sábado, 10 de setembro de 2011

Vencido pela bebida


O que o drama de Sócrates revela sobre o alcoolismo, uma epidemia subterrânea que devasta a sociedade brasileira e mata 30 mil pessoas por ano

Na segunda-feira passada, dia 5 de setembro, o cidadão Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar de um sangramento digestivo que ameaçava matá-lo. Aos 57 anos, ele é um rosto familiar aos brasileiros. Ídolo do Corinthians e da Seleção Brasileira, foi um dos grandes jogadores do futebol mundial nos anos 1980, notável tanto pela elegância e precisão de seus passes quanto por suas posições públicas contra o regime militar. Formado em medicina, inteligente e carismático, o Doutor, como costuma ser chamado, assumiu, ao deixar os gramados, a função informal de intelectual do futebol, alguém capaz de expressar com autoridade a dimensão pública desse esporte que apaixona os brasileiros.

Além disso tudo, Sócrates é também alcoólatra. Ele começou a beber pesado durante a universidade e nunca mais parou, mesmo em seus anos de atleta. Em consequência de décadas de excesso, desenvolveu cirrose hepática, doença degenerativa que destrói o fígado e provoca o colapso do restante do organismo. A cirrose causada por álcool mata mais de 11 mil pessoas por ano no Brasil. Sócrates esteve assustadoramente próximo desse desfecho na semana passada – um drama que tocou milhões de pessoas que o admiram e trouxe para os holofotes, novamente, a epidemia subterrânea de alcoolismo que devasta o país. “O drama de uma pessoa pública querida mostra que pessoas inteligentes e fortes também podem se tornar dependentes”, afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras, da Universidade Federal de São Paulo, uma das maiores autoridades em alcoolismo no país. “Sócrates é um homem bem-sucedido, brilhante e, além de tudo, médico. Se aconteceu com ele, pode acontecer com qualquer um.”

O Brasil tem um número de alcoólatras estimado em 15 milhões, o dobro da população da Suíça. Mas a realidade pode ser ainda pior. Os médicos da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas, que se dedicam a estudar a dependência química no Brasil, estimam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de brasileiros, ou 19 milhões, tenham problemas graves com a bebida. O alcoolismo mata 32 mil pessoas por ano no Brasil, está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios. Mas é algo que nosso cérebro parece ignorar para seguir operando com sanidade – até que a história de um ídolo popular como Sócrates rompe essa barreira de proteção e indiferença.

No dia 19 de agosto, ele foi internado às pressas no Hospital Albert Einstein. Seu fígado deteriorado pela cirrose comprometera a circulação sanguínea no aparelho digestivo. O órgão normal tem a consistência de uma gelatina porosa. Na cirrose, adquire a consistência de borracha. O sangue não mais segue seu caminho, fica represado e desencadeia sangramentos no estômago e no esôfago, que podem ser fatais.

Naquela primeira internação, Sócrates esteve bem perto de morrer. Primeiro, os médicos tentaram diminuir a pressão interna com medicamentos. Não funcionou. Por meio de uma endoscopia, tentaram também tratar varizes no esôfago. Não resolveu. O sangramento continuou. Na madrugada do dia seguinte, os radiologistas Breno Boueri Affonso e Felipe Nasser foram chamados ao hospital, sinal de que a situação fugia do controle. “Pode-se dizer que somos o Bope. Quando está tudo praticamente perdido, quando não há outra alternativa, pedem para a gente entrar”, diz Affonso. Eles fazem cirurgias minimamente invasivas, também chamadas de cirurgias sem bisturi. “Sócrates sangrava muito. O estado dele era praticamente de choque hemorrágico pré-óbito”, diz Affonso. Os médicos fizeram uma punção no pescoço. Guiados por um aparelho de raios X que funcionava continuamente, introduziram um cateter na veia jugular. No fígado, instalaram um pequeno tubo flexível de 1 centímetro de diâmetro, feito de níquel com titânio, pelo qual o sangue flui. A intervenção durou quatro horas. Sócrates teve uma recuperação rápida e surpreendente. “Como ele foi atleta, seu corpo é uma coisa fantástica. O coração e os pulmões aguentaram coisas que outras pessoas não aguentariam: drogas, perda de sangue, transfusões”, diz Affonso. Sócrates distribuiu autógrafos e tirou fotos com a equipe médica. “Quer dizer que você fez um furo no meu fígado?”, perguntou, brincando, a Affonso. O médico, são-paulino, respondeu: “Sim. E deixei uma marca tricolor lá”.

No dia 27, Sócrates recebeu alta. Na madrugada da última segunda-feira, começou a reclamar de tosse, mal-estar e náuseas. Foi levado ao Einstein de novo. “Ele chegou conversando, mas falando pouco”, diz Affonso. Quando os médicos suspeitaram de um novo sangramento, Sócrates recebeu anestesia geral e passou a respirar com a ajuda de aparelhos para poupar o organismo. Os médicos localizaram um novo sangramento, desta vez no esôfago. Para controlá-lo, bloquearam o vaso e ofereceram outro caminho para o sangue fluir. O que fazer se Sócrates voltar a sangrar? Os médicos poderão tentar fazer novamente tudo o que fizeram até agora, mas a cada intervenção o risco aumenta.

Época

Especialistas em saúde reprodutiva dos EUA se preocupam com mulheres latinas


Segundo estudiosos, novas políticas "excluem" latinas de benefícios

Várias especialistas em saúde reprodutiva dos Estados Unidos reivindicaram nesta sexta-feira (9) atenção sobre as novas políticas que "excluem" as mulheres latinas e que cortaram certos tipos de coberturas que as beneficiavam.

Em entrevista coletiva a diretora da Latino Initiatives, Destiny López. Segundo Destiny, os políticos cortaram os fundos "para salvar vidas" em programas de detecção de câncer, controle de natalidade, e em prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, que na comunidade latina tem mais impacto que no conjunto da sociedade.

- Mais de cem restrições a saúde reprodutiva foram criadas pelos Governos estatais e locais no primeiro semestre de 2011, o dobro do número de projetos de Lei restritivos aprovados no ano passado.

Na entrevista coletiva organizada pela Latino Officials and Advocates to Take Action, López insistiu em que as mulheres latinas constituem uma população em crescimento que "necessita" de um atendimento de qualidade e acessível em matéria de saúde reprodutiva.

A diretora adjunta do Projeto de Políticas de Saúde do Conselho Nacional da Raça, Jennifer Ng'andu, disse que "a maioria da comunidade latina não tem um médico pessoal, e a maioria também não tem uma cobertura médica".

Jennifer explicou que as novas reformas sanitárias, que criaram um serviço específico ao atendimento preventivo para a mulher, devem fazer chegar estes serviços à comunidade latina de um modo economicamente acessível.

A analista política do Instituto Nacional de Latinas para a Saúde Reprodutiva, Rebeca Medina acrescentou que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos escutou recomendações que estão sendo feitas para algumas instituições, que reivindicavam o acesso gratuito a certos serviços sanitários.

- Os novos planos de seguros devem oferecer serviços de controle de natalidade e de detecção de câncer, sem custos adicionais ou planos coparticipativos.

Em 2009, quase 25% dos pacientes que utilizaram o planejamento familiar nos EUA, mais de 620 mil pessoas, eram latinos.

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R7

Brasileira é encontrada na Rússia após ficar 6 meses desaparecida

Ustina sendo levada por policiais russos para deixar o país e ser repatriada para o Brasil, nesta semana (Foto: Reprodução/Controle Central do Ministério dos Assuntos Interiores da região de Krasnoyarsk

Interpol russa achou jovem de 23 anos após família denunciar caso à PF.
Ustina Chernishoff chegou a Mato Grosso na noite desta terça-feira (6).


A jovem brasileira Ustina Chernishoff, 23 anos, foi encontrada pela Interpol russa em 27 de agosto deste ano após ficar desaparecida desde fevereiro de 2011, quando se comunicou com a família pela última vez, por carta. Ela saiu do Brasil em maio de 2007 para viver em uma comunidade religiosa na região de Krasnoyarsk, no Oeste da Sibéria, na Rússia. A jovem foi repatriada pelo governo brasileiro nesta terça-feira (6).

Ustina figurou no canal de Difusão Amarela da Interpol, destinado a pessoas desaparecidas, a partir de abril, a pedido da Polícia Federal (PF). A corporação foi procurada pela mãe da jovem, Vera Rijkoff, 63 anos, em abril deste ano, após receber a última carta da filha.

Os policiais russos encontraram Ustina em uma espécie de vilarejo de religiosos à moda antiga, vertente do catolicismo ortodoxo russo. Segundo a PF, só é possível chegar ao local de helicóptero ou de barco.

A mãe da jovem disse ao G1 que viu a filha pela última vez no fim de 2010. Ela vive na zona Rural de Primavera do Leste (MT), onde a filha voltou a morar com ela desde terça-feira. "Estou muito feliz em ver minha filha de novo e de poder dar um abraço nela. Ela está bem cansada da viagem, está sofrida e agora está descansando". A reportagem do G1 tentou conversar com a jovem, mas a família preferiu manter Ustina isolada para se recuperar do período em que ficou distante dos parentes.

Em Primavera do Leste há uma grande colônia de imigrantes russos. A mãe de Ustina está com a saúde debilitada e a família acredita que isso tenha ocorrido por causa da ausência de contato com a filha. Ela fala português com dificuldade e com um forte sotaque russo.

Lavagem cerebral
De acordo com relatos dos parentes da jovem, Ustina estava vivendo em completo isolamento. "Ela estava trabalhando no mato, na roça. Trabalhava para ganhar comida", disse a mãe.

Tatiana, 22 anos, irmã de Ustina, afirmou que ela estaria sofrendo uma espécie de pressão espiritual por parte dos religiosos ortodoxos russos. "Eles faziam lavagem cerebral com ela. Era todo dia, toda hora. Eles diziam que ela não podia fazer nada além do trabalho porque seria pecado. Colocavam muito medo nela. Aqui no Brasil eles [católicos ortodoxos russos] não são assim". A PF informou que Tatiana visitou a irmã na Rússia em agosto de 2010.

"Quero agradecer aos brasileiros, a todos que me ajudaram a trazer minha filha de volta para casa, e aos policiais federais, que investigaram e descobriram onde ela estava. Os brasileiros são gente boa", disse Vera.

Exploração sexual
Em depoimento prestado à Polícia Federal, em Cuiabá, a mãe de Ustina relatou que temia que a filha estivesse sendo explorada sexualmente na Rússia. Nas declarações, a mãe informou aos policiais que foi proibida de visitar a filha sozinha e que só conseguiu falar com Ustina na companhia de algum religioso.

