Sindangan, um dia antes do seu aniversário. Após atingir a idade adulta, o novo recorde poderá ser oficializado.

A marca anterior era do nepalês Khagendra Thapa Magar, com 66 centímetros. Segundo o Guinness, Junrey pode ser considerado também como o menor homem vivo em toda a história. Antes da chegada da equipe de verificação do Guinness a Sindangan, a altura do filipino era estimada em 55 centímetros, valor corrigido após a medição feita neste sábado.


G1

Pais de menino agredido processam colégio


RIO - Uma ação de reparação por danos deu entrada na sexta-feira na 49ª Vara Cível do Rio contra a Escola Alemã Corcovado, em Botafogo, onde o professor alemão Jens Wilmer agrediu, em agosto do ano passado, o aluno Felipe Jucá Carsarlade, na época com 12 anos, dentro da sala de aula. Após tomar conhecimento que os pais do estudante tinham feito uma queixa crime contra o professor e os diretores da unidade, a escola resolveu expulsar Felipe, e o irmão dele, Frederico, de oito anos.

A direção também proibiu os pais dos alunos, o economista Fernando Carsalade e a administradora Ana Cláudia Jucá Casarlade, de entrarem na escola. O professor acusado de agressão foi enviado de volta à Alemanha.

Advogado acusa colégio de perseguir família
O advogado da família, Luiz Henrique de Albuquerque, que entrou com a ação, explicou que Felipe foi matriculado em fevereiro de 2003 e o irmão Frederico, em fevereiro de 2008.

- O que mais impressiona é uma instituição de ensino praticando atos gravíssimos, tipificados como crime, deixando de zelar pela integridade física e psíquica de seus alunos. Eles cometeram também uma indisfarçável perseguição aos membros da família - disse ele.

A agressão foi há dez meses, no dia 13 de agosto de 2010. Felipe se encontrava em sala de aula, sentado em cima de uma carteira, conversando com um colega e aguardando o início da aula de alemão de Jens Wiemer. Ao entrar na sala, o professor, de acordo com o garoto, estava completamente transtornado e gritava palavrões em alemão. O menor teria sido violentamente empurrado por Jens e jogado por cima da carteira. Ele bateu com as costas e cabeça no chão e ficou com hematomas pelo corpo. Um outro aluno Ighor Vieira Santos Rodrigues também teria sido agredido .

- Bater num menor de 12 anos é inconcebível. Quando o colégio soube que a família estava pedindo o afastamento do professor, o colégio expulsou os meus dois filhos. É um absurdo e uma maldade - disse a administradora Ana Cláudia, mãe do aluno.

No dia 29 de outubro de 2010, os pais denunciaram o caso à Promotoria da Infância e da Juventude e também à Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).

Escola explicou proibição de matrícula
Um das mais tradicionais e caras da cidade, a Escola Alemã Corcovado promove ensino bilíngue e cobra matrícula de cerca de R$ 10 mil e luvas de R$ 2,5 mil. Por meio de nota, a escola informou que todos os casos envolvendo seus alunos são tratados diretamente entre a escola e os responsáveis, de forma reservada. A escola também informou que a decisão de não permitir a renovação da matrícula foi tomada para preservar o interesse de todos, já que os alunos precisam estudar num ambiente em que prevaleça "a confiança, o respeito e a cooperação entre pais e escola".

O caso da agressão na Escola Alemã Corcovado é mais um envolvendo um colégio tradicional do Rio. Recentemente, uma denúncia de bullying veio à tona em outra unidade de elite da cidade, o Colégio São Bento .

O Globo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

OIT: mais de 100 milhões de crianças em todo o mundo trabalham em atividades perigosas


Brasília - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou hoje (10) relatório sobre o trabalho infantil perigoso. Os dados mostram que há no mundo 115 milhões de crianças (7% do total de crianças e adolescentes) nesse tipo de atividade. Segundo o relatório, esse número é quase metade dos trabalhadores infantis (215 milhões). É considerado trabalho perigoso qualquer tipo de atividade que possa ser prejudicial à saúde e à integridade física e psicológica da criança.

O relatório também afirma que embora o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos tenha caído entre 2004 e 2008, houve aumento de 20% na quantidade de crianças entre 15 e 17 anos nessas atividades, passando de 52 milhões para 62 milhões.

O documento diz que o maior número de crianças em trabalhos perigosos está na Ásia e no Pacífico, onde há 48,1 milhões. Contudo, é na África Subsaariana que se encontra o maior número proporcional de crianças em trabalhos perigosos - são 38,7 milhões para uma população total de 257 milhões.

Na América Latina há 9,43 milhões de crianças desenvolvendo trabalho perigoso. Nas outras regiões, como a Europa e a América do Norte, há registro de 18,9 milhões de crianças nesse tipo de atividade.

O estudo afirma ainda que a redução do trabalho infantil perigoso foi maior para as meninas do que para os meninos. Entre 2004 e 2008 houve uma redução de 9% no número de meninos realizando trabalhos perigosos,
enquanto no mesmo período a redução do número de meninas foi 24%.

A agricultura é o setor onde há o maior número de crianças trabalhando, 59% delas em atividade perigosa, com idade entre 5 e 17 anos. Fazem parte desse setor a pesca, a silvicultura, o pastoreio e a agricultura de subsistência. O restante está dividido entre o setor de serviços (30%) e em outras atividades (11%). O relatório diz ainda que pelos menos um terço das crianças faz trabalhos domésticos e não recebe nenhuma remuneração para isso.

O estudo afirma ainda que as crianças e os jovens que desenvolvem trabalho perigoso sofrem mais acidentes do que os adultos. O relatório cita que Agência Europeia para a Seguridade e Saúde no Trabalho chegou à conclusão de que os jovens tem 50% mais chances de sofrer alguma lesão do que os adultos.

O estudo lembra que no Brasil, foram registrados entre 2007 e 2009 mais de 2,6 mil lesões de trabalho em crianças. No Chile, em 2008, foram observadas mais de mil lesões em jovens com idade entre 15 e 17 anos.

Para acabar com o trabalho perigoso de crianças e de adolescentes em todo o mundo,o relatório recomenda a todos os governo que sejam tomadas medidas com base em três eixos. A primeira é que os governos devem assegurar que as crianças frequentem a escola até, pelo menos, a idade mínima permitida para o trabalho. Os governos também devem melhorar as condições sanitárias próximas aos locais onde é realizado o trabalho e adotar medidas específicas para jovens que tenham entre a idade mínima para trabalhar e 18 anos.

Também devem ser adotadas medidas jurídicas para atuação contra o trabalho infantil perigoso, com a colaboração de empregadores e trabalhadores.

Fonte: Agência Brasil - 10/06/2011


prómenino

Advogado quer saber quem esteve com Giovanna no dia do desaparecimento


Universitária teria tentado sair de veículo ao perceber que uma terceira pessoa nele se encontrava; busca e apreensão deve ocorrer hoje

O advogado Welton Roberto, que atuará como assistente de acusação no caso envolvendo a morte da estudante universitária Giovanna Tenório, de 28 anos, disse à Gazetaweb, na manhã desta sexta-feira (10), que já se empenha no sentido de saber com quem a jovem esteve no dia em que não mais deu notícias, na quinta-feira (02), quando a família se queixou do desaparecimento. Ela teria deixado a faculdade onde cursava fisioterapia, no bairro do Farol, em Maceió, para se encontrar com um amigo - segundo versão de pessoas próximas à vítima - em um restaurante no mesmo bairro.

Segundo o advogado, Giovanna aceitou entrar no carro, no banco do passageiro, 'de uma pessoa conhecida'. "Mas ela se assustou quando percebeu que uma terceira pessoa estava neste mesmo veículo. A Giovanna reconheceu a mesma e ainda tentou sair, mas foi impedida", revelou o Welton Roberto, que reforça as alegações da família, acerca do caráter pacato da estudante morta asfixiada por estrangulamento, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, e cujo corpo foi encontrado na tarde da última segunda-feira (06), em terras da Fazenda Uruncum, no municipio de Rio Largo.

"Nós continuamos a apostar na linha de investigação que versa sobre crime passional, devido à crueldade do crime e à maneira com a qual a garota foi executada, já que apenas o celular da vítima foi levado", complementou o advogado, acrescentando que a estudante se encontrava com outros objetos de valor, a exemplo das jóias que costumava usar.

Ainda de acordo com Welton Roberto, a polícia deverá cumprir mandado de busca e apreensão nas próximas horas, na residência dos pais de Giovanna, em um condomínio residencial situado no bairro de Jaraguá, em Maceió. O objetivo seria o de buscar informações contidas no computador da vítima e que seriam importantes à elucidação do caso. A reportagem, no entanto, não conseguiu contato com o delegado Francisco Amorim Terceiro, titular da Delegacia de Antissequestro, para confirmar a informação.

"Todos estão muito consternados com a situação enfrentada pela família. As pessoas podem dizer que toda a comoção foi gerada por se tratar de uma pessoa de classe média, mas Giovanna também era uma menina batalhadora, religiosa e que vivia para os estudos", reforçou o advogado, confirmando ainda que a família já entregou à polícia um aparelho de telefone celular que pertencia à vítima e que continha mensagens ameaçadoras contra Giovanna.

Já a 17ª Vara Criminal da Capital autorizou a quebra de sigilo das ligações que Giovanna tenha efetuado ou recebido, a fim de que a polícia possa rastrear as ameaças que teria sofrido de Mirela Granconato, esposa de Antônio Bandeira e que seria desafeta de Giovanna - com quem 'Toni', por sua vez, teria mantido relacionamento amoroso extraconjugal. Ambos se colocaram à disposição da Justiça e negam participação no crime.

Gazetaweb

SMAS realiza mais uma operação para recolher usuários de crack


Desta vez a ação foi realizada na Favela Parque União, no Complexo da Maré

Rio - A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) realizou, na manhã desta sexta-feira, mais uma ação para recolher usuários de crack. A 12ª operação foi deflagrada na Favela Parque União, em Bonsucesso, comunidade que integra o Complexo da Maré.

