sábado, 26 de novembro de 2011

Namorada de Nem é transferida para presídio em Bangu

Ela foi encontrada na sexta-feira pelo Bope em uma casa na Estrada da Gávea

A namorada do traficante Nem, Danúbia de Souza Rangel, de 27 anos, foi transferida neste sábado para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela foi capturada na sexta-feira por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em uma casa na Estrada da Gávea, a partir de denúncias anônimas.

Danúbia foi encaminhada para a 15ª DP (Gávea), onde prestou esclarecimentos. Depois de ser ouvida, ela foi presa sob suspeita de associação para o tráfico de drogas. Às 9h30 deste sábado, ela passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).

Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que chefiava o tráfico de drogas na Rocinha, foi preso no último dia 10, em uma abordagem policial. O traficante estava em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, mas foi transferido no dia 19 para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na manhã de quinta-feira, o traficante Robson Silva Alves Porto, apontado pela polícia como braço direito do Nem, foi preso por policiais civis em uma casa em Realengo, próximo à Vila Vintém.

(Com Agência Estado)

Veja

Saiba mais sobre as Mucopolissacaridoses, doenças genéticas que prejudicam o metabolismo

Podem ficar comprometidos órgãos como fígado, baço, pulmão e coração

Erros inatos do metabolismo. Assim podem ser caracterizadas as Mucopolissacaridoses (MPS), doenças genéticas causadas pela deficiência de uma das enzimas essenciais para a degradação das moléculas glicosaminoglicanos (GAGs). O mau funcionamento dessas enzimas pode levar a problemas clínicos, que comprometem órgãos como fígado, baço, pulmão e coração, além de vias respiratórias, ossos e articulações.

Embora os portadores de MPS nasçam normais, os sinais e os sintomas da doença — cuja manifestação é progressiva — vão surgindo progressivamente. O tratamento multidisciplinar é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Em muitos casos, o transplante de medula pode ser uma alternativa. Para três tipos de Mucopolissacaridoses, já existe um tratamento específico, baseado na reposição da enzima deficiente.

Com o intuito de debater o diagnóstico e o tratamento da doença, pesquisadores e especialistas do Brasil e de outros países estão reunidos em Porto Alegre desde a última sexta-feira, para o 8º Simpósio sobre Mucopolissacaridoses. O evento se encerra neste domingo, quando acontece no Parque da Redenção, às 11h, o "Ato de Mobilização pelas MPS". O encontro é voltado para profissionais da saúde, portadores de MPS e familiares.

O principal objetivo do Ato é chamar a atenção da sociedade gaúcha e brasileira para essas doenças, cujas diretrizes para seu tratamento multidisciplinar ainda não foram adotadas pelas autoridades de saúde, o que torna os pacientes ainda mais vulneráveis.

Para o Coordenador geral da Rede MPS Brasil — parceria de centros brasileiros que atendem pacientes com Mucopolissacaridoses (MPS) —, Dr. Roberto Giugliani, o evento é uma oportunidade de reunir especialistas de diferentes áreas e famílias com mucopolissacaridoses para discutir os problemas causados pela doença e trocar experiências.

— Apesar de serem individualmente raras, estas doenças afetam quase mil brasileiros, que sofrem com a falta de atendimento especializado — explica.

BEM-ESTAR

Menino de 13 anos mata irmão com tiro na nuca


O acidente aconteceu na cidade de Bauru, interior de São Paulo. O garoto brincava com uma arma do pai, que trabalha como agente penitenciário, quando o tiro aconteceu.

R7

Jovem é condenada a 15 anos por matar namorado em motel no RJ


Verônica Verone é acusada de enforcar homem com um cinto em motel.
Jovem foi julgada por Júri Popular por homicídio triplamente qualificado


A jovem Verônica Verone, de 18 anos, foi condenada, no início da madrugada desta sexta-feira (25), a 15 anos de prisão pelo assassinato do namorado, o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, encontrado morto em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A decisão foi anunciada por volta de 1h, no 3º Tribunal do Júri de Niterói, depois de cerca de 12 horas de julgamento.

Durante o julgamento, Verônica Verone precisou ser retirada da sala por policiais, após se descontrolar e gritar no plenário.

Nesta quinta-feira (24), 19 testemunhas de acusação e de defesa sforam ouvidas desde o começo da tarde. A jovem foi julgada pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O assassinato aconteceu dia 14 de maio em um motel da Região Oceânica de Niterói. Segundo o inquérito, Fábio foi morto por asfixia mecânica, enforcado por um cinto.

Problemas mentais

O juiz não aceitou a tese da defesa de que Verônica seria inimputável por sofrer de problemas mentais. Segundo ele, "o exame de sanidade mental, ao qual a acusada foi submetida, apontou que a mesma era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato".

"A acusada seria capaz de transportar o corpo da vítima para a garagem do hotel. Logo, poderia levar o corpo para outro lugar, no qual pudesse proceder à acusação, se quisesse. No entanto, resolveu deixá-lo na garagem do motel, local de circulação de funcionários, onde poderia ser facilmente encontrado, como ocorreu", explicou o juiz na sentença.

'Eu não matei Fábio, matei meu pai'
Em interrogatório no dia 19 de agosto, Verônica negou que tivesse tentado matar o empresário. Mas confessou que o atacou com um cinto porque, segundo disse, "ficou cega" quando ele tentou tirar sua roupa, e quis agredi-lo. "Agora caiu a ficha, eu não matei Fábio, matei meu pai", disse ela, que alega ter sido violentada na infância pelo pai, já falecido. Quando Fábio tentou tirar sua roupa, segundo contou ao juiz, ela viu nele o rosto do pai.

A mãe de Verônica, Elizabeth Verone de Paiva, foi ouvida no mesmo dia como testemunha de defesa. Ela disse que a filha e Fábio sempre foram muito amigos, que ele tinha muito carinho por ela e a chamava de "meu bebê". Segundo Elizabeth, ele frequentava a casa dela e a chamava de tia.

G1

Danúbia Rangel, mulher do traficante Nem, está presa

Conhecida como Xerifa na comunidade, ela vai dormir na 15ª DP (Gávea)

RIO - A polícia prendeu na sexta-feira na Rocinha, em flagrante, por associação ao tráfico, Danúbia de Souza Rangel, mulher de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-chefe da venda de drogas na favela. Ela foi localizada pelo Bope após uma informação passada ao Disque-Denúncia (2253-1177). Danúbia, conhecida como a "Xerife" da Rocinha, estava na casa de uma cabeleireira na Estrada da Gávea. O delegado titular da 15 DP (Gávea), Carlos Augusto Nogueira Pinto, prendeu a mulher baseado em depoimentos e em fotos de sites de relacionamento em que Danúbia aparece com joias, perto de um helicóptero, ostentando riqueza.

Carlos Augusto afirmou que a mulher recebia presentes de Nem, comprado com dinheiro de atividades ilícitas. De acordo com o delegado, há três inquéritos na delegacia da Gávea investigando a quadrilha que atua na Rocinha. Num deles, há depoimentos formais e informais, além de fotos de sites que, segundo Carlos Augusto, mostram o enriquecimento da mulher de Nem, que não teria como comprovar renda.

Delegado se baseou em escutas telefônicas

O delegado pegou ainda provas emprestadas de um inquérito da Polinter, onde há escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a fim de respaldar um pedido para transformar a prisão de Danúbia em preventiva. No inquérito, há diálogos entre integrantes do bando de Nem que comprometeriam Danúbia.

— Estou pedindo à Justiça para converter a prisão em flagrante em preventiva. Danúbia está se locupletando com o dinheiro de pessoa ligada ao tráfico — disse Carlos Augusto.

Segundo o policial, ela passaria a noite na delegacia e, na manhã deste sábado, seria levada para a Polinter. Ao ser perguntado se a ordem para prendê-la em flagrante partira da chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, Carlos Augusto negou, assegurando que a decisão fora dele. Quando foi informada da prisão, Danúbia, chorou, segundo o delegado. Ela disse que só prestaria depoimento em juízo.

Mulher não quis revelar onde está morando


Segundo o sargento Glebson Ferreira, da assessoria de comunicação do Bope, uma ligação feita para o Disque-Denúncia informou que a mulher de Nem estava na casa de uma amiga, dona de um salão de beleza. Ao ser abordada, Danúbia disse que retornou à favela por saudades da filha, mas não revelou onde estava morando.