"Ela prestou depoimento por teleconferência, com apoio da Embaixada da Rússia no Brasil. A mãe relatou que esteve com a filha em Krasno, em dezembro de 2010. No depoimento, ela afirmou que a filha estava estranha, com os documentos pessoais confiscados e o passaporte também. Ela também suspeitava que a filha pudesse estar sendo explorada sexualmente", disse a delegada Simone Azuaga, da coordenação de polícia criminal internacional da PF, que repassou informações ao G1 com base no relatório de investigação sobre o caso. Ela não participou da apuração do caso.

A Polícia Federal informou que não houve crime no Brasil e que por isso trata o caso como encerrado, mas apenas espera receber uma cópia do depoimento que Ustina prestou aos policiais russos. O objetivo é saber o que ela relatou às autoridades russas sobre as condições em que vivia na comunidade religiosa em Krasnoyarsk.

Saída do Brasil
Tatiana, irmã de Ustina, informou ao G1 que a família saiu do Brasil em 2007 para o Canadá. "Viajei com ela [Ustina], meu irmão Constantin, minha mãe e meu pai [Mark Yakov]. Meu irmão mais novo ficou no Brasil. Pouco tempo depois, minha mãe voltou para Mato Grosso para cuidar do meu irmão que ficou. Eu, minha irmã, meu irmão e meu pai seguimos para a Rússia", disse a jovem.

Segundo a PF, Ustina saiu do Brasil usando passaporte canadense, já que tem dupla cidadania. O registro de saída dela do país é de 9 de maio de 2007. No dia seguinte, ela e a família entraram nos Estados Unidos. Em um voo de Nova York, eles seguiram para a Rússia, onde chegaram em 11 de maio daquele ano.

Tatiana revelou que não suportou as condições que viveria na Rússia e voltou depois de 60 dias ao Brasil. "Meu irmão ficou com Ustina, mas voltou depois de seis meses, doente, com esquizofrenia, resultado das lavagens cerebrais que sofria na comunidade religiosa". Segundo a PF, antes de Ustina voltar ao Brasil, o pai deixou a filha sozinha na região de Krasnoyarsk e foi morar no Canadá.

Ameaças do pai
Após saber que a filha estava voltando ao Brasil, Yakov teria ligado duas vezes para a família, em Primavera do Leste. "Ele não gostou de saber que ela estava voltando para casa e fez ameaças. Ele ficou muito contrariado e disse que não gostou. Agora, não sabemos se ele virá para o Brasil atrás dela", disse Vera, mãe de Ustina.

Repatriação
De acordo com o Itamaraty, Ustina foi repatriada por desvalimento, que é caracterizado quando um cidadão brasileiro se encontra no exterior sem possibilidades, por parte dele ou de seus familiares no Brasil, de garantir sua própria manutenção no exterior. Neste caso, a autoridade consular se encarrega de providenciar abrigo e alimentação ao indivíduo até que se proceda o retorno ao Brasil.

A repatriação só é feita quando o cidadão deseja voltar ao país de origem, o que, segundo o Itamaraty, aconteceu com Ustina.

O Itamaraty informou ainda que Ustina não foi expulsa da Rússia, pois não cometeu crime naquele país. Segundo a PF, o visto de permanência da jovem brasileiro venceu em 10 de agosto de 2007.

G1

9 de setembro - Dia do Veterinário


Parabéns a todos que cuidam e respeitam todos os animais!!!!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brasil tem 4.856 crianças à espera de adoção



O número de crianças aptas a serem adotadas chega a 4.856 em todo o Brasil. É o que mostra o último balanço do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) – do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O cadastro foi criado pelo Conselho em abril de 2008 para concentrar informações de todos os tribunais de justiça do país referentes ao número de pretendentes e crianças disponíveis para encontrar uma nova família, bem como acompanhar este tipo de procedimento judicial nas varas da infância e juventude espalhadas pelo Brasil. As informações, dessa forma, auxiliam os juízes na condução dos procedimentos de adoção.

Os dados são da última quarta-feira (31/08) e mostram um leve crescimento na quantidade de crianças que precisam de um novo lar, já que levantamento de julho apontou 4.760 crianças disponíveis para a adoção naquele mês. O número de pretendentes também apresentou leve aumento, segundo o cadastro: passou de 27.264 cadastrados em julho para 27.478 em agosto.

Política pública - Para a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, o cadastro é importante porque contribui para o desenvolvimento de uma política pública “inigualável”, que permite a adoção. De acordo ainda com os dados das crianças e adolescentes aptas para adoção, 2.133 são do sexo feminino e 2.723 pertencem ao sexo masculino. O Estado que mais concentra crianças e jovens é São Paulo, com 1.288 do total. Na sequência, estão o Rio Grande do Sul (792), Minas Gerais (573), Paraná (501) e Rio de Janeiro (369).

Das crianças e adolescentes inscritas no CNA, 3.749 têm irmãos. Desses, 112 têm irmão gêmeo. Quanto à raça, a maioria é parda (2.230). Em seguida, estão as crianças e adolescentes da cor branca (1.656), negra (907), amarela (35) e indígena (28). Para o juiz auxiliar da Corregedoria, Nicolau Lupianhes Neto, o CNA representa ótima ferramenta para os operadores da área do Direito da Infância e Juventude. "Contribui para que os melhores interesses das crianças e adolescentes sejam efetivados e garantidos. O aumento do número de crianças e de pretendentes vem mostrar que o cadastro está se fortalecendo dia a dia e sendo utilizado, como sempre deve ser, com mais frequência pelos Juízes e demais operadores na área", afirma o juiz auxiliar.

Pretendentes - Conforme as informações do cadastro do CNJ, o perfil exigido pelos pretendentes continua a ser o grande entrave para a adoção dessas crianças. Dos interessados em adotar, apenas 585 declararam aceitar somente crianças da raça negra. Afirmaram aceitar somente crianças brancas 10.173 dos adotantes; e somente crianças da raça parda, 1.537. Aqueles que se manifestaram indiferentes à raça somam apenas 9.137. Os pretendentes também deixaram claro o desinteresse em adotar crianças com irmãos. "Trata-se de preferência que temos que trabalhar para mostrar aos pretendentes que tal perfil não significa maior efetividade do vínculo que se irá estabelecer com a adoção. Já sentimos melhora, mas muito ainda deverá ser feito por todos que devem garantir os direitos das crianças e adolescentes", declara o juiz Lupianhes Neto.

De acordo com o CNA, 22.702 inscritos manifestaram o desejo por apenas uma criança. O número de interessados em adotar até duas crianças cai para 4.461. Quanto ao perfil dos pretendentes, 6.704 têm filhos biológicos e outros 2.702 possuem filhos adotivos. A maior parte tem entre 41 a 51 anos de idade (10.654 do total). Também, de acordo com o CNA, a maior parte dos interessados tem renda de três a cinco salários mínimos (6.583).

Fonte: Agência CNJ de Notícias

prómenino

Menina é a primeira negra diagnosticada com raro envelhecimento precoce



Londres (Inglaterra) - Uma menina negra da África do Sul pode ser a única a ter a progéria, uma doença genética rara que acelera o processo de envelhecimento e não tem cura. Ontlametse Phalatse, 12 anos, é considerada a primeira negra diagnosticada com a doença, de acordo com a Fundação de Pesquisa de Progéria. As informações são da agência AP.

Segundo a instituição de pesquisa, não se sabe quantas crianças no mundo são portadoras da doença. A diretora executiva da fundação, Audrey Gordon, diz que apenas dois africanos foram diagnosticados e os dois vivem na África do Sul - Ontlametse e uma menina de 5 anos, que é branca.

A mãe de Ontlametse, Bellon Phalatse, conta que seu bebê nasceu normal, mas logo ela percebeu que algo estava errado. O bebê apresentava erupções no corpo e ela pensou que a filha tinha uma doença de pele.

Antes de Ontlametse comemorar seu primeiro aniversário, seu cabelo estava caindo, as unhas não eram normais e havia os problemas de pele, relata a mãe. "Estávamos indo para cima e para baixo para os médicos", afirma.

O diagnóstico da doença veio com a informação de que a maioria das crianças com progéria morrem aos 13 anos. Contudo, também trouxe atendimento especializado à menina. Ontlametse e sua mãe vão para os Estados Unidos, duas vezes ao ano, realizar tratamento, onde têm acesso a medicamentos que ainda não estão disponíveis comercialmente.

O DIA ONLINE

Pôsteres tentam profissionalizar imagem de prostitutas na Irlanda


Um grupo de prostitutas irlandesas está fazendo uma campanha para combater preconceitos em relação à profissão.
Os idealizadores da campanha criaram pôsteres que mostram modelos sorrindo acompanhadas pela frase "I chose the job that suits my needs" (em tradução livre, "Escolhi o emprego que se adapta às minhas necessidades").

A ideia, segundo o site do movimento, é apresentar uma versão mais equilibrada e realista da profissão, sem vitimizar ou glamourisar homens e mulheres que optam pela atividade.

A campanha foi intitulada Turn Off the Blue Light (em tradução literal, Apague a Luz Azul) e é uma reação a uma outra, intitulada Turn Off the Red Light (Apague a Luz Vermelha), que pedia a criminalização para acabar com o tráfico de mulheres no país.

Preconceito

Segundo as organizadoras da campanha, tanto as representações negativas da prostituição quanto as positivas são nocivas.

"Por um lado, existe a imagem dos trabalhadores da indústria do sexo como mulheres abusadas, controladas por cafetões, vítimas de tráfico, desamparadas e escravizadas", diz o site.

"Esta é uma visão incrivelmente negativa do trabalho e não é realista".

Segundo o grupo, esse tipo de imagem é usado por entidades que fazem campanhas contra a prostituição para chocar o público.

"Isso diminui a autoconfiança das profissionais, encoraja o ódio à indústria do sexo e, o que é mais sério, passa uma mensagem para o público de que profissionais do sexo estão ali para ser abusadas".

No outro extremo está a imagem da "prostituta feliz", mostrando a profissão como uma forma glamourosa de ganhar muito dinheiro. Esta não é a experiência vivida pela grande maioria dos profissionais da área, diz o site.

Os pôsteres estão sendo oferecidos ao público em geral. A ideia é que simpatizantes da campanha distribuam os cartazes pelo país para informar a população.