Os 30 agentes da Prefeitura também recolheram usuários de drogas na Ilha do Governador. No total, 44 pessoas foram retiradas das ruas. A operação teve o apoio de 11 policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), além de 20 policiais militares do Batalhão de Policiamento Rodoviários (BPRv).

A ação da SMAS se concentrou em pontos estratégicos da comunidade. Vinte usuários - 31 adultos e três crianças - foram recolhidos em um viaduto usado como cracolândia. No local, que também serve de moradia, os agentes apreenderam estiletes, chaves de fenda, tesouras e facas. Materiais usados no consumo de crack, remédios e até uísque foram encontrados.

Em um viaduto que dá acesso à Ilha do Governador e ao Aeroporto Tom Jobim, outras dez pessoas foram localizadas. Os maiores de idade foram levados para a delegacia da região e o menor para a DPCA. Após uma triagem, os usuários serão encaminhados para abrigos.


O DIA ONLINE

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bebê encontrado morto em creche em MG estava desnutrido, diz polícia


Segundo a polícia, criança estaria sem alimentação há pelo menos 12 horas.
Delegado descartou possibilidade de crime doloso, com intenção de matar
.

O bebê de quatro meses encontrado morto em uma creche em Guaxupé, na Região Sul de Minas Gerais, nesta segunda-feira (6), estava desnutrido e sem alimentação há pelo menos 12 horas, segundo a polícia. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (8) após resultado preliminar da necropsia realizada no corpo da criança. O bebê frequentava a creche há duas semanas.

“Ela estava altamente desnutrida pela falta de alimentação, tanto na residência, como na creche”, diz o delegado regional João Simões. O delegado informou ainda que, se for comprovada negligência de algum funcionário ou mesmo de algum parente da criança, eles podem responder por homicídio culposo, quando não existe intenção de matar.

A mãe do bebê afirma que o filho se alimentou normalmente nesta segunda-feira (6) e que estava saudável. “Eu dei de mamar pra ele. Na hora de sair, ainda dei um pouquinho de chá pra ele. Entreguei ele lá pra ela acordadinho, quietinho”, disse.

Segundo a Polícia Militar (PM), funcionários do centro de educação infantil disseram que, entre 8h às 10h, tentaram alimentar o bebê duas vezes, mas ele recusou. Cerca de duas horas depois, eles perceberam que a criança aparentava estar morta e a levaram para o hospital. Assim que deu entrada na unidade de saúde, os médicos confirmaram que o menino estava morto. Na certidão de óbito, é informado que ele teve asfixia.

O responsável pela creche, fundada em 1983, disse que não vai falar sobre o assunto. A entidade tem 11 funcionários que cuidam de 112 crianças.

A prefeitura de Guaxupé repassa para a creche R$ 124 mil por ano, alem de alimentação. “Nós fiscalizamos e acompanhamos a execução dessas despesas, a forma como eles gastam as verbas. E é esta a obrigação que o município tem, né. Não tem nenhum vínculo direto com a entidade, não há funcionários públicos, servidores lotados na creche, nem tampouco nenhum tipo de gerência ou administração por parte do município na entidade”, informou Ângelo Zampar, procurador do município.


G1

12 de junho: Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil

Segundo o IBGE, o trabalho infantil atinge mais de 4,3 milhões de brasileiros de 5 a 17 anos. Destes, 132 mil crianças entre 9 e 15 anos são responsáveis por sustentar a família. É para mudar essa realidade e oferecer educação e desenvolvimento de qualidade a essas crianças e adolescentes que a OIT instituiu, há quase dez anos, o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho.

Campanhas, caminhadas, corridas, palestras, seminários, mobilizações online, panfletagens e apresentações artísticas e culturais ocorrem em todo o mundo para marcar o dia e mobilizar a sociedade civil. Esse especial do Portal Pró-Menino traz informações sobre todas essas atividades, incentivando a participação e o engajamento de todos os seus leitores na luta contra o trabalho infantil.

A Fundação Telefônica concentrou suas ações em torno de uma campanha internacional, chamada de Semana Internacional contra o Trabalho Infantil. Além de divulgar as inúmeras ações locais nos países onde atua, a Fundação ainda está promovendo uma mobilização online, incentivando o uso da hashtag #trabajoinfantilNO e de outras ações nas redes sociais. Saiba mais sobre essa campanha em http://www.fundacion.telefonica.com/es/pronino/
acciones/semana_mundial_2011/

Confira também informações sobre as campanhas nacional e paulista, além de agenda com eventos por todo o país. E participe!


prómenino

Suspeito de matar estudante de USP usou carro de deficiente física para cometer o crime


Irlan Graciano Santiago se entregou à polícia na manhã desta sexta-feira

O suspeito confesso de matar um estudante da USP (Universidade de São Paulo) no mês passado afirmou na tarde desta quinta-feira (9) que rendeu uma deficiente física para cometer o crime.

Irlan Graciano Santiago, 22 anos, se apresentou nesta manhã no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) seguindo orientações de seu advogado. Ele estava em liberdade nesta quinta.

De acordo com Santiago, ele e um cúmplice decidiram cometer o crime depois de consumir maconha por “necessidades”. Santiago alega ter dificuldades para sustentar seu filho de um ano.

A dupla então decidiu ir até a USP e se deparou com a Ecosport. Eles fizeram a vítima refém e circularam por uma hora no campus em busca de outra vítima. A deficiente, que seria corcunda, não foi vítima do roubo por “pena”, de acordo com o suspeito.

Depois de matar o estudante, a dupla fugiu e liberou a deficiente “perto da USP”, segundo Santiago.

Segundo o delegado divisional Maurício Guimarães Soares, a polícia pode pedir a prisão preventiva dele ao longo do inquérito. O policial ainda afirmou que existe a possibilidade dele escapar, mais isso complicaria mais a situação jurídica dele. Santiago foi indiciado por latrocínio, cuja pena pode chegar a até 30 anos de prisão.

Santiago, conhecido como “Queiróz”, disse estar arrependido do crime.

Na versão do suspeito, o objetivo era roubar o carro da vítima, que teria reagido com dois socos.

- Se a gente não mata ele, ele nos mata.

Santiago apontou seu cúmplice como o autor do disparo que matou Paiva. Esse outro homem está foragido. Santiago não revelou detalhes sobre seu parceiro.

De acordo com o advogado que representa Santiago, Jeferson Badan, há uma “ética no crime” que o impede de entregar detalhes do cúmplice.

- Se ele entrega, vira alcagueta. E alcagueta morre na prisão ou no bairro onde mora.

Minutos antes da entrevista, a reportagem do R7 ouviu Badan pedir para Santiago não “falar nada sobre o parceiro”. O advogado ainda instruiu o seu cliente a só falar o que quisesse.

Histórico
Santiago disse que esse foi seu primeiro crime. Ele é pai de uma criança de um ano e morava com uma namorada.

Desempregado, Santiago afirmou que ajudava às vezes na quitanda de sua mãe, que mora na favela San Remo.

O suspeito é réu primário e tem residência fixa. Segundo Badan, esses elementos, somado ao fato de ele estar colaborando com a Justiça, faz com que responda o crime em liberdade.

Outro suspeito
A Polícia Civil disse estar “trabalhando” na captura do outro suspeito. Nenhum detalhe foi divulgado.

Nenhum dos dois suspeitos são os que aparecem nas imagens divulgadas pela polícia. Segundo o delegado Soares, o retrato falado e as imagens do circuito interno mostram uma outra dupla de criminosos que estava agindo em paralelo na USP.

Soares pediu que a comunidade universitária notifique os crimes que acontecem no campus.

- Percebemos que a subnotificação lá [na USP] está acima da média.

Força aérea alerta para chegada de fumaça de vulcão a Porto Alegre, e empresas cancelam voos no RS


PORTO ALEGRE e BRASÍLIA- A Força Aérea Brasileira anunciou no final da tarde desta quinta-feira, 9 de junho, que a camada de fumaça expelida pelo vulcão chileno Puyehue pode atingir a capital do Rio Grande do Sul no final da noite, caso as condições atmosféricas se mantenham. Gol, TAM, Webjet e Azul cancelaram seus voos com Porto Alegre.

A nuvem de cinza vulcânica chegou a Bagé no início da tarde e há perspectiva de que alcance também o espaço aéreo de Santa Maria e Uruguaiana, além de Porto Alegre. As informações são do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), que acompanha em tempo real a evolução do cenário no Cone Sul e foram confirmadas pelo Centro de Monitoramento da Argentina.

O CGNA alerta, entretanto, que não há necessidade de interromper voos em razão da diferença de altitude entre a camada de fumaça e o nível onde se realizam as operações aéreas no Brasil, respectivamente 7,5 km e 11 km de altitude.

Ainda assim, as companhias Gol (desde as 18h30), TAM (a partir das 21h), Webjet (desde as 21h Azul) e (de 22h em diante) cancelaram preventivamente toda a sua operação no estado. As operações nos aeroportos de Buenos Aires (Argentina) e de Montevidéu (Uruguai) estão paradas pelo mesmo motivo.

Entre 18h30m e meia-noite, a Gol cancelou 22 voos com destino, origem ou escala em Porto Alegre, a maioria deles doméstico. Na Azul , são oito os voos com a capital gaúcha cancelados, e na TAM , 15. A Webjet suspendeu 12.

Principal risco é de danos em aviões
Segundo Ronaldo Jenkins, diretor do Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias), o principal risco causado pelas cinzas de vulcão é o de danos a aeronaves.

- Elas podem criar problemas que vão desde o desgaste de peças até o apagamento do motor. Estamos acompanhando passo a passo as informações e, até agora, tudo indica que são cinzas de baixa densidade - explica. - Este é o maior impacto que já tivemos por conta da erupção de um vulcão na região.

Desde que surgiram as notícias sobre o espalhamento das cinzas do vulcão foi aberta uma sala de crise no CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea), órgão vinculado ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Lá, representantes de companhias aéreas, da Infraero, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Aeronáutica monitoram os dados meteorológicos e verificam se é necessário interromper as operações em determinada localidade.