Não havia mandado de prisão contra ela, mas a mulher não se recusou a acompanhar o Bope à delegacia. Ela pediu apenas que fosse acompanhada pela irmã. Danúbia já tinha sido indiciada num inquérito distribuído para a 29ª Vara Criminal da Capital por associação ao tráfico, tráfico e lavagem de dinheiro, mas a justiça questionou o Ministério Público. Num segundo momento, o MP corrigiu a denúncia, e Danúbia foi excluída do processo, permanecendo apenas Nem; a mãe de Danúbia, Maria das Graças, e dois cúmplices do traficante.

Segundo a juíza Maria Tereza Donatti, a mãe de Danúbia continuou no processo porque não sabia sequer dirigir, mas comprou um carro que a filha utilizava.

Braço direito de Nem participava de torturas a moradores


O gerente do tráfico do Vidigal, Robson Silva Alves Porto, conhecido como “99”, que é apontado como braço direito de Nem, foi preso em Realengo, nesta quinta-feira. Ele foi encontrado por policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher Belford Roxo (Deam - Belford Roxo), com apoio da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma casa próximo à Vila Vintém, de onde pretendia fugir.

Segundo a titular da Deam-Belford Roxo, Soraia Vaz de Sant’ana, os agentes chegaram ao bandido após denúncia feita por uma mulher, afirmando que traficantes estariam na região. De acordo com a delegada, dias antes à prisão do traficante, uma equipe da especializada foi ao local e constatou que havia a possibilidade de o traficante “99” estar escondido lá.

O titular da Dcod, Pedro Medina, afirmou que o criminoso era um dos mais leais ao traficante Nem e foi responsável pela retomada do Morro do Vidigal, que pertencia à facção rival à do chefe da Rocinha. Segundo ele, "99" é acusado pela morte do ex-chefe do Vidigal, José Carlos de Oliveira, o "Cabeção", em janeiro. Ainda de acordo com o delegado, Robson é conhecido por ser violento, participando de torturas a moradores e esquartejamentos de corpos na favela.

Para o subchefe Operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, a ação mostra que a polícia não para de agir após a pacificação de uma comunidade.

"Essa prisão mostra que o trabalho da Polícia Civil não termina após a comunidade ser pacificada. Com a prisão deste traficante, outras informações foram colhidas, que nos ajudarão em investigações", afirmou, em nota, Fernando Veloso.

O Globo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mulheres: Lisboa recebe marcha pelo fim da violência



Realizou-se esta sexta-feira, em Lisboa, a primeira Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A iniciativa insere-se nas comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, decretado pelas Nações Unidas em 1999 e que se assinala hoje, e contará com a participação de dezenas de associações e até de partidos políticos.

A marcha foi organizada conjuntamente pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), pela ComuniDária (Integração de Migrantes e Minorias Étnicas) e pelo Movimento SlutWalk Lisboa.

No manifesto da iniciativa, os responsáveis explicam que, com esta marcha, o propósito é "sensibilizar a sociedade" para o fenómeno da violência. De acordo com a organização, "é imperativo que se comecem a adotar, de forma rigorosa e generalizada, os mecanismos necessários para combater as opressões de género, articuladas com opressões económico-sociais, de etnia, nacionalidade, orientação sexual e outras".

O início da caminhada estava marcado para as 17:00h no Largo Camões e o grupo segue depois até ao Rossio. Entre os nomes que se associaram ao evento encontram-se a Amnistia Internacional Portugal, que considera a violência sobre as mulheres uma "das mais vastas e persistentes violações de Direitos Humanos", o Bloco de Esquerda, a ILGA Portugal, a Liga Portuguesa Contra a Sida, entre vários outros.

Entretanto, a AMCV - Associação de Mulheres contra a Violência, que também apoia esta marcha, assinalará os 16 dias de ativismo pela eliminação da violência contra as mulheres (entre 25 de Novembro e 10 de Dezembro) com o lançamento de um spot publicitário sob o lema "Há um telefone que pode salvar a vida de muitas mulheres".


[Notícia sugerida por Alexandra Luís]

Boas Notícias

Júri inocenta ex-PM acusado de matar menino João Roberto

Criança morreu quando o carro em que estava foi confundido com o de bandidos

Após julgamento de sete horas, o ex-PM Elias Gonçalves foi inocentado nesta quinta-feira (24) da acusação de matar o menino João Roberto Amorim Soares, na Tijuca, zona norte do Rio, em 2008. Cinco jurados votaram pela absolvição e dois, pela condenação. Elias foi absolvido da morte do menino de três anos e da tentativa de homicídio da mãe dele e do irmão. A família deixou o 2º Tribunal do Júri da capital antes do fim do julgamento e não falou com a imprensa.

Willian de Paula, outro ex-PM envolvido no crime, foi condenado a sete meses de detenção em regime aberto pelo crime de lesão corporal leve em dezembro de 2008. Entretanto, a sentença foi anulada e ele deve enfrentar novo júri popular. A Promotoria recorreu do primeiro julgamento por entender que Willian de Paula também teve envolvimento na morte.

Ao falar no júri, Elias Gonçalves negou envolvimento nos disparos que mataram o menino. Ele disse que atirou apenas uma vez para intimidação. Em seu depoimento, Gonçalves culpou William de Paula, que estava com ele na viatura, e diz que não havia se pronunciado antes por medo e pressão do colega.

- Desde o começo, sabia que o carro de Alessandra não era o veículo que perseguíamos. Por isso, não entendi quando escutei os tiros e vi William gritando. Dei um tiro, mas não em direção ao carro, apenas para ver a ameaça que William estava vendo.

Gonçalves disse que viu quando a mãe de João Roberto jogou a bolsa para fora do carro - ela fez isso com a intenção de que os policiais percebessem que atiravam em um carro com crianças dentro. O ex-PM disse que, nessa hora, William levou a mão à cabeça e percebeu o erro. O ex-policial diz que portava uma pistola e seu colega estava com duas armas, uma delas um fuzil.

- Estou humilhado e não pude me defender. Não é destruindo outra família que se faz justiça. Tenho certeza que não atirei naquele carro.

De acordo com o advogado de Elias Gonçalves, o defensor público Marcelo Fonseca, o documento de controle da munição do batalhão da PM ao qual pertenciam os policiais foi a principal prova para a absolvição.

- Trabalhamos no julgamento com provas dos laudos periciais e com o documento de controle de munição do batalhão que comprova que Elias atirou apenas uma vez, enquanto William atirou 21 vezes.

Relembre o caso

O menino João Roberto foi baleado no dia 7 de julho de 2008, durante uma ação de PMs na Tijuca. Ele morreu com um tiro na cabeça no carro em que estava com sua mãe e o irmão de nove meses. O carro foi confundido com um veículo usado por bandidos.

A Justiça condenou o Estado a pagar R$ 900 mil de indenização por danos morais à família de João. Os policiais militares Willian de Paula e Elias Gonçalves foram indiciados por homicídio doloso qualificado.

R7

PF realiza operação para desarticular quadrilha de traficantes

Policiais cumprem mandados de prisão em dezenas de endereços da Região Metropolitana

RIO - Policiais federais do Rio estão cumprindo, na manhã desta sexta-feira, mandados de prisão de traficantes e de busca e apreensão em dezenas de endereços na Região Metropolitana do estado. O objetivo é desarticular uma grande quadrilha de traficantes de drogas que atuava no Rio a partir do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, com apoio e participação de policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo). Foi do batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo que saíram os policiais militares acusados de executar a juíza Patrícia Acioli. Ao todo, 22 policiais militares foram identificados nas investigações. Eles foram presos no mês passado por determinação judicial.

Batizada de Martelo, numa referência à atuação rigorosa da magistrada, a operação está sendo realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual e com o apoio do setor de inteligência da Secretaria de Segurança do Rio e da Corregedoria da Polícia Militar do Rio. Participam da ação 410 policiais, sendo 330 federais, por terra, ar e mar, cumprindo 46 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão.