Todos os cartazes tem textos que descrevem atividades cotidianas realizadas por uma mulher que, ao final, se revela como prostituta. Em um deles, é possível ler: "Eu preciso deixar meu filho no treino de futebol, pegar minha filha na aula de dança irlandesa, pagar minha hipoteca e minhas contas, e eu sou uma profissional do sexo."

"Temos certeza de que nossa campanha faz um retrato fiel da prostituição na Irlanda hoje, e esperamos que os pôsteres ajudem as pessoas a pensar de novo sobre como elas veem as profissionais do sexo", diz o site da campanha.

Legislação

A prostituição é uma atividade legal na Grã-Bretanha e República da Irlanda, desde que praticada por pessoas maiores de 18 anos.

No entanto, algumas atividades associadas à prostituição são proibidas, como oferecer serviços sexuais nas ruas.

Também é ilegal administrar bordéis.

Leis como essas teriam como objetivo colocar a responsabilidade sobre os que contribuem para a exploração comercial do sexo, isentando de culpa os que praticam a prostituição.

Segundo os organizadores da campanha Turn Off the Red Light, pelo fim da prostituição na Irlanda, essas leis não são suficientes e devem ser mudadas.

O grupo é uma aliança de várias ONGs que defendem direitos de imigrantes e de crianças e entidades de apoio a mulheres vítimas de violência. Entre elas, Barnardos, The Immigrant Council of Ireland e Rape Crisis Network of Ireland.

Em seu site, a aliança refuta a ideia de que a prostituição seja uma transação comercial inofensiva e consensual, entre adultos e cita os casos de vários países, entre eles, Suécia e Noruega, que optaram recentemente por criminalizar a compra (e não a oferta) do sexo - segundo a aliança, com resultados positivos.

BBC Brasil

'Não sou o monstro que dizem que sou', diz suspeito da Oscar Freire


“Minha principal intenção ao escrever esta, é tentar deixar claro para a sociedade que eu não sou o monstro que muitos dizem que sou”, afirma Lucas Rosseti, de 21 anos, em uma carta escrita em duas folhas de caderno e numa caixa de cigarros de dentro da carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro de São Paulo. Nesta sexta-feira (9), acontece a reconstituição do crime com a participação do suspeito.

O G1 obteve cópia do manuscrito do jovem, preso por suspeita de matar a facadas o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, de 21, dentro de um apartamento na Rua Oscar Freire, nos Jardins, na capital paulista, em agosto. Os corpos das vítimas foram encontrados em 23 de agosto. Após o crime, Rosseti fugiu no carro do analista para Sertãozinho, interior de São Paulo. O veículo foi achado abandonado em 28 do mês passado. O jovem foi preso pela polícia no dia seguinte.

Na carta entregue aos advogados Frederico Borges, Leonardo Borges e Cesar Augusto Moreira, Rosseti volta a alegar legítima defesa para ter matado Bozola, assim como já havia declarado em seu depoimento à Polícia Civil. Também negou ter assassinado Rezende, que, segundo o suspeito, foi morto pelo analista.

“Eu não tinha motivo algum para matar aquelas pessoas. Se eu tirei a vida de uma pessoa, foi para proteger a minha. Gostaria de deixar claro para a família do Murilo. Peço que não me encarem como um assassino e que não sintam ódio de mim, pois assim como Murilo, eu só sou um jovem cheio de sonhos que nunca causaria um mal desses a ninguém”, escreve Rosseti, segundo seus advogados informaram à reportagem.

Em outro trecho da carta, o jovem afirma que “queria estar morto no lugar daquelas pessoas”, se referindo ao analista e ao modelo. Ele ainda diz que nunca teve nenhum relacionamento homossexual com Bozola e Rezende. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o analista era gay.

Ainda segundo o documento obtido pelo G1, Rosseti diz que sua vinda a São Paulo foi “totalmente profissional”. Ele escreve que Bozola prometeu ajudá-lo nisso e, por esse motivo, deixou Igaravapa, no interior de SP, para ir até a capital paulista, onde ficou hospedado no apartamento do analista.

“Existia sim dentro de mim um ambição, a vontade de poder ter uma vida boa, mas nada que me motivase a cometer um crime bárbaro como esse”, afirma Rosseti na carta. Com letra de fôrma, o suspeito diz que “sempre foi um adolescente normal”, se “moldando sempre uma pessoa de bem”.

A respeito do cárcere, ele afirma que “nesse atual momento estou sem contato com o mundo lá fora e não sei em qual crime a Justiça pretende enquadrar o meu caso”. Em princípio, Rosseti deverá responder por latrocínio, roubo seguido de morte. Além do automóvel do analista, foram encontrados o computador, objetos pessoais e tênis da vítima com o suspeito em Sertãozinho.

Segundo Rosseti, “os detalhes de todos os acontecimentos serão divulgados através da reconstituição e depoimento oficial” dele. Na tarde desta sexta, a Polícia Técnico-Científica de São Paulo realiza a reconstituição do crime da Oscar Freire.

Reconstituição
Rosseti chegou por volta das 14h20 desta sexta-feira (9) a cena do crime para participar da reprodução simulada que será feita por peritos do Instituto de Criminalística (IC). O advogado Leonardo Borges acompanha o suspeito.

De acordo com o delegado Maurício Guimarães Soares, da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que apura o caso, a perícia vai reproduzir duas versões: a do suspeito e a da investigação policial.

O DHHP aponta outra versão: a de que Rosseti matou Bozola e Rezende por causa de uma discussão envolvendo o tempo de permanência dele no apartamento do analista. Assim como o modelo, o jovem estava hospedado no imóvel e teria se recusado a sair após uma semana. A família dela mora em Igarapava, interior de São Paulo. Para a polícia, Rosseti teria dopado as vítimas antes de esfaqueá-las.

Contra Rosseti, a investigação possui imagens de câmeras de segurança que mostram o jovem com as vítimas numa pizzaria e numa boate gay da capital paulista.

Os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) sobre as causas das mortes do analista e do modelo não tinham sido concluídos até esta sexta. Eles irão apontar se as vítimas foram dopadas.

Rosseti termina a carta pedindo desculpas a sua família e às pessoas que "gostam" dele. "Peço que toda sociedade reveja os acontecimentos e procurem saber quem eu realmente sou, apenas mais um jovem sonhador, uma pessoa de bem", escreve o suspeito. "Tenho muitas esperanças de que tudo vai ficar bem. Que Deus nos ampare sempre".

Entenda o caso
O crime, investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), ocorreu na madrugada de 23 de agosto. O suspeito é de Igarapava, cidade do interior paulista, e não tem antecedentes criminais. Ele foi preso dia 29 em uma fazenda em Sertãozinho, também no interior de São Paulo.

De acordo com as investigações, as vítimas e o assassino tinham ido a uma pizzaria e a uma boate gay no fim de semana antes do crime em São Paulo. Câmeras de segurança gravaram os três, que estavam acompanhados de outras pessoas.

Após o crime, Rosseti fugiu do prédio com o carro de Bozola.

G1

Educação sexual à chinesa



Esta professora apresenta ao menino uma boneca em uma escola no centro da China. O aluno resolveu explorar o "brinquedo". Segundo o blog Shanghaiist, a cena é parte da aula que ensina como o espermatozoide nada até encontrar o óvulo. Cegonha desempregada por lá.

Algumas escolas na China são bem liberais. Pelo menos é o que as imagens indicam. Os professores contam com ferramentas didáticas nada comuns... Bonecos com genitais.


Acima, a série de bonecos confeccionados pela Amamanta Family ajuda pais e professores de Hong Kong a responder aquelas questões embaraçosas apresentadas pelas crianças sobre de onde elas vieram.

A Associação de Planejamento Familiar de Hong Kong também resolveu ajudar criando o casal Tak e Kar Kar, que foram criados para ficarem pelados como Adão e Eva antes do pecado original. Um bebê chega a saltar da vagina da mãe como se estivesse pulando de bungee jump. Instrutivo e lúdico

Fernando Moreira

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MP quer afastar 34 PMs e prender 28 deles por processos em São Gonçalo


Policiais respondem a processos em vara onde juíza morta atuava.
MP julga que apenas a transferência de policiais seria pouco eficaz.


O Ministério Público do Rio informou nesta quinta-feira (8) que solicitou à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo o afastamento de 34 policiais militares que respondem a processos em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A medida foi tomada após a morte da juíza Patrícia Acioli, no dia 12 de agosto. Além do pedido de afastamento, o MP requereu a prisão preventiva de 28 dos 34 policiais.

“O Ministério Público precisava dar uma resposta à sociedade. Por isso fizemos o requerimento pelo afastamento cautelar de 34 policiais militares que respondem a processos por homicídio e formação de quadrilha. Dos 34, pedimos que 28 tenham prisão preventiva decretada”, esclareceu procurador-geral de Justiça, Claudio Lopes, em coletiva de imprensa.

Em agosto, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo, havia informado que solicitaria a transferência de policiais do 7ª BPM (São Gonçalo) que estivessem envolvidos em processos criminais para outros batalhões. No entanto, o Ministério Público julgou que a transferência desses agentes seria pouco eficaz.

“Esperamos que a 4ª Vara acolha o pedido e afaste os policiais. É mais eficiente do que transferi-los, já que continuariam exercendo a função de agentes nas ruas”, afirmou. Todos os 34 policiais militares passaram pelo 7ª BPM, no entanto, alguns já foram transferidos para outros batalhões.

Segundo Lopes, a lista de 34 agentes é parcial. Outros casos continuam sendo analisados. O subprocurador Antônio José Campos Moreira acredita que o Poder Judiciário vai deferir o pedido do MP.

“Houve uma avaliação criteriosa desses processos, e o Ministério Público está convicto de que o judiciário vai deferir esse pleito”, afirmou.

Policiais afastados em Niterói
No dia 25 de agosto, cinco policiais militares do 12º BPM (Niterói), que respondem por homicídio, foram afastados das ruas. Segundo a Polícia Militar, o afastamento foi determinado pelo comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, em cumprimento a uma decisão judicial da Patrícia Acioli, feita pouco antes de morrer. Enquanto estiverem afastados das ruas, os cinco PMs só podem fazer trabalhos administrativos, dentro do batalhão. Ainda de acordo com a PM, eles respondem por homicídio na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Patrícia atuava.

Ainda em agosto, a Polícia Militar confirmou também que o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, recebeu do Tribunal de Justiça do Rio uma lista com nomes de 91 agentes que respondem por homicídios na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Eles respondem a ações penais que seriam julgadas pela juíza Patricia Acioli.

