sábado, 6 de agosto de 2011

Setenta casais participam de divórcio coletivo em MT neste sábado

Casados há mais de meio século, Purificação e
Petrona decidiram se divorciar neste sábado.
(Foto: Kelly Martins/G1)


Casais compareceram ao Fórum de Araputanga para oficializar divórcio.
Mudança na legislação simplificou o processo de separação.


Encerrar o casamento ficou mais simples para os moradores da cidade de Araputanga, a 371 km de Cuiabá, que contaram neste sábado (6) com o primeiro divórcio coletivo do estado de Mato Grosso. Foram 70 casais inscritos e que compareceram ao Fórum do município para se separar por meio da Justiça gratuita, destinada a pessoas que possuem uma renda familiar de até R$ 1 mil.

O projeto é destinado apenas para casais que moram na cidade, de 15 mil habitantes, e atendeu os divórcios consensuais. O juiz diretor da comarca, Jorge Alexandre Martins Ferreira, responsável pelo projeto, disse ao G1 que na Comarca havia muitos casos de pessoas que já estavam de fato separadas, mas não possuíam condições financeiras e nem conhecimento jurídico para oficializar o divórcio.

“A ideia é ajudar a regularizar a situação da pessoa, pois, verifiquei que, em muitos casos, o casal enfrenta dificuldades para se divorciar oficialmente. Dessa forma, a pessoa fica liberada para novos casamentos”, destacou.

Porém, enquanto muitos decidem viver novos desafios com uma outra pessoa, um casal de aposentados preferiu terminar a vida sozinho. Dona Petrona Ajala de Roja, de 72 anos, e Purificação Ramon, de 74 anos, foram os primeiros a chegar ao Fórum, na manhã deste sábado, para romper uma aliança feita há 55 anos.

“Chegou o momento. Acho que ficamos muitos velhos e a separação é o melhor para nós”, declarou a aposentada ao G1, que contou ainda estar separada do esposo há três anos.
Purificação Ramon disse que a decisão foi tomada em conjunto e que preferiu encerrar a vida sozinho, sem intenção de uma nova companheira, apenas acompanhado pelos nove filhos que teve com Petrona. “Vou passar o resto do tempo visitando os meus filhos. Pretendo voltar para Mato Grosso do Sul e continuar a vida”, contou. Purificação garante que vai guardar momentos inesquecíveis do meio século vivido ao lado da ex-esposa e finaliza: “Foram anos felizes e não seremos inimigos. Isso é o que importa”.

No mesmo corredor do Fórum, o agricultor Valdemir Ferreira Leite, de 54 anos, aguardava cabisbaixo e emocionado a possibilidade de vivenciar uma nova história. O problema, segundo ele, estava em deixar o que passou e recomeçar uma nova etapa. “É difícil não se emocionar com tudo o que foi vivido. Mas, a vida da gente é essa. Se não dá mais, começamos de novo”, avaliou, sentado ao lado da esposa, a qual está separado há 15 anos.

O juiz da Comarca frisou que a realização do divórcio coletivo só foi possível por conta da Emenda Constitucional 66/2010, que simplifica a separação prévia por um ano e não mais por dois, tornando o divórcio consensual mais rápido. Segundo o magistrado, há atualmente 150 processos litigiosos na Comarca.

Para a promotora Maisa Fidelys, a intenção é fazer com que o trâmite processual seja mais rápido, evitando a burocratização. Prova disso é o caso do produtor rural Mariano da Rocha Viana, de 65 anos, e que está separado há 40 anos. Segundo ele, durante todos esses anos, a dificuldade processual fez com que desistisse de oficializar o divórcio com a ex-esposa. “Já havia tentado outra vezes, mas desistia no meio do caminho”, pontuou. Já a motivação, de acordo com o agricultor, para enfrentar a fila no Fórum neste sábado, foi a possibilidade de um novo casamento previsto para este ano com a atual namorada.

O projeto do divórcio coletivo ocorre em uma parceria do Tribunal de Justiça com Ministério Público, Defensoria Pública, igrejas evangélicas locais e a Faculdade Católica Rainha da Paz.

G1

Audiência decidirá se acusados do caso Eliza Samudio vão para júri popular


Processo está em segunda instância e já completou um ano e um mês

Os acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, amante do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, vão participar de uma audiência na 4ª Câmara Criminal de Minas Gerais na próxima quarta-feira (10), às 13h30. O desembargador Delmival de Almeida Campos irá presidir a decisão e vai decidir se os acusados vão a júri popular.

Em 2010, a Justiça definiu que os acusados deveriam ir a júri popular. Os advogados, porém, entraram com recurso. O desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, completou um ano em junho deste ano. No dia 4 de julho de 2010, Eliza fez um último contato por telefone com uma amiga.

Apesar de a polícia ainda não ter encontrado o corpo dela, o delegado responsável pelo caso diz que as investigações concluem que ela está morta. O ex-goleiro do Flamengo é apontado como o mandante do crime.

Um ano após o desaparecimento, a Justiça ainda não julgou os acusados de participação no crime. Quatro réus do caso estão presos: o goleiro Bruno Fernandes, o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, o primo Sérgio Rosa Sales e o Bola, que é ex-policial civil e seria acusado de outros crimes.

Os quatro acusados, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, ex-amante do jogador, Elenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza responderão ao processo em liberdade. Todos negam o crime.

De acordo com a versão da polícia, Eliza e seu filho, na época com quatro meses, foram sequestrados e levados para o sítio do goleiro em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Lá, os dois teriam ficado reféns por alguns dias. A jovem teria sido espancada nesse período em que ficou no sítio.

A polícia diz ainda que, no dia 7 de julho, Eliza teria sido levada para a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano. Ele teria então, estrangulado a vítima até a morte e depois esquartejado o corpo dela. Os restos mortais foram dados como comida para seus cachorros rottweilers e outra parte do corpo foi cimentada na obra da casa.

R7

Polícia prende suspeito de participar de tiroteio na zona norte


A polícia prendeu na tarde desta sexta-feira, em um hospital da zona leste de São Paulo, um homem ferido suspeito de integrar a quadrilha que tentou assaltar caixas eletrônicos de um supermercado zona norte na madrugada de hoje. Seis pessoas morreram.

Segundo a polícia, Reginaldo Moura da Conceição --morador de Pirituba (zona norte)-- era um dos dez homens que invadiu um supermercado da rede Comprebem na rua Elisio Teixeira Leite, na região de Parada de Taipas (zona norte).

A quadrilha --fortemente armada-- rendeu três funcionários e, com a ajuda de maçaricos, arrombou os caixas eletrônicos para roubar o dinheiro. O crime aconteceu por volta das 3h.

Quando os policiais militares --avisados pelo 190 do roubo-- e da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) chegaram ao local teve início uma intensa troca de tiros, que terminou com a morte dos seis ladrões e deixou policiais feridos. Os funcionários do supermercado saíram ilesos da troca de tiros.

Dos seis mortos, a polícia já identificou três: Alessandro Leal Paes da Silva, 29, Nicomedes Teixeira, 34, e o terceiro ainda não teve o nome divulgado.

O Comprebem informou, em nota, que a loja estava fechada e encontra-se em reformas. "Nenhum funcionário ou cliente foi ferido e a empresa se mantém a disposição das autoridades para contribuir com as investigações".

Folha OnLine

Internar à força resolve?


Para combater a epidemia de crack, autoridades decidem internar os dependentes compulsoriamente. ÉPOCA foi ver de perto se isso funciona

A boca ferida, maltratada pelo uso contínuo de cachimbos precários, era uma das poucas partes do rosto de R. que o cobertor marrom e sujo deixava entrever. O corpo miúdo poderia facilmente ser confundido com o de um garoto de 14 anos. Os passos que o conduziam para fora da Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, eram apenas resignados, não mais relutantes. Enquanto caminhava, R. experimentava momentos de lucidez nos quais tentava resumir sua trajetória. Aos 25 anos, viciado em crack, sem ter onde dormir, exceto a rua, ele enfrentava o quarto dia sem comer. No dia 19 de julho, foi encontrado e levado à força pela equipe da Secretaria de Assistência Social do município do Rio de Janeiro. “Se for a salvação para mim, eu vou. Sabe por quê? Porque eu tô vendo que se eu ficar aqui, fumando oito, nove pedras por dia, eu não vou aguentar mais. Eu vou morrer.” Antes das 10 horas da manhã, R. já embarcara numa das quatro vans da prefeitura que levaria os usuários de crack recolhidos ali à delegacia e, depois, a algum abrigo para tratamento de dependentes químicos.

RESIGNADO
Um usuário de crack de 25 anos espera pelo transporte que o levará ao abrigo municipal. Ele aceitou a internação porque temia morrer do vício

A ação da Secretaria de Assistência Social carioca é estridente. Desde maio, três vezes por semana, os agentes sobem os morros da cidade que continuam sob domínio do crime organizado para levar, na marra, os dependentes de crack que povoam as cracolândias da cidade. ÉPOCA acompanhou uma dessas operações no final do mês passado. O trabalho só é possível porque é apoiado por policiais civis e militares, empunhando armas de grosso calibre. Antes dos agentes, o blindado da PM conhecido como “caveirão” sobe o morro. Há troca de tiros entre a polícia e traficantes. Abordados pelos agentes, os usuários costumam reagir de modo arredio. A resposta vem na mesma proporção. O porte físico avantajado e a experiência como segurança de boate, constantes entre os agentes da secretaria, possibilitam que eles terminem por dominar os dependentes, embora com dificuldades.

As operações já resultaram no acolhimento de 1.319 pessoas (1.065 adultos e 254 crianças e adolescentes) em cracolândias. Segundo a prefeitura do Rio, nas áreas onde os viciados são tirados das ruas, o índice de pequenos roubos e furtos costuma cair até 50% nos primeiros dias. Depois de levados das favelas, crianças, adolescentes e adultos têm destinos diferentes. Todos os menores de 18 anos encontrados, de quem o Estado passa a ser o tutor, ficarão cerca de três meses internados contra a própria vontade (e de sua família, eventualmente) em alguma unidade terapêutica da prefeitura. São casas com psiquiatras, clínicos gerais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e grades. Grades por todos os lados. A prefeitura do Rio está convencida de que, sem elas, de nada adianta ter os melhores profissionais. A recuperação seria inviável. Ainda assim, nem sempre se consegue evitar a fuga dos pacientes. Para os adultos, a internação compulsória ainda não é a regra, embora já ocorra em alguns casos, sempre autorizados por um juiz. A prefeitura do Rio afirma que gostaria de adotá-la em larga escala, mas que ainda não encontrou um meio legal de promovê-la.