A investigação teve início no mês de outubro de 2009, com o objetivo de apurar os envolvidos com o tráfico de drogas no Complexo do Salgueiro, considerado atualmente pela PF um dos maiores entrepostos de drogas do estado. Durante as investigações, diálogos comprometedores foram interceptados pelos policiais federais com autorização judicial. Os traficantes são da mesma organização criminosa que dominava o tráfico nos complexos da Penha e do Alemão, ocupados por forças federais há um ano para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Os policiais federais identificaram ainda que o grupo de traficantes atuava no estado em parceria com bandidos da facção criminosa de São Paulo praticando assaltos, tráfico de drogas e rebeliões em presídios. A quadrilha de São Gonçalo era comandada de dentro do Complexo Penitenciário de Bangu, pelo traficante Antônio Ilário, o Coroa ou Rabicó.

Nas investigações, os policiais federais descobriram o envolvimento de diversos policiais militares lotados na época no 7º BPM em crimes como tráfico de drogas e extorsão. Em algumas escutas, os PMs são flagrados pedindo dinheiro aos bandidos, falando sobre sequestros parentes e membros da quadrilha e até ordenando assassinatos.

Segundo relatórios da PF e do MP estadual obtidos pelo GLOBO, a identificação dos policiais flagrados nas escutas telefônicas foi possível em razão das datas, das escalas de serviço, da composição das guarnições e do teor dos diálogos travados em comparação com as informações prestadas pela Corregedoria Geral Unificada sobre a qualificação, escalas de plantão e números e placas de viaturas utilizadas. Os federais também usaram um exame minucioso de con fronto de padrão de voz.

O Globo

25 de novembro: Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher

O drama familiar vivido pela personagem Celeste, interpretada pela atriz Dira Paes, na novela Fina Estampa, da Rede Globo, é um bom exemplo sobre como proceder ao ser vítima de violência contra a mulher. Após anos de sofrimento e inúmeros hematomas, ela dá um basta na violência praticada pelo marido Baltazar, vivido pelo ator Alexandre Nero, e o denuncia à polícia. Preso em flagrante, ele vai preso, como deveria acontecer com todo homem que pratica violência contra o sexo feminino, seja parente ou não.
Existem muitas campanhas e as leis estão mais severas, por isso os números estão diminuindo, mas ainda há muito que se feito. O apoio de familiares e da sociedade aliado a informação é, sem dúvida, a grande arma contra a violência à mulher. Para conscientizar a população sobre esse grave problema social que atinge todo o mundo, dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher.
Para a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a data é uma ótima oportunidade para debater a questão. “As mulheres estão se conscientizando do apoio social que vão receber se resolverem denunciar seus agressores. Isso graças às campanhas e debates promovidos pela mídia em geral. Apesar do tema ter ganhado o horário nobre da TV, muitas mulheres ainda são agredidas e até mortas por seus companheiros”, afirma a médica.
Recente pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC, revela que a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Prova disso é que somente no Estado de Minas Gerais, nos oito primeiros meses de 2011, o número de mulheres que pediram ajuda contra a violência aumentou cerca de 160%, segundo o Centro Risoleta Neves de Atendimento (Cerna). O serviço registrou 359 novos casos, contra 137 em 2010. Dados revelam que 80% das agressões acontecem dentro de casa, normalmente provocadas por maridos e namorados. A motivação da violência são ciúmes, drogas, alcoolismo, entre outros.
“Mesmo com o aumento das denúncias, muitas mulheres ainda não delatam seus agressores. Isso se deve ao medo da impunidade, do amor a este homem, da proteção aos filhos e vergonha. Outras tantas mulheres após denunciar voltam a se relacionar com o agressor pelos mesmos motivos”, diz a psicanalista.
Ainda de acordo com os dados do Cerna, o número de mulheres que retornaram e permaneceram em atendimento aumentou também para 10%. Foram 821 de janeiro a agosto deste ano e 747 no mesmo período do ano passado.
Consequências no corpo e na mente
Além das marcas deixadas pelo corpo, quem agride deixa marcas sérias no psicológico da vítima. De acordo com a psicanalista, as mulheres agredidas podem apresentar alguns sintomas psicossomáticos como estresse pós-traumático, destruição da autoestima, apatia, depressão, ansiedade, distúrbios sexuais, distúrbios do sono, pânico, abuso na ingestão de substâncias, ansiedade generalizada, fobia, entre outras.
“As marcas do corpo são curadas, mas as psicológicas são difíceis de cicatrizar. Além disso, não só a mulher agredida sofre, mas também todos que convivem com ela. O apoio e a solidariedade de familiares, filhos, amigos e vizinhos é um grande aliado neste momento”, diz Soraya Hissa.
Vamos denunciar
A vítima pode ligar para o número 180, Central de Atendimento à Mulher, serviço que pertence à Secretaria Nacional de Política para as Mulheres ou procurar delegacias e outros órgãos especializados em atendimento ao público feminino. Não é preciso se identificar e o serviço funciona 24h. Em casos mais urgentes, os denunciantes são orientados a ligar diretamente para a Polícia Militar, no número 190.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Advogados tentam anular júri popular do goleiro Bruno


Os advogados do goleiro Bruno Fernandes entraram pela segunda vez com o pedido de anulação do processo que o jogador responde como um dos suspeitos pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O pedido foi feito no início desta semana no STJ (Supremo Tribunal de Justiça).

De acordo com o advogado Patrick Berriel, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues não ouviu o delegado Édson Moreira, responsável pelas investigações do caso na época do crime. Ele acredita que isso foi negativo para o processo. A juíza decidiu em dezembro de 2010 que todos os acusados pelo crime fossem a júri popular.


- Ela dispensou o delegado na audiência e disse que não era necessário o depoimento dele. Entendemos que isso prejudicou o caso e o STJ deve decidir se anula ou não o júri popular.

A decisão do STJ deve sair em fevereiro de 2012. Bruno está preso há um ano e três meses em Contagem (MG). Os advogados tentam também com que ele seja julgado em Belo Horizonte e não em Contagem.

Mesmo antes de ter se separado oficialmente de Dayanne, o goleiro já afirmava ser noivo da dentista Ingrid Calheiros. Bruno e Dayane dizem ser amigos e não manter mais uma relação de casamento há anos. Agora, Bruno e a dentista Ingrid falam que querem se casar. A jovem informou que espera que o goleiro seja solto para oficializar o casamento. Bruno, porém, quer se casar mesmo na prisão.


Caso Eliza Samudio

O ex-jogador do Flamengo está preso há um ano e três meses, acusado do sequestro e morte de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou novo pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do goleiro no mês de outubro.

Inicialmente, Bruno foi preso em razão de decreto de prisão preventiva. Em dezembro de 2010, ele foi oficialmente acusado pelo crime de homicídio e a ordem de prisão foi mantida. Atualmente, cinco dos nove acusados pelo crime estão em liberdade.

O corpo de Eliza não foi localizado, mas a investigação policial aponta que o goleiro e outras oito pessoas participaram do assassinato. O motivo seria a insatisfação do atleta com o pedido de pagamento de pensão da jovem.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.

Desde o início das investigações pelo menos três pessoas do alto escalão da Polícia Civil foram afastadas ou exoneradas do caso.

R7

Após aborto espontâneo, britânica descobre que gravidez virou câncer

A britânica Charlotte Solomon passou de um dos momentos mais felizes de sua vida para um dos mais assustadores, no espaço de poucos meses.

Ao descobrir que estava grávida pela primeira vez, aos 34 anos, ela ficou radiante. Algumas semanas depois, ela sofreu um aborto espontâneo devido a uma complicação gestacional da qual ela nunca havia ouvido falar: uma gravidez molar.

Mas foi a notícia de que as células anormais que haviam ficado em seu útero haviam se transformado em um câncer agressivo que mudou drasticamente sua vida.

"É um choque absoluto. Ir da alegria de estar grávida para a tristeza do aborto e aí descobrir que você tem câncer é uma montanha-russa, a coisa mais difícil que já enfrentei", disse Charlotte à BBC Brasil.

'Complicação rara'

A gravidez molar acontece quando há um problema no momento da fertilização.

Em vez de receber 23 cromossomos do pai e 23 da mãe, em uma gestação molar completa o óvulo fertilizado não contém nenhum material genético da mãe e o do pai é duplicado. Neste caso, não há embrião, mas uma massa de cistos, chamada de mola hidatiforme.