G1

Algumas das 3 mil crianças que perderam pais nos ataques relembram a data


RIO - Mais de 3 mil crianças menores de 18 anos perderam o pai ou a mãe no dia 11 de setembro de 2001. A média de idade das "Crianças 11/09" é de 9 anos, mas algumas eram apenas bebês e outras não haviam nem nascido.

Algumas eram filhas de bombeiros e de funcionários dos escritórios do World Trade Centers que morreram quando dois aviões sequestrados por terroristas da al-Qaeda atacaram suas torres; outras são filhas de alguém que estava trabalhando no Pentágono, que foi atingido por uma terceira aeronave; outras eram filhas de um passageiro dentro de um dos três aviões envolvidos nos ataques ou no quarto, que caiu em um descampado na Pensilvânia.

A dor de perder um pai ou uma mãe na pior atrocidade terrorista do mundo foi enorme. O próximo fim de semana vai marcar os 10 anos desse trauma.

Para as crianças de luto, é uma chance de refletir sobre o que aconteceu na década, assim como lembrar novamente daqueles que não viveram para vê-las crescer. Muitas de suas histórias serão contadas em um documentário no Channel 4, da BBC, em "Children of 9/11" (Crianças do 11/09, em tradução livre).

Madison, Halley e Anna Clare Burnett
Agora com 15 anos de idade, as gêmeas Madison e Halley Burnett tinham 5, e sua irmã, Anna Clare, apenas 3, quando seu pai, Tom tornou-se uma das 44 pessoas que morreram abordo do Voo 93 da United Airlines. Pesquisador na área médica, ele ligou para sua esposa, Deena, de dentro do avião sequestrado, e é creditado como um dos passageiros que estragaram os planos dos terroristas de atingir a Casa Branca ou o Capitólio - em vez disso, ele caiu em um descampado em Shanksville, na Pensilvânia.

Madison

Nós éramos muito pequenas, mas nunca nos esqueceremos daquela manhã. Estávamos todas na sala de estar, e a mamãe recebeu um telefonema. Eu me lembro que ela estava chorando histericamente, mas não dizia para a gente o que estava acontecendo. O que nós não sabíamos é que era meu pai, ligando para dizer que ele estava abordo de um dos aviões sequestrados.

Ela ligou a televisão e nós pudemos ver esses prédios caindo. Foi tudo muito louco. Nós não sabíamos o que estava acontecendo. Eu só me lembro do som do choro da minha mãe, e encarar o horror das imagens na televisão.

Eu acho que a minha mãe deve ter ligado para alguém para nos levar à escola... E, depois, a maior parte do resto do dia é um branco, por mais que o que eu me lembre - bem depois - seja olhar pela janela quando já estava escuro, e ver que os outros vizinhos haviam formado uma corrente humana ao redor da nossa casa, para impedir que os câmeras de TV e os jornalistas chegassem perto. Foi quando a minha mãe disse para a gente que o papai tinha morrido, e que ele nunca mais voltaria.

Perder um pai no 11 de Setembro foi um pouco diferente de perder um pai, digamos, por um câncer, ou em um acidente de carro. Para começar, todo mundo sabia. Então, onde quer que nós fôssemos, as pessoas nos paravam para dizer que elas sentiam muito. Você não podia sair sem isso acontecer. Era um pouco assustador que todos parecessem saber tudo sobre nós.

Uma coisa que me consumiu por muito tempo foi que eu sempre rezava pelo meu pai quando ele estava viajando, mas, naquela noite, na noite antes de ele morrer, eu esqueci. Eu fiquei com isso dentro de mim por anos, mas eu me sentia muito culpada por isso. Em algum lugar ali dentro, eu pensava que era tudo minha culpa. Agora, no entanto, eu falei com a minha mãe sobre isso. E é claro que ela me assegurou que era impossível que fosse minha culpa. Mas, em algum lugar, bem lá dentro, uma parte de mim ainda acha, que, de repente, foi.

É muito difícil pensar em qualquer coisa positiva que venha de perder um pai assim, mas eu realmente tento pensar no que eu aprendi. Eu acho que é muito importante falar, explorar como você se sente. Eu não sei o que eu vou fazer quando for mais velha, mas acho que talvez faça algo relacionado ao que aconteceu comigo quando perdi meu pai. Parece que tudo na minha vida foi afetado pelo 11 de Setembro, então eu acho que é bem possível que o que eu escolher para fazer, como profissão, seja afetado por isso também.

Eu tenho muitas memórias boas do meu pai: ele era muito amoroso, e nos amava muito. Quando ele vinha para casa do trabalho, nós todas nos escondíamos atrás do sofá e depois pulávamos e dizíamos: "Surpresa!". Ele sempre fingia que estava surpreso. E, é claro, eu tenho orgulho dele também, e do que ele fez dentro daquele avião.

Halley

Eu tenho muito orgulho do meu pai e do que ele fez no 11 de Setembro, eu acho que nós todas temos. Ele era muito engraçado, e nasceu para ser um líder. Ele era sempre a pessoa no controle. Ele era muito bom em tomar decisões, e as pessoas as respeitavam e confiavam nele. Então eu consigo perceber por que ele fez o que ele fez a bordo daquele avião.

Se ele voltasse agora, eu acho que ele estaria orgulhoso de nós também, de como nós todos estamos agora. Eu acho que ele ficaria satisfeito com as nossas realizações, com as coisas pelas quais trabalhamos duro na escola. Eu contaria para ele as minhas notas e sobre o basquete. Ele ficaria feliz com isso, porque ele era um cara esportivo. Eu sempre vou sentir falta dele.

Anna Clare

Mesmo sendo muito pequena, eu me lembro daquela manhã; eu me lembro da minha mãe correndo lá para cima para ver se o voo do papai estava na televisão, porque eles estavam dizendo os números dos voos afetados. E depois o telefone tocou e era o meu pai, e eu perguntei se eu podia falar com ele.

Depois, mais tarde naquele dia, minha mãe nos disse que ele tinha morrido: ela disse que um homem mau tinha sequestrado o avião. Eu não acreditei que ele estava morto. Por mais ou menos um ano, eu pensei que ele voltaria. Eu estava sempre perguntando para a minha mãe, "Quando o papai vai voltar para casa?".

Agora, minha mãe tem um novo marido - ela casou novamente há quatro anos. Foi difícil, um homem novo entrando na nossa família. E ele tem um filho de 21 anos, então as coisas mudaram muito para a gente.

Para dizer a verdade, eu não queria um homem novo na nossa família. Primeiro, eu até tentei fazer minha mãe desistir de casar com ele. Mas, agora tudo está bem. E nós ficamos felizes que a minha mãe tenha alguém.

Rodney Ratchford
Rodney, de 21 anos, tinha 11 quando sua mãe, Marsha, morreu no Pentágono.

Eu acordei com dor de estômago no dia 11 de setembro de 2001, e era muito forte. Então, eu perguntei à minha mãe se eu podia ficar em casa, e se ela poderia tirar um dia folga do trabalho para cuidar de mim. Ela disse não. Eu tinha que ir para a escola, e ela tinha que ir ao trabalho. E nós fomos. Mas, quando ela saiu pela porta naquela manhã, foi a última vez que a vi.

Algumas horas depois, eu estava na escola quando uma professora entrou na sala de aula e disse à nossa professora para ligar a televisão. Nós ligamos e vimos o World Trade Center ser atingido. Um pouco depois, teve uma explosão imensa e toda a escola tremeu. Eu me lembro de me encolher embaixo da minha carteira e dizer: "Mamãe! Eu quero minha mãe".

O que eu não poderia saber é que a minha mãe estava no centro daquilo que conseguia escutar. Porque um avião sequestrado acabara de atingir o Pentágono, onde ela trabalhava como uma técnica de TI.

A primeira coisa que eu vi quando cheguei em casa foi meu pai. Ele estava no telefone chorando. A televisão mostrava imagens do Pentágono em chamas. Mas por muito tempo nós não desistimos de acreditar que a minha mãe viria para casa.

Algumas pessoas ainda pensavam que ele poderia achá-la semanas depois, porque nós sabíamos que havia sobreviventes inconscientes no hospital, e nós rezávamos para que ela fosse um deles. Havia tanto caos, e nós sabíamos que era possível. Mas, gradualmente, foi ficando menos e menos provável.

Minha irmã Marsha, que tinha 8 anos, e a minha irmã menor, Miranda, que tinha apenas 9 meses, e eu fomos todos ficar na casa de uma tia no Alabama. Finalmente, nós fizemos um funeral para a minha mãe, e foi muito difícil. Ela era maravilhosa, a pessoa mais doce, mas muito rígida também. Nós sempre dizíamos que você nunca ia querer ficar contra a minha mãe em uma guerra, porque ela sempre estaria no lado vencedor, sempre.

Depois que a minha mãe morreu, eu fiquei com muita raiva. Eu queria machucar as pessoas por causa do que estava acontecendo comigo. Parecia muito injusto que eu acordasse todos os dias sem uma mãe para quem dizer bom dia. Por estar tão cheio de raiva, eu não ligava para mais ninguém.

Eu entrei em uma gangue: eu consumia drogas, as vendia também. Eu estava mal. Se a minha mãe estivesse lá, quem sabe o que poderia ter acontecido? Mas a minha mãe não estava lá, e estava tudo bagunçado dentro de mim.

As coisas estão muito melhores agora, porque eu tenho uma parceira e ela tem uma filha, e nós somos uma família. Minha vida seguiu em frente. Mas o que aconteceu com a minha mãe está sempre comigo.

Eles nunca acharam o corpo dela, mas ela tem um túmulo. É uma coisa simbólica, um lugar onde eu posso ir para pensar sobre ela e para falar com ela. Eu espero que, se ela está olhando por mim, esteja orgulhosa de mim. Eu me envolvi em algumas coisas ruins, mas eu não sou uma pessoa ruim; eu consegui transformar as coisas, e eu sei que ela está satisfeita com isso.

Caitlin Langone
Caitlin, de 22 anos, tinha 12 quando seu pai, Tommy, um bombeiro, morreu nas Torres Gêmeas. Seu tio, Peter, que era irmão de seu pai e também era bombeiro, morreu no mesmo local.

Eu estava quase me tornando a pessoa que sou quando eu perdi meu pai, e meu pai era uma grande parte no processo de modelar quem eu era. Eu não lembro exatamente a última vez que eu o vi. Tinha sido o aniversário do meu irmão, Brian, então, nós fizemos uma festa no fim de semana anterior, e essa talvez tenha sido a última vez.