A medida de internação à força do Rio de Janeiro é pioneira, tem provocado polêmica, mas conquistado cada vez mais adeptos entre os gestores públicos. No Congresso, tramita um projeto de lei que propõe extinguir a necessidade de ação judicial para internar alguém à força. No governo federal, há autoridades simpáticas à ideia. Em São Paulo, onde há a maior cracolândia do país, depois de dois anos de uma política de convencimento de dependentes para que aceitassem voluntariamente ser tratados, a experiência carioca poderá ser repetida em breve. A Procuradoria-Geral da cidade deu um parecer favorável à internação compulsória de usuários de crack. A decisão agora cabe ao prefeito Gilberto Kassab, que já admitiu publicamente ver a internação forçada como uma resposta para o histórico problema do município. Estima-se que, pela cracolândia paulistana, perambulem quase 2 mil pessoas diariamente. A internação na marra funciona? Representa uma solução para as famílias que sofrem o drama de ter dependentes em crack?

Época

Ex-chefe do tráfico quer tirar jovens do crime


RIO - O único fantasma que ainda ronda a cabeça de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, de 47 anos, um dos últimos remanescentes do tráfico de drogas dos anos 80, é o medo de sofrer uma extorsão por parte de policiais corruptos. Na sexta-feira, o ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, depois de cumprir 21 anos de prisão, em dois tempos, saiu da cadeia para trabalhar, com carteira assinada, como assessor direto do coordenador do AfroReggae, José Júnior, de quem receberá R$ 2.500 para dar palestras aos jovens, buscando retirá-los do caminho do tráfico.

Tuchinha, beneficiado pelo regime semiaberto, conseguiu um trabalho extramuros, ou seja, durante o dia baterá o ponto no AfroReggae e, à noite, dormirá no presídio. Em seu primeiro dia de liberdade na sexta-feira, ele esteve como governador Sérgio Cabral, durante uma visita a UPA de Bangu. O O governador disse para ele honrar o crachá do AfroReggae. Num dia de sol morno, a primeira sensação foi de alívio.

- Nada paga o preço de saber que a minha família está em segurança. Poder andar tranquilo, sem ter a preocupação de que vai vir a polícia para me prender. Minha cabeça está tranquila - disse Tuchinha.

Mas no fundo, ele ainda tem receio de como a polícia vai tratá-lo no dia a dia, do lado de fora da cadeia. O medo não é à toa, para quem teve um membro da família sequestrado por policiais da banda podre. É tocar no assunto para os olhos de Tuchinha ficarem marejados:

- O perigo maior é eles (policiais) pensarem que eu tenho dinheiro para mineirar (extorquir dinheiro). Já esqueci isso (o sequestro do parente). Vida nova. O passado está enterrado.

Ao ser perguntado se a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira foi um dos fatores que influenciou a sua desistência de ficar à frente do tráfico da favela, Tuchinha nega veemente. Segundo ele, quando foi preso pela segunda vez, em 2006 , na época em liberdade condicional, o ex-chefe do tráfico da Mangueira, preso em Aracaju (SE), disse que atuava como uma espécie de conselheiro, mas garante que já estava fora do tráfico. Ele conta que era compositor, profissão que pretende abandonar:

- Fui preso porque estava no samba. Acabei ganhando as manchetes dos jornais. Agora, querem dizer que eu ganhei com o meu samba na Mangueira, porque fiz pressão pois era o cara. Se fosse assim como é eu ganhei na Porto da Pedra, em 2006, onde não conhecia ninguém? Um ano depois emplaquei na Mangueira, no Tuiuti e na Lins Imperial. Além disso, eu havia perdido outras três vezes, antes de 2007 - justificou.

Sobre as UPPs, Tuchinha responde que acha a ideia boa, desde que a polícia trate o morador com respeito. O ex-chefe da Mangueira ainda é do tempo em que a política assistencialista imperava nas favelas do Rio, prática adotada por uma das mais antigas facções criminosas. Em troca, moradores abriam as portas de duas casas para esconder o "benfeitor" durante ações policiais na favela.

- Antigamente, os moradores me respeitavam por causa da minha filosofia: respeitar a comunidade. Eu tenho amor pela Mangueira. A minha gestão no morro foi de não entrar em confronto. Todos os moradores lá me conhecem e sabem como eu sou. A polícia tem que aprender que deve respeitar para ser respeitada - ensina o ex-traficante.

Hoje, os tempos são outros na Mangueira. Na opinião do ex-traficante, a entrada do crack nas favelas do Rio é o fim da juventude. Por isso, procurou a ajuda do AfroReggae.

- A Mangueira foi a última a aceitar o crack. Sempre estive na luta para evitar a entrada da droga maldita. Mandei acabar com os carros abandonados em frente à favela, antes de ser preso pela segunda vez, para evitar que virassem pontos de viciados - lembrou Tuchinha.

Ele conta que a droga entrou no Rio com a aproximação de uma facção de São Paulo com a do Rio:

- Os traficantes paulistas mandavam a cocaína, mas davam descontos para quem comprasse com o crack. Algumas comunidades começaram a comercializar da droga. Como crescimento do vício do crack, o movimento dessas comunidades cresceu, enquanto outras minguavam. Todo mundo acabou vendendo o crack. Agora, é essa epidemia.

Com a experiência de quem foi chefe do tráfico por pelo menos , Tuchinha diz que o caminho para frear a onda do crack é as autoridades evitarem a entrada das drogas, policiando as fronteira:

- A cocaína não é produzida aqui. Enquanto tiver entrando, isso vai piorar cada vez mais. Esta droga é o fim. As pessoas estão mais violentas. Quero um Rio de paz para a minha família.

Uma das primeiras missões que terá a frente do AfroReggae é convencer o irmão, o traficante Polegar do tráfico:

- Eu botava o Polegar no colégio, cobrava boas notas, mas fui preso e perdi as rédeas. Agora, vou dizer para ele e para os outros jovens: perdi a minha juventude. Dinheiro, mulher, nada vale a pena. É pura ilusão. Não há dinheiro que vai pagar. Vou tirar os jovens do caminho errado.

Tuchinha entrou para o crime em 1983. Foi preso pela primeira vez, em 89, quando, cumprindo 17 anos de pena.

O Globo

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Merendeira confessa ter envenenado comida de escola


Polícia pediu prisão preventiva da funcionária

Uma das três merendeiras da Escola Estadual de Ensino Fundamental Doutor Pacheco Prates, em Belém Velho, Zona Sul da Capital, confessou na tarde de hoje ter colocado veneno para ratos no estrogonofe servido aos alunos, professores e funcionários no almoço de quinta-feira. Wanuzi Mendes Machado, 23 anos, que trabalha no colégio há três semanas, disse não saber porque colocou o veneno Nitrocin na panela.

Aos policiais da 1ª Delegacia de Homicídios, Wanuzi contou ter encontrado os sachês embaixo da pia da cozinha e misturado o veneno para ratos à comida quando a outra merendeira da escola saiu para ir a um posto de saúde. A jovem confirmou ter comido o estrogonofe e também foi atendida na tarde de ontem, assim como todos os outros.

Ao todo, 39 pessoas comeram a refeição envenenada e precisaram ser atendidos em postos de saúde da Capital com sintomas de náusea, dores de barriga e cabeça. O delegado Cleber Lima, da 1ª DHD, disse ter solicitado à Justiça a prisão preventiva de Wanuzi e irá indiciá-la por tentativa de homicídio qualificado.

Ela foi liberada e estaria sob cuidados de familiares.

Zero Hora

Briga por comida acaba com sete mortos na Somália, e Unicef faz novo alerta sobre crise alimentar no país


NAIRÓBI - No mesmo dia em que a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou uma relatório dizendo que metade das crianças somalis que chegam ao Quênia está subnutrida, relatos de selvageria surgiram na capital Mogadíscio. Segundo testemunhas, uma briga por comida entre soldados e civis acabou com sete mortos.

Segundo relatos, os soldados tentaram, primeiro, roubar partes das 290 toneladas de comida que estavam sendo distribuídas pela ONU aos civis. A população tentou reagir e os soldados revidaram com disparos.

- Foi uma carnificina. Eles atiraram impiedosamente nas pessoas e deixaram os mortos largados no chão. Alguns feridos sangraram até morrer - contou Abdi Awale Nor, que vive no campo em Mogadíscio.

David Orr, porta-voz do Programa Mundial de Comida, disse que a distribuição de alimentos começou sem incidentes às 6h, mas, em poucas horas, o caos começou.

- Recebemos relatos de confusão. Os esmagados por uma multidão de pessoas, e nossa equipe ouviu disparos - disse Orr, sem confirmar mortos.

Ainda nesta sexta-feira, a Unicef fez um novo alerta sobre a crise alimentar na Somália. Segundo relatório divulgado, quase metade das crianças somalis que fogem do país e conseguem chegar aos campos de refugiados no Quênia está subnutrida.

Segundo a Unicef, 1,3 milhão de somalis chega por dia aos acampamentos de al-Dadaab, maior campo de refugiados do mundo, dos quais 80% são mulheres e crianças. O campo, criado há 20 anos para abrigar 90 mil pessoas, acomoda hoje mais de 350 mil vindos da guerra e da seca na Somália.

"Quase metade das crianças que chegam aos campos desde o sul da Somália está desnutrida", assinala a agência da ONU, em comunicado oficial, alertando também para o caso de mortes no meio do trajeto para o Quênia.

Segundo o coordenador de emergências do Unicef em al-Dadaab, Ibrahim Conteh, é preciso adotar medidas agora já que doenças, como sarampo e poliomielite, cujas chance de propagação aumentam em quadros de subnutrição, podem se propagar rapidamente em condições de superpopulação".