No caso de Charlotte, uma gestação molar parcial, o óvulo fertilizado tem o conjunto normal de cromossomos da mãe, mas o dobro do pai, gerando um total de 69 cromossomos no lugar dos 46 normais. Isso pode acontecer quando os cromossomos do espermatozóide são duplicados ou quando dois espermatozóides fertilizam o mesmo óvulo.

O embrião pode começar a se desenvolver, mas não tem como sobreviver.

Não se sabe exatamente o que causa a gravidez molar, mas especialistas dizem que ela tem fundo imunológico e ocorre com maior frequência entre populações mais pobres.

Enquanto a incidência do problema em países desenvolvidos fica em torno de uma em mil gestações, no Estado do Rio de Janeiro estima-se que esse número chegue a uma em 200 gestações, segundo cálculos do médico Paulo Belfort, diretor do Centro de Neoplasia Trofoblástica Gestacional, nome científico da gravidez molar, na Santa Casa da Misericórdia.

Câncer

Mulheres com o problema inicialmente apresentam sintomas normais de gravidez.

A partir das seis semanas de gestação, no entanto, a mulher pode ter sangramentos e seus níveis do hormônio da gravidez - o hCG - ficam muito mais elevados que o normal.

Após o aborto espontâneo ou por curetagem, na grande maioria dos casos as células anormais desaparecem e os níveis de hCG voltam a zero.

Mas, na Grã-Bretanha, em 16% dos casos de mola hidatiforme e em 0,5% dos casos de molas parciais, o tecido anormal no útero se torna cancerígeno e pode se espalhar rapidamente pelo corpo.

No Brasil, não há estatísticas oficiais, mas segundo o especialista Paulo Belfort, esses índices estariam em torno de 23% e 5%, respectivamente, no Rio de Janeiro.

Quimioterapia

Foto: Cortesia Charlotte Solomon

Charlotte e mais 28 amigas posaram nuas para um calendário

Quando uma gravidez molar é diagnosticada, o procedimento normal é que haja um acompanhamento da paciente com exames periódicos de sangue e urina.

Charlotte Solomon não estava particularmente preocupada porque seu médico disse que era extremamente raro que uma mola parcial, como a que ela teve, se transformasse em câncer.

Ainda assim, um mês depois do aborto espontâneo, Charlotte recebeu um telefonema do hospital e, após confirmar o resultado com novos testes, ela teve de começar a quimioterapia no mesmo dia.

Ao todo, foram nove meses de tratamento contra o câncer, com três tipos diferentes de quimioterapia.

Na fase final, ela chegou a passar 17 horas recebendo uma combinação de remédios intravenosos.

Charlotte parou de trabalhar e se fechou para o mundo. Apenas dois anos após seu casamento, ela teve de raspar a cabeça e viu seu corpo, antes atlético, se transformar.

Mulheres nuas

Em abril deste ano, ela finalmente recebeu a notícia de que estava livre do câncer.

"Ainda hoje, me sinto ansiosa e não sou a mesma pessoa de antes. Meu sistema imunológico ainda está enfraquecido e, apesar de estar de volta ao trabalho, estou longe do meu ritmo normal", disse Charlotte.

A experiência acabou inspirando a britânica a ajudar o Hospital de Charing Cross - centro de referência para o tratamento da condição na Grã-Bretanha - a conseguir fundos para uma pesquisa inovadora.

"A equipe do hospital foi absolutamente incrível comigo e acho fundamental tentar ajudar pessoas que, infelizmente, vão ter de passar pelas mesmas coisas que passei."

"Tenho sorte de ter amigas maravilhosas, que ficaram ao meu lado durante a doença e que aceitaram posar nuas para um calendário para ajudar a arrecadar dinheiro para pesquisa."

Charlotte e 28 amigas foram fotografadas para o calendário "Get Naked 2012" por Chris Dunlop, que trabalha para revistas como Vogue e Vanity Fair.

Até o momento, Charlotte já conseguiu o equivalente a R$ 170 mil, muito acima de sua meta inicial, mas o projeto custa R$ 5,6 milhões no total.

Pesquisa de ponta

A equipe do Hospital de Charing Cross está tentando encontrar um marcador biológico que permita que os médicos identifiquem desde o princípio quais molas vão desaparecer e quais vão se transformar em câncer, além de ajudar a determinar que tipo de quimioterapia seria mais eficiente para cada caso.

"Isso é o que se busca em todo o mundo. A pesquisa é absolutamente bem-vinda e necessária", diz Paulo Belfort, que acredita que a doença não recebe a atenção necessária no Brasil por ser considerada muito rara.

Enquanto se esforça para arrecadar dinheiro para pesquisa, Charlotte espera ansiosamente o prazo de um ano recomendado pelos médicos para tentar engravidar novamente.

"É muito difícil esperar, mas se eu engravidasse agora, os médicos não saberiam se o nível alto dos hormônios se deve ao bebê ou à reincidência do câncer. Tenho que esperar, já que a minha saúde vem em primeiro lugar.

BBC Brasil

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crianças negras ainda são preteridas por famílias candidatas à adoção

Brasília – Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho. A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família.

Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, diz que houve pouco avanço. “O que verificamos no dia a dia é que as família continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução.”

Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele.

“Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva”, defende Gomes. O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil “clássico” é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.

Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem 38 anos, cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um “detalhe”. Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas.

“Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus”, afirma a advogada.

Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da ideia de terem filhos biológicos. “É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz.”

Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. “O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes. No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania”, ressalta.

Fonte: Agência Brasil - 19/11/2011

prómenino

Funkeira Verônica Costa é indiciada no Rio por tortura contra ex-marido


Outras 4 pessoas também foram indiciadas pelo crime, segundo delegada.
Em fevereiro, Márcio Costa prestou queixa contra a ex na 42ª DP (Recreio).

A funkeira Verônica Costa foi indiciada pela polícia do Rio pelo crime de tortura contra o ex-marido, Márcio Costa. A informação é da delegada Adriana Belém, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). O marido da “mãe loura do funk”, como Verônica é conhecida, prestou queixa na delegacia na noite do dia 22 de fevereiro. A funkeira nega e acusa o marido de ter chegado já machucado em casa, sob o efeito de drogas. Márcio também nega as acusações.

Ainda de acordo com a delegada, outras quatro pessoas, parentes da funkeira, também foram indiciadas pelo mesmo crime. Depois do indiciamento, o inquérito é enviado para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que decidirá se denuncia os acusados ou arquiva o caso.

"Em razão das provas incluídas no inquérito, nós formamos nossos elementos de convicção.Entretanto, precisávamos de algumas diligências que se faziam necessárias. Diligências que não podem ser divulgadas, em razão do caráter sigiloso, mas que eram imprenscindíveis para essa conclusão. Nós temos provas testemunhais no sentido de que ele não teria saído de casa, como disse a Verônica no seu depoimento. Todos os elementos probatórios que nós colhemos apontam para a efetiva tortura com autoria dos investigados. A materialidade do crime foi efetivamente constatada", disse a delegada Adriana Belém.

A prisão dos cinco, no entanto, não foi pedida, segundo a Adriana Belém, porque Verônica Costa e os seus parentes compareceram sempre à delegacia quando chamados e não se recusaram a fornecer informações. Além disso, ainda de acordo com a delegada, como o caso ocorreu em fevereiro, a funkeira não teria mais condições de alterar provas do crime.

Para a delegada, ficou clara a culpa de Verônica e seus parentes no caso. A pena para o crime de tortura varia de dois a oito anos de prisão.

A produção do RJTV tentou entrar em contato com a funkeira Verônica Costa, mas até a publicação desta reportagem ela ainda não se pronunciou sobre o caso.

O MP-RJ recebeu o inquérito em que a funkeira Verônica Costa é acusada pelo marido, Márcio Costa, de tortura e agressão em março deste ano. Em 15 de março, Márcio apresentou um laudo que mostra resultado negativo para indícios de maconha e cocaína em seu sangue.