- A situação é preocupante. As cinzas prejudicam muito as aeronaves, não vou colocar avião da companhia para voar em nuvem de poeira vulcânica - afirmou Miguel Dau, diretor de Operações da Azul.

Segundo a Anac, a orientação para o passageiro é checar antes da viagem com a companhia aérea se o voo está mantido. Caso ele tenha sido cancelado, o passageiro pode exigir o reembolso se quiser cancelar o bilhete ou se estiver fora do local de origem, cobrar da companhia a hospedagem, de acordo com a Resolução 141 da agência.


O Globo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Khadafi é investigado por 'uso do estupro como arma de guerra'


O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, afirmou nesta quarta-feira ter evidências de que o líder líbio, coronel Muamar Khadafi, ordenou que mulheres fossem estupradas, como uma estratégia contra as forças rebeldes.

Moreno-Ocampo disse ainda que está em curso uma investigação sobre possíveis evidências de que militares receberam medicamentos como Viagra para aumentar a libido durante o combate.

O governo líbio, que não reconhece a jurisdição do TPI, não se pronunciou sobre as acusações.

No mês passado, o promotor já havia emitido um mandado de prisão contra Khadafi e dois de seus colaboradores, por crimes contra a humanidade.

O líder líbio seria o maior responsável, na opinião de Moreno-Ocampo, pelos ataques contra a civis no país em fevereiro, quando entre 500 e 700 pessoas foram mortas.

Punição

Segundo o promotor, as evidências sugerem que Khadafi decidiu punir as mulheres usando o estupro como uma arma, na tentativa de que isso causasse medo e enfraquecesse a dissidência.

“O estupro não costuma ser usado na Líbia para controlar a população. É um novo aspecto da repressão líbia. E é por isso que tínhamos dúvidas no começo, mas agora estamos mais convencidos”, disse.

“Aparentemente, ele decidiu punir, usando o estupro.”

O representante do TPI afirmou, no entanto, ser difícil identificar quantos casos ocorreram. “Em algumas áreas, cem pessoas foram estupradas. A questão para nós é: podemos atribuir esses crimes ao próprio Khadafi ou é algo com aconteceu no campo de batalhas?”

Moreno-Ocampo disse ainda que algumas testemunhas confirmaram que o governo estava comprando carregamentos de remédios similares ao Viagra para “aumentar a possibilidade de estupro”.


BBC Brasil

Veja imagens dos bombeiros presos em quartel de Niterói


Com colchonetes, eles ocupam quadra de esportes da unidade militar.
Presos reclamam das instalações precárias e da alimentação.

Bombeiros dormiram em corregedoria
Antes de serem transferidos, no domingo (5), para o quartel de Charitas, os bombeiros presos foram encaminhados, no sábado (4), para a Corregedoria da Polícia Militar, em São Gonçalo, onde dormiram no chão e também em ônibus, além de ficarem muitas horas sem se alimentar.


G1

Levantamento inédito revela que mais de 28 mil menores infratores cumprem medidas socio educativas no Brasil



RIO - Um levantamento inédito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela o perfil dos 28.467 menores infratores com processos ativos que cumprem atualmente medidas socioeducativas no Brasil. Deste total, 4.546 são internos em estabelecimentos educacionais, 1.656 cumprem internação provisória e 8.676 estão em liberdade assistida. Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes em Conflito com a Lei (CNCA), criado em fevereiro de 2009 e atualizado por juízes das varas da infância e juventude em todo o país. Antes, não havia em funcionamento nenhum sistema com informações unificadas.

Mais de 90% dos jovens (25.802) que cumprem medidas educativas são do sexo masculino, contra 2.665 do sexo feminino. Como se trata de um cadastro recente, ainda deve passar por aprimoramentos a fim de fornecer dados mais precisos. A cor dos adolescentes, por exemplo, não foi informada em 13.483 dos casos. Sabe-se que os jovens de cor branca são 4.967 e os negros, 2.101. Os pardos totalizam 7.774 e os indígenas, 47.

Desde que o sistema foi criado, 86.696 adolescentes foram cadastrados. O total de processos chega a 112.673, levando-se em consideração que um mesmo jovem pode ter cometido mais de um ato infracional. Atualmente, existem 80.490 processos ativos e 4.796 foram extintos porque o menor cumpriu a medida estabelecida. Outros 900 deixaram de existir porque foram prescritos.

Mais de nove mil menores cumprem serviços comunitários
Já foram extintos 1.259 processos porque o jovem cumpriu mais de 21 anos. Segundo a lei, o tempo máximo de internação para um menor é de três anos. Há cada seis meses, há uma reavaliação da medida sócio-educativa estabelecida ao jovem.

- Agora, o juiz faz uma pesquisa e vê se o adolescente em questão já praticou algum outro ato infracional . Antes, se o jovem tivesse praticado um ato infracional no Rio Grande do Sul e se mudasse para o Rio de Janeiro, por exemplo, ninguém no estado saberia o histórico dele. Se tivesse um outro problema no Rio, ficaria como se fosse o primeiro - disse o juiz auxiliar da CNJ Nicolau Lupianhes.

Com o cadastro é possível quantificar quantos menores cumprem cada medida educativa. Do total, 992 levaram uma advertência do juiz. Mais de 300 foram incluídos em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento contra o uso de álcool e drogas, cerca de 200 foram obrigados a reparar o dano feito e foi requisitado tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial, em 342 casos. A maioria (9.111), no entanto, foi obrigada a prestar serviços à comunidade .

Grupo percorre unidades de internação e recebe relatos de violência
Além de ser responsável pelo cadastro, o CNJ conta com um programa - o Justiça ao Jovem - que percorre desde junho do ano passado as unidades onde os jovens cumprem medidas socioeducativas. Já foram visitados 26 estados e o Distrito Federal. São Paulo foi deixado propositalmente por último, já que concentra quase metade das quase 250 unidades do Brasil.

As equipes que percorrem as unidades são formadas por um juiz - que nunca é do estado que está sendo inspecionado -, servidores de cartório e técnicos. Nas andanças, o CNJ recebeu relatos de violência e, em pelo menos três estados, as evidências dos maus tratos são mais concretas:

- Em Santa Catarina e Pará, por exemplo, a violência era quase que institucionalizada - disse um dos coordenadores do programa Justiça ao Jovem, o juiz auxiliar Reinaldo Cintra.

Nas inspeções, também foram encontrados estabelecimentos em situação preocupante.
- Causou muita preocupação o estado de Pernambuco, pela falta de vagas. Há quase o dobro de adolescentes custodiados em relação ao número de vagas - disse Cintra, que completou:

- Cada estado tem uma situação própria. Em muitos, os jovens ficam em locais úmidos, sem qualquer salubridade. O despreparo é bem característico.

Em cada unidade que visita, o grupo ouve a direção e 10% dos jovens do estabelecimento. Além disso, os processos também são checados, porque as formas como os juízes executam cada um deles varia de local para local.

O juiz que comandou a visita produz um relatório, envia aos coordenadores no CNJ que, por sua vez, fazem um resumo para ser apresentado ao presidente do órgão, Cezar Peluso. O texto também é levado ao plenário do conselho. Caso as medidas sugeridas para acabar com os problemas sejam aprovadas, o governador, o Tribunal de Justiça, entre outros órgãos dos estados, recebem as sugestões para colocá-las em práticas. Entre estas sugestões estão o fechamento de unidades, a contratação e a capacitação de funcionários.

Caso os estados não apresentem melhoras, o relatório do CNJ pode servir de base para o Ministério Público entrar com ações judiciais a fim de melhorar o sistema.


O Globo

Custos bilionários com tratamento de soropositivos levam cientistas a buscar a cura para o vírus HIV



RIO - Para seus médicos, Timothy Ray Brown era um tiro no escuro. Conhecido como o "paciente de Berlim", o americano soropositivo foi curado por um tipo único de transplante de medula óssea. Tornou-se, então, um ícone do que pode ser a próxima fase da pandemia da Aids: o seu fim.

O surgimento da doença completa 30 anos hoje e avanços científicos consideráveis permitem que ela não seja mais considerada uma sentença de morte. Testes detectam precocemente o vírus e novas drogas antirretrovirais podem controlar sua difusão por décadas. Hoje, 33,3 milhões de pessoas no mundo estão aprendendo a viver com o micro-organismo e a comunidade científica global tem seu vigor renovado nas tentativas para aniquilar o vírus. A disposição tem duas origens: a ciência e o dinheiro.

O uso de drogas sofisticadas usadas por soropositivos durante toda a vida está ficando insustentável. Apenas nos países em desenvolvimento, serão necessários, daqui a duas décadas, US$ 35 bilhões por ano para combater a pandemia. É o triplo do orçamento atual, segundo a campanha não-governamental Aids2031. Some-se a isso o custo do tratamento em nações ricas e o HIV, em 2031, consumirá cerca de US$ 60 bilhões anuais.

A Sociedade Internacional de Aids assumirá formalmente este mês a meta de achar uma cura para sua estratégia de prevenção, tratamento e assistência ao HIV.

- É claro que temos que olhar para uma outra forma possível de gerir a epidemia - admite Sharon Lewin, especialista em HIV e pesquisadora da Universidade Monash em Melbourne, na Austrália.

Segundo Françoise Barré-Sinoussi, vencedora de um Prêmio Nobel por seu trabalho na identificação do HIV, a crise econômica torna ainda mais urgente a busca por uma cura.

- Precisamos pensar a longo prazo, e isso inclui uma estratégia para encontrar a cura - alerta. - Devemos manter a procura até conseguirmos um resultado.

O paciente de Berlim é uma prova de que isso é possível. Residente na capital alemã, o soropositivo Timothy Ray Brown estava morrendo por causa de uma leucemia. Em 2007, seu médico, Gero Hüetter, deu uma sugestão radical: um transplante de medula usando células de um doador com uma mutação genética rara, conhecida como CCR5 delta 32. Já se sabia há alguns anos que pessoas com essa mutação provaram-se mais resistentes à infecção pelo HIV.