No dia em que aconteceu, eu estava na escola. Na hora do almoço, tinha uma menina chorando histericamente porque o seu pai trabalhava no World Trade Center. Eu fui tentar ajudá-la, e disse "Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. Meu pai é bombeiro, e ele vai tirar o seu pai de lá". Nenhum de nossos pais saiu vivo.

Brian e eu fomos da escola para casa juntos e, é claro, a televisão estava ligada e parecia bastante fascinante, na verdade, porque nós sabíamos que nosso pai era um bombeiro de Nova York e que ele estaria em algum lugar, ajudando as pessoas, como ele sempre fez em situações de emergência.

Ele já tinha estado em muitos lugares perigosos antes e ele sempre voltava para casa. Ele às vezes desaparecia por uma dia ou dois, porque nem sempre era fácil ficar em contato no meio de uma grande emergência, mas nós sabíamos disso e não estávamos pensando que a situação dele estava muito ruim.

Mas o dia passou e anoiteceu, e ainda não tínhamos notícias dele. Eu podia notar que a minha mãe estava ficando preocupada. Nós sentamos todos juntos para assistir ao discurso do George W. Bush na televisão, e o tempo todo nós estávamos pensando sobre, falando sobre o fato de nosso pai estar lá dentro, ajudando as pessoas a saírem de lá.

À noite, ainda não havia nenhum sinal de vida, então, quando eu fui para a cama, eu fiz o que eu sempre fazia quando meu pai estava em uma missão muito perigosa: eu vesti uma de suas camisas. Fez com que eu me sentisse mais perto dele. Eu tinha certeza de que ele estava vivo, e isso era uma coisa reconfortante. Eu pensei que era só porque os celulares não estavam funcionando, ou porque ele estava muito ocupado que ele não tinha ligado.

Nos dias seguintes, Brian e eu continuamos indo para a escola e parecia normal, então eu ainda tinha certeza de que tudo ficaria bem. Foi apenas quando passou uma semana depois do ataque que eu comecei a ficar insegura. Mas, de certa forma, eu estava insensível àquilo. Era simplesmente uma coisa muito grande para contemplar, que ele talvez nunca mais voltasse.

Nem o corpo do meu pai, nem o do meu tio Peter foram encontrados, mas, no fim, fizemos um funeral para eles. Nós não sabemos exatamente o que aconteceu; mas eu sei que um homem se lembrava de ter falado com um bombeiro alto de cabelos grisalhos, que o ajudou a sair de uma das torres e depois voltou para ajudar outras pessoas. Eu tenho certeza de que era meu pai: ele teria continuado ajudando as pessoas, tanto tempo quanto precisasse.

De certa forma, é a maior consolação que eu tenho, que, pelos menos, ele morreu fazendo o trabalho que ele amava. E eu acho que ajuda o fato de que ele estava lá como um bombeiro, se dedicando ao que estava fazendo e que estava preparado para morrer para salvar os outros.

Isso faz de sua morte talvez mais fácil de aceitar do que para as pessoas cujos parentes trabalhavam nos escritórios, pessoas que nunca esperavam estar em perigo. Meu pai conhecia o perigo do trabalho dele; mas ele acreditava nele, ele o amava. Sempre houve essa possibilidade na vida dele, porque era parte e uma parcela do que ele fazia.

Eu tenho um orgulho incrível dele: ele morreu sendo a melhor pessoa que ele poderia ser, e isso é bem especial. E eu sei que ele gostaria que eu me empenhasse em ser a melhor pessoa que eu posso ser também.

Há uma longa tradição do serviço público na minha família - eles não ganhavam muito, na verdade, meu pai precisava ter dois trabalhos, como policial e bombeiro, para ganhar dinheiro o bastante. É claro, o 11 de Setembro mudou isso, porque tivemos compensações.

Então, de repente, eu era uma garota que podia comprar um carro novo quando passasse no teste, e podia ir para a universidade, viver longe da família. O que me deixou chateada foram os meus amigos que, eu sabia, estavam com inveja dessas coisas. Quer dizer, eles realmente acham que eu prefiro ter o dinheiro do que o meu pai de volta?

Recentemente, eu decidi que queria uma homenagem permanente para o meu pai, então decidi fazer uma tatuagem. Foi doloroso, mas eu ficava pensando que a dor era apenas temporária. A dor de perder o papai nunca vai embora, e nunca irá.

No 11 de Setembro, eu estarei com a minha mãe e meu irmão na cerimônia no Battery Park, perto do Marco Zero. Depois, vou passear no novo museu 11/09 - as famílias são as primeiras pessoas a poderem vê-lo. Vamos passar um tempo silenciosamente no lugar das torres, pensando no meu pai, porque esse é o túmulo dele, na verdade. Nós todos vamos contar histórias sobre o papai, e vamos nos lembrar dele... E vamos pensar "Eu tinha tanta sorte de conhecê-lo, eu tinha tanta sorte de ele ser o meu pai".

Thea Trinidad
Thea, de 20 anos, tinha 10 quando seu pai, Michael, um analista de telecomunicações no World Trade Center, foi morto nos ataques.

Era um dia de escola, mas eu tinha ficado em casa por causa de uma consulta médica. Eu lembro do telefone tocando e a minha mãe dizendo em pânico "Michael!" para o telefone. Eu sabia que alguma coisa estava errada, mas pensei que era o meu tio, cujo nome também é Michael. Meus pais eram divorciados. Mas depois ela disse não, não é seu pai.

Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, mas a minha mãe correu lá para cima e ligou a televisão, e ela estava olhando as imagens do World Trade Center queimando. Como ela já tinha trabalhado lá também, estava tentando dar ideias a ele de como sair. Ela estava dizendo "você tentou não sei que escada e essa outra", esse tipo de coisa. Mas o negócio era que ele estava no 103º andar, bem acima de onde o avião tinha batido. Nós não sabíamos então, mas todas as suas rotas de saída estavam cortadas.

Depois de cerca de 10 minutos, meu pai saiu do telefone para tentar encontrar uma saída, e minha mãe e eu continuamos assistindo a televisão. E então, um tempo depois, nós vimos as torres ruírem. Eu me lembro de chorar e gritar, mas a minha mãe dizia para mim que o meu pai era o tipo de pessoa que sempre achava uma forma de sair, e que ele teria conseguido sair antes do colapso. Mas eu acho que, lá dentro, nós sabíamos que isso não era muito provável.

No dia seguinte, a minha mãe foi a Manhattan para colocar cartazes dizendo que meu pai estava desaparecido, e nós tínhamos um pouco de esperança de que o encontraríamos dessa forma. Mas nós nunca o encontramos.

Mais ou menos um ano depois, nós recebemos uma ligação dizendo que eles haviam achado os restos mortais dele. Nós esperávamos isso, mas, é claro, foi de partir o coração também. Nós já sabíamos que ele nunca voltaria, mas esse era o final com certeza, e foi difícil de aguentar. Mas, pelo menos, nós conseguimos enterrá-lo. Existe um ponto final no enterro.

O que eu achei difícil foi viver, durante anos, com o pensamento de que a morte do meu pai foi planejada - que era assassinato, e que os assassinos traçaram tudo por muito tempo, e que ele ligavam muito pouco para as vidas das pessoas que eles tirariam, ou para suas famílias.

Eu não odeio as pessoas por que elas são de determinada religião ou de uma certa parte do mundo, mas eu odeio as pessoas que estavam envolvidas - especialmente o Osama bin Laden. A morte dele neste ano foi certamente merecida. Mas, por outro lado, não trouxe o meu pai ou de ninguém de volta.

Meu pai sempre quis que eu me tornasse uma lutadora profissional, já que compartilhávamos o amor pela luta. Ele sabia que eu queria me tornar uma lutadora profissional, e realizar essa ambição se tornou muito mais importante depois que ele foi embora, porque era para ele, assim como para mim.

Então agora, 10 anos depois, é isso que eu faço: eu luto internacionalmente. É uma coisa incomum de se fazer, especialmente para uma mulher de 20 anos, mas eu sempre imagino que ele está lá na primeira fila. Ele ficaria tão orgulhoso de me ver lá em cima.

O Globo

Holanda concederá habilitação de motorista para cães


Cães guia de cego poderão dirigir carros adaptados

Todos sabem que a Holanda é um país muito permissivo.

Casais podem fazer doce amor nas praças públicas, jovens podem legalmente fumar maconha em alguns bares e restaurantes, há um bairro de meretrício com vitrines para quem deseja vender (e comprar) corpos.

Na manhã de hoje, foi anunciada mais uma novidade: cães guia de cego serão treinados para dirigir carros adaptados para suas patas.

"O trânsito da Holanda é muito tranquilo, o número de acidentes é praticamente nulo. O cego também tem direito de ter um carro", disse o porta-voz da associação, Nino Marksgaard, em coletiva diretamente do Castelo de Bostenstein, cidade próxima a Amsterdã.

Já pensou se a moda pega?

Se bem que, em se tratando do trânsito brasileiro, talvez os cães virem exemplo de conduta para os motoristas imprudentes.

R7

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ex-'bebê fumante' da Indonésia diz que abandonou o vício após 'rehab'


TV americana reencontra Aldi, que virou fenômeno online no ano passado.
Ele disse que sente vontade de fumar, mas prometeu nunca voltar ao hábito.


O bebê indonésio Aldi SugandaRizal, que ficou mundialmente famoso porque, quando tinha 2 anos, fumava 40 cigarros por dia, atualmente tem 4 anos e largou o vício.

Uma equipe da TV ABC, dos EUA, foi à casa simples em que Aldi mora com os pais em Sekayu, Sumatra, e reencontrou-o, mais de um ano após ele ter virado um fenômeno online, com um vídeo visto por mais de 13 milhões de pessoas no YouTube.

Aldi passou por um tratamento para largar o vício em Jacarta, capital do país, paga pelas autoridades de saúde, depois da repercussão internacional do caso.

Gordinho e com boa aparência, ele garante que parou de fumar, apesar de ainda sentir vontade.

Sua mãe, Diana, diz que ele às vezes faz "chantagem" e ameaça voltar ao cigarro -mas só quando quer forçá-la a comprar brinquedos.

O enviado da TV americana mostrou a Aldi pela primeira vez o vídeo em que ele aparecia fumando. Ele disse que estava feliz por se ver no vídeo, mas triste por estar sendo chamado de "menino fumante".

Questionado pelo repórter se iria voltar ao cigarro, ele disse que não."Eu prometo."