Relembre o caso
A funkeira Verônica Costa foi acusada pelo então marido, Márcio Costa, de tortura e agressão em fevereiro deste ano. Ele prestou queixa contra a "mãe loura do funk" na noite de 22 de fevereiro. No dia 4 de março, ele voltou à 42ª DP (Recreio) para prestar um novo depoimento de quase 8 horas de duração.
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Márcio Costa teve alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, no dia 2 de março. "Não tinha dúvida que eles iam me matar", disse ele, na ocasião. Verônica nega as acusações e acusa o marido ainda lhe ter roubado computadores e câmeras. Márcio também negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por mais de 20 horas.

Márcio foi submetido a uma cirurgia, em 28 de fevereiro, no Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, para raspagem da pele morta devido às queimaduras de segundo grau que sofreu em várias partes do corpo.

Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo e-mails.

“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima", contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.

"Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes”, completou ele.

G1

Sangue artificial é testado numa pessoa pela primeira vez

Hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) criadas em laboratório foram injetadas com sucesso em um voluntário humano pela primeira vez na História. Trata-se de um passo vital em direção a um futuro no qual todo o sangue necessário para transfusões poderá ser produzido em laboratório, de forma que doadores de sangue não sejam mais essenciais.

Luc Douay, da Universidade Pierre e Marie Curie, em Paris, e colegas extraíram células-tronco hematopoéticas da medula óssea de um paciente. Essas células foram cultivadas em laboratório, com nutrientes e fatores de crescimento, onde se transformaram em hemácias. Depois de marcar as células – para que elas pudessem ser rastreadas posteriormente -, o grupo de Douay injetou 10 bilhões delas (o equivalente a 2 mililitros de sangue) no doador original para ver se elas eram capazes de sobreviver. Depois de cinco dias, de 94% a 100% das células permaneciam na circulação sanguínea. Depois de 26 dias, a variação percentual caiu para 41% a 63% - uma taxa de sobrevivência celular comparada à dos glóbulos vermelhos naturais. As células sanguíneas cultivadas também parecem ser seguras para o uso. Não se transformaram em nenhum tipo de célula malígna, por exemplo, maior temor dos cientistas, nem apresentaram nenhuma anomalia. Em vez disso, se comportaram como glóbulos vermelhos naturais.

- Trata-se de um importante passo adiante – disse Robert Lanza, chefe científico da Advanced Cell Technology, em Massachusetts, que, em 2008, participou do grupo responsável por produzir glóbulos vermelhos em laboratório pela primeira vez.

Anna Rita Migliaccio, do Centro Médico Mount Sinai, em Nova York, também se mostrou impressionada com o trabalho de Douay:

- Ele mostrou que essas células não têm duas caudas ou três chifres e sobrevivem normalmente no sangue – afirmou a pesquisadora.

Para Douay, o mais importante é que o resultado mostra que é possível ter uma reserva ilimitada de sangue. Tal reserva é necessária com urgência. Embora as doações de sangue estejam aumentando em muitos países desenvolvidos, os bancos de sangue lutam para se manter em dia com as demandas de uma população cada vez mais idosa. Além disso será uma fonte importante de sangue completamente livre do vírus HIV – crucial em países pobres onde as taxas da infecção são muito altas.

O Globo

Dudu de Jesus pode ter sido vítima de crime passional


O músico mantinha um relacionamento com a ex-mulher de um policial militar.

R7

Comentário em destaque


BOA TARDE!
Tal como a pessoa que escreveu antes de mim, gostaria de saber o tempo que se devia tomar o Avelos, o meu marido toma á cerca de 4 meses, tem cancer no intestino, e já operou 6 vezes, agora ja não pode operar mais, esta a sentir-se muito bem com este tratamento
bj Fatima

Favor quem fizer o fez uso do avelós e puder esclarecer, responda.
Obrigada

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Rapaz sofre fraturas no rosto ao ser espancado na Rua Augusta, em SP

Ele acredita que foi confundido com gay por agressores.
Irmão e um amigo dele, que é gay, também foram agredidos no sábado
.

Um jovem de 21 anos sofreu três fraturas em ossos da face e ficou com um coágulo no cérebro ao ser agredido por um grupo de ao menos dez pessoas na manhã de sábado (19), em frente a um bar localizado na esquina das ruas Augusta e Fernando de Albuquerque, na Consolação, região central de São Paulo. O irmão dele, de 24 anos, e um amigo de 24 anos que afirma ser gay, também foram agredidos pelo grupo, segundo ocorrência registrada na polícia.

As vítimas conversaram com a equipe de reportagem do G1 sob a condição de que não tivessem os nomes divulgados. A agressão ocorreu quando o trio deixou uma casa noturna próxima à Praça Roosevelt e se dirigia à residência do jornalista, que mora em um apartamento na Avenida Nove de Julho.

Para o amigo de 24 anos, tratou-se de um ataque homofóbico, versão que deverá sustentar quando prestar depoimento à polícia. Ele diz que em momento algum o grupo recorreu a palavras homofóbicas ou a xingamentos durante o ataque ao trio.

Mas afirma que estava com uma roupa justa e foi visto dando um abraço em um dos amigos, fatos que, na sua visão, poderiam ser interpretados como sinal de sua sexualidade. Também diz que os agressores repetiam a frase "Vocês vão morrer"."Um deles chegou a pegar uma pedra enorme para jogar na cabeça do meu amigo que já estava no chão desmaiado", disse.

A ocorrência da agressão foi registrada no 4º Distrito Policial, da Consolação, como lesão corporal. Por enquanto, nenhum dos três agredidos prestou depoimento, o que deverá acontecer nos próximos dias.

Segundo a polícia, após os depoimentos, será analisado se o caso tem conotação homofóbica.

A agressão

Segundo o amigo dos irmãos, ao entrar no bar na Rua Augusta, ele estava abraçado ao jovem de 21 anos que posteriormente foi agredido. "Estávamos abraçados como costumamos fazer algumas vezes quando conversamos. Inclusive ele estava triste porque havia reencontrado uma ex-namorada. Com certeza, eles acharam que nós éramos gays. O meu amigo não é gay; eu sou. Namoro com o irmão deles há quatro anos", contou.

Ele diz que, quando os três entraram no bar, um dos agressores ficou encarando de forma sistemática o amigo dele, que permaneceu do lado de fora, enquanto os outros dois foram ao banheiro. O jovem de 21 anos que apanhou questionou por que o outro estava olhando para ele e, depois disso, foi agredido com um soco no rosto e partiu para o revide.

Outros jovens que acompanhavam o primeiro agressor entraram na briga e passaram a espancar o rapaz. O irmão dele levou uma garrafada no braço esquerdo e também foi agredido com socos e pontapés.

Após cessar as agressões, o trio se dirigiu a outro bar, nas proximidades. Eles entraram no banheiro para limpar o sangue dos ferimentos. Ao saírem, mais uma vez foram atacados, desta vez por dois agressores. "Quando estendi o braço para chamar um táxi, um cara me deu um murro na cabeça e me agarrou pelo pescoço. Depois, ele meu deu uma cadeirada. Sofri cortes dentro da boca e fiquei com o joelho machucado", contou o amigo de 24 anos.

O rapaz de 21 anos também foi agredido na cabeça logo após deixar o a bar e desmaiou. Em seguida, passou a receber chutes no rosto dos agressores. O irmão tentou proteger a vítima e também levou pontapés. O jovem permaneceu desmaiado na rua e foi levado por policiais militares para a Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cecília, na região central.

Depois de receber os primeiros socorros, ele foi transferido na noite de sábado para um hospital do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, onde permanecia internado em observação na tarde de segunda-feira (21). Ele deverá ser submetido a pelo menos três cirurgias na face devido às fraturas em ossos da bochecha, nariz e maxilar. Ao G1, o jovem disse que não se lembra de quase nada da agressão. “Depois que tomei a pancada na cabeça não vi mais nada. Quando acordei, horas mais tarde, já estava no hospital e a cabeça ainda rodando”, relatou.

G1

Brasil gasta com presos quase o triplo do custo por aluno

Debora Magalhães, ao lado do colega Alexandre, diz que o pouco estudo contribuiu para que a a mãe fosse presa há três meses. Gustavo Stephan / Agência Globo

Dados revelam subinvestimento e má gestão na educação e ineficiência do sistema prisional

RIO - Enquanto o país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, gasta uma média de R$ 15 mil anualmente com cada aluno do ensino superior — cerca de um terço do valor gasto com os detentos. Já na comparação entre detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso — nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 mil. Para pesquisadores tanto de segurança pública quanto de educação, o contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com o sistema prisional.