O Chifre da África, região ao leste do continente, enfrenta a pior seca dos últimos 60 anos, o que, junto com a guerra civil, teria aprofundado a crise alimentar na Somália. Neste semana, a ONU elevou de dois para cinco as regiões de fome no país, incluindo a capital Mogadíscio.

Segundo a ONU, a seca e a fome no Chifre da África colocaram a mais de 11 milhões de pessoas em uma situação humanitária crítica, especialmente na Somália, onde cinco regiões foram declaradas oficialmente em estado de crise de fome.

O Globo

Filhos assistem à agressão à mãe em 65% dos casos de violência


Em cinco anos da Lei Maria da Penha, disque 180 registra quase 2 milhões de atendimentos

Em cinco anos da Lei Maria da Penha, que endureceu os crimes de violência contra a mulher, o disque 180 – central de atendimento para este tipo de agressão – registrou quase 2 milhões de ligações.

Desse total, 237.271 foram relatos de violência: 141.838 de violência física; 62.326 de violência psicológica; 23.456 de violência moral; 3.780 de violência patrimonial; 4.686 de violência sexual; 1021 de cárcere privado; e 164 de tráfico de mulheres.

O levantamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres, divulgado nesta sexta-feira (5), mostra ainda que não são apenas as mulheres que sofrem com as agressões: em 65% dos atendimentos telefônicas os filhos presenciaram a violência, e em 20% dos casos também foram agredidos.

Também é possível traçar um perfil da vítima de violência doméstica: 46% são pardas (46%), 64% têm entre 20 e 40 anos, 46% cursaram parte ou todo o ensino fundamental, 40% convivem com o agressor há mais de dez anos e 87% são as autoras das denúncias.

O Estado de São Paulo lidera o número de atendimentos à central 180. De janeiro a junho deste ano, foram 44.499 atendimentos no Estado, seguido pela Bahia com 32.044. Em terceiro lugar está o Estado de Minas Gerais, com 23.430 dos registros.

Outro dado importante é que a violência contra a mulher parte, na maioria dos casos, do marido da vítima (72% das denúncias). O levantamento foi feito a partir dos atendimentos realizados em 2011, entre os meses de janeiro e junho.


Vídeo mostra imagens de jovem antes de queda de prédio em SP


Adolescente de 16 anos caiu do 15º andar no domingo (30).
Imagens serão utilizadas na investigação.


Vídeo do circuito interno de segurança do prédio onde o jogador da Portuguesa Rafael Silva morava com a namorada Flávia Anay de Lima, de 16 anos, mostram as últimas imagens da jovem com vida. As cenas foram gravadas às 2h27 de domingo (31). O jogador Rafafel Silva chega de carro em um prédio na Vila Carrão. Em seguida, sobe de elevador. Dez minutos depois, Flávia chega a pé e também pega o elevador em direção ao apartamento.

Após 23 minutos, Rafael entra no elevador e parece desesperado. Flávia já havia caído do 15º andar. Ele sai do elevador rapidamente assim que a porta abre, anda pelo saguão e vê o corpo de Flávia caído no chão. A polícia chega às 3h15 e constata que Flávia está morta.

As imagens registradas pelo circuito de segurança do prédio vão ser usadas na investigação. Nesta quinta-feira (4), a polícia ouviu novamente Thayna Lopes, de 15 anos, prima de Flávia. A garota chegou à delegacia com a mãe e o advogado da família. Ela negou que tenha ouvido Flávia dizer que se jogaria do prédio. "Nunca, nunca ouvi. Jamais ela tiraria a própria vida."

No depoimento que deu à polícia no dia da morte da prima, Thayna disse que o casal discutia muito e que, em uma briga, Flávia admitiu que havia tentado se jogar da janela do apartamento para ameaçar Rafael. A mãe de Thayná, que acompanhou o depoimento da filha no domingo, disse que assinou o boletim de ocorrência sem ler.

A Secretaria da Segurança Pública informou que no dia da morte da prima Thayna estava nervosa e pode ter se expressado mal ou sido mal interpretada. Disse ainda que o que vale para o inquérito é o depoimento desta quinta.

O jogador Rafael Silva, tanto no depoimento à polícia como por meio de seu advogado, disse que a jovem se jogou da sacada e negou que a tenha agredido.

G1

Pesquisadora britânica defende venda de órgãos humanos


Uma pesquisadora britânica disse que estudantes com dificuldades financeiras deveriam pode pagar suas dívidas vendendo um dos rins.

Sue Rabbitt Roff, cientista social da Universidade de Dundee, na Escócia, disse em um artigo que o pagamento pelos órgãos deveria ser visto como um "incentivo" aos doadores
No entanto, a Associação Médica Britânica disse que não apoiaria a venda de órgãos.

Atualmente, a lei britânica proíbe a prática e considera crime também a tentativa de vender ou comprar órgãos para transplante. A legislação brasileira também proíbe estas práticas.

Em um artigo para a publicação online BMJ, tradicional revista médica britânica, Roff alertou para a dificuldade crescente de conseguir doadores de rins no país.

Ela afirmou que um sistema de pagamento regulamentado e submetido a "regras rigorosas" não seria o mesmo que os mercados negros que existem em muitos países.

"Seria um incentivo para aqueles que querem fazer uma boa ação e conseguir dinheiro o suficiente para, por exemplo, pagar empréstimos universitários", disse.

A pesquisadora disse ainda que o valor de um rim deveria ser estipulado em 28 mil libras (cerca de R$ 71 mil), o equivalente à média de renda anual dos britânicos.

"Recentemente, passamos a permitir que estranhos, ainda vivos, possam doar órgãos a pessoas com quem nunca terão uma relação emocional ou genética. Isso é uma mudança muito grande em relação ao século passado, quando se presumia que membros de famílias, ligados geneticamente, iriam querer doar órgãos entre si", afirmou.

Aumento da demanda
Segundo a pesquisadora, três pessoas morrem a cada dia na Grã-Bretanha, na lista de espera por um transplante de rim - o número de doações não acompanha a demanda por órgãos.

Roff afirma que a demanda pelos órgãos deve subir, acompanhando o aumento de casos de diabetes e pressão alta.

Mas o diretor do comitê de ética da Associação Médica Britânica, Tony Calland, rejeitou a proposta da pesquisadora.

"A doação de órgãos deve ser altruísta e baseada em necessidades clínicas. A doação de órgãos vivos oferece um risco pequeno, mas significativo", disse Calland

A Human Tissue Authority, organização que regula o uso de órgãos na Grã-Bretanha, disse que "continuaria a investigar" os fatores que possam aumentar o número de transplantes de órgãos através dos incentivos a doadores vivos.

No entanto, um porta-voz da organização disse que "uma vez que as relações entre doadores e receptores potenciais são variadas, continuaremos a garantir que a doação de órgãos de pessoas vivas seja algo que elas fazem voluntariamente e sem recompensa financeira”.

BBC Brasil

Por que as meninas adoram cor de rosa?


Uma família da Suíça e outra do Canadá estão educando seus filhos sem dizer se são menino ou menina, com o objetivo de evitar os estereótipos criados pela distinção dos gêneros. Mas será que estão certos?

É quase inevitável. Azul para meninos, rosa para meninas. Super-heróis para eles, princesas para elas. O mundo, já há algum tempo, vem etiquetando as crianças assim, e exigindo delas uma postura bem definida desde cedo.

Por isso mesmo, um casal suíço causou polêmica, nos últimos meses: eles resolveram criar seu bebê sem lhe dar um rótulo masculino ou feminino. O bebê se chama Pop, é vestido com calças ou saias, e só cinco pessoas sabem seu sexo. Um pouco distante dali, a experiência está sendo feita também – não com menos holofotes - por um casal canadense, que cria uma criança de um jeito parecido. Storm, como eles chamam o bebê sorridente, “deverá desenvolver sua identidade sexual sem seguir estereótipos sociais ou atender às expectativas relacionadas com gênero”, justificou a mãe, que tem sido apoiada e criticada pelo mundo afora, à imprensa internacional.

As duas famílias fazem parte de uma nova geração que quer acabar com estereótipos, e pregam um equilíbrio maior entre os sexos. O que buscam, dizem, é uma nova atitude para mudar as raízes de onde os gêneros seriam, talvez, distorcidos: a infância.

O movimento ganhou ainda mais olhares mundiais com a escola Egalia, na Suécia, que resolveu educar seus alunos também sem identificá-los pelo sexo. Os professores devem se referir às crianças (de 1 a 6 anos) sem chamá-los de “ele” ou “ela”, usando simplesmente um pronome que os suecos chamam de “hen”, termo que indefine sexo na língua falada por lá.

No pátio da escola, todos brincam juntos e com todos os brinquedos. Contos de fadas foram substituídos por livros que incluem histórias sobre casais de pessoas do mesmo sexo, pais solteiros e crianças adotadas. “A Egalia dá às crianças a fantástica oportunidade de ser quem elas quiserem”, acredita a professora Jenny Johnsson.

Uma das questões em jogo é: isso não seria criar um mundo ilusório para as crianças, já que, depois que crescerem, elas vão encarar um mundo que diz o contrário? A psicóloga e doutora em filosofia Maria Luiza Macedo de Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash), critica a escolha. “Quem diz que criar um filho em um ambiente absolutamente neutro garantirá que esta criança não terá outras influências e identificações na sociedade, em um mundo globalizado?”, diz. “De forma alguma poderemos fazer um laboratório na nossa casa para criarmos nossos filhos. E as variáveis intervenientes?”, completa. Afinal, boa parte do desenvolvimento do gênero é aprendida culturalmente.

Para a psicóloga Angelita Corrêa Scárdua, mestre em desenvolvimento humano adulto e em felicidade, a diferença entre homens e mulheres é inegável. “A questão é o valor que se dá a essas diferenças”, afirma. Até porque, aponta Angelita, biologicamente, o masculino e o feminino se expressam de formas diferentes, programados por hormônios que ditam comportamentos diversos. “E isso não é ruim. As diferenças não correspondem a valores”, diz.

Ela cita ainda que o movimento que prega esse meio caminho entre o feminino e o masculino não é novo na história humana. “A sociedade ateniense, os romanos e na época vitoriana tentaram expor essa estética de homens iguais a mulheres." O movimento seria, então, cíclico, segundo a especialista, e geralmente restrito a um pequeno grupo.