- Quando começamos o projeto, não sabíamos exatamente o que aconteceria - admite Huetter, oncologista e hematologista que, agora, trabalha na Universidade de Heidelberg, no sul da Alemanha.

Brown poderia não resistir ao tratamento. Hoje, no entanto, ele é o único ser humano curado da Aids.

- Ele não tem replicação do vírus e não está tomando qualquer medicação. E provavelmente não terá mais problemas com HIV - assegura Huetter sobre o paciente.

Muitos especialistas consideram inconcebível que o tratamento de Brown sirva para todos os soropositivos. O procedimento foi caro, complexo e arriscado. Para ser aplicado em outros, seria necessário uma correspondência exata com doadores, que deveriam ter a tal mutação genética.

- É irrealista pensar que esta abordagem medicamente pesada, extremamente custosa e quase irreproduzível pode ser replicada - descarta Sinoussi. - Mas pelo menos ela mostra que a cura é possível.

O primeiro registro da Aids foi em 1981, quando cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA constataram a existência de uma síndrome até então desconhecida. Um artigo publicado pelo órgão em junho daquele ano referiu-se a "cinco homens jovens, todos homossexuais ativos" de Los Angeles como os primeiros casos documentados.


O Globo

No próximo dia 11,II mutirão da Cidadania




O Ministério Público Federal e a Rede Social Bela Vista, em parceria com diversas instituições, realizam, no próximo dia 11 de junho (sábado), das 10h às 16h, o 2º Mutirão da Cidadania na Bela Vista (ou Bixiga, como o bairro também é conhecido). Esta é a 5ª edição do Mutirão da Cidadania na capital.

O evento acontecerá na Escola Estadual Maria José, localizada na rua Treze de Maio, 267, e será focado no atendimento aos moradores da região.

O 2º Mutirão da Cidadania no Bixiga-Bela Vista tem apoio de empresas da região, ONGs, igrejas, órgãos públicos e voluntários, que realizam uma ação organizada de inclusão e transformação social, atendimento médico e jurídico (confira a lista completa no cartaz anexo). Aproximadamente 200 voluntários devem participar do Mutirão.

Solicitamos que o evento seja divulgado em suas redes de contatos.

Abraço

Tino Perez

Comissão Coordenadora do Evento


Informação recebida por e-mail

Anvisa proíbe utilização do nome ração humana em compostos alimentares



RIO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira nota sobre a proibição para que as chamadas rações humanas utilizem essa denominação em seus rótulos, pois considera que a expressão pode gerar dúvidas no consumidor por não indicar a verdadeira natureza e característica desses alimentos. A Anvisa alerta no mesmo informe sobre os riscos de substituir as refeições pelas rações, já que elas não fornecem todos os nutrientes necessários para uma alimentação adequada.

"A substituição de refeições sem a orientação de profissionais de saúde pode gerar danos, como a anemia, devido à carência de nutrientes", diz a diretora da agência, Maria Cecília Brito, no comunicado.

Além disso, estão proibidas nos rótulos informações sobre propriedades medicamentosas, terapêuticas e relativas a emagrecimento. Isso porque não se pode utilizar nas fórmulas desses produtos substâncias farmacológicas e fitoterápicas, como ginseng, ginkgo biloba e sene.

As chamadas rações humanas viraram febre na busca pelo emagrecimento, sendo utilizadas para substituir refeições, como o café da manhã, a mais importante do dia. Esses compostos são geralmente feitos de misturas de diferentes cereais, farinhas, farelos, fibras e outros ingredientes, como guaraná em pó, gelatina em pó, cacau em pó, levedo de cerveja, extrato de soja, linhaça e gergelim.

"O consumo de produtos com alto teor de fibras, como misturas de cereais, farinhas e farelos, deve estar inserido no contexto de uma alimentação diversificada e saudável", orienta a diretora da Anvisa.

As empresas que não cumprirem as exigências estão sujeitas a pagar multas de até R$ 1,5 milhão.


O Globo

terça-feira, 7 de junho de 2011

Curitiba será sede de evento internacional


Seminário discute atividades físicas para a 3ª Idade

A Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, promoverá o 11º Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a 3ª Idade (Siafti), nos dias 23, 24 e 25 de junho, no Parque Barigui. O encontro será realizado pela primeira vez na capital paranaense.

“Este evento é mais uma ação da Prefeitura no objetivo de garantir a defesa dos direitos da pessoa idosa”, diz o secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Marcello Richa. “Serão três dias de palestras, cursos e oficinas que irão abordar diferentes áreas de atendimento a terceira idade, disseminando informações, capacitando profissionais e contribuindo para o envelhecimento ativo e saudável da população”, acrescenta.

A programação do Siafti foi estruturada para estimular o diálogo e a troca de ideias sobre os direitos da pessoa idosa, o planejamento e práticas de atividades físicas, bem como discutir os aspectos fisiológicos do envelhecimento e os benefícios de uma vida ativa e saudável.

Entre os destaques do evento, estão os cursos de “Atividades Recreativas para Idosos”, ministrado pelo professor Raúl Lorda, coordenador e membro do Conselho de Educação Física do Mercosul, e o curso de “Hidroginástica”, que será realizado pelo professor doutor Pablo Jorge Marcos Pardo, da Faculdade de Saúde, Atividade Física e Esporte da Universidade Católica Sant Antonio de Murcia (Espanha).

No site www.siafti.com.br estão disponíveis as programações dos três dias do evento e informações para a realização de inscrições. Serão disponibilizadas 750 vagas para estudantes, profissionais da área e público em geral, além de 300 vagas específicas para o público idoso.

Serviço
XI Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a 3ª Idade (Siafti)
Data: de 23 a 25 de junho
Local: Parque Barigui (Salão de Atos, Salão Barigui e Salão do Lago)
Inscrições: por meio do site www.siafti.com.br (limitadas a 750 vagas para profissionais, estudantes e público em geral e 300 vagas para idosos)


Jornale

Bombeiros acampam em frente à Alerj



Acampados desde domingo (5) e com faixas, bombeiros permanecem em frente à Alerj nesta segunda-feira (6) e pedem socorro por terem o pior salário do país


R7

Argentino encontra filho no Facebook após dez anos sem contato


O argentino Adrían Unchalo localizou o filho, Federico, graças à rede social Facebook após dez anos de buscas, segundo relatos da família à imprensa local.

Unchalo, de 32 anos, tinha perdido contato com o filho desde que a mãe da criança se mudou para a Europa, sem deixar endereço.

“Meu sobrinho tinha dois anos quando deixou o país com a mãe e sem o consentimento do pai. Ele agora tem doze anos”, disse a irmã de Unchalo, Érica, ao jornal El Día, da cidade de La Plata.

Federico mora com a mãe em Barcelona, na Espanha, e ainda não tem data certa para reencontrar o pai.

Unchalo disse à agência de notícias oficial Telam que a Justiça espanhola determinou que ele, primeiro, se reúna com psicólogos e depois com o juiz do caso, para que somente então se comece a ser discutida a data do reencontro com o filho.

“A Justiça espanhola marcou meu encontro com psicólogos no dia 8 (de junho) e no dia 10 com o juiz. Mas meu encontro com Federico só ocorreria no dia da audiência, em outubro”, afirmou.

‘Ansioso’

Unchalo embarcou na último domingo para a Espanha. Ele disse que vai pedir ao juiz para ver o filho, o quanto antes, “mesmo que seja rapidamente”.

“Estou ansioso. Vou levar para ele o uniforme da seleção argentina de futebol e todos os presentes que lhe mandam os avós, os tios e primos”, disse.

Unchalo e a mãe do menino, Claudia Ávila, se casaram quando ele tinha 20 anos e ela, 15 anos.

Depois do casamento, disse ele à Telam, eles se mudaram para a Itália, mas se separaram antes do nascimento da criança.

A mãe teria registrado o bebê apenas com seu sobrenome e ainda retornou à Argentina, quando o menino tinha então dois anos, e embarcou de volta para a Europa.

Unchalo disse ainda que trabalha como taxista e fotógrafo freelancer, em City Bell, na província de Buenos Aires, e que ele e a nova esposa fizeram rifas para conseguir o dinheiro da passagem de avião para a Espanha.


BBC Brasil

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Companhias suspendem voos para Bariloche devido a erupção de vulcão


Puyehue, na Cordilheira dos Andes, entrou em erupção no sábado (4).
Em comunicado, LAN Argentina informa que suspendeu voos para região.


Companhias aéreas que vendem passagens com destino à região turística de Bariloche estão suspendendo voos nesta segunda-feira (6) devido à erupção do vulcão chileno Puyehue, cujas cinzas estão se espalhando pelo sul da Argentina.

Em comunicado divulgado na tarde desta segunda, a LAN Argentina informou que está suspendendo todos os voos com destino a San Carlos de Bariloche e Neuquén após um comunicado emitido pelas autoridades aeroportuárias locais, que decidiram fechar o aeroporto Teniente Luis Candelaria desde o domingo.

"Com relação a Neuquén e Río Gallegos, embora os aeroportos dessas duas cidades estejam operantes, a companhia, após analisar as informações oficiais decidiu não operar voos para essas localidades, até que as condições estejam favoráveis e com total segurança", informa a nota.

Os passageiros com voos marcados para esta segunda (6), segundo a LAN, poderão trocar a data do voo sem pagamento de multa, para início da viagem com prazo de 30 dias da data original; trocar a rota com pagamento da diferença tarifária ou ainda devolver a passagem.

Os voos com destino ao sul argentino partem de Buenos Aires. A empresa informa ainda que as demais operações para todos os destinos, inclusive do Chile, estão normais.

Mais informações sobre os voos podem ser obtidas acessando o site da companhia (www.lan.com/cgi-bin/info_vuelos/info_vuelos.cgi) ou pelo telefone 0300 788 0045.