Apenas considerando as matrículas atuais, o chamado investimento público direto por aluno no país deveria ser hoje, no mínimo, de 40% a 50% maior, aponta a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que desenvolveu um cálculo, chamado custo aluno-qualidade, considerando gastos (de salário do magistério a equipamentos) para uma oferta de ensino de qualidade.

— Para garantir a realização de todas as metas do Plano Nacional de Educação que está tramitando no Congresso, seriam necessários R$ 327 bilhões por ano, o que dobra o investimento em educação — afirma Daniel Cara, coordenador da campanha.

 

Verbas minguadas para educação

 

Para Cara, não seria o caso de falar em sobreinvestimento no preso, "até porque vemos como é precária a situação das penitenciárias brasileiras", e porque, lembra ele, a prisão é uma "instituição total, o preso vive lá":

— Mas há, sem dúvida, subinvestimento em educação. O que é mais grave se considerarmos que, nos direitos sociais, a educação é o que abre as portas para os outros direitos. A violência não vem pela pobreza, vem pela desigualdade. Por isso, um investimento maior no conjunto dos direitos sociais, e aí se inclui a educação, poderia diminuir a despesa com segurança.

O gasto com educação poderia melhorar com maior foco na aprendizagem, destaca Mozart Neves Ramos, do Todos pela Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE):

— É verdade que o Brasil ainda investe pouco na educação básica, e mais dinheiro é fundamental. No entanto, é necessário que a verba chegue à escola e que seja mais bem aplicada. Melhorar a eficiência da gestão dos recursos é importantíssimo. Uma boa gestão pode criar uma escola motivadora. E um aluno que tem sucesso escolar raramente abandona a escola e está mais longe de ser preso.

— Minha mãe, que está presa há três meses, estudou só até a 2 série. Eu acredito que ela está presa também por conta do pouco conhecimento que tem. Nunca soube que carreira seguir, nunca teve um ensino que a fizesse ter alguma perspectiva — diz Debora Magalhães, filha de Vitânia, presa por tráfico de drogas em Bangu.

Secretário estadual de Educação do Rio, Wilson Risolia diz que o país está preferindo "gastar mais com o sinistro do que com o seguro":

— É uma irracionalidade, um passivo que o Estado precisa resolver. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o custo por aluno no nível superior é cerca de três vezes maior do que na educação básica. No Brasil, é bem maior (mais de seis vezes). Mas não é suficiente aumentar o gasto, é preciso melhorar a qualidade. No Rio, fizemos uma recontagem de alunos e vimos que havia 120 mil que, apesar de constarem na base de dados, não eram mais da rede. A verba era passada para alunos que não existiam; um número X de provas ia para o colégio, e parte era jogada no lixo, por exemplo. Corrigindo, foram R$ 111 milhões alocados em outros lugares.

Apesar de a diferença entre o custo do aluno universitário e o do preso em presídios federais ser menor, ela é o que choca, diz o sociólogo Michel Misse, professor da UFRJ:

— Esse é um dado impressionante, porque o custo de um universitário, pelos gastos que uma universidade deve ter com pesquisa, deveria ser bem maior. É o custo de você formar um cientista, um médico, um engenheiro — afirma Misse, para quem, porém, não se deve pensar que uma prisão custe pouco. — O preso mora lá, e um aluno não mora na escola. O problema é analisar o gasto que se tem em relação às condições dos presídios.

Presidente do Conselho Nacional de Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), Carlos Lélio Lauria Ferreira diz que quanto mais baixo o custo com o preso, piores as condições:

— O preço varia de acordo com o tratamento. Se o valor é baixo, desconfie. A alimentação pode ser lavagem. No Brasil, a média de custo de um preso num presídio estadual é de R$ 1,7 mil por mês. Mas nessa conta não está incluído o custo social e previdenciário. No presídio federal, o custo é mais elevado. O aparato tecnológico é caro, os salários dos servidores são mais altos e o número de agentes por preso é maior. Graças a isso, o país não gasta menos de 7 mil por preso ao mês.

— Apesar de investirmos tanto, as condições de regenerar alguém são mínimas. A pessoa é, na maioria das vezes, submetida a condições que a torna pior. É como se negássemos outra oportunidade — conclui Mozart.

O Globo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Aluno filma com celular professor praticando bullying

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Julio Artuz, um garoto de 15 anos portador de necessidades especiais, filmou com o celular um de seus professores praticando bullying contra ele. No vídeo, seu professor o chama de “retardado”, e trava uma discussão com o aluno durante alguns minutos da aula. O vídeo foi entregue ao Conselho de Educação do condado de Gloucester, Nova Jersey, EUA, que suspendeu imediatamente o professor.

De acordo com uma reportagem realizada pelo ABC News sobre o caso, o garoto já tinha avisado o seu pai sobre as atitudes nada educadas de seu professor. No entanto, o pai desacreditou do menino de uma forma tão cética que pediu para ele oferecer provas disso. E foi o que Artuz fez.

"Os professores devem educar os alunos e construir sua autoestima, e não colocá-los para baixo. Você não pode gritar com eles... Não pode degradá-los e ameaçá-los", disse Joyce McCormick-Artuz, a mãe do garoto, durante uma entrevista.

Steven Roth, o professor, viu o vídeo na presença da mãe do garoto e o diretor da escola. Na ocasião ele disse que havia tido uma “manhã ruim com a sua esposa”.

O professor foi apenas suspenso por tempo indeterminado, mas com remuneração, enquanto os pais do jovem lutam contra o conselho escolar para demiti-lo.

Em meio a conflito histórico, menino palestino salva vida de seis israelenses


Jovem foi confundido com criminoso e morto, mas família doou seus órgãos

O conflito entre árabes e judeus já dura mais de um século. Desde então, os dois povos buscam um acordo para viver em paz em uma terra sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos. Em meio a esse conflito histórico, uma família palestina, em um gesto de solidariedade, salvou a vida de seis israelenses.

Na primeira reportagem da série Palestina: Além do Conflito, o repórter Herbert Moraes viajou para essa região do Oriente Médio para conhecer histórias como a de Ismail, cujo filho, morto em 2005, deu esperança a famílias que ficam do outro lado do conflito.

Na época, o menino Ahmed, então com 11 anos, brincava com uma arma de plástico. Ele foi confundido com um criminoso e recebeu dois tiros de soldados de Israel. Um dos tiros atingiu a cabeça e o outro o estômago.

Seu pai e sua mãe decidiram doar os órgãos do filho - rins, fígado, pulmões e coração – que foram recebidos por seis israelenses.

Para Ismail, o gesto solidário diminui a dor pela perda do filho.

- Perder um filho é muito difícil, mas fico feliz em saber que Ahmed continua vivo em outras pessoas.

R7

Blitz educativa marca Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito

O secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, participou, na manhã de ontem, em João Pessoa, de uma ação educativa que reuniu vários órgãos de segurança e controle do trânsito. Motoristas que trafegavam na Avenida Epitácio Pessoa foram abordados com adesivagem e panfletagem no cruzamento com a Avenida Nossa Senhora dos Navegantes. A mobilização marcou o Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito.

Os adesivos com bonecos simbolizando a família foram confeccionados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Os motoristas também receberam fitas brancas para simbolizar a paz no trânsito. Familiares de vítimas fatais de acidentes também participaram da ação educativa.

Cláudio Lima, disse que as campanhas educativas de trânsito continuarão a acontecer intensivamente em todo o Estado, assim como ocorre com as fiscalizações para contar excessos e crimes de trânsito. Ele disse que o papel do Estado é incentivar e promover ações educativas para contribuir com a ação repressiva.

Rigor nas fiscalizações – O secretário Cláudio Lima afirmou que a fiscalização continuará em todo o estado e que a “Operação Sossego” apreenderá os veículos com irregularidades, assim como prenderá motoristas e motociclistas infratores. “O problema chegou a uma escalada inaceitável, com muitas mortes e o Brasil precisa repensar essa situação”, destacou, acrescentando que as ações educativas colaboram sim com a conscientização.