Contos de Fadas
A invasão do cor de rosa chega a revoltar algumas mães. Recentemente, a jornalista americana Peggy Orenstein lançou o livro Cinderella Ate My Daughter, ainda sem tradução no Brasil. A obra está no topo das mais lidas no New York Times. Peggy, a autora, é mãe de Daisy, de 5 anos, e martela pesado no que ela chama de “processo de princesificação”das meninas da idade de sua filha. “Elas estão aprendendo que não devem ser a mais esperta, a mais inteligente. Elas devem ser a mais ‘fada’ de todas”, diz Peggy, no livro.

Ela enfatiza que as crianças têm navegado inocentemente por esse mundo “girlie-girl”, imposto pela mídia e pela indústria de brinquedos. Insconscientemente, os pais têm embarcado juntos, sem muita opção, já que os apelos infantis são pesados. O problema, ela critica, é quando isso atinge até mesmo as bonecas mais ingênuas, como a Moranguinho, que teve a cintura afinada nos últimos anos, provocando uma visão distorcida do corpo.

Com a pedagoga Márcia Regina Bortoluzzi Malta, 42 anos, o destino também foi irônico. Embora ela nunca tenha dado a boneca Barbie para a filha, Bianca, de 5 anos, e tenha se preocupado em decorar o quarto dela todo em tons de verde, foi impossível evitar que a menina absorvesse a cultura do rosa. "Na escola as meninas até competem pra ver quem tem mais coisas cor de rosa", conta. O problema, acredita Márcia, não é a cor. "Me preocupo mais é com uma espécie de 'ditadura' que existe por exemplo nas lojas, onde os brinquedos são nessa cor e as roupas também. Até tento fugir dessas lojas, mas fico de mãos atadas porque Bianca ama rosa", diz, inconformada.

Mas claro que o posicionamento dos pais também conta. “Tudo depende do ponto de vista”, diz a psicóloga Angelita Scárdua. “Podemos ver (e contar para as crianças) a história de uma Cinderella sofredora, ou podemos escolher vê-la como uma batalhadora que conseguiu ir ao baile depois de superar seus problemas”, afirma. Há pouco tempo, a mídia internacional chamou a atenção para a pequena Shiloh, filha de Angelina Jolie e Brad Pitt, que só usava "roupas masculinas". Especialistas discutiram amplamente sua sexualidade a partir de um simples estilo de se vestir. Angelina deu ombros à situação, e disse que era como ela, quando pequena. E fim de papo.

E no Brasil, como funciona?
Se nos países desenvolvidos há casais que querem criar bebês sem gênero definido, no Brasil ainda não há casos nem de longe parecidos. E quem quer bancar uma decisão como a do casal canadense provavelmente vai esbarrar em preconceito - se é que por lá a situação será diferente. Na prática, a sociedade, de modo geral, ainda quer gêneros definidos.

É tudo uma questão de bom senso, como sempre na educação. Não é preciso radicalizar criando filhos sem gênero, mas devemos ensiná-los desde cedo que homens e mulheres são diferentes, sim, e que há elementos positivos nos dois. Só assim seu filho vai aprender a dar mais valor ao ser humano, independentemente do sexo, raça ou classe social.

Fontes: Maria Luiza Macedo de Araújo, mestre em psicologia, doutora em filosofia e presidente da Sociedade Brasileira para Estudos da Sexualidade Humana (Sbrash), Angelita Corrêa Scárdua, mestre em desenvolvimento adulto e felicidade

Crescer

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O JARDIM DA MENINA JOANNA


Pois é...

Na frente da casa de Campos de Jordão Joanna construiu um jardim...

Um jardim de rosas em formato de coração...

Ana, sua avó materna, ajudou a plantar...

A cada vez que enfiavam a mão na terra descobriam uma minhoca que Joanna não tinha medo algum...

Sua mãe ficava horrorizada com aquelas miniaturas de serpentes provindas das entranhas do Planeta...

Toda manhã Joanna ia até o jardim conferir sua obra...

A primeira flor era sempre para Cristiane...

Sempre...

Soube desta história somente ontem após postar 'Os Cegos do Castelo'...

O jardim de Joanna existe...

Jorge Schweitzer

fonte:http://taxiemmovimento.blogspot.com/2011/08/o-jardim-da-menina-joanna.html

Blog Caso Joanna Marcenal

Crianças driblam segurança, fogem da escola e são encontradas duas horas depois


Fato inusitado aconteceu na tarde da última quarta-feira, após o término das aulas no Colégio das Damas, nos Aflitos; o menino tem 6 anos e a menina, 5

Um fato inusitado aconteceu na tarde da última quarta-feira (03), após o término das aulas no Colégio das Damas, um dos mais tradicionais do Recife, situado nos Aflitos. Um menino de 6 anos e uma menina de 5 driblaram os porteiros e seguranças da escola e saíram pelo portão principal, sozinhos. Duas horas depois, a dupla foi encontrada na rua.

No “passeio”, as crianças visitaram uma floricultura. O vendedor Gustavo Oliveira contou que eles queriam saber o preço da rosa e acabaram ganhando duas flores de presente. “Eles passaram por aqui, perguntaram o preço da rosa, acharam bonito. Aí eu dei a rosa a eles. Eles disseram obrigado e foram embora”, disse.

Depois, em visita a uma loja de produtos infantis, um dos funcionários estranhou a situação. "Os garotinhos entram sempre acompanhados dos pais. Eu percebi que eles entraram sozinhos e achei estranho. Eu fui até eles e perguntei ‘cadê seus pais?'. Eles não responderam. Disseram que estavam só olhando os brinquedos. Eu achei estranho", contou José Fernandes, segurança da loja.

Seguiram pela rua do Futuro. Ainda passaram numa banca revistas - onde o garoto comprou R$ 5 em figurinhas para um álbum - e também por uma livraria. Já passava das 13h quando o manobrista Danilo Santos achou esquisito que duas crianças tão pequenas atravessassem a rua sozinhas, em direção ao Parque da Jaqueira.

"Dois adolescentes iam passando, aí eu perguntei se eram irmãos deles. Porque eles sempre saem um pequeno com um maior. Eles disseram que não, aí eu segurei os pequenos e disse ‘não corra não’. Trouxe eles para o estacionamento e eles disseram ‘a gente fugiu para comprar figurinhas’. Os adolescentes ficaram de levá-los para a coordenadora do colégio”, contou.

As crianças estão bem. O caso foi noticiado, com exclusividade, pelo Diario de Pernambuco desta quinta-feira (04). A direção do Damas informou que o colégio tem 35 seguranças nos pátios, além de câmeras. "Diversas reuniões foram feitas, nós já tínhamos acordado, estava agendado até para hoje, a otimização do plano de segurança da escola. Inclusive para entrar no programa de segurança que o Governo faz para colégios particulares", afirmou o assessor especial da direção do colégio, Eduardo Melo.
Segundo a direção, o menino cursa o 1º ano do ensino fundamental e a menina é da série anterior. Ainda não se sabe como eles escaparam sem ser vistos. Cinco funcionários foram afastados das funções. "O colégio é muito seguro. A gente vai avaliar para que tudo seja esclarecido", acrescentou o assessor especial.

Os pais da menina disseram que pretendem tirá-la da escola. Até agora, nenhuma queixa sobre o caso foi feita na Polícia Civil.


Diabetes está fora de controle no Brasil


Segundo estudo, apenas 15% dos diabéticos brasileiros têm seu nível de glicemia bem controlado


Uma pesquisa inédita, realizada durante dois anos com mais de 3.500 pacientes de 28 cidades brasileiras, mostrou que apenas 15% dos diabéticos têm seu nível de glicemia - a taxa de açúcar no sangue - bem controlado.

Isto indica que a maioria corre o risco de complicações graves, como doenças cardiovasculares, falência dos rins, cegueira, amputações, e óbito.

E o problema não é a falta de fitas para medir glicemia e insulinas - materiais distribuídos de graça - e sim a pouca conscientização para a doença, cujo índice tem aumentado em todo mundo.

No Brasil, o diabetes atinge pelo menos um milhão de brasileiros - a maioria crianças e adolescentes.

O levantamento, coordenado pela endocrinologista Marilia de Brito Gomes, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, deve ajudar a melhorar a conscientização sobre a doença, prevenir e tratar seus sintomas.

eBand

Defensoria Pública do Rio pede exumação do corpo de Juan


Laudo de perita afastada pela Polícia Civil atesta que ossada é de uma menina

O defensor público Antônio Carlos de Oliveira solicitou à Justiça a exumação do corpo do menino Juan de Moraes, de 11 anos, morto em 20 junho durante uma suposta operação da Polícia Militar na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Enterro de Juan é antecipado
O pedido da Defensoria Pública toma como base o laudo da perita legista Marilena Campos de Lima, que atesta que a ossada encontrada no dia 30 de junho, as margens do rio Botas, em Belford Roxo, é de uma menina.

Uma semana depois de confirmar que a ossada era de uma menina e não de Juan, a perita foi afastada pela Chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha. Na ocasião, Martha Rocha afirmou que o exame de DNA da ossada comprovou que o corpo era mesmo de Juan.

De acordo com o laudo da perita, "o cadáver é do sexo feminino, com altura de 1,45 m e idade entre 12 e 14 anos, com data provável da morte de mais ou menos 40 dias". A perita descreve que o crânio indica ser de uma pessoa muito jovem e os ossos do corpo, desde a cabeça ao quadril, apresentam "características que indicam tratar-se do sexo feminino".

A perita também ressalta que a mão, a única parte do corpo que estava inteira, apesar de apresentar estágio de putrefação, tem a cor de pele branca. No documento, ela afirma ainda que foram coletados para exame de DNA fragmentos da pela da mão, do osso da perna esquerda e dois dentes.

No documento encaminhado à Justiça, o defensor público Antônio Carlos afirma que a equipe do delegado Sérgio Henriques, diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, teria "desprezado todo o trabalho da perita" do IML (Instituto Médico Legal) de Nova Iguaçu e "ignorado o material biológico coletado" por ela, porque no mesmo dia em que a ossada passou pela análise da legista, os peritos do IML do Rio colheram material biológico para outro exame de DNA.

