sábado, 17 de dezembro de 2011

País de luto com a morte de Sérgio Britto e Joãosinho Trinta


Artistas, falecidos neste sábado, deixam um grande vazio na cultura brasileira

RIO – O país (e especialmemente o Rio) recebeu neste sábado duas tristes notícias sobre importantíssimos personagens da nossa cultura. Morreram Sérgio Britto e Joãosinho Trinta, grandes figuras dedicadas às artes do espetáculo, do saber e do entretenimento, que atingiram e influenciaram com seu trabalho um variado espectro de público, do mais popular ao mais intelectual.

Aos 88 anos, o ator e diretor carioca Sérgio Britto, ícone do teatro nacional que ajudou a construir as bases da dramaturgia nacional - nos palcos, na TV e no cinema - morreu neste sábado, aos 88 anos, no Hospital Copa D'Or, em Copacabana. Ele estava internado há cerca de um mês, com problemas cardiorrespiratórios. O corpo do ator está sendo velado na Assembleia Legislativa do Rio, no Centro, e será sepultado neste domingo, às 11h, no cemitério do Caju.

Colegas como Fernanda Montenegro, José Wilker, Domingos Oliveira e Gerald Thomas lamentaram a morte de Britto e falaram de sua contribuição para a dramaturgia.

- Ele não é um irmão meu, ele é o meu irmão. Convivemos intimamente desde 1948, a vida inteira juntos. Não existe renovação de peça, ele é insubstituível. O que fica são as pessoas formadas por ele, que o amaram e conviveram com ele. Do grupo formado por mim, Fernando (Torres), Italo (Rossi), Sergio e Natália Thimberg, só ficamos eu e Natália. Enquanto estivermos vivas, vamos perpetuar esse sonho artístico que ele liderou. Na verdade, ele não foi um líder, ele é um líder, ainda mais num país em que se vive uma crise de ética. Sempre foi extremamente honesto, generoso. Sempre passou por cima das desavenças. Não é porque morreu que digo isso, é porque viveu uma grande vida – disse em entrevista, muito emocionada, a atriz Fernanda Montenegro.

Em São Luís, no Maranhão, morreu, aos 78 anos, o carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, considerado um mago na arte de produzir e comandar um desfile de carnaval. Ganhador de vários títulos com a Beija-Flor de Nilópolis, Joãosinho Trinta pregava o luxo nas escolas, mas assombrou o Sambódromo levando mendigos para a avenida, no enredo “Ratos e Urubus”, em 1989, considerado por especialistas um dos maiores desfiles de todos os tempos, talvez o mais revolucionário.

Ele estava internado em estado grave e respirava com a ajuda de aparelhos no Hospital UDI, na capital maranhense, onde nasceu. O velório acontece no Museu Histórico do Maranhão e o enterro será na manhã de segunda-feira, no Cemitério do Gavião.

Na Beija-Flor, o sábado foi de homenagens ao mestre.

- Era uma pessoa super simples e inesquecível na minha vida — disse o cantor Neguinho da Beija-Flor.

A presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito Eduardo Paes divulgaram notas lamentando a morte dos dois ícones da cultura nacional e carioca.


O Globo

Mulher que agrediu cão vai depor na semana que vem, diz delegado


Mulher está em local isolado por medida de segurança, afirmou.
Parente afirma que ela está arrependida e chora maior parte do tempo.


A mulher que aparece em um vídeo postado no YouTube agredindo um cão da raça Yorkshire em frente a uma criança na cidade de Formosa (GO) vai prestar depoimento na semana que vem, afirmou o delegado Carlos Firmino Dantas, que investiga o caso. O animal morreu.

Dantas disse ao G1 que a mulher está em um local isolado por medida de segurança, devido à repercussão negativa do caso. Segundo o delegado, a data do depoimento está sendo acertada com os advogados dela.

“Ela está muito mal, foi o que os advogados dela disseram”, relatou o delegado. Neste sábado, o G1 conversou com uma parente próxima da mulher, que disse que ela passa a maior parte do tempo chorando e se dizendo arrependida pelos maus-tratos ao animal.