Também na tarde desta segunda, a Aerolíneas Argentinas e sua subsidiária Austral informaram em nota que suspenderam até o próximo domingo (12) todos os voos com destino à região patagônica por questões de segurança.

Outras localidades como Rio Gallegos, El Calafate e Ushuaia, no sul argentino, estão com voos suspensos até a quinta-feira (9).

Pelo mesmo motivo, as companhias decidiram suspender voos noturnos com destino a Santiago e Mendonça até a quinta-feira.

Segundo a nota, os passageiros afetados poderão deixar suas passagens em aberto por até um ano da data da emissão podendo realizar a viagem sem nenhuma multa.

Mais informações podem ser obtidas no site da companhia: www.aerolineas.com.

Emergência
O prefeito de Bariloche, Marcelo Cascón, confirmou a suspensão das aulas nos colégios e outras atividades, enquanto a baixa visibilidade obrigou a manter a restrição ao trânsito pela estrada que liga San Martín dos Andes.

O "comitê de emergência" mantém a recomendação às pessoas para que permaneçam em suas casas e economizem água potável, apesar de as cinzas não terem poluído os aquíferos, indicou o prefeito em entrevista a uma rádio de Buenos Aires.


G1

Depoimentos e Histórias Registradas na Memória


"Eu acho que violência contra a mulher é o que aconteceu comigo e que acontece com outras mulheres. Se ele fosse um estranho, eu até que não estava tão revoltada, mas foi meu pai, ele não me respeitou em momento algum. Ele não me considerou como filha. Outro caso de violência é o espancamento. Além disso, eu acho que tem muito homem que tira a privacidade da mulher e pra mim isso já é uma violência. Eles fazem isso com as mulheres porque eles acham que são homens e podem tudo. Eles não vêem que se não fosse a mulher eles não estariam no mundo. Eles não olham essa parte não. Eles não, a maioria". (Gabriela sofreu abuso sexual, físico e psicológico por parte do pai, dos sete aos 13 anos de idade. Conseguiu sair de casa aos 14 com apoio de um serviço de saúde. (Brasil, 2000).

"Eu acho que existe violência de todo tipo. Acho que existe a discriminação muitas vezes, sabe? De você ser taxada como menos capaz. Existe aquela de casa, do marido, das mulheres que não têm um grau de instrução melhor, das mulheres que não trabalham, das mulheres que ficam em casa cuidando dos filhos. Do marido que bate, que aparece com outras na cara delas e elas não podem dizer nada porque são sustentadas por eles. E eles acham que a mulher está alí para servir de qualquer coisa, entendeu? Que eles podem falar qualquer coisa: que ela é isso, que ela é aquilo e que a mulher não pode fazer nada, entendeu? Eu acho que, por ser mulher, você ainda não pode sair sozinha. Eu estava conversando com um amigo meu, num bar, e duas mulheres estavam tomando umas cervejas, e ele disse: _olha lá: duas mulheres sozinhas numa mesa, estão esperando homem! Eu falei: qual é o problema de duas mulheres, numa sexta-feira à noite, estarem sentadas num bar? São duas amigas, tomando uma cerveja". Ele respondeu: _ que nada, quando você vê duas mulheres sozinhas, numa mesa, é porque tão esperando algum macho, alguma coisa desse tipo! Eu disse: menino! Como tu és machista, pelo amor de Deus! Quer dizer que um homem sentar numa mesa de bar sozinho é normal, mas a mulher, não? Ele respondeu: Não! (Adélia. Brasil, Ano 2000).

A HISTÓRIA DE SÔNIA
Final de ano. Sônia, 16 anos, voltava do colégio onde fez a matrícula para ingressar no segundo grau. Esperava para atravessar a rua. Um carro parou subitamente. O motorista abriu a porta e a puxou para dentro. Ameaçando-a com uma arma e dirigindo em alta velocidade, ele seguiu para uma mata afastada da cidade. Sexo oral, vaginal, uma, duas vezes. Calada, ela pensava em sua mãe e chorava. _Se você contar a alguém o que se passou, você e sua família morrem. Sônia foi para casa. Lavou-se à exaustão. Sentia-se suja. Tinha nojo de sí . Vomitou muito. Chorou em silêncio e ficou em casa vários dias. Conversou com uma amiga. Não queria incomodar sua mãe, recém-separada do marido, alcoolista, que lhe batia. A filha não queria lhe dar mais uma tristeza. Duas semanas após ela teve um pequeno sangramento e achou que era a menstruação. Quis esquecer tudo. Três meses depois, uma vizinha disse para sua mãe: _Tu não estás vendo que tua filha está grávida? A mãe foi procurá-la e perguntou: _Quem foi? Porque você me enganou? Por que você não me disse nada? Foi difícil convencer a mãe do que acontecera. Em companhia de uma prima, Sônia procurou um grupo de mulheres de sua comunidade e pediu orientação. Pouco se podia fazer, não havia serviços de atenção a vítimas de violência naquela cidade. _ Se eu tenho esse filho, lá no bairro vão dizer que eu sou uma prostituta. Se eu digo que foi estupro ninguém acredita. Nem minha mãe acreditou em mim! Sem acesso a um serviço de saúde que a atendesse dignamente, ela procurou o aborto clandestino e foi atendida num consultório sem as mínimas condições de segurança, expondo-se aos riscos da mortalidade materna porque a rede pública de saúde ainda não oferecia os serviços que poderiam garantir a Sônia o exercício de seus direitos. (Brasil, 1990)

JOSEFA E SEU COMPANHEIRO
Josefa voltava para casa com a filha adolescente, quando foi atacada por três homens. Reagiu, lutou contra e gritou: Corra minha filha! A menina conseguiu fugir. Josefa foi estuprada. Engravidou. Ao descobrir a gestação, ela conversou com o marido. Sentia muita tristeza. Raiva daqueles homens. Culpa de não ter conseguido se defender direito, de ter passado naquele lugar. Lembrava da filha e agradecia a Deus por não ter acontecido coisa pior. Ela não queria esse filho, mas não tinha coragem de abortar. Sua religião condenava o aborto. O marido lhe disse que aceitaria o filho como seu. Josefa sentiu-se apoiada, mas queria ser atendida num serviço de saúde. Mesmo com apoio do marido e tendo decidido ter o filho, a rejeição pela gravidez continuava. Ela procurava uma psicóloga que lhe ajudasse a enfrentar aquela situação. Josefa encontrou quem lhe atendesse? Não se tem a resposta. (Brasil, 1992)

COM ROSALI FOI ASSIM
Rosali tinha 17 anos. Assistia televisão em casa, num bairro da periferia de uma grande cidade, quando decidiu sair para comprar um sanduiche. No caminho, foi interceptada por dois homens e estuprada sob ameaça de uma arma. Assustada, voltou para casa e em companhia da mãe foi à delegacia. Dalí, as duas seguiram ao hospital. Na emergência, recebeu cuidados ginecológicos inadequados para uma situação de violência sexual (ducha vaginal). Dois meses depois ela descobre a gravidez e recorre ao serviço que lhe atendeu na ocasião do estupro. Ninguém sabia o que fazer. A mãe, segura de seus direitos procurou as autoridades. Ela dizia: _ Alguém precisa fazer alguma coisa, essa menina não pode continuar grávida. Ela não procurou isso. Rosali cabisbaixa, apenas chorava. Três meses após a interrupção de gravidez, realizada numa maternidade pública de referência para vítimas de violência sexual, a adolescente deu notícias para quem lhe atendeu: _ Oi doutora, aqui é Rosali, a menina do estupro. Liguei para dizer que estou bem. Arranjei um emprego e voltei a estudar. A vida de Rosali retomava seu curso. (Brasil, 1996)

ADÉLIA
Adélia está só em casa. Chega um rapaz à sua residência, pergunta por seus familiares e pede um copo d'água. Adélia dirige-se à cozinha e é seguida. Com uma faca no pescoço ela é estuprada e ameaçada de morte caso revele o fato a alguém. Adélia permanece em silêncio até descobrir que está grávida. Sente medo e vergonha.
Conta tudo à sua mãe e não recebe a acolhida esperada. Ela não lhe dá crédito e tampouco a aconselha a prestar queixa ou tomar qualquer outra atitude. Adélia acredita que a falta de informação leva sua mãe a agir dessa maneira.
Por iniciativa própria, ela procura a Delegacia da Mulher também esperando um atendimento especial, mas o serviço está em greve. A delegada ausente. Dias depois Adélia consegue ser atendida por ela, afirma que conhece seus direitos e quer realizar um aborto. Sem nenhum tipo de orientação é encaminhada ao IML. É mal recebida pela recepcionista e questionada sobre a demora em prestar queixa. Faz o exame de corpo de delito com uma médica que lhe trata de "forma mecânica". Depois de longa espera para liberação do laudo, Adélia volta a falar com a Delegada. Ao ser inquirida por Adélia sobre em que maternidade poderia interromper a gravidez, "agressivamente" a delegada lhe responde: "eu não posso dizer isso não, você se vire".
Sem saber onde fazer o aborto, Adélia procura médicos de sua relação pessoal que lhe indicam um serviço de referência. Neste local ela é atendida por um médico e uma enfermeira - cordiais e gentis, pois, segundo percebe, eles estão acostumados a realizar este tipo de procedimento. Em seguida, Adélia é acompanhada pelo serviço social e orientada sobre o direito de realizar o aborto de forma segura.
Durante a internação e realização do aborto Adélia fica só. Nesse momento sente a indiferença de alguns profissionais de saúde que não fazem parte da equipe sensibilizada e treinada para atender vítimas de violência sexual. Uma auxiliar de enfermagem tenta convencê-la a não fazer o aborto dizendo que isso é contra a lei de Deus; que conhece muitas mulheres estupradas que tiveram seus filhos, hoje, considerados bons filhos. Adélia espera uma atitude imparcial e reage: "vocês deviam ser pessoas neutras, porque este não é um problema de vocês, isso é um problema meu, que eu estou tentando resolver... O aborto ocorre durante a noite. Ao término do tratamento, sente-se aliviada. Segura da decisão que havia tomado, ela esperava um acompanhamento diferente dos serviços por onde passou.