G1

STJ afirma que boletim de ocorrência basta para ação com base na Lei Maria da Penha


O registro de ocorrência perante autoridade policial serve para demonstrar a vontade da vítima de violência doméstica em dar seguimento à ação penal contra o agressor, conforme dispõe a Lei Maria da Penha. A decisão é da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e unifica o entendimento da Corte sobre o tema.

Para a ministra Maria Thereza de Assis Moura, a lei não exige requisitos específicos para validar a representação da vítima. Basta que haja manifestação clara de sua vontade de ver apurado o fato praticado contra si. Por isso, foi negado o habeas corpus. O entendimento é aplicado também pela Quinta Turma do STJ.

A denúncia havia sido rejeitada pela falta de representação, o que foi revertido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). O réu é acusado de violência doméstica (artigo 129, parágrafo 9º do Código Penal) e ameaça (artigo 147), em tese, praticados contra sua irmã. Para a defesa, seria necessário termo de representação próprio para permitir que o Ministério Público desse seguimento à ação penal.

Processo: HC 101742

Fonte: Superior Tribunal de Justiça

Revista Jus Vigilantibus

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vídeo gravado pelo exército mostra que traficantes continuam a vender drogas na Vila Cruzeiro, mesmo com ocupação militar


RIO - Apesar da ocupação militar nos Complexos da Penha e Alemão, na Zona Norte, traficantes continuam na região vendendo drogas e portando armas, mesmo que de pequeno calibre. Um video feito pelo serviço de inteligência da Força de Pacificação mostra bandidos agindo livremente na Rua 9, na Vila Cruzeiro. De acordo com o comandante da Força de Pacificação, general Cesar Leme Justo, equipes militares ficaram durante uma noite em um posto de observação e puderam constatar a boca de fumo funcionando a todo vapor. Após filmar traficantes, militares agiram no local e doze pessoas foram detidas. Duas delas, identificadas como Marcos Aurélio da Silva e Edson Marques Barros, foram presas por associação ao tráfico.

O vídeo começou a ser feito no domingo antes do conflito entre moradores e militares, que ocorreu em outro ponto, no Complexo do Alemão, e continuou sendo realizado durante toda a noite . As imagens mostram traficantes vigiando a boca de fumo no início da noite. Uma moradora chega a levar jantar para os homens que vendem drogas. Em seguida, o grupo vende drogas e conta dinheiro. O movimento da boca de fumo aumenta por volta das 23h, e o grupo somente se separa quando percebe a chegada das tropas do Exército.

O general Leme classificou como pontual o episódio entre moradores e militares no domingo no Complexo do Alemão. O comandante acrescentou que, na noite desta segunda-feira, os militares tiveram que intervir, uma vez que um grupo de mototaxistas se misturou aos manifestantes e começou a provocar os militares com palavras e jogando pedras. Na avaliação do general, um grupo, provavelmente ligado ao tráfico de drogas, se aproveitou da situação de protesto dos moradores para tentar desmoralizar a ação do Exército na região.

O Globo

Insônia tira US$ 63,2 mi da produtividade dos EUA por ano


A falta de sono custa a cada americano uma média de 11,3 dias de trabalho ou a perda de US$ 2,28 mil em sua produtividade anual

WASHINGTON - A insônia entre os trabalhadores causa uma perda de produtividade de US$ 63,2 milhões anuais nos Estados Unidos, segundo um estudo publicado na revista Sleep.

A falta de sono custa a cada americano uma média de 11,3 dias de trabalho, ou a perda de US$ 2,28 mil em sua produtividade anual. Em termos nacionais, a perda é de 252,7 dias e US$ 63,2 milhões, indicou o estudo.

"Estamos chocados com o enorme efeito que a insônia tem na vida das pessoas. É um problema subestimado, porque os americanos não estão faltando ao trabalho, mas rendem menos" devido ao cansaço causado pela insônia, disse o autor do estudo, Ronald Kessler.

O impacto da insônia na produtividade poderia justificar a criação de programas para tratá-la dentro das empresas, acrescentou Kessler, porque como não é considerada uma doença, os empregados tendem a ignorar suas consequências.

Os resultados foram extraídos de uma mostra de 7.428 trabalhadores para o Estudo Americano Sobre a Insônia, que descreveu seus hábitos de sono e seu rendimento profissional, entre outras variáveis. Segundo a pesquisa, realizada entre 2008 e 2009, 23,2% dos empregados registrou problemas de insônia.

O sintoma foi maior entre as mulheres (27,1%) do que entre os homens (19,7%), enquanto os idosos de 65 anos registraram uma menor incidência do problema que o resto dos trabalhadores (14,3%).

Outro estudo, publicado nesta mesma edição da revista, mostra que os idosos costumam ter mais disfunções do sono e explica, segundo seus resultados, que a descoloração da lente ocular pode estar relacionada com isso. "Há um forte vínculo entre o amarelamento da lente e a idade, o que pode explicar por que os problemas para dormir são mais frequentes entre as pessoas mais velhas", disse a autora desse estudo, Line Kessel.

Os pesquisadores examinaram os olhos de 970 voluntários mediante um método não invasivo para determinar quanta luz azul chega à retina. A luz azul é uma parte do espectro visível de luz que influi no ciclo normal de sono para ajudar a liberar no cérebro a melatonina, um hormônio que regula os ciclos de vigília e sono.

"Os resultados mostram que enquanto o amarelamento dos olhos com a idade tem pouca importância para a função visual, pode ser responsável pela insônia nas idosos", acrescentou Kessel.

O especialista disse que as operações de cataratas tiveram efeitos positivos nos distúrbios do sono nos pacientes. Segundo Kessel, ela e outros pesquisadores estudam um método não invasivo para eliminar a luz amarela da lente ocular com laser, mas que ainda não está pronto.

Estadão

Justiça rejeita recurso e manda prender fazendeiro pela morte de Dorothy Stang


BRASÍLIA - A 1ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará negou nesta terça-feira o recurso apresentado pelo fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta em 2005, com seis tiros.

Considerado mandante do crime, Galvão tentava anular a sentença proferida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém (PA), em abril de 2010. Além de rejeitar o apelo do fazendeiro e manter a condenação, os juízes aprovaram, por unanimidade, o pedido da relatora da apelação, a juíza convocada Nadja Nara Cobra, para a prisão preventiva de Galvão.

Condenado a cumprir a pena inicialmente em regime fechado, Galvão obteve um habeas corpus que lhe permitiu recorrer da sentença em liberdade provisória, sendo o único dos cinco acusados pelo assassinato da missionária a continuar solto. O fazendeiro sempre negou qualquer participação no crime.

Galvão ainda pode recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Porém, com o pedido de prisão cautelar aprovado nesta terça, se o fizer, deverá aguardar o julgamento na prisão, a menos que consiga outro habeas corpus. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça estadual, o mandado é emitido instantaneamente, pela internet, à Polícia Civil, encarregada de localizar e prender o fazendeiro.

Defensora dos direitos de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA), área de intenso conflito fundiário, Dorothy Stang foi morta com seis tiros em fevereiro de 2005, na cidade de Anapu (PA).

Os outros condenados por participação no assassinato da missionária são Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão; Rayfran das Neves, o Fogoió, condenado a 27 anos; Clodoaldo Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos; e Amair Feijoli, o Tato, sentenciado a 27 anos.

O Globo

Dia do Sexo: dez motivos para comemorar



Atividade sexual traz benefícios para a saúde

No dia 06 de setembro — sugestivamente, 06/09 — é comemorado o Dia do Sexo. A data é celebrada desde 2008, após uma ação de marketing de um fabricante de preservativos.

Algo tão bom quanto o sexo nem precisaria de motivos para ser praticado, certo? De qualquer maneira, Donna online lista 10 ótimas razões para aproveitar a ocasião e comemorar.

01) Sexo alivia as crises de enxaqueca
Dor de cabeça não é desculpa para fugir da relação. Pelo contrário. Segundo o ginecologista Neucenir Gallani, o orgasmo libera substâncias que atuam no sistema nervoso, como endorfinas.

— Elas diminuem a sensibilidade à dor — explica.

02) Sexo fortalece os ossos
Uma frequência regular de relações sexuais aumenta o nível de estrogênio no organismo. O hormônio feminino tem efeito protetor na saúde óssea, especialmente em mulheres que estão ou já passaram da menopausa.

03) Sexo combate a incontinência urinária
De acordo com Gillian Vanhegan, do Royal College Obstetricians and Gynaecologists, no Reino Unido, o sexo é uma boa forma para fortalecer a musculatura pélvica, que detém a urina. Conforme a idade avança, esses músculos vão enfraquecendo e a mulher pode desenvolver incontinência.

04) Sexo alivia as cólicas da TPM
Não é regra, mas acontece com algumas mulheres. Os movimentos realizados no ato sexual estimulam os órgãos internos, que ficam mais relaxados. Com isso, há diminuição das dores nos dias que antecedem a menstruação.

— Mas há mulheres que, na fase pré-menstrual, não têm disposição para o sexo e forçar a barra pode ser pior — alerta o médico Neucenir Gallani.

05) Sexo melhora o aspecto da pele
O que, para muitas, é apenas ditado popular, na verdade é comprovado por cientistas. Um estudo realizado pela Universidade Queens, no Reino Unido, apontou que o orgasmo libera hormônios ligados ao brilho e à textura da pele e dos cabelos. Além disso, a vasodilatação e o aumento da temperatura corporal causados pela atividade sexual contribuem para uma pele mais viçosa.

06) Sexo melhora o sono
O relaxamento que o orgasmo traz contribui para que você durma melhor — e não apenas no dias em que houver sexo. A reação tem efeito prolongado, devido à ação dos neurotransmissores que passam a agir no organismo com mais regularidade e numa quantidade maior.

07) Sexo diminui o estresse
O prazer associado ao sexo e às relações afetivas causa maior estabilidade emocional. Com isso, os níveis de estresse tendem a diminuir. O cortisol, conhecido como hormônio do estresse, também tem sua produção reduzida, conforme explica um estudo escocês publicado na revista Biological Psychology.

08) Sexo queima calorias
Segundo a Associação Americana de Educadores e Terapeutas Sexuais, meia hora de sexo queima, em média, 85 calorias. Imagine o efeito acumulado de quem pratica o "exercício" regularmente...

09) Sexo aumenta a imunidade
Um estudo feito pela Wilkes University, nos Estados Unidos, mostrou que uma vida sexual ativa aumenta os níveis de um anticorpo responsável pela proteção do organismo contra infecções, gripes e resfriados.