Segundo a familiar, ela sofre de depressão e teve o quadro agravado depois de mudar para Formosa e ficar distante da família, que vive em outra cidade.

"Ela nunca foi ladra, nunca foi bandida, nunca usou droga, mas agora está assim por uma coisa dessas. Ela está arrependida, está sofrendo muito por isso, por uma atitude num momento de nervoso”, disse a parente da mulher, que diz ter conversado com ela pela última vez na quinta-feira (15) à noite, depois que o vídeo ganhou repercussão na internet.

A Polícia Civil de Formosa abriu inquérito no último dia 21 para investigar a denúncia de maus-tratos ao cachorro. Segundo o delegado, a dona do cachorro afirmou na delegacia, logo após a abertura do inquérito, que agrediu o animal porque estava em um "mau dia".

Gravação
No vídeo, a mulher aparece agredindo o cão na frente de uma criança. O animal chega a ser arremessado para o alto e preso dentro de um balde. O vídeo mostra a mulher chutando o cachorro e jogando o animal no chão. A gravação foi feita do alto, do que aparenta ser um andar com vista para a área de serviço da casa da mulher.

Dantas disse que a pena prevista por maus-tratos pode chegar a até dois anos, caso a mulher seja processada e condenada. Como as agressões ocorreram em frente a uma criança, ele disse que a mulher pode ainda ser denunciada com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

‘Supertranquila’
Na última sexta-feira (16), o G1 esteve no prédio onde a mulher mora com o marido e a filha, mas não encontrou ninguém no apartamento. Vizinhos ouvidos pela reportagem a descreveram como “calma” e “boa pessoa”.

Moradora do mesmo andar da mulher, Annelise Maschke afirmou que mudou para o prédio no mesmo dia que a suspeita de maltratar e matar o cão, em junho passado.

“Ela é minha vizinha de porta. É uma pessoa supertranquila, muito calma. A filha dela parece ser feliz, uma menina que brinca e conversa bastante. Nunca ouvi nada e nem sabia que ela tinha cachorro. Ela nunca falou sobre isso”, disse Annelise Maschke, moradora do mesmo andar da mulher.

Uma mulher que mora do outro lado da rua, que não quis se identificar, afirmou que a suspeita é “boa pessoa” e que mantinha uma relação cordial com ela. Um vizinho que mora no mesmo prédio da suspeita, no entanto, disse que já tinha ouvido barulho do cachorro chorando.


G1

Novo modelo de trabalho da 1ª VIJ pretende acelerar processos de adoção



O juiz titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF (1ª VIJ), Renato Scussel, aprovou novo plano de trabalho para acelerar a preparação psicossocial e jurídica das famílias que pretendem adotar crianças e adolescentes. A proposta é realizá-la pelos próprios técnicos da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª VIJ (SEFAM) e simultaneamente à fase seguinte, a da avaliação psicossocial dos pretendentes, necessária para verificar se os candidatos à adoção oferecem um ambiente saudável e favorável à criança.

A preparação psicossocial é exigência legal contida no artigo 28, § 5º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, e constitui requisito para os pretendentes ingressarem no cadastro de adotantes. A preparação vinha sendo realizada pelos parceiros da 1ª VIJ, tais como as instituições de ensino superior nas áreas de Psicologia e Assistência Social. Com a nova medida, os psicólogos e assistentes sociais da Vara ficarão à frente das duas etapas e irão conhecer as famílias desde o início do processo de acolhimento, o que irá acelerar o procedimento e aumentar a produtividade do trabalho.

A partir deste novo modelo, as instituições parceiras cuidarão de prestar atendimento psicoterápico focal e breve aos postulantes que demonstrarem dificuldades de caráter psicológico, no transcorrer do processo de habilitação.

O cronograma do Programa de Habilitação Psicossocial e Jurídica está previsto para iniciar em fevereiro de 2012, com duração de dois meses para cada turma de 48 postulantes. Inicialmente serão proferidas duas palestras pela Defensoria Pública e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios sobre aspectos sociojurídicos, para esclarecimentos dos ritos processuais, questões jurídicas e sociais.