SUELENE
Suelene foi abusada sexualmente pelo pai durante um ano. Ameaçada com uma faca, ela era obrigada a manter relações sexuais. Sentia-se muito mal, mas com medo ela nada contava para sua mãe.
Com a gravidez a mãe descobre o que está acontecendo e juntas vão ao Conselho de Proteção aos Direitos da Criança e Adolescente e à delegacia e ao IML onde foi feito o exame de corpo de delito. O agressor foi preso imediatamente.
É encaminhada para tratamento no hospital de referência, sendo atendida por uma equipe com assistente social, psicóloga e médicos.
A mãe e uma tia lhe dão apoio durante a denúncia e todo acompanhamento de saúde. Em todos os serviços ela afirma ter recebido um ótimo atendimento, compreensão, apoio e força para superar o que estava acontecendo.
Ela decide abortar, porque mesmo considerando o aborto uma agressão para a mulher, não suporta a idéia de ter um filho do próprio pai.
Suelene conhecia a lei que permite a interrupção da gravidez por estupro porque assistiu a uma entrevista na televisão onde o assunto foi tratado. Mas, pra ela não foi uma decisão fácil. "Se a gravidez fosse de um namorado eu enfrentaria com unhas e dentes, mesmo sem ajuda do pai eu não abortaria".
Após o aborto e o fim do tratamento clínico Suelene sente muito bem. Para ela é importante ter feito tudo dentro da legalidade, "tudo na justiça" e "ele estar preso".
Fazer o aborto num serviço público lhe dá a certeza de que não ficaria com problema nem correria risco de vida. Ela diz conhecer casos de aborto, feitos "no silêncio" onde as meninas ficam doentes e até morrem.
Ao sair do hospital Suelene tem medo das críticas, mas acredita que o mais importante é o que ela pensa e não a opinião dos outros. Durante o depoimento ela afirma sentir muito ódio pelo pai. Mas o apoio familiar e das instituições públicas parece ter sido - ou estar sendo - fundamental para a superar os problemas associados ao abuso sexual.

ANA LÚCIA
Ana Lúcia foi abordada por um rapaz, num ponto de ônibus. Ele lhe chamava insistentemente a Ana, com medo de falar com desconhecidos, seguia adiante. O rapaz aproximou-se perguntando se ela queria trabalhar como recepcionista recebendo dois salários mínimos. Recusando a oferta, Ana disse-lhe que estava apressada e precisava ir embora. Nesse momento, ele passou a ameaçá-la de morte caso gritasse, disse estar com um revólver cheio de bala que poderia descarregar em cima dela. Poderia até obrigá-la a fazer sexo oral, anal e vaginal na frente de todos, pois não tinha nada a perder e até matá-la alí mesmo. Vendo-se sem saída "eu não tive outra opção" Ana Lúcia o acompanhou "olhando só para ele para ninguém desconfiar de nada" como lhe foi exigido. Ele conversava e sorria, e seguiram andando normalmente como se fossem amigos.
Ana Lúcia é estuprada num matagal próximo à delegacia. Durante o ato, o agressor faz comentários sobre si mesmo e sua vítima. Revela que saiu do presídio recentemente, onde estava por ter assassinado o responsável pela morte de seu irmão. Faz elogios e comentários agressivos sobre sua vítima: "você é muito ignorante, mas é bonita". Ela chora e lhe pede pelo amor de Deus que pare de lhe tocar. Ele irrita-se, diz não agüentar mais ouvir esse nome, "pare com esse chororô" isso "é o que mais se ouve lá no presídio". Diz não saber porque estava fazendo aquilo com ela, só sabia que não ia parar porque estava bom. Pergunta se ela tem dinheiro. Lhe pede uma foto de lembrança, aponta para a casa onde mora. Recomenda que ela vá embora sem olhar para trás e não o denuncie, senão ele rodará os quatro cantos do mundo para encontrá-la e matá-la junto toda a família.
Após a agressão, com medo de contrair HIV, Ana Lúcia dirigiu-se à Casa da Cidadania para pedir auxílio. Acompanhada por uma assistente social, ela foi ao Departamento de Proteção da Criança e do Adolescente, mas pode ser atendida porque era maior de 18 anos. Prestou queixa na delegacia, fez o exame no IML e foi encaminhada para o serviço de saúde de referência.
Ana Lúcia considera que recebeu um bom atendimento em todos os serviços por onde passou, mas acredita que foi assim porque a assistente social esteve ao seu lado todo o tempo. Ela recomenda que os serviços sejam mais ágeis e ressalta a necessidade de haver profissionais especializados para atender as pessoas vítimas de violência "porque uma pessoa assim precisa de muita atenção". Ela ressalta a importância do médico ter sido atencioso, ter ficado preocupado por ela estar em período fértil, ter tomado as providências com rapidez.

CRISTINE
Ao nascer, Cristine não foi aceita pelo pai sendo criada pela avó materna. Ele queria que o primeiro filho fosse homem. Quando completou sete anos, sonhando conviver com seu pai, mãe e irmãos ela foi morar com os pais. Logo de início ele a proibiu de fica no mesmo quarto dos irmãos e colocou-a para dormir na sala.
À noite, com todos dormindo ela passa a ir até onde Cristine dorme. Toca-lhe o corpo, alisa seu peito e ao perceber seu choro a ameaça. Coloca um revólver do seu lado e avisa que se contar a alguém ela morre. Cristine é abusada dos sete aos treze anos. O pai faz um buraco na parede do banheiro para lhe observar durante o banho. Ele lhe diz que ninguém pode com ele, que "aqui na terra ele pode mais que Deus. O medo "me fraquejava". Ela temia não ser mais virgem.
Cristine sente-se uma escrava em sua casa. É tratada de modo diferente dos irmãos, realiza todas as tarefas domésticas e não entende o motivo. Acha-se rejeitada e perseguida pelos pais. Apanha com chicote, leva murros do pai e surras da mãe.
Num dado momento decide contar para a irmã e uma prima o que acontece durante a noite. A prima lhe aconselha falar com a mãe. Esta, não acredita, ou melhor diz que ela deve estar dando motivo para isso acontecer e passa a ameaçá-la. Sempre que fazia algo errado ou deixa alguma tarefa doméstica sem realizar, a mãe avisa que vai contar ao marido o que ela lhe contou. "Ela usava isso pra cima de mim como se fosse uma arma". Cristine sente-se vigiada. Não pode sair só de casa nem conversar com ninguém, um dos pais está sempre por perto. Ela não sabe a quem pedir ajuda.
Até que, num certo dia, conversando com uma funcionária da biblioteca da escola onde estuda, Cristine relata sua história e é levada a um serviço de saúde de referência. Faz exame clínico e ginecológico, acompanhamento psicológico e é apoiada na processo de saída de casa. Ela vai morar com um primo que solicita sua guarda à justiça e denuncia o pai.
O delegado quer provas para prendê-lo e lhe sugere: "você deixa seu pai lhe espancar... e depois que ele lhe espancar bem muito você corre pra cá!". Ela lhe faz uma contra-proposta: abrir uma sindicância no local onde ela reside para investigar quem ele é. Após prestar queixa ela faz o exame de corpo de delito. Fica aliviada por ainda ser virgem.
Os pais de Cristine continuaram ameaçando-a por longo tempo, acusaram-na de prostituição, de levantar falso testemunho e não foram punidos pelos crimes que cometeram.
Sobre os serviços, Cristine avalia muito bem o setor saúde. Ela teve todo acompanhamento necessário, compreensão e apoio. Mas, para ela, os setores que poderiam impedir que ela continuasse sendo agredida pelo pai não atuaram de modo adequado. Lentos e inoperantes na resolução de seu problema, ela sugere à delegacia, ao IML e à Procuradoria que sejam mais eficientes no cumprimento de suas responsabilidades.

ADELINA
Adelina voltava de uma festa, com uma amiga e o marido. No caminho de casa, eles foram abordados por três rapazes armados de revólver. Era um assalto. O marido da amiga foi imobilizado e sua mulher ameaçada de morte. Adelina foi espancada pelo assaltante que percebeu sua tentativa de esconder alguns pertences. Ele lhe puxou pelos cabelos, lhe deu murros, coronhadas de revólver e atirou duas vezes bem próximo de seus ouvidos. Em meio a todas essas agressões ele a empurrou para o lado de uma barraca que havia na calçada, um local mais escuro, e a estuprou. Um segundo assaltante aproximou-se também para violentá-la e lhe mordeu os seios.
Com medo de alguma doença, com medo da Aids, sentindo muitas dores, nojo e raiva dos agressores, Adelina teve medo também de chegar em casa naquelas condições e ser responsabilizada pelo marido, do que ocorrera. Foi até a casa de sua mãe e não conseguiu acordá-la. Decidiu dormir na casa da amiga.
No dia seguinte foram a um hospital onde foi examinada (mas não medicada) e encaminhada ao serviço de referência. Era domingo, não havia pessoal preparado para atendê-la. Ela não foi examinada, nem recebeu qualquer orientação. Oportunidade perdida. Pediram-lhe que retornasse no dia seguinte. Voltou ao serviço dois dias depois por insistência do marido. "Você vá. Você não conhece esses maus elementos, não sabe o que eles têm, é melhor fazer um exame, senão eu não quero nada com você não". Nessa consulta foram tomadas as providências para anticoncepção de emergência e profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e iniciado o acompanhamento psicológico.
A demora na entrega dos exames é a única queixa de Adelina em relação aos serviços de saúde. O atendimento da equipe especializada foi considerado muito bom. Sentiu-se protegida. Recomenda apenas mais agilidade nos resultados dos exames.
O marido de Adelina, de fato só acreditou que a mulher foi agredida depois da confirmação médica e só passou a ajudá-la depois de conversar com a psicóloga. Até então, ele acreditava que ela era a culpada e ameaçou-a com a separação caso o teste anti-HIV fosse positivo.
Ao deixar o hospital, Adelina procurou a amiga para prestar queixa, porque ela havia reconhecido um dos agressores pela voz. A amiga, recusou-se a testemunhar e se Adelina quisesse que prestasse queixa sozinha, esquecesse que estava acompanhada .
Com medo de uma possível vingança, Adelina desistiu de denunciar os assaltantes. Não obstante, dois foram presos ao assaltar e ferir um policial. Um deles tinha uma tatuagem no braço. O pai de Adelina fez o reconhecimento na delegacia a partir de suas informações.
Adelina mudou de opinião frente ao problema da violência sexual. Para ela isso não existia, as mulheres que diziam ter sofrido estupro estavam inventando e por isso não mostravam a cara quando falavam na televisão. Agora não. Ele entende os motivos que uma mulher tem para não querer mostrar o rosto nem falar do assunto depois de agredidas sexualmente. Mesmo assim, ela recomenda as mulheres vítimas de violência denunciem os agressores.