O defensor atua como advogado de Edilberto Barros do Nascimento, um dos policiais militares acusados da morte do menino.

Enterro antecipado:
O corpo de Juan foi enterrado às 19h30 do dia 7 junho, na sepultura 336 do Cemitério Central de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e contou com forte aparato de segurança. Inicialmente, o enterro estava marcado para as 9h do dia seguinte.

R7

Gays pedem para Kassab vetar Dia do Orgulho Hétero

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) divulgou ontem (3) uma carta aberta ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), pedindo que ele vete o projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (DEM), aprovado anteontem na Câmara, que cria o Dia do Orgulho Heterossexual.

Para a entidade, há motivos históricos para haver o Dia do Orgulho Gay, mas não há razão para criar o Dia do Orgulho Hétero pela simples preservação da moral e dos bons costumes.

Um abaixo-assinado na internet organizado por uma militante da Baixada Santista, pedindo o veto ao projeto, tinha cerca de 1.500 assinaturas na noite de ontem.

Kassab informou que aguarda parecer de sua assessoria técnica legislativa antes de definir sua posição.

Quer, antes de mais nada, saber se há embasamento jurídico para vetar o projeto, uma vez que está entre as atribuições do Legislativo criar datas comemorativas. Enquanto isso, acompanha a repercussão do assunto.

Ele tem 15 dias para definir se sanciona ou veta. Caso o prazo estoure, o projeto volta à Câmara para ser promulgado pelo presidente sem necessidade de nova votação.

Se Kassab vetá-lo, os vereadores ainda podem derrubar o veto e transformar o projeto em lei mesmo contra a vontade do prefeito.

O Dia do Orgulho Hétero, a ser comemorado no terceiro domingo de dezembro, foi um dos assuntos mais comentados da internet mundial ontem. Os temas "orgulho hétero" e "invente um orgulho" estiveram o dia todo entre os trending topics do Twitter no Brasil e no mundo.

Folha OnLine

Crianças que passam por situações traumáticas têm maior risco de desenvolver doenças crônicas quando adultas, mostra pesquisa


RIO - Crianças que foram abusadas, perderam um dos pais ou sofreram outras dificuldades, como abuso de drogas por um dos responsáveis em casa, podem ter maior risco de desenvolver doenças crônicas na vida futura, sugere um novo estudo. A pesquisa, com mais de 18 mil adultos de dez países, descobriu que aqueles que dizem ter enfrentado adversidades na infância tinham grande chances de desenvolver inúmeros problemas, como artrite, asma, diabetes e dor nas costas crônica, ou dor de cabeça.

O mesmo padrão foi visto entre pessoas que contaram ter sofrido de depressão, ansiedade ou outro problema de saúde psicológica antes dos 21 anos. A descoberta, relatada no "Archives of General Psychiatry", não prova que estresse sério na infância necessariamente gera uma saúde fragilizada. Mas há um número de razões para acreditar que os dois podem estar ligados, disse a coordenadora do estudo, Kate Scott, fisiologista e professora associada da Universidade de Otago, na Nova Zelândia:

- Experiências adversas tão cedo podem moldar o estilo de vida e o comportamento de uma pessoa.

Por exemplo, algumas pessoas podem fumar, beber ou comer exageradamente como uma forma de lidar com o estresse das experiências da infância, e suas memórias. Do mesmo modo, jovens com depressão ou outras desordens mentais podem aprender a usar o cigarro ou a bebida como uma automedicação.

- Os dois quadros podem influenciar, separadamente, comportamentos relacionados à saúde do indivíduo - afirmou.

Mas também é possível que uma situação estressante forte e que dura muito tempo no início da vida tenha mais efeitos biológicos diretos, de acordo com a especialista. Em momentos de estresse, o corpo libera "hormônios do estresse", como adrenalina e cortisol, o que funciona no curto prazo.

- Mas quando o estresse está acontecendo, assim como maus tratos que duram muito tempo na infância, então pode haver consequências do grande aumento dessas respostas hormonais.

A descoberta é baseada em entrevistas com 18.300 adultos de dez países, incluindo Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Japão e México.

O Globo

Pai e madrasta da menina Joanna não irão a júri popular, diz TJ-RJ


Juiz considerou que caso não é de competência do Tribunal de Júri.
Menina de 5 anos morreu de meningite em agosto de 2010.


A Justiça do Rio decidiu que o pai da menina Joanna Marcenal Marins, André Marins, e madrasta dela, Vanessa Maia, não vão a júri popular. A informação foi divulgada na quarta-feira (3) pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). André é acusado de torturar a própria filha. Já Vanessa foi acusada pelos crimes de tortura com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel. Os dois respondem em liberdade.

Segundo o Tribunal, o juiz Murilo André Kieling Cardona Pereira, considerou que o caso não é de competência do Tribunal do Júri, pois não se trata de um delito contra a vida.

"Este juízo é absolutamente incompetente para qualquer exame da matéria”, informou o magistrado.

Ainda segundo o juiz Murilo Kieling, apenas a assistência de acusação recorreu da decisão. Mas, como o recurso não foi recebido pelo juízo, entraram com uma Carta Testemunhável, que já foi encaminhada à segunda instância do TJ-RJ. O órgão ministerial explicou que não havia indícios suficientes da existência de crime doloso contra a vida praticado pelos réus.

Relembre o caso
A menina morreu no dia 13 de agosto de 2010, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), vítima de meningite, contraída pelo vírus da herpes, após 26 dias em coma no Hospital Amiu, em Botafogo, na Zona Sul.

Joanna recebeu os primeiros socorros numa clínica na Zona Oeste do Rio e foi atendida pelo estudante de medicina Alex Sandro. Ele foi contratado irregularmente pela pediatra Sarita Fernandes, que chegou ser presa, mas responde em liberdade por homicídio, estelionato e fraude de documentos. Já Alex Sandro, acusado de exercício ilegal de medicina, continua preso.
Em junho, a Justiça do Rio confirmou que a médica Sarita e o estudante de medicina vão a júri popular.

Briga pela guarda
Joanna era alvo da disputa dos pais desde o nascimento. De acordo com a denúncia do MP, na primeira quinzena de julho de 2010, Joanna foi mantida dentro da casa dos acusados com as mãos e pés amarrados e deixada no chão por horas e dias suja de fezes e urina. O que, segundo a denúncia, teria deixado lesões físicas e psíquicas na menina. Para o MP, isso teria colaborado para a baixa de imunidade e de seu sistema imunológico.

O relatório final de conclusão do inquérito indiciava André Marins por tortura, mas o MP ampliou a denúncia. Ao ser indiciado, ele se disse surpreso com o resultado do inquérito e alegou que o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques, foi pressionado pela opinião pública para tomar a decisão.

G1

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Novo vídeo mostra jipe segundos antes de atropelamento em SP


Acidente matou o empresário Vitor Gurman, de 24 anos, na Vila Madalena.
Outras testemunhas prestaram depoimento à polícia nesta quarta-feira (3).


Novas imagens de uma câmera de segurança mostram outro ângulo do carro que atingiu o empresário Vitor Gurman, de 24 anos, na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, segundos antes do acidente. Nesta quarta-feira (3), uma nova testemunha disse à polícia que quem dirigia o carro era o engenheiro Roberto de Souza Lima, namorado da nutricionista Gabriella Guerrero.

O clima era de testemunha-chave. Escoltado por um policial civil, o rapaz foi rapidamente em direção ao carro. Segundo um dos delegados que cuidam do caso, o homem é um entregador de água, que viu o acidente que matou Vitor Gurman pelo retrovisor da moto. Ele disse que cruzou com o Land Rover, que estava a aproximadamente 100km/h, e afirmou que quem dirigia era um homem. É a segunda testemunha que coloca o dono do jipe blindado atrás do volante nos depoimentos.

Além do depoimento dele, o dia foi marcado pela divulgação de novas imagens. Uma câmera de segurança registrou o carro segundos antes do atropelamento, às 3h44 do dia 23 de julho. Vitor andava pela Rua Natingui depois de sair de um jantar. Pouco menos de um minuto depois, passou o Land Rover, que alguns metros adiante atropelou o jovem. Não é possível identificar quem estava ao volante.

“Antes de o carro passar, existem outros na rua e, pelo comparativo, em velocidade até maior do que a permitida, que é de 30 km/h. A hora que passa o Land Rover, pelo horário da filmagem, dá para perceber que é em altíssima velocidade”, diz Alexandre Venturini, advogado da família de Vitor.

Gabriella e Roberto tinham acabado de sair de um bar no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo. O manobrista afirmou que a nutricionista dirigia o carro porque Roberto parecia não ter condições de assumir o volante. “Ele estava realmente bem embriagado porque ele quase não conseguia entrar no carro. Já ela estava nervosa, mas consciente do que estava fazendo”, disse Naílson Manoel Barbosa.

O dono do bar depôs nesta quarta-feira na delegacia onde o caso está sendo investigado. Ele disse que daquela noite se lembra, com certeza, de pelo menos um detalhe. “Mil por cento que foi ela que saiu dirigindo”, disse o proprietário.

G1

Desmate na Amazônia aumenta 35% e já supera 2010


Até junho, o Deter registrou 2.429,5 quilômetros quadrados de florestas abatidas

O desmatamento na Amazônia neste ano deverá superar a taxa anual medida no ano passado. O primeiro sinal claro aparece nos alertas de desmatamento e degradação da floresta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema Deter acumulou em 11 meses do período de coleta da taxa anual uma área maior do que a captada entre agosto de 2009 e julho de 2010.

Até junho, o Deter registrou 2.429,5 quilômetros quadrados de florestas abatidas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 35% no ritmo das motosserras. No mês, o aumento foi de 28%. Os dados de julho, que completarão os 12 meses da taxa oficial, só serão divulgados no final do mês. Mas os dados até aqui já superaram os 2.294 quilômetros quadrados de desmatamento medido até julho de 2010, o menor da série histórica do Inpe. O anúncio da taxa oficial está previsto para o final do ano.

Mauro Pires, diretor de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, prefere não especular sobre a nova taxa. "Vai ficar muito próxima da taxa de 2009 e de 2010", disse. Em 2009, o sistema Prodes indicou o abate de 7.464 quilômetros quadrados de desmatamento. No ano seguinte, o Prodes mediu o corte de 6.451 quilômetros quadrados de floresta.