10) Sexo ajuda a envelhecer melhor
Um estudo da Universidade da Califórnia (EUA) mostrou que mulheres que transam com regularidade têm uma velhice mais tranquila. Os pesquisadores concluíram que uma rotina sexual ativa após os 60 anos contribui para a qualidade de vida e a felicidade.

donna

Produto de limpeza é usado como droga, com efeito semelhante ao lança-perfume


A droga apreendida no Rio Grande do Sul não é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ele é usado na limpeza de equipamentos eletrônicos e de refrigeração.

R7

Hemorragia é estancada, mas Sócrates continua em estado grave


Boletim médico informa que Doutor segue respirando por aparelhos; sangue volta a circular normalmente após intervenção com catéter

O Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, divulgou na manhã desta terça-feira o primeiro boletim médico sobre Sócrates. Sem dar muito detalhes do estado de saúde do ex-jogador, o hospital informou que o retorno ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando ele apresentou, mais uma vez, um quadro de hemorragia digestiva alta causada por uma hipertensão portal (pressão elevada na veia porta).

A equipe médica que está cuidando do Doutor, assim como na primeira vez em que Sócrates esteve internado, utilizou um catéter para que o sangramento fosse estancado e a circulação pudesse voltar ao normal. Apesar do procedimento ter sido considerado um sucesso, segundo informações de Kátia Bagnarelli, esposa do ex-jogador, ele continua respirando por aparelhos na UTI.

Sócrates já havia sido hospitalizado no último mês, quando apresentou pela primeira vez o problema. Na ocasião, ele passou uma semana no hospital e foi liberado no dia 27 de agosto. A família do ex-atleta informou na última segunda-feira que o quadro do Doutor é grave.

Confira o boletim médico:
O Hospital Israelita Albert Einstein informa que o paciente Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira retornou ao hospital na madrugada de segunda-feira, 05 de setembro, por apresentar novo episódio de hemorragia digestiva alta devido à hipertensão portal.

Fora adotados procedimentos medicamentosos, endoscópicos e por radiologia intervencionista para controle do sangramento. O paciente está sob cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando com o auxílio de aparelhos e em uso de drogas para manutenção da pressão arterial.

O Hospital Israelita Albert Einstein fornecerá boletins assim que houver nova informação.

Médicos Responsáveis

Dr. Bem-Hur Ferraz Neto

Dr. Pedro Custódio de Mello Borges

Diretor de Prática Médica

Dr. Oscar Fernando Pavão dos Santos

G1

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Denúncias de abuso sexual podem prejudicar missão no Haiti, diz ONU


A porta-voz da missão de paz da ONU para o Haiti (Minustah), Eliane Nabaa, reconheceu nesta segunda-feira que as acusações de abuso sexual contra um adolescente envolvendo militares do Uruguai pode causar prejuízo à relação dos “capacetes azuis” com o povo haitiano.

"É lamentável. Isso pode impactar nossa relação com os haitianos. Não podemos tolerar. Isso é muito sério. Pode impactar centenas, milhares de pessoas que têm feito um trabalho maravilhoso aqui", diz Eliane Nabaa, porta-voz da Minustah, por telefone à BBC Brasil.

O escândalo veio à tona na última semana, quando vazou na internet um vídeo feito por celular mostrando um garoto sendo supostamente abusado por militares uruguaios a serviço do ONU em uma base no sul do país.

O governo do Uruguai determinou o retorno de cinco "capacetes azuis" do país acusados de envolvimento no caso.

A porta-voz da Minustah, cujo comando militar é liderado pelo Brasil, disse que este é o primeiro caso de abuso sexual registrado pela organização.

Nabaa disse que uma comissão de inquérito está investigando o caso, que a ONU considera "inaceitável".

O caso pode aumentar a tensão entre os haitianos e as forças de paz. No ano passado, a ONU foi alvo de vários protestos durante a epidemia de cólera que matou cerca de 6 mil pessoas no país. Os "capacetes azuis" do Nepal foram acusados de disseminar a doença.

O governo uruguaio anunciou que está tomando “medidas exemplares e severas” para lidar com as acusações. Disse ainda que os acusados serão julgados e poderão ser condenados.

'Tolerância zero'
A porta-voz da Minustah disse que a ONU reagiu rapidamente às acusações de abuso assim que tomou ciência do caso, na última semana.

"A ONU tem uma política de tolerância zero com casos de exploração e abuso sexual", disse Nabaa.

No vídeo veiculado pela internet, um adolescente é imobilizado pelos militares sobre um colchão, em meio a risadas, em um aparente abuso sexual por parte dos soldados.

"As acusações são muito sérias e devem ser levadas à Justiça", disse. Nabaa não soube responder se os militares uruguaios correm o risco de serem julgados pela Justiça haitiana.

O Uruguai tem 1.2 mil militares servindo na Minustah. Na última semana, o ministro da Defesa, Eleuterio Fernandez Huidobro, classificou o caso como "aberrante".

O governo uruguaio também determinou uma investigação, que irá averiguar ainda possíveis casos de haitianas grávidas de “capacetes azuis”.

Protestos
As forças da Minustah atuam no Haiti desde 2004, quando o país mergulhou em um conflito civil após a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide.

Lideradas pelo Brasil, as forças militares se envolveram em algumas polêmicas, sendo acusadas de uso excessivo da força em algumas ocasiões.

A epidemia de cólera também prejudicou a imagem da ONU no país.

O mandado da missão de paz foi estendido no ano passado, após o país sofrer um terremoto de grandes proporções, que deixou centenas de milhares de mortos.

Apesar da presença da ONU, o país ainda vive uma situação instável. No início deste ano, os haitianos elegeram um novo presidente, Michel Martelly, que luta para se fortalecer politicamente em um cenário de grande fragilidade institucional.

BBC Brasil

Tratamento da dependência de crack e a internação compulsória


Nos últimos tempos, o crack tem sido muito discutido e apontado como o grande mal-estar da civilização atual. Inúmeras matérias têm vinculado a dependência ao crack a uma epidemia sem controle no país, considerando-a como um fato consumado e legítimo.

Apesar destas “certezas” instaladas, vale ressaltar que uma das dificuldades centrais do Brasil é a realização de estudos atualizados e de escala nacional sobre esta problemática. O que tem sido visto são diversos trabalhos de caráter não representativo do país como um todo, abusivamente utilizados e denominados como tais, o que gera uma série de distorções e falhas de estimativa e interpretação.

Para agravar ainda mais este quadro, constata-se a escassa e bastante defasada experiência de pesquisa com populações em situações de rua, e as últimas publicadas nesse sentido são em locais anteriores à emergência do crack.

Sob este panorama, é importante o cuidado do trato sobre esta problemática bem como investigações neste sentido. Vale aqui destacar a pesquisa em curso na Fiocruz em parceria com a SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas)1 que busca traçar o perfil do usuário de crack no Brasil. Esta lança mão de métodos mais novos – como geoprocessamento e utilização de amostras complexas – que, provavelmente, redefinirão o entendimento e a abordagem dessa questão nos próximos anos.

É claro que a falta de dados consistentes e atuais sobre o enfretamento do uso e da dependência do crack não significa que deva ser desconsiderado. Porém, cabe salientar que estas conclusões gerais e radicalizadas tendem a provocar intervenções extremas e imediatas sem que haja espaço para uma reflexão adequada sobre este complexo problema.

Nos dias atuais, observa-se a implementação de diversos procedimentos descolados das diretrizes básicas de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, que têm sido construídas e, indiscutivelmente progredido, a partir dos trabalhos teórico-práticos desenvolvidos ao longo dos anos.

Destaca-se, por exemplo, a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas criada em 2004. Este documento contempla, a perspectiva da atenção integral e a produção de autonomia do sujeito, criando práticas comprometidas com a promoção, prevenção e o tratamento dos agravos relacionados ao uso de drogas e à dependência química.

Sob este ponto de vista, a reabilitação psicossocial e a reinserção do usuário apostam na potencialidade do território comunitário, valorizando-o no processo de saúde-doença em relação ao consumo de substâncias. Assim, tornou-se imperativo o incremento de ações extra-hospitalares, investindo nos conceitos de território e de rede para tecer o cuidado integral. A comunidade e o meio cultural passaram então a ser elementos fundamentais para este novo modo de conceber saúde mental.

Esta modalidade de cuidado vem de encontro ao que predomina no imaginário social. Este último tende a mitificar a internação, considerando-a como a única medida resolutiva no que tange aos usuários drogas. Desta maneira, a hospitalização é utilizada de forma indiscriminada sem que haja uma avaliação adequada do caso.

Diferentemente do que predomina no imaginário social – que o isolamento através da internação é o melhor modo de cuidado do dependente químico –, é o fortalecimento das relações dos recursos locais com o sujeito que possibilitam mudanças.

Alguns municípios do Brasil, por exemplo, adotaram a compra de leitos em hospitais privados como estratégia de cuidado, buscando ofertar o número suficiente de internações aos dependentes de drogas. Tal prática, além de extremamente custosa ao SUS, não discute a real necessidade do paciente.

Nos atendimentos dos usuários de drogas, percebe-se claramente que seu pedido – e dos familiares – via de regra é pelo internamento, muitas vezes por desconhecerem outras possibilidades de tratamento. Esta modalidade de tratamento, como na abordagem de outras patologias da saúde, precisa ser compreendida como recurso último, exigindo a elevada complexidade do nível hospitalar. A internação deve acontecer em situações graves e seguir em acompanhamento após a alta, sob pena de novas e sucessivas internações.
Sob esta perspectiva, mesmo para os casos mais graves, primeiramente, devem ser oferecidos serviços que proporcionem os cuidados intensivos necessários e, ao mesmo tempo, mantenham os vínculos familiares e sociais, diferentemente do internamento.

Destaca-se como interessante alternativa ao modelo asilar e de confinamento, os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD). A modalidade de atendimento é multiprofissional, sendo o projeto terapêutico singular para cada pessoa, contemplando suas necessidades e desejos. Nesses espaços, o tratamento psicoterápico em conjunto ao medicamentoso, quando necessário; os atendimentos às famílias; os trabalhos de geração de renda e as oficinas terapêuticas são desenvolvidos. É importante esclarecer que este serviço está sempre pronto para acolher o usuário, não exigindo a sua abstinência como pré-requisito à inserção no tratamento. Além disso, outro aspecto fundamental no atendimento aos usuários de drogas, é o trabalho de reabilitação visando à reinserção social e familiar do cidadão.