Rhamas

Receita deixa de emitir CPF em cartão de plástico a partir desta segunda


Agora, cidadão usará RG, carteira de trabalho ou habilitação para comprovar cadastro

A partir de segunda-feira (6), a Receita Federal vai parar de emitir o cartão de plástico do CPF. Agora, o governo passará a fazê-lo apenas por meio do comprovante de inscrição no CPF.

O documento é gerado no ato do atendimento realizado pelo Banco do Brasil, Correios e Caixa Econômica Federal ou impresso a partir da página da Receita Federal na internet.

Os órgãos públicos e as empresas em geral deverão parar de pedir ao cidadão a apresentação do cartão CPF em formato plástico para comprovar a sua inscrição no cadastro.

A partir de agora, segundo a Receita, a comprovação de inscrição no CPF pode ser feita com a apresentação dos seguintes documentos:

- Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), carteira de identidade profissional, carteiras funcionais emitidas por órgãos públicos, cartão magnético de movimentação de conta-corrente bancária, talão de cheque bancário e outros documentos de acesso a serviços de saúde pública de assistência social ou a serviços previdenciários, desde que conste neles, o número de inscrição no CPF;

- Comprovante de Inscrição no CPF emitido pelas entidades conveniadas à Receita Federal (Banco do Brasil, Correios e Caixa Econômica Federal). Ou seja, o cartão plástico já emitido ainda vale;

- Comprovante de Inscrição no CPF impresso a partir do site da Receita Federal;

- Outros modelos de cartão CPF emitidos de acordo com a legislação vigente à época.

- cidadão pode ainda imprimir a 2ª via de seu Comprovante de Inscrição no CPF por meio da página da Receita na internet, quantas vezes forem necessárias, sem custo.

Ao mesmo tempo, a autenticidade do documento também pode ser checada por qualquer pessoa via internet.


R7

Menino de 12 anos pode ser o mais novo do mundo a passar a vida na cadeia

Flórida (EUA) - Promotores americanos estão convencidos a condenar Cristian Fernandez, de 12 anos, à prisão perpétua por ter espancado seu irmão David, de 2 anos, até a morte, na cidade de Jacksonville, Flórida, nos Estados Unidos. Os advogados do caso querem que Cristian seja julgado como maior, conta o jornal Daily Mail.

A promotora Angela Corey foi uma das que recomendou o julgamento inédito. "O público tem o direito de se proteger deste jovem agressor", afirmou. Se Cristian fosse julgado como menor e condenado, ele sairia da cadeia ao completar 21 anos.

O bebê de 2 anos morreu de hemorragia cerebral, causada por uma fratura no crânio, dois dias após ser admitido no hospital. A autópsia mostrou que os ferimentos foram causados por espancamento, que gerou traumas severos em todo o corpo.


O DIA ONLINE

Líbia é acusada de mentir sobre crianças supostamente feridas em bombardeios


Autoridades líbias estão sendo acusadas de manipulação da mídia depois de levar jornalistas estrangeiros a um hospital para ver o que o governo alega ser crianças vítimas de bombardeios da Otan.

Segundo o correspondente da BBC em Trípoli Wyre Davies, um grupo de jornalistas foi levado nesse domingo a um hospital em Trípoli, depois de ver uma casa que teria sido danificada em um ataque das forças ocidentais, próximo a instalações militares.

O repórter afirma que, já no hospital, um funcionário não-identificado passou uma nota a um jornalista, dizendo que uma menina inconsciente, identificada como ferida por um bombardeio, era, na verdade, vítima de um acidente de trânsito.

O correspondente da BBC diz que as suspeitas de manipulação foram reforçadas mais tarde, quando um homem sentado ao lado da cama da criança, afirmando ser seu tio, acabou sendo identificado como uma autoridade da mídia estatal líbia.

A Líbia vem sendo alvo de ataques aéreos comandados pela Otan e autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa de proteger os civis em meio aos conflitos entre rebeldes e forças leais ao governo.

Os insurgentes e as forças leais ao líder líbio, coronel Muamar Khadafi, se enfrentam em combates em diversas áreas do país desde fevereiro deste ano, depois da realização de protestos populares exigindo reformas democráticas e a mudança do governo.

Condições rígidas
Davies afirma que a mídia estrangeira trabalha em condições extremamente rígidas e restritivas na Líbia.

"Quando somos levados por guardas do governo para ver as consequências de bombardeios da Otan, aquilo que nos é apresentado é impossível de verificar e, francamente, às vezes difícil de acreditar", diz o correspondente da BBC.


BBC Brasil

'Fogueteira do Maracanã' tem morte cerebral no Rio


Rosinery Mello do Nascimento sofreu aneurisma cerebral no sábado.
Ela lançou sinalizador durante partida pelas Eliminatórias da Copa de 90.


Rosinery Mello do Nascimento, de 45 anos, que ficou conhecida como a “fogueteira do Maracanã” após lançar um sinalizador no gramado do Maracanã, durante uma partida entre Brasil e Chile, pelas Eliminatórias da Copa de 90, teve morte cerebral na noite de sábado (4), no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.

De acordo com amigos, Rosinery sofreu um aneurisma cerebral na madrugada de sábado, foi operada, mas não resistiu. A família vai doar os órgãos dela.

Casada com um militar da Marinha, ela deixou três filhos – um do primeiro casamento e dois do segundo. Rosinery morava em Araruama, na região dos Lagos.

Após ter ganhado fama com o episódio do sinalizador no Maracanã, Rosinery foi convidada para posar nua e virou capa da revista masculina "Playboy" de novembro de 1989.

Sinalizador no gramado
No dia 3 de setembro de 1989, Brasil e Chile se enfrentaram pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Itália. Aos 24 minutos do segundo tempo, com o Brasil vencendo por 1 a 0, a torcedora Rosinery Mello, que tinha 24 anos na época, disparou um sinalizador usado em embarcações. A chama caiu no gramado, próxima do goleiro chileno Roberto Rojas, que desabou no chão.

A impressão de todos, tanto no estádio quando os que assistiam à partida pela tevê, era que Rojas havia sido atingido, uma vez que os chilenos se retiraram do campo, com o goleiro sendo carregado ensanguentado. O árbitro argentino Juan Lostau, então, encerrou a partida após aguardar a volta dos chilenos durante 20 minutos, o que não aconteceu.

Presa em flagrante, Rosinery foi solta pouco tempo depois, após ter sido constatada a má-fé dos chilenos no incidente. Algumas imagens de tevê e fotos de jornais mostraram que o sinalizador não atingiu o goleiro, que manteve uma lâmina escondida dentro da luva e, assim que o sinalizador caiu no gramado, desabou e cortou o próprio supercílio com a lâmina, o que foi confirmado pelos exames de corpo de delito, que não encontraram vestígios de pólvora no ferimento.

O Brasil escapou da punição e Rosinery ganhou status de estrela. Chegou a ser homenageada no Chile anos mais tarde. Já Rojas, o técnico Orlando Aravena, o médico Daniel Rodríguez e o dirigente Sergio Stoppel foram banidos do futebol pela Fifa. O capitão da equipe, Fernando Astengo, e a Federação Chilena foram suspensos por quatro anos. O Chile, então, não pôde disputar as Eliminatórias para a Copa de 1994. Em 2001, Rojas foi anistiado pela Fifa e voltou a trabalhar com o futebol, passando a ser preparador de goleiros e, posteriormente, técnico do São Paulo.


G1

Ajuda de mãe


Uma mulher transforma a doença do filho em esperança para muitas famílias de vários cantos do Brasil. Assim nasceu a Associação de Apoio à Criança Cardiopata Pequenos Corações



Marcia Adriana Rebordões estava grávida de cinco meses do segundo filho, Thiago, quando os médicos disseram que ele não sobreviveria mais do que três dias após o parto. Veio do ecocardiograma fetal o diagnóstico: Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE), uma grave má formação que causa a morte dos bebês ainda no primeiro mês de vida em 95% dos casos. “Era tudo muito desanimador. Procurei informações na internet e não encontrei nada”, lembra Marcia Adriana, 38 anos. Foi então que, junto com o marido, Paulo, saiu de Bauru, interior de São Paulo, rumo à capital para consultar médicos especializados.

Depois de muita procura, o casal encontrou uma equipe que tratava de cardiopatia congênita e deu suporte à gravidez de Marcia Adriana. Graças a esse apoio, Thiago nasceu e viveu três anos e meio. Chegou a ficar seis meses no hospital e passou por três cirurgias. “Apesar de tudo, ele sorria o tempo todo. Era uma criança feliz.” Além dos pais, mais uma pessoa acompanhava tudo isso muito de perto: a primeira filha do casal, Vitória, que tinha 6 anos quando Thiago nasceu. “Nos afastamos para cuidar dele, e depois tive que me reaproximar, com acompanhamento psicológico. Hoje ela sabe que tem o espaço dela em casa, assim como ele.” A morte do menino aconteceu há um ano, mas esse não é o único lado da história: em 2007, a advogada criou um site – o http://www.pequenoscoracoes.com.br/ – e gerou esperança em mais de 350 outras mães com a Associação de Apoio à Criança Cardiopata Pequenos Corações.