O evento deste domingo foi promovido pelo Detran e teve a participação do Batalhão de Policiamento de Trânsito, STTrans, Samu, Polícia Militar, Guarda Municipal, Proativa Cursos, MovPaz, Rotary Club, Serviço Social do Transporte (Seste), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e OAB, além de familiares de vítimas do trânsito.

A ação educativa teve como objetivo lembrar as vítimas da violência no trânsito com um pedido de paz e justiça, conscientizando a sociedade da necessidade de que cada um faça a sua parte na construção de um trânsito melhor e mais humano.

Parcerias no interior – O superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, revelou que o trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com outros órgãos e com a sociedade civil está se expandindo para cidades do interior da Paraíba. Afirmou que a blitz educativa serve para conscientizar as pessoas fazendo com que cada um reflita sobre a necessidade de uma cultura de paz em ruas e estradas.

Almir Laureano, presidente do Movimento pela Paz, destacou que esta é uma caminhada permanente promovendo a paz no trânsito e em nome da vida.

O taxista Antonio José dos Santos agradeceu pela iniciativa da campanha que vai fortalecendo no dia-a-dia a consciência das pessoas. O advogado e especialista em educação no trânsito, Samuel Aragão, representou a OAB no evento. Ele preside a Comissão de Educação de Trânsito criada recentemente pela entidade. Aragão lembrou que em 1910 a Organização das Nações Unidas (ONU), representada à época por 176 países, aprovou um pacto pela paz no trânsito.


Parentes de vítimas participam


Nina Ramalho, filha, sobrinha e prima de três vítimas fatais da violência no trânsito, participou da mobilização e disse que as ações educativas contribuem com a conscientização, apesar de ainda ser grande o número de pessoas irresponsáveis ao volante ou pilotando motos.

O pai, o tio e um primo de Nina perderem a vida em um cruzamento da Avenida Epitácio Pessoa. Em 6 de maio de 2007, um motorista avançou o sinal a 142 quilômetros por hora. Há cerca de três anos o causador das três mortes está foragido.

Rosângela Soares, irmã do músico Ronaldo Soares, 19 anos, morto no trânsito há quatro meses, também esteve colaborando com a campanha. A mesma atitude teve Vanessa Morais, que em 2009 perdeu sua irmã Rafaela, 16 anos, atropelada em João Pessoa por um motoqueiro sem habilitação e com a moto sem emplacamento.

O pastor evangélico, Clovis Sérgio, no início dos trabalhos, pediu que todos orassem o Pai Nosso e em seguida participou das atividades.

O dia

O Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito foi estabelecido em outubro de 2005, durante assembléia geral da ONU, que decidiu que a data seria lembrada sempre no terceiro domingo do mês de novembro.

Em 2 de março de 2010, a ONU proclamou oficialmente o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, com o objetivo de estimular esforços em todo o mundo para conter e reverter a tendência crescente de fatalidades e ferimentos graves em acidentes no trânsito, e incluiu o Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito no calendário das atividades.

A programação preparada para ontem também contou com a celebração de uma missa, às 17h, na Igreja Menino Jesus de Praga, no Conjunto dos Bancários, na Capital.

domingo, 20 de novembro de 2011

Zumbi concentra comemorações do Dia da Consciência Negra no Rio

Rio de Janeiro – O Dia da Consciência Negra está sendo comemorado no Rio de Janeiro com uma cerimônia festiva no Monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, na região central da cidade. Durante todo o dia, haverá apresentação de rodas de capoeira, do Afoxé Filhos de Gandhy e desfile das escolas de samba Unidos de Vila Isabel, União da Ilha do Governador e Unidos da Tijuca.

Presente ao evento, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), Paulo Roberto dos Santos, disse que a população negra vem conseguindo avançar na sociedade a passos médios. Esta aceleração, segundo ele, não é a ideal. De acordo Paulo Roberto, no Rio de Janeiro esse avanço ocorre principalmente no setor do ensino, com a cota de 20% de vagas para os afro-descendentes nas universidades. Ele também ressaltou a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial como um instrumento importante para melhorar a situação da população negra no país.

Jornal do Brasil

Novo ciclo brasileiro do ouro

Grandes mineradoras internacionais investem pesado em tecnologia e exploram áreas antes consideradas economicamente inviáveis André Coelho / O Globo


Com tecnologia e metal caro, produção do país vai dobrar, atraindo investimentos de US$ 2,4 bi

CRIXÁS (GO) e BRASÍLIA - Quatro séculos depois do ciclo do ouro que encheu os olhos da Coroa Portuguesa e levou brasileiros e estrangeiros atrás do enriquecimento rápido, o Brasil está diante da maior corrida de todos os tempos pelo metal. Novos equipamentos sofisticados já permitem às gigantes estrangeiras que dominam o mercado nacional chegar ao que poderia ser chamado de "o pré-sal da mineração". No Centro-Oeste e no Norte, minas até então intocadas tornaram-se economicamente viáveis, assim como outras consideradas esgotadas em Minas Gerais e no Nordeste.

Tudo isso graças ao aumento, em todo o planeta, da demanda pelo ouro — cuja cotação deu um salto de 540% na última década — estimulada pelo crescimento econômico mundial, sobretudo da China, e pela necessidade dos países de acumular o metal, que é considerado um dos ativos financeiros mais confiáveis do mundo.

Metal é encontrado a 2.500m no Brasil

O entusiasmo é tanto que o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) já estima investimentos de US$ 2,4 bilhões para o setor até 2015. Trata-se de praticamente o triplo da projeção anterior, de pouco mais de US$ 900 milhões. As empresas não disfarçam o otimismo e prometem novos projetos, enquanto as autoridades estimam que a produção do ouro também deve crescer de maneira expressiva, podendo dobrar nos próximos cinco anos. Só no Rio Grande Norte, sairá de 60 gramas para seis toneladas se todos os projetos em análise se concretizarem.

Existem hoje no país 2.819 garimpos legais em atividade. Mas o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) já concedeu 1.270 novas autorizações de pesquisa em áreas a serem exploradas, e analisa outros 1.173 pedidos encaminhados por empresas e cooperativas.

Se a crise financeira global de 2008 impôs um ritmo bem menos acelerado às economias desenvolvidas, o que, em tese, diminuiria a demanda pelo ouro, ela acabou por ajudar a desvalorizar o dólar e pressionar os preços do metal, considerado historicamente porto seguro pelos investidores. Os bancos centrais mundiais nunca compraram tanto ouro para manter em suas reservas internacionais desde a década de 80. A escalada dos preços viabilizou novos investimentos milionários em pesquisas e tecnologia.

No passado, o ouro brotava da terra, ou dos rios, e retirá-lo não exigia muito esforço. Hoje ele é encontrado em profundidades de até quatro mil metros na África do Sul, mas já está em 2.500 metros no Brasil. Máquinas sofisticadas são capazes de extrair menos de um grama de ouro de uma pedra de uma tonelada, ou seja, algo equivalente a um automóvel de passeio.

Isso explica o motivo de o Brasil, que já foi o maior produtor do mundo, mas perdeu posições no passado recente, ter voltado ao páreo e estar em 13 lugar na lista dos grandes globais. Em 2010, produziu 62 toneladas nos garimpos legais, o maior volume da década, e se prepara para dobrar a marca. O maior produtor do mundo é a China, com 341 toneladas/ano, seguida por Austrália (259 toneladas), Estados Unidos (240 toneladas) e África do Sul (192 toneladas).

A produção brasileira é muito pequena, apenas 12% de seu potencial. Considerando-se as reservas provadas em 2010, o Brasil tem a capacidade de extração anual de 503 toneladas do metal puro. A quantidade foi calculada com base em 1,3 bilhão de toneladas de rochas com o minério, com teor médio de 2,57 gramas por tonelada rochosa.


Tecnologia pode levar país ao topo

A expectativa do governo e de especialistas é que justamente a tecnologia deverá mudar este quadro e alçar o Brasil ao topo da lista novamente. Em vez dos tradicionais garimpos artesanais que enchiam de mercúrio os rios brasileiros, o país já tem 93,7% da sua produção feita de maneira industrial, segundo o DNPM. O minério de ferro continua sendo a principal vedete da balança comercial brasileira e corresponde a mais de 80% do que o país vende lá fora, mas o segundo metal é o ouro, com quase 5% do total.