Considerando que a internação não deva ser considerada como primeiro recurso no cuidado aos usuários de álcool e outras drogas, a internação compulsória tampouco. Verifica-se que o número de recaídas nestes casos gira em torno 96 a 97% . Em outras palavras, torna-se praticamente ineficaz.

Diante desta ineficácia, entende-se que esta serve apenas, como meio de impedir um perigo imediato do paciente para a sua própria segurança ou de outras pessoas, num curto prazo de tempo. Vale esclarecer que o Ministério Público Estadual é a instância que deve acompanhar e regular este procedimento.

Neste sentido, quando se vincula diretamente o cuidado das crianças e adolescentes usuários de crack à internação compulsória, traz-se grande preocupação. Não só por sua ineficácia e pelo seu alto custo comparado a outras modalidades de intervenção, mas também por não apresentar um plano terapêutico que considere a grande complexidade a que este público está inserido.

Ao se falar em crianças e adolescentes usuárias de crack, não pode esquecer-se da situação de rua em que se encontram. Muitas destas, diferentemente do que predomina no imaginário social, não estão nas ruas em decorrência das drogas, mas sim o estão em virtude de um processo violento de exclusão social e familiar. Em outras palavras, o uso abusivo de drogas consiste em um sintoma decorrente de uma emaranhada e sofrida situação.

Para se conseguir, então, resultados mais positivos e consistentes no que tange às crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack é essencial o trabalho de resgate da cidadania. Isto quer dizer que, para que o trabalho aconteça, é necessário que estes sejam reconhecidos enquanto sujeitos e, mais ainda, enquanto sujeitos de direitos.

Sob esta perspectiva, o acolhimento e a formação do vínculo são os pontos a serem perseguidos na primeira etapa de trabalho. Com estes estabelecidos, devem ser fortalecidas e desenvolvidas ações que busquem a prevenção, a promoção e os cuidados em saúde, que vão para muito além do uso da droga. É claro que estas devem estar aliadas ao trabalho intersetorial – em parceria com os setores da educação e da assistência social, por exemplo – para que se promova um real redirecionamento das trajetórias de vida destas crianças e adolescentes, considerando as suas singularidades.

Em outras palavras, deve-se ter sempre em mente que, quando trabalha com crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack, a busca pela reinserção familiar e social é imprescindível para este processo de cuidado aconteça.

1 Projeto de Pesquisa “Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, DF, 9 regiões metropolitanas e Brasil”, junho de 2010. Coordenado por Francisco Inácio Bastos (FIOCRUZ) e Flavio Pechansky (UFRGS);

2 Entrevista com Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, no Jornal da CBN, em 01 de agosto de 2011.


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Fabiana Lustosa

prómenino

Tufão Talas provoca morte na passagem pelo Japão


TÓQUIO - O número de mortes provadas pelo tufão Talas aumentou para 29 no Japão anunciou nesta segunda-feira a agência de notícias Kyodo. Pelo menos 56 pessoas continuam desaparecidos e cerca de 460 mil foram ordenadas a deixarem suas casas nas regiões oeste e central do país. O tufão também inundou casas e provocou a destruição de uma ponte.

Em um de seus primeiros atos públicos, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda, empossado apenas um dia antes da tormenta chegar à ilha, afirmou que o governo vai providenciar assistência para população afetada o mais rápido possível. Seu antecessor, o ex-premier Naoto Kan foi, em parte, pressionado a deixar o cargo após ter revoltado a população com sua resposta à tsunami, que devastou o país em março, e à crise nuclear em Fukushima. Muitos acusaram Kan de negligência.

- Nós vamos fazer tudo que for possível para resgatar pessoas e procurar os desaparecidos - prometeu Noda.

A primeira região atingida foi a ilha de Shikoku, onde o tufão tocou a terra no sábado. A principal ilha do país, Honshu, só foi afetada pelos fortes ventos na manhã de domingo.

A agência meteorológica japonesa alertou que deve haver mais chuva e que o os moradores das regiões atingidas devem ficar em casa. Na manhã de domingo, a tempestade estava se movendo para o Norte a uma velocidade de 10 quilômetros por hora.

A companhia Tokyo Eletric Power Co (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, informou que a instalação, danificada pelo terremoto e a tsunami que devastaram o Japão em março, não foi afetada pelo tufão. Os níveis de radiação na usina, que sofreu vazamentos, continuam altos.

O Globo

Corpo de arquiteto assassinado em Ipanema é sepultado no Caju

Cachorrinha do arquiteto, que estava dentro do carro no momento do crime, foi levada ao sepultamento | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Rio - O corpo do arquiteto Rômulo Castro Ramos Tavares, morto durante tentativa de assalto no último sábado, em Ipanema, foi sepultado no fim da manhã desta segunda-feira no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária da cidade. O corpo estava sendo velado na capela 1 do Memorial do Carmo desde 18h de domingo.

Cerimônia

Os familiares do arquiteto levaram para o velório a cachorrinha do arquiteto, que estava com ele no carro no momento do crime. As paredes da capela foram cobertas com poemas de Cecília Meireles. Entre as pessoas presentes estava o cenógrafo Gringo Cardia, que era muito amigo de Rômulo.

"Como pode uma pessoa ser assassinada na porta de casa por nada? Com tantas famílias acontece isso o tempo todo. É preciso dar condições mais dignas às pessoas para acabar com essa guerra na qual vivemos. Ele foi mais um mártir da cidade mais linda do mundo, mas que tem tanta brutalidade", lamentou. A coreógrafa Débora Colker também estava no enterro.

Imagens de câmeras de segurança devem ajudar a polícia a identificar os assassinos do arquiteto Rômulo Castro Ramos Tavares, 33 anos, morto sábado, às 11h, em Ipanema. As gravações dos prédios vizinhos já foram solicitadas pela Divisão de Homicídios. Ele morreu durante tentativa de assalto na Rua Prudente de Morais, na altura do número 680, um dos locais mais badalados do bairro, perto do bar Vinicius.

No momento do assalto, Rômulo, que usava um relógio Rolex, entrava na garagem do edifício com o vidro do carro aberto. Ele foi rendido por um homem armado, com capacete. Um comparsa acompanhava a ação em uma motocicleta, também com o rosto coberto. Ao ser abordado, Rômulo teria descido do veículo e caminhado em direção ao bandido, que atirou.

Segundo vizinhos, Rômulo, que completou 33 anos na última sexta-feira, era uma rapaz tranquilo e morava no prédio há dois anos.

A família do arquiteto que mora na Bahia veio para o Rio. Os criminosos não levaram o veículo e nenhum pertence da vítima. O primo do arquiteto, o jornalista Francisco Loffredi soube do crime pelo noticiário na televisão e correu para o local. “Era um jovem cheio de vida, querido por todos e um profissional muito bem sucedido”, contou. Rômulo sofreu paradas cardiorrespiratórias e morreu a caminho do Hospital Miguel Couto, na Gávea.

Moradores de Ipanema se queixam da falta de segurança no bairro. Os crimes praticados por motoqueiros e gangues de bicicleta assustam quem frequenta a região.“Apontaram a arma para minha esposa e levaram o celular”, criticou o síndico do prédio onde morava Rômulo, André Luis Saldanha, que planeja instalar câmeras no prédio. O 23º BPM, do Leblon, confirmou o aumento, em agosto, de assaltos praticados por bandidos em motos e disse que faz operações diárias para abordar motoqueiros.

O DIA ONLINE

Menino liga para polícia após ser deixado em casa com irmãos


A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou nesta segunda-feira que foi instaurado um inquérito policial para investigar o abandono de três crianças no último sábado (3), na casa em que moram, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo).

Os pais, assim como as três crianças, estiveram no Conselho Tutelar da cidade na manhã desta segunda. No início da tarde, os pais já estavam na delegacia da cidade prestando esclarecimentos.

O filho mais velho, de 12 anos, foi quem acionou a polícia pelo telefone 190. O garoto relatou que estava trancado com os irmãos --um de 2 anos e outro de cinco meses-- e que não havia comida. Ele afirmou que era comum ficar trancado em casa, e disse ter sofrido maus-tratos da mãe, inclusive queimaduras por água quente.

A secretaria informou que testemunhas confirmaram a versão do menino. O pai das crianças trabalha em São Bernardo do Campo (Grande SP), e contou à polícia que desconhecia os maus-tratos. Os três irmãos foram entregues a ele, sob supervisão do Conselho Tutelar.

Ouça a gravação em:
Folha OnLine

Menino de dez anos é flagrado preso em delegacia no PA

Garoto foi detido junto com um adulto que o acompanhava em um assalto

Um menino de dez anos foi flagrado preso junto com outros detentos em uma delegacia de Belém (PA). O menino teria roubado um celular de uma mulher no farol, junto com um adulto. A polícia, em vez de encaminhar o garoto para o Conselho Tutelar, acabou o deixando junto com os presos.

Segundo o menor, ele estava no local há dois dias. A delegada de plantão disse que só colocou o garoto lá, porque não havia outro lugar. Uma equipe de repórteres flagrou o garoto sendo acompanhado ao ir o banheiro e então trancar a porta.

O escrivão e um investigador explicaram que o menino aguardava na delegacia até que a ocorrência com adulto que o acompanhava fosse finalizada. O garoto já foi transferido para o centro especializado em crianças em adolescentes

R7

domingo, 4 de setembro de 2011

Trabalho em áreas carentes vai render ponto extra para médicos recém-formados


Governo quer atrair profissionais para regiões do pais onde há carência de atendimento

Recém-formados em medicina que trabalharem em municípios em situação de extrema pobreza ou na periferia das grandes cidades vão ganhar até 20% de pontos extras na nota final das provas de residência. Essa é mais uma estratégia do governo federal para atrair os médicos para regiões do país onde há carência de profissionais da área de saúde.

O bônus faz parte do Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica, elaborado pelos ministérios da Saúde e da Educação. A partir de fevereiro de 2012, serão abertas 2 mil vagas para os interessados no projeto. Para receber 20% de pontos extras, o residente precisa ficar dois anos no programa. Quem trabalhar por apenas um ano, terá direito à metade dos bônus. Os pontos extras já valerão para os exames aplicados em novembro de 2012.

Até o final do ano, sairá a lista com os municípios participantes do programa. O Conselho Nacional de Residência Médica vai divulgar os índices de pontuação.

Os recém-formados serão acompanhados por um tutor de uma instituição de ensino e terão assistência dos núcleos do programa Telessaúde, que oferece educação na área de saúde à distância.

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos mais de 2 mil municípios pobres em que médicos que tiveram a faculdade custeada por meio do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) poderão trabalhar para abater a dívida.

R7

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