Com as raras informações sobre a doença, Marcia Adriana em pouco tempo atraiu mensagens de diversas gestantes na mesma situação, e acabou estendendo o repertório para outras cardiopatias. Ela deixou o emprego em uma área de finanças para se dedicar à associação ao lado das amigas internautas Larissa Mendes, que mora na Itália, Fabíola Bilro, de Recife, e Patrícia Drummond, de São Paulo, também mães de cardiopatas.

Outra prioridade da ONG são os projetos de conscientização da sociedade e do governo, como a inclusão do ecocardiograma fetal nos exames de rotina de qualquer pré-natal.
Como Marcia Adriana, mulheres de outras cidades e estados buscam tratamento para os filhos em São Paulo, e muitas não têm condições de pagar estadia e alimentação. Para acolhê-las, a associação decidiu alugar, no começo deste ano, dois quartos de hotel na região central da capital, que abrigam de cinco a dez pessoas. Os familiares recebem um kit de higiene pessoal, além de café da manhã e jantar. Foram 150 atendimentos nos primeiros seis meses. Quando não há mais espaço, as pessoas são encaminhadas à Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos e aos Transplantados do Coração, outra ONG que funciona na capital.

A estrutura da organização ainda é pequena. Há uma secretária, uma psicóloga e uma professora de artesanato. “Diante de tudo, as mães se sentem impotentes e desqualificadas. As aulas de artes servem para distrair um pouco”, diz Marcia Adriana. Voluntários dão apoio emocional às famílias e todo o tipo de informação necessária, desde como encaminhar a criança para tratamento e cirurgia até quais são os benefícios oferecidos pelo governo, além de prestar assessoria jurídica.

A associação vem se estruturando cada vez mais. Recentemente, foi registrada em cartório e, com o CNPJ, poderá ter parceiros empresariais e expandir suas ações. Hoje, a Pequenos Corações se mantém com contribuições de pequenos mantenedores (familiares e médicos) e da venda do Calendário Pequenos Corações com fotos de crianças cardiopatas. “Nosso sonho é alugar um imóvel e ter uma sede oficial, onde abrigaríamos ainda mais famílias.” Muitos se surpreendem com a opção de Marcia Adriana. “Preferi, em vez de lamentar, compartilhar com outras mães tudo que eu aprendi.” Paralelo à ONG, a advogada tentava ser mãe novamente e, enquanto fazíamos esta reportagem, ela teve a confirmação que tanto queria: está grávida de trigêmeos.

Nota da redação: Após o encerramento desta edição, infelizmente, Marcia Adriana Rebordões perdeu os bebês.

Crescer

domingo, 5 de junho de 2011

Universitária desaparece em Maceió e família faz buscas


Ela foi vista pela última vez no Cesmac, onde cursa o 8º período de fisioterapia

A estudante do 8º período de fisioterapia Giovanna Tenório Andrade, de 28 anos, está desaparecida desde o dia 02 de junho (quinta-feira). Ela foi vista pela última vez quando estava no Centro Universitário Cesmac, no bairro do Farol, em Maceió.

Conforme a família da estudante, a jovem teria dito que depois das aulas almoçaria com um amigo no supermercado Unicompra, localizado na Avenida Tomaz Espíndola, no bairro do Farol. “Ela nem se encontrou com o colega, nem voltou para casa”, disse Larissa Tenório Andrade, irmã da universitária.

A jovem, segundo a família, não tinha namorado e não apresentava comportamento diferente nos últimos dias.

Quem tiver informações sobre a universitária pode ligar para o Disque Denúncia da Polícia Civil (0800 284 9390) ou para o telefone da família (99247503


Gazetaweb

Caso Casey Heynes: o bullying e a omissão da escola





O vídeo divulgado na internet gerou muita polêmica, mas quase ninguém se perguntou o que houve para a situação chegar a esse ponto. Confira a opinião dos especialistas

Uma cena de bullying gravada em vídeo se espalhou rapidamente pela internet nos últimos dias e ganhou destaque na imprensa mundial. As imagens, registradas em uma escola australiana, mostram o momento em que Casey Heynes - aluno de 15 anos constantemente agredido pelos colegas - se rebela e parte para cima de um de seus agressores. Com o sucesso na rede, Heynes passou de vítima a herói. Alguns dias depois, os dois garotos eram entrevistados em programas de televisão, apresentando sua versão dos fatos (assista aos vídeos ao lado).

No calor da repercussão e na maneira superficial como o tema foi tratado pelas emissoras, perguntas fundamentais ficaram sem resposta. Qual o papel da escola na história? O que levou o garoto à reação extrema? Há, de fato, algum herói? Para responder a essas e outras dúvidas, NOVA ESCOLA ouviu as pesquisadoras Adriana Ramos e Luciene Tognetta, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As considerações das especialistas têm como objetivo mostrar a professores, gestores e pais quais ensinamentos podem ser tirados do fato e como usá-lo no combate - constante - ao bullying.

O papel da escola
Pelos comentários publicados na internet sobre o vídeo e pela própria maneira como as reportagens foram editadas, percebe-se que quase ninguém questionou o papel de professores e gestores da escola australiana. As especialistas da Unicamp explicam que, por ser um problema que ocorre entre os alunos, o bullying pode mesmo demorar para ser detectado. "Em muitos casos, quando pais e professores ficam sabendo, a criança já sofre há pelo menos dois anos", comenta Adriana Ramos.

Essa dificuldade, no entanto, não deve ser usada como desculpa para a escola se eximir de responsabilidade. No caso australiano, há fortes indícios de que professores e gestores foram omissos. "Não é possível que ninguém viu o menino passar por tanta humilhação", comenta Luciene Tognetta. Tudo leva a crer que a escola não tomou as atitudes necessárias nem antes nem depois de o problema aparecer.

A reação da diretoria ao saber da briga reforça essa suspeita. Ao saber do ocorrido, a escola optou por suspender os dois alunos. Com isso, deixou de lado todas as características do bullying e passou a lidar com o problema como se fosse uma briga comum - sem dar importância para as razões que levaram Heynes ao ato de violência. "Ao suspender os dois, a escola não evidencia que, por trás da violência, está o bullying, nem dá a eles a chance de refletir sobre a questão", diz Adriana.


Continue lendo
Como evitar o bullying e o que fazer quando ele ocorre?

Como discutir o caso Casey Heynes com os alunos?


Nova Escola

ONU pede mais verbas para tratamento de portadores de HIV


O programa de Aids na ONU (Unaids) pediu o aumento das verbas para o tratamento de pessoas portadoras do vírus HIV.

Michael Sidibe, diretor do programa, disse que o desafio no combate à Aids é expandir o acesso a remédios e lidar com os fatores sociais que estigmatizam a doença.

Segundo a Unaids, enquanto as verbas para tratamento da doença em países de renda média ou baixa aumentaram dez vezes entre 2001 e 2009, os recursos internacionais diminuíram em 2010. E muitos governos ainda dependem de recursos externos.

"Temo que os investimentos internacionais estão caindo em um momento em que a resposta à Aids está dando bons resultados para as pessoas", disse.

"Se não investirmos agora, teremos que pagar muito mais no futuro."

"O acesso ao tratamento vai transformar a resposta à Aids na próxima década. Precisamos investir no processo de aceleração e descobrir novas opções de tratamento", acrescentou.

Sidibe afirmou ainda que o desafio, além de expandir o acesso à remédios, também é enfrentar os fatores sociais que ainda geram preconceito, fazendo com que principalmente as mulheres fiquem em situação vulnerável.

Para isso, a Unaids acredita que um investimento de pelo menos US$ 22 bilhões é necessário até 2015, US$ 6 bilhões a mais do que está disponível atualmente.

O programa de Aids da ONU estima que estas verbas evitariam 12 milhões de novos casos de infecção pelo HIV e 7,4 milhões de mortes relacionadas à Aids até 2020.

Queda
Na quinta-feira, um relatório da ONU informou que houve uma queda global de cerca de 25% em novos casos de infecção pelo HIV e uma redução nas mortes relacionadas à Aids na última década.

Na Índia, a taxa de novos casos de infecção pelo HIV caiu mais de 50% e, na África do Sul, mais de 35%. Os dois países tem o maior número de pessoas vivendo com HIV de seus continentes.

O relatório foi publicado antes do 30º aniversário, neste domingo, do primeiro caso de Aids informado, na época, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

A Assembleia Geral da ONU deve se reunir em Nova York para discutir a epidemia da doença a próxima semana, com 20 líderes do mundo todo e mais de cem ministros.

Estima-se que cerca de 34 milhões de pessoas estavam vivendo com o HIV em 2010 e cerca de 30 milhões tenham morrido de causas relacionadas à Aids desde 1981, de acordo com o relatório.

Comportamento
O relatório também afirma que, na terceira década da epidemia, as pessoas estão começando a adotar um comportamento sexual mais seguro, refletindo o impacto da prevenção do HIV e dos esforços para conscientização.

Mas, segundo o documento, ainda há falhas, pois homens jovens tem mais chances de ser informados sobre o HIV do que as mulheres jovens.

Também houve um avanço significativo na prevenção de novos casos de HIV entre crianças e um aumento no número de mães que vivem com HIV e conseguem acesso a antirretrovirais durante a gravidez, parto e amamentação

"Trinta anos atrás esta doença misteriosa era chamada de peste gay, (...) as pessoas tinham medo uma das outras. Agora, o mundo é completamente diferente, nós quebramos a conspiração do silêncio", disse Sidibe.

No entanto, o relatório descobriu que, no final de 2010, cerca de 9 milhões de pessoas que precisavam de tratamento não recebiam os remédios e que o acesso aos tratamento para crianças era mais baixo do que para adultos.

E, enquanto a taxa de novos casos de infecção pelo HIV teve uma queda global, o número todal de infecções por HIV continua alto, cerca de 7 mil por dia.


BBC Brasil
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