Qualquer número acima do recorde registrado no ano passado significará a interrupção de uma queda do desmatamento que vem sendo registrada desde 2008. E pode comprometer os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O desmatamento ainda é a maior fonte de emissão de carbono no país.

Sistemas
O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, chama a atenção para a diferença entre os dois sistemas do instituto. O Deter é responsável pelos alertas de desmatamento. Mais rápido, é menos preciso, não alcança pequenas áreas. O Prodes, no qual se baseia a taxa oficial anual de desmatamento, alcança áreas pequenas, mas só considera o corte raso de árvores.

Câmara confirma o aumento de 35% nos alertas de desmatamento do Deter no período de 11 meses. Mas não autoriza o mesmo tipo de projeção para a taxa oficial anual. "Ainda é cedo para extrapolar estes dados para o computo anual do Prodes. Ainda faltam os dados de junho de 2011 para fazer uma avaliação melhor. Se os dados de julho deste ano forem muito inferiores aos de julho de 2010, como resultado da intensa fiscalização do governo, não irá se configurar um cenário de aumento forte do desmatamento", afirmou o diretor do Inpe.

Em maio, o governo criou um gabinete de crise, com a participação da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional de Segurança, para conter o aumento de desmatamento registrado no começo do ano, sobretudo no Mato Grosso. "Diante do que poderia acontecer, a tendência que temos hoje é de contenção", insiste Mauro Pires. Em junho, o Pará foi recordista em desmatamento. O estado foi responsável por 38% do abate de árvores registrado nos seis estados da Amazônia. Em parte, o recorde pode ser justificado pela menor presença de nuvens na região no período de passagem dos satélites.

Globo Rural

ONU decreta crise de fome em mais 3 regiões da Somália


Balaad, Adale e Afgoye, no sul do país, estão em estado crítico. O órgão afirma que a ajuda que tem chegado à região nordeste da África é insuficiente, e que em um mês todo o Sul da Somália deverá estar imerso em crise

A crise de fome causada pela grave seca que atinge o nordeste da África se estendeu a mais três regiões do sul da Somália, informou nesta quarta-feira (3) a Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a Unidade de Análise de Nutrição e Segurança Alimentar da Somália (FSNAU), as áreas de Balaad, Adale e Afgoye estão em situação crítica.

"Novos dados indicam que a prevalência de desnutrição aguda e mortalidade ultrapassaram o nível da fome nas áreas de Balaad e Adale, no Shabelle Medio, e no campo de refugiados internos de Afgoye e entre a comunidade de refugiados em Mogadishu", afirmou a FSNAU em comunicado emitido em Nairóbi.

No dia 20 de julho, a ONU decretou estado de crise de fome em duas regiões do sul da Somália, Bakool e Baixa Shabelle, algo inédito neste país durante os últimos 20 anos.

"Espera-se que a crise de fome se estenda por todas as regiões do sul (da Somália) nas próximas quatro a seis semanas. É provável que persista pelo menos até dezembro de 2011", diz o comunicado, assinado também pela organização americana Rede de Sistemas de Alarme Antecipado de Crise de fome (FEWS NET, na sigla em inglês).

Dezenas de milhares de mortes teriam sido causadas pela fome e desnutrição na região, segundo o documento, e a ONU apela para que mais ajuda seja enviada à região. Até o momento, o que se conseguiu em comida, bebida e outros produtos de necessidade básica não tem se mostrado suficiente.

"A resposta de ajuda humanitária continua sendo inadequada, devido em parte às restrições ao acesso (às zonas afetadas) e às dificuldades na ampliação de programas de assistência urgente, assim como à falta de fundos", afirma a ONU.

A região do Chifre da África está imersa em uma devastadora crise de fome que afeta mais de 11 milhões de pessoas em consequência da seca, o que, no caso da Somália, se vê agravada pelo conflito e pela falta de um governo efetivo no país. Números da ONU indicam que quase metade da população somali - cerca de 3,7 milhões de pessoas - sofre com a crise humanitária. 2,8 milhões desses somalis residem no sul.

Época

MP não consegue manter ação penal por violência doméstica contra vontade da vítima


O Ministério Público (MP) do Estado de Minas Gerais recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tentativa de dar prosseguimento a uma ação penal por lesão corporal leve contra a mulher, cometida em âmbito doméstico e familiar. É um caso de aplicação da Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria da Penha.

A denúncia não foi recebida pela Justiça mineira porque não havia representação da vítima. Segundo o processo, ocorreu a retratação, na presença do MP, antes do recebimento da denúncia. No recurso ao STJ, o MP alegou negativa de vigência do artigo 129, parágrafo 9º, do Código Penal, que trata de violência doméstica, e do artigo 41 da Lei 11.340, que veda a aplicação da Lei 9.099/95 (dispõe sobre juizados especiais cíveis e criminais) em crimes com violência doméstica contra a mulher.

Em decisão individual, o desembargador convocado Adilson Vieira Macabu negou o recurso. Ele aplicou a jurisprudência do STJ, que condiciona a ação penal nos crimes de lesão corporal leve contra a mulher, em âmbito doméstico e familiar, à representação da vítima. A tese foi firmada pela Terceira Seção, em julgamento de recurso especial representativo de controvérsia (REsp 1.097.042).

Macabu explicou que o artigo 41 da Lei Maria da Penha restringe-se à exclusão dos procedimentos sumaríssimos e das medidas “despenalizadoras” dos juizados especiais.

Ainda insatisfeito, o MP interpôs, então, agravo regimental contra a decisão de Macabu, e o caso foi analisado pela Quinta Turma do STJ. Seguindo o voto do relator e a jurisprudência da Corte, a Turma negou provimento ao agravo. A decisão foi unânime.

Processos: REsp 1122932; REsp 1097042

Superior Tribunal de Justiça

Revista Jus Vigilantibus

Estudantes negros são menos de 10% nas universidades federais


Em 2003, pesquisa mostrava que taxa não chegava a 6%

Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado nesta quarta-feira (3) pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9%, os pardos 32% e os indígenas, menos de 1%.

Ainda que a participação dos negros nas federais seja pequena, houve um crescimento em relação à pesquisa anterior produzida pela Andifes em 2003, quando menos de 6% dos alunos eram negros. Isso significa um aumento de 47,7% na participação dessa população em universidades federais.

Para o presidente da associação, João Luiz Martins, a evolução é “tímida”. Ele defende a necessidade de políticas afirmativas mais agressivas para garantir a inclusão.

- A universidade tem uma dívida enorme em relação a isso [inclusão de negros]. Há necessidade de ampliar essas ações porque o atendimento ainda é muito baixo.

A entidade é contra uma legislação ou regra nacional que determine uma política comum para todas as instituições, como o projeto de lei que tramita no Senado e determina reserva de 50% das vagas para egressos de escolas públicas.

- Cada um de nós tem uma política afirmativa mais adequada à nossa realidade. No Norte, por exemplo, a universidade precisa de uma política que tenha atenção aos indígenas. No Sul, o perfil já é outro e na Bahia outro.

O estudo mostra que os alunos egressos de escolas públicas são 44,8% dos estudantes das universidades federais. Mais de 40% cursaram todo o ensino médio em escola privada. O reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), Carlos Maneschy, explica que na instituição metade das vagas do vestibular é reservada para egressos da rede pública. Desse total, 40% são para estudantes negros. Ele acredita que nos próximos anos a universidade terá 20% de alunos da raça negra.

- Antes, nem 5% eram de escola pública.

R7

Especialistas temem pela saúde de crianças que assistem a TV enquanto usam tablets, smartphones e laptops


Segundo especialistas, a nova geração está cada vez mais à vontade para usar até cinco dispositivos interativos ao mesmo tempo. Pesquisadores ingleses revelaram que crianças de apenas dez ou onze anos estão constantemente visualizando mais de uma tela de uma só vez. Quer dizer, elas assistem a TV enquanto usam tablet, smartphone ou laptop.

Embora possa parecer uma habilidade louvável, os pesquisadores alertam que isso pode estimular o sedentarismo e, consequentemente, aumentar os riscos de problemas com obesidade e saúde mental nos jovens. Hoje em dia, é possível assistir a TV "on demand" por meio da Internet, jogar games em laptops, aparelhos portáteis e celulares, manter contato com amigos através de mensagens de texto, Facebook, Skype e MSN; tudo isso ao mesmo tempo.

O estudo entrevistou 63 crianças de dez e onze anos de idade e descobriu que elas fazem questão de visualizar mais de uma tela ao mesmo tempo. O segundo dispositivo é normalmente usado para preencher as pausas durante o entretenimento; como quando mandam SMS para os amigos durante os anúncios de TV ou enquanto os jogo estão carregando.

A televisão também acaba sendo jogada para escanteio. Especialmente se o programa escolhido pela família tiver sido considerado "chato". Um dos entrevistados do estudo disse: "eu uso meu Nintendo DSi e o laptop na mesma hora. No DSi, estou no MSN, e no laptop, no Facebook; depois ainda ligo a TV".

O Dr. Russ Jago, da Universidade de Bristol, disse que "programas de TV podem ser assistidos em computadores, consoles de videogame podem ser usados para navegar na Internet, smartphones, computadores, tablets e portáteis podem tocar músicas e computadores podem fazer tudo junto".

Campanhas de saúde têm recomendado a redução da quantidade de tempo que as crianças gastam assistindo a TV. No entanto, os jovens que participaram da pesquisa tiveram acesso a pelo menos cinco diferentes dispositivos, na maioria das vezes, portáteis.

Jago conclui: "isso significa que as crianças ainda conseguem mover os equipamentos do quarto para a sala, por exemplo, quer queiram privacidade ou companhia. Isso indica que precisamos estimular as famílias a desenvolver estratégias que limitem o tempo total gasto visualizando mais de uma tela ao mesmo tempo, onde quer que isso ocorra dentro de casa".


techtudo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

‘Ela jamais faria isso’, diz mãe de adolescente que caiu de prédio em SP



A família de Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que caiu na madrugada deste domingo (31) do 15º andar do prédio onde morava com o namorado, afirmou nesta terça-feira (2) que descarta a hipótese de suicídio. “Ela jamais faria uma coisa dessas”, disse a mãe dela, Luara Adriana de Lima, de 38 anos. Os pais da adolescente concederam uma entrevista nesta tarde para falar sobre a morte de Flávia e o relacionamento dela com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos.