Em Crixás, no Norte de Goiás, a Mineração Serra Grande, uma joint-venture da AngloGold Ashanti, da África do Sul, com a Kinross Gold Corporation, do Canadá, já trabalha a 700 metros, com túneis que, somados, chegam a 60 quilômetros de extensão. A ambição da empresa, que detém as minas mais profundas do Brasil, ambas em Minas Gerais (Mina Cuiabá, em Sabará, com 1.000 metros, e Mina Grande, em Nova Lima, com 2.500), pode ser medida pelos seus planos de investimentos.

O diretor de Operações da empresa, Ricardo de Assis, afirma que US$ 1,1 bilhão será aplicado em novos projetos, ampliações e manutenção das minas que operam no país. A Anglo é a segunda maior produtora do Brasil e a terceira do mundo.

Não muito distante de Crixás, em Paracatu, está a maior mina de ouro a céu aberto do país, explorada pela canadense Kinross. Para chegar ao metal, a empresa precisou investir na tecnologia que a permite retirar a quantidade de 0,4 grama do mineral de uma tonelada de pedra. Nos últimos cinco anos, segundo o vice-presidente da companhia no Brasil, Antonio Carlos Marinho, a produção saltou de cinco para 15 toneladas.

Na Mina de São Francisco, no Rio Grande do Norte, a australiana Crusader está concluindo as pesquisas iniciadas há um ano e pretende produzir de três a cinco toneladas por ano neste lugar onde poucos viram potencial no passado. A expectativa é que o teor do ouro seja de 1,5 grama para cada tonelada, segundo o responsável pelas pesquisas, Rob Smakman, que vive no Brasil há alguns anos com a família e tem liderado os trabalhos da empresa no país.

— É uma região pouco explorada — disse Smakman.

O Globo

20 de novembro de 2011 - Dia da Consciência Negra: homenagem em forma de pinturas


Os alunos do projeto Crescer Para Florescer, idealizado pela artista plástica Lionizia Goyá, desenvolveram trabalhos em comemoração ao Mês da Consciência Negra, cujo dia é celebrado hoje. As telas fruto dessa atividade estarão em uma exposição que será aberta hoje. Produtos recicláveis e de baixo custo foram utilizados na concepção das peças de arte.

Algumas das obras trazem pessoas em situações diversas. “Tem noiva, bailarina, entre outros profissionais. São pessoas negras em momentos de felicidade”, afirmou Lionizia Goyá. Segundo ela, a intenção foi apresentar um pouco da cultura dos negros, mas sem explorar a opressão pelo qual eles passaram. Outras telas foram feitas com pintura de mão. De acordo com a artista, são “mãos que representam as quatro raças” (preto, branco, pardo e amarelo).

Para Lionizia Goyá, neste trabalho, as crianças puderam ter contato com duas realidades: a da reciclagem e a do respeito à cultura negra. De acordo com ela, não houve dificuldade em repassar o tema aos alunos. “Como a turma é reduzida, o trabalho com eles é muito tranquilo.”

Veja a galeria de fotos de algumas peças que estão em exposição.

SERVIÇO: De hoje a domingo (27), os trabalhos das crianças do projeto “Crescer Para Florescer” poderão ser vistos no supermercado Bretas, avenida Floriano Peixoto, 4.680, bairro Custódio Pereira, durante o expediente do local.

Correio de Uberlândia

Estados e municípios intensificam combate à dengue já de olho no verão


Equipes foram mobilizadas para ações preventivas, como desmontar criadouros

Autoridades de saúde nos Estados e municípios estão planejando como enfrentar a dengue e acabar com criadouros do mosquito transmissor antes do próximo verão, período em que o número de casos da doença aumenta. Algumas ações já teve início neste sábado (19), data que marca o Dia Nacional de Combate à Dengue.

No Distrito Federal, a partir de hoje e até o dia 26, a Secretaria de Saúde vai promover mutirões para retirada de lixo, entulho e limpeza de bueiros em regiões próximas a Brasília. Na Rodoviária do Plano Piloto, área central da capital federal, haverá distribuição de panfletos com orientações sobre a doença.

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, 30 técnicos vão percorrer hoje diversas ruas da cidade para tirar dúvidas da população a respeito da dengue.

No Ceará, um dos Estados que registram um grande número de casos da doença neste ano, serão distribuídas 100 máquinas portáteis para aplicação de inseticida contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

No Acre, já começou em 13 bairros da capital Rio Branco a coleta de garrafas, tampinhas, pneus e vasos, ambientes propícios para o acúmulo de água parada, o que favorece a proliferação do mosquito.

O governo da Bahia prevê repasse de verba extra para os municípios aplicarem na melhoria da prevenção e no controle da dengue. Para conseguir os recursos, as prefeituras precisam apresentar termo de compromisso e plano de contingência.

A Secretaria de Saúde de Goiás criou um comitê, que vai se reunir semanalmente, para monitorar e controlar os casos da doença no estado. A decisão foi tomada depois do registro de um caso de dengue tipo 4 na cidade de Aparecida de Goiânia.

De janeiro a setembro de 2011, foram notificados 721.546 casos de dengue no Brasil, diminuição de 24% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados recentes do Ministério da Saúde, divulgados em outubro.

Também foi constatada queda de 39,3% nos casos graves, passando de 16.590 para 10.620, na comparação entre os períodos 2011 e 2010. O número de mortes também diminuiu: 468 mortos este ano, contra 629 em 2010.

Os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas e Ceará responderam por mais de 54%das notificações.

Da Agência Brasil

R7

Filho do coreógrafo Carlinhos de Jesus é assassinado em Realengo


Ele saía de um bar de madrugada, quando foi atacado por dois homens em uma moto

RIO - O governador Sérgio Cabral chegou no início da noite deste sábado ao Cemitério São João Batista, para o velório do filho do coreógrafo Carlinhos de Jesus. Ele disse que é muito amigo da família e que conheceu Dudu ainda pequeno. Segundo Cabral, eles se conheceram no bairro de Cavalcante, onde foram criados.

- É um fim trágico, e eu sinto muito por isso. Há anos não via o garoto, mas ele era muito feliz, alegre - disse o governador, que estava acompanhado da mulher, Adriana Ancelmo.

Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, de 32 anos, foi assassinado com oito tiros na madrugada deste sábado. Ele saía do Bar Boteko Carioca, na Avenida Marechal Fontenelle, em Realengo, quando foi atingido pelos disparos. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima foi atacada por dois homens numa moto, que fizeram vários disparos, por volta das 4h. Os criminosos fugiram em seguida. Cabral determinou empenho a Secretaria de Segurança e a Polícia Civil para que o crime seja esclarecido. Segundo ele, há várias frentes de investigação, mas nenhuma será antecipada para não atrapalhar o trabalho da polícia.
Carlinhos de Jesus, que estava no Rio Grande do Sul na hora do crime, embarcou no início da manhã de volta para o Rio. Ele chegou no meio da tarde à capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde acontece o velório do filho. Muito abatido e abalado, ele chegou acompanhado da filha e não quis falar com a imprensa.. O enterro está marcado para as 10h de domingo.

O filho do coreógrafo era músico e integrante do grupo Samba Firme, que havia se apresentado no Boteko Carioca pouco antes do crime. Dudu chegou a ser levado para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiu aos ferimentos. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios (DH).

Assim que soube da morte de Dudu, Carlinhos entrou em estado de choque.

— A produtora do grupo de Dudu ligou de madrugada para dizer que ele tinha sido baleado. Enquanto ainda estávamos ao telefone, chegou a notícia de que ele havia morrido. Carlinhos não está conseguindo falar — comentou a mulher do coreógrafo, Raquel Vieira. — Ainda não entendemos essa brutalidade. Dudu era um rapaz calmo, tranquilo. Nunca soubemos de nenhum problema dele.

Admiradores e amigos da família prestaram solidariedade nas redes sociais. Carlinhos de Jesus se pronunciou no Twitter: "Dor! Insuportável perder quem amamos! Perco meu filho brutalmente", escreveu. "Obrigado por todas as manifestações de solidariedade!". Na última mensagem enviada ao pai pelo microblog, Dudu escreveu, 14 horas antes de ser assassinado: "Bom dia... Deus está contigo".

O Globo
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