A morte aconteceu na madrugada de domingo, em um prédio na Rua Lutécia, Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo. O caso será investigado pela Seccional Leste como morte suspeita. Inicialmente, o registro foi feito como suicídio em uma delegacia da região. “Vamos investigar como morte suspeita para que não pairem dúvidas”, disse a delegada seccional Elisabete Sato.

Os pais disseram descartar totalmente que a filha tenha se suicidado. “Ela era bonita, inteligente, jovem, tinha planos e uma família que a amava e apoiava”, disse a mãe. A versão de suicídio foi apresentada à polícia pelo jogador. Ele disse que a jovem ficou descontrolada durante uma briga e se atirou pela sacada. Os desentendimentos começaram, ainda de acordo com o jogador, porque Flávia havia ido buscar o atleta em um bar onde ele estava bebendo, perto do apartamento.

Como havia uma cadeira perto da varanda, o caso foi registrado como suicídio no 10º Distrito Policial na Penha, Zona Leste, e depois encaminhado para o 31º DP, na Vila Carrão, na mesma região. A polícia já pediu a perícia do apartamento. Foram encontradas manchas de sangue no imóvel e o jogador disse que o ferimento era dele e foi provocado por uma caixa de som que o atingiu. Pela versão do atleta, a adolescente atirou objetos nele durante a briga.

O G1 procurou a assessoria da Portuguesa e foi informada que nem o clube nem o jogador irão se manifestar até a conclusão das investigações. A Portuguesa disse que Silva recebe atendimento jurídico e psicológico do clube.

O advogado Giuseppe Fagotti, que representa o atleta, disse que depois da morte da adolescente o clube prorrogou a licença médica de Rafael Silva, afastado por causa de uma cirurgia de descolamento de retina. O advogado afirmou ainda que, mesmo abalado, o jogador colabora com as investigações.

Relacionamento
Os pais de Flávia contaram que os dois se conheceram quando a menina tinha 13 anos, em uma feirinha na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Eles passaram a conversar pela internet, se encontraram algumas vezes e, em setembro do ano passado, a mãe disse que o jogador viajou até o município para os dois morarem juntos em São Paulo.

“Ele simplesmente veio para buscá-la. Nem tchau ela me deu”, recordou Luara. “Quando começou tudo isso, eles queriam casar de imediato. Eles combinaram de fugir juntos. Ela era uma criança que quis crescer antes do tempo”, completou o pai, o empreiteiro Francisco Carlos Lima, de 42 anos. Eles disseram que, apesar disso, apoiaram a jovem e, inclusive, compraram móveis para o casal.

Os dois afirmam que o relacionamento da filha era conturbado e que o atleta costumava beber. Luara relatou que, no dia 16 de julho, estava em São Paulo e Flávia começou a ligar seguidamente para seu celular. Quando a jovem contou que estava brigando com o jogador, a mãe decidiu chamar a polícia. Ela disse que os policiais conduziram o jogador e a jovem para o 10º Distrito Policial, mas a adolescente preferiu não registrar o boletim. “Ela não quis fazer o corpo de delito, nada”, contou a mãe.

Ao retornar ao apartamento, Luara disse que o imóvel estava revirado, havia marcas de socos e chutes em uma parede e uma garrafa quebrada no chão. “Eu perguntei se ela queria continuar vivendo assim e a levei embora para casa”, contou a mãe. Na mesma semana, a jovem voltou a conversar com o jogador. “Ela disse que eles tinham decidido que não iam morar mais juntos, só namorar. Eu não aceitei isso e, na quarta-feira, ele a veio buscar na casa dos meus pais”, lembrou.

Os pais disseram que a jovem chegou com marcas roxas em casa algumas vezes, mas nunca relatou agressões. O empreiteiro disse que a filha não contou por medo da reação. Questionado se a jovem se encantou pelo fato de o namorado ser jogador de futebol, o pai negou. “Eu não acho, porque vida confortável em casa ela tinha. Ela nem conheceu ele como jogador de futebol. Eu acho que ela se apaixonou demais, porque dinheiro o cara não tem. Quando apertava, ela corria para a gente.”

A mãe falou que a filha era “uma pessoa maravilhosa”. “Ontem eu enterrei a minha filha e hoje quem está morta sou eu”, disse. Os pais contrataram o advogado Ademar Gomes para acompanhar as investigações do caso. Ele disse que irá solicitar à polícia a reconstituição da morte, para tirar todas as dúvidas sobre o que aconteceu.

G1

Ensaio fotográfico mostra a vida no Pantanal

LEVANTA POEIRA > Na época da seca, é hora de trabalhar o gado e deixar tudo pronto à espera da próxima temporada de chuvas. Neste período, os pássaros se esbaldam com os cardumes de peixes que ficam presos nas lagoas

Quando as águas baixam os campos ficam verdinhos e a bicharada vai à caça
Depois de passar quase seis meses alagado, o Pantanal começa a submergir agora em julho. A água que invadiu grande parte da planície entre dezembro e maio vai embora Rio Paraguai abaixo, rumo à Bacia do Prata, deixando brotar os pastos naturais, as lagoas e os corichos.


BELEZA NAS ALTURAS - O Pantanal também fica mais bonito do alto. Na região do Rio Negro, é possível ver baías e salinas (lagoas de água doce e salgada, respectivamente) bem definidas

Essa transformação acontece todos os anos sempre da mesma forma e faz a alegria da bicharada, que durante seis meses se viu acuada em pequenas “ilhas” na maior planície alagada do mundo. Agora, as onças-pintadas, as capivaras, os veados, os lobos-guará, entre outras centenas de espécies do bioma, voltam a correr pelos campos, que reapareceram verdinhos.



CORES DO INVERNO - No inverno, o Pantanal é mais agradável, porque as temperaturas são amenas. Não é difícil ver uma onça-pintada rondando o rebanho ou à espreita das capivaras e dos catetos, além da multicolorida algazarra das aves ao entardecer

Para os fazendeiros, donos da maioria das terras pantaneiras, é tempo de muito trabalho. A lida, que na cheia é quase impossível, fica mais fácil, e o gado tem pasto à vontade. Mas vamos deixar as fotos contarem essa história...

Globo Rural

São Paulo amplia combate ao álcool


Duplicação do número de leitos para tratamento de dependentes e interdição de bares que venderem bebidas alcoólicas a menores de 18 anos estão entre as medidas anunciadas pelo governador

O governo do Estado de São Paulo anunciou ontem que duplicará o número de leitos para dependentes de álcool nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A medida será paralela ao Programa de Combate ao Álcool na Infância e Adolescência, que promete uma ofensiva estadual contra a bebida à semelhança da incisiva política antitabagista paulista.

A preocupação vem ao encontro dos índices que apontam, por exemplo, que 11 anos é a idade que 40% dos adolescentes e 16% dos adultos que buscaram tratamento no Centro de Referência em Álcool e Outras Drogas de SP já haviam experimentado bebida alcoólica.

Em um ano, conforme o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), serão somados 200 leitos aos atuais 200 que atendem alcoólatras pelo Caps. O projeto do programa foi enviado ontem à Assembleia Legislativa paulista, que deve apreciá-lo em até 60 dias.

O projeto prevê multa e interdição de bares que venderem e permitirem o consumo de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Também prevê campanhas educativas nas escolas. Se aprovado, bares terão que afixar placas sobre a proibição e lojas que vendem bebidas deverão deixá-las em estandes separados dos demais produtos. A apresentação do RG será obrigatória.

Bar que vender bebida a menor pagará até R$ 87 mil
As multas previstas pelo texto são de R$ 1.745 a R$ 87.250, a depender da infração, do tamanho do estabelecimento e de reincidência. A fiscalização será feita pelos 500 fiscais da Vigilância Sanitária e do Procon que já monitoram a lei antifumo. O governador diz que, se houver necessidade, o número será aumentado. Hoje, essa fiscalização é feita por agentes das subprefeituras.

Especialistas têm receio de que aumentar as punições no caso do álcool não seja tão eficiente quanto nas leis antitabagistas.

— A lei antifumo só pegou porque há décadas há campanhas desestimulando o uso e proibindo propaganda. Grandes astros do futebol fazem publicidade de bebida — analisa o promotor da vara da infância e juventude de São Paulo Thales de Oliveira.

Para Oliveira, o mais importante é a campanha educativa, sobre a qual a Secretaria da Educação paulista ainda não divulgou detalhes.

Para Arthur Guerra, coordenador do grupo de álcool e drogas da Faculdade de Medicina da USP e membro do comitê que ajudou a elaborar o projeto, a primeira resistência vai vir justamente dos pais que não veem problema em dar bebida ao filho.

— A curto prazo vamos encontrar resistência, piadas, desqualificações. Mas a médio prazo esperamos visão da sociedade mais rigorosa com seus valores — afirma Guerra.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo, Joaquim Saraiva, a fiscalização não vai afetar os bares, porque eles “já praticam” a proibição. Mas ele considera a medida boa porque dará respaldo para não venderem a quem não mostrar o RG.

A entidade foi uma das frentes contrárias à lei antifumo em São Paulo que, entre outras medidas, proibiu as áreas dedicadas a fumantes em restaurantes.

ZERO HORA

No Twitter, jogador da Portuguesa promete reencontrar namorada morta "em breve"


Rafael Silva está fora do time por causa de uma lesão no olho

O atacante Rafael Silva, da Portuguesa, se manifestou no Twitter na segunda-feira (1º) sobre a morte de sua namorada, Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que caiu do 15.º andar do prédio onde os dois moravam na madrugada do último domingo (31).

Rafael, que não tem jogado por causa de um descolamento de retina, escreveu em seu microblog que espera se reencontrar "em breve" com a garota.

- Estou muito abalado pois minha princesinha se foi. Igual à tatoo (sic) que você fez para mim, te amo eternamente. Ainda sei que um dia vou te encontrar onde você estiver, em breve passarei pro seu mundo. Te amo.

Logo depois, o jogador postou outra mensagem com conteúdo parecido.

- Meu mundo está vazio porque me abandonou meu amor. Em breve vou até você.

O caso havia sido registrado inicialmente como suicídio, mas as circunstâncias encontradas no apartamento e o histórico de brigas entre o casal fizeram a delegada seccional Elisabete Sato abrir inquérito como morte suspeita.

- Vamos investigar até para preservar a imagem do jogador, fazer tudo com transparência e apurar o que aconteceu em respeito à família da jovem. Pode ser que a versão do jogador, de que foi suicídio, esteja correta. Mas vamos investigar.

Também no Twitter, Rafael descreveu, no dia 12 de julho, uma das brigas com a namorada.

- Minha muié (sic) me abandonou. Vou voltar a jogar futebol no domingo e voltar a sorrir.

A investigação
A família da garota não acredita na hipótese de que ela tenha se jogado. Segundo a delegada, o apartamento onde os dois moravam, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, estava bem desarrumado. Também havia manchas de sangue espalhadas pelo local. Na versão do jogador, ele estaria bebendo em um bar próximo ao local e a namorada foi buscá-lo, dando início a uma briga.

Os desentendimentos continuaram no apartamento. Segundo Rafael Silva, que depôs na segunda-feira (1º) e também esteve com a polícia no local, Flávia teria atirado objetos nele, deixando marcas de sangue nas paredes. Neste momento, a jovem teria ficado descontrolada e se atirado pela sacada.

As roupas e o carro do jogador passarão por exames toxicológicos, e parentes e testemunhas começam a prestar depoimento nesta terça-feira (2).

R7

Justiça condena empresa a indenizar vigilante impedida de amamentar

Bebê morreu 50 dias após funcionária voltar ao trabalho, diz TRT-SC.
Companhia de segurança teria obrigado mãe a fazer curso longe da filha.


Uma empresa de segurança de Santa Catarina foi condenada pela Justiça a pagar indenização de R$ 100 mil a uma vigilante por supostamente tê-la impedido de amamentar uma filha recém-nascida.

Segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Santa Catarina, o valor é a título de dano moral devido pela empresa por ter dificultado a amamentação do bebê, colocando a mãe com trabalho itinerante em diversos locais, além de impor que ela fizesse um curso em uma cidade distinta de onde mora.

A funcionária pediu indenização por ter sofrido assédio moral e ter sido obrigada a afastar-se do convívio com sua filha em um momento importante para a saúde da criança, que ficou doente e morreu 50 dias após o retorno da mãe ao trabalho, informou o TRT-SC.

O G1 procurou a empresa, que não se manifestou até então sobre o ocorrido.

Morte do bebê
De acordo com o relator, juiz José Ernesto Manzi, embora não se possa estabelecer relação entre a morte do bebê e a interrupção da amamentação quando a mãe voltou ao trabalho, “é inegável que a situação lhe gerou enorme stress e abalo moral”.

O magistrado indaga se tal fato poderia ter sido evitado ou, ao contrário, “se a empresa ré contribuiu, de alguma forma, para o seu agravamento”. Segundo consta no processo, a empresa alegava que a autora se utilizava da doença da filha para não trabalhar, informou o TRT.

G1

Suspeito de abusos sexuais em cinco estados será transferido para prisão de segurança máxima


JOÃO PESSOA - Fábio Pereira de Souza, de 43 anos, suspeito de ter abusado sexualmente de pelo menos 16 adolescentes e meninas em cinco estados brasileiros será transferido para uma prisão de segurança máxima. Ele estaria recebendo ameaças de outros presos, em João Pessoa, onde está detido. Uma das vítimas do estuprador, de 13 anos, diz estar grávida dele.

A menina, de 13 anos, disse que foi obrigada por Souza a subir numa motocicleta. O suspeito a levou a uma praia deserta, onde abusou da menina. Em João Pessoa, Souza também levava as vítimas para um apartamento com um colchão jogado no chão, onde cometia os abusos.

- Toalhas, camisas, calcinhas. Tinha vários objetos que vão ser periciados agora - disse o perito criminal Uilton Videles.

A última vítima foi uma menina de 11 anos raptada no mês passado. Ela ficou 12 horas desaparecida. A polícia encontrou imagens do ataque no computador do suspeito. A gravação, de mais de 12 horas, já foi entregue à polícia. Os pais da menina dizem que o estuprador frequentou a lanchonete da família dias antes do crime.

- Uma semana antes esse cidadão pediu um copo de suco, pagou e saiu. Não ia imaginar jamais que seria um bandido - diz a mãe da garota.

Foi um retrato falado feito com a ajuda da menina que levou a polícia a prender o criminoso na última sexta-feira, em Campina Grande. Fábio disse à polícia que se chamava Abner Machado e tinha 36 anos. Ele confessou também o estupro de outra criança, de nove anos, no ano passado.

A identidade dele foi descoberta e a ficha criminal começou a aparecer. Segundo a polícia, Fábio responde a dez processos por estupro em outros quatro estados: Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte.

- Todas as vítimas dão as mesmas características, falam as mesmas coisas das práticas dele. Não tem como confundir - diz a delegada Joana D'Arc.

Fábio é casado e tem filhos, levando uma vida aparentemente normal. O criminoso se apresentava como educador e oferecia palestras sobre a reabilitação de dependentes químicos de drogas. A polícia investiga agora se ele tem ligação com a morte de uma adolescente de 15 anos quando ia para a escola.

O Globo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Namorada de jogador da Portuguesa morre ao cair de prédio em São Paulo


SÃO PAULO - Uma garota de 16 anos morreu ao cair do 15º andar de um prédio na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo. Flávia Anaí de Lima, 16 anos, namorava o atacante Rafael Silva, 20, há um ano.

O caso ocorreu neste domingo. Flávia e Silva iniciaram a discussão em um bar da capital, de acordo com testemunhas. A briga continuou no apartamento de Silva, de onde a moça caiu. Flávia teria atirado um sapato e uma caixa de som no jogador, além de ter quebrado o espelho retrovisor do carro do namorado. Silva tinha um ferimento na testa quando as equipes de resgate chegaram ao local.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Portuguesa afirmou que o clube e o jogador só irão se manifestar após a conclusão do inquérito policial. O caso está sendo tratado como suicídio, mas será investigado pelo delegado José Raimundo da Silva, do 10º DP, na Vila Carrão.

O Globo

Momentos eternizados: dia mundial da amamentação é comemorado neste 1º de agosto



Carinho, ternura, dedicação e paciência, são palavras que traduzem a amamentação. Para comemorar essa fase tão importante para toda a família de um ser que acaba de chegar ao mundo, 1º de agosto foi escolhido para comemorar o Dia Mundial da Amamentação.
Sentimentos e benefícios que já foram reconhecidos pela mãe de Maria Luíza. Aos 26 anos, Janaína Gasparini teve seu primeiro filho, a quem ela chama de herança. E conta com emoção sua experiência como mãe que faz questão de dar à pequena, um alimento bem natural e puro. “São muitas as vantagens que encontrei na amamentação. O leite materno tem benefícios muito grandes. Possui os anticorpos necessários para evitar muitas doenças no bebê, como por exemplo, a gripe”.

Mas nem sempre o pensamento da mamãe Janaína foi assim. No início, o sentimento de medo, comum para a maioria das mães, tomou conta, mas poderia ter sido evitado se não fossem alguns conselhos. “Tinha medo porque as pessoas ficam dizendo que amamentar machuca, que vai ficar ferido, mas na realidade, isso passa por uma experiência. Com paciência, calma, tudo flui e fica mais tranquilo. Me sinto uma mãe heroína por poder proporcionar isso à minha filha”, conta emocionada.

E o dia 1º de agosto é comemorado por Janaína e Maria Luíza. “Quando acordei, meu peito estava mais cheio que o normal e brinquei dizendo que é para comemorarmos a data de hoje”, conta em meio a risadas.

Data comemorativa
O dia 1º de agosto foi escolhido para comemorar o Dia Mundial da Amamentação e promover o exercício da amamentação natural, com o objetivo de combater a desnutrição infantil.

Segundo informações do Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a mais antiga estratégia natural de vínculo, proteção e nutrição para a criança. Constitui a mais econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil.

O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão. Funciona como uma vacina, protegendo a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias.

Entrevista
A enfermeira com especialidade em Saúde da Família, Luciana Travassos, participa do Jornal da Folha, pela Folha FM, na próxima quarta-feira (3), de uma entrevista que vai informar sobre os benefícios da amamentação e ainda desvendar os mitos. Participe com opiniões e perguntas. Ligue para 3421-1426 ou 3421-2529.

Samira Cunha

Folha de Guanhães

Colecionar objetos pode ser indício de transtorno obsessivo compulsivo

Estudo indica que necessidade de controle, perfeccionismo, meticulosidade e ordem extremas são comuns em colecionadores - Divulgação / Stock Photos

Hábito considerado saudável na maioria dos casos pode estar relacionado ao TOC

Colecionar objetos e guardá-los dentro de casa pode ser um sinal de alerta para o transtorno compulsivo obsessivo (TOC). Segundo uma pesquisa recente, o hábito, ainda que na maioria das vezes seja considerável saudável, pode estar relacionado com o problema.

O estudo indica que a necessidade de controle, perfeccionismo, meticulosidade e ordem extremas são características comuns de pessoas que mantêm coleções e este comportamento pode levar ao descontrole e, em casos extremos chegar à síndrome de diógenes, caracterizada pela incapacidade de se jogar fora qualquer objeto.

O TOC pode ser identificado através de sintomas como baixa autoestima, deficiência em se relacionar e socializar, além das dificuldades de enfrentar problemas.

— É preciso ficar atento aos sinais para identificar quando um simples hábito de colecionar objetos se torna uma obsessão acompanhada por impulsividade. Procurar ajuda de um profissional especializado no assunto é sempre o mais indicado para que o tratamento seja realmente eficaz — explica a psicóloga e tutora do Portal Educação Denise Marcon.

No entanto, nem todo colecionador pode sofrer com os transtornos. Na psicologia, o hábito ajuda a desenvolver diversas habilidades positivas, como perseverança, ordenação, paciência e memória.

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