Nas semanas seguintes, a turma será separada em quatro grupos, coordenados por técnicos da 1ª VIJ, para se reunirem em três encontros, visando tratar dos seguintes temas: motivação para adoção, receios ao acolher uma pessoa no núcleo familiar e na família extensa e as dificuldades pessoais e adaptação do adotando.

Após os encontros de grupo, as famílias que demonstrarem condições adequadas serão conduzidas imediatamente à fase de avaliação individual e/ou do casal, composta de entrevistas e visitas domiciliares, a serem executadas pelos mesmos técnicos que acompanharam os grupos.

A expectativa da novidade é que o acompanhamento próximo das famílias desde o início da habilitação torne proveitoso e célere o processo de adoção e atenda em tempo hábil o direito da criança e do adolescente à convivência familiar.

Fonte: SECOM/ 1ª vara da Infância e Juventude


prómenino

Polícia encontra pistas de Mizael Bispo e está perto de prender foragido


Mizael Bispo de Souza é um dos foragidos da Justiça mais procurados do estado de São Paulo. Ele responde pelo assassinato da namorada Mércia Nakashima, ocorrido em maio do ano passado. Em Guarulhos (SP), a polícia encontrou três pessoas que ajudaram Mizael. Um deles deu abrigo por um mês para o suspeito. Já os outros o ajudaram financeiramente. O Jornal da Record teve acesso exclusivo à investigação.

R7

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Justiça condena gravadora por racismo em música de Tiririca



A Sony terá que pagar indenização de 1,2 milhão de reais por danos morais provocados pela letra da música 'Veja os Cabelos Dela', do deputado federal Tiririca

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro avaliou como racista a letra da música Veja os Cabelos Dela, de autoria do deputado federal Tiririca. A decisão condena a gravadora Sony, detentora dos direitos autorais da música, a pagar indenização de 1,2 milhão de reais. A ação foi movida por dez organizações não governamentais que lutam contra o racismo.

As entidades alegaram que trechos da música são ofensivos aos negros. Num trecho, a canção diz: "Veja veja veja veja veja os cabelos dela/Parece bom-bril, de ariá panela/Parece bom-bril, de ariá panela/Eu já mandei, ela se lavar/Mas ela teimo, e não quis me escutar/Essa nega fede, fede de lascar"

De acordo com o advogado Humberto Adami, que defendeu as entidades no processo, o valor é o mais alto já pago a uma indenização por ato racista. "A quantia é pequena ainda se comparada com outros segmentos de danos morais, como injúria e difamação."

A gravadora ainda não se manifestou sobre a decisão. O deputado federal Tiririca disse que não vai falar sobre o assunto porque apenas a Sony é acionada no processo.

A ação é movida pelas mesmas entidades desde 2004, quando a gravadora recorreu da condenação. Na época, a Sony foi condenada a pagar indenização de 300 milhões de reais, valor que foi reajustado nesta decisão desta quinta-feira.


Veja

Mulher é flagrada espancando cãozinho yorkshire na frente do filho


Tortura durou bastante tempo; agressora é uma enfermeira e está foragida


Uma imagem chocante abriu o Record Notícias desta sexta-feira (16): uma enfermeira espancou e torturou um cãozinho da raça yorkshire.


Ela fez tudo isso na frente de seu filho, de apenas três anos.


Um yorkshire não pesa mais do que 3 kg. Esse animal, que acabou morrendo, foi arremessado diversas vezes pela agressora.


A mulher está foragida, mas sendo procurada pela polícia.


Ela deve responder por crime de maus-tratos a animais.


R7

Temporada de chuvas testa sistemas de prevenção instalados no Brasil

Enchentes e deslizamentos já são parte integrante da temporada de chuvas no Brasil. A quase um ano da maior tragédia climática do país, as autoridades dizem, no entanto, estarem melhor preparadas para lidar com situações de emergências.


Às vésperas de mais um verão chuvoso, serviços de Defesa Civil trabalham para minimizar o poder inevitável dos temporais, sobretudo, para reduzir o número de mortes.


Em janeiro deste ano, mais de mil pessoas morreram na região serrana do Rio de Janeiro.


A tragédia serviu como alerta para algumas administrações municipais, como a prefeitura do Rio, que instalou sirenes em 66 comunidades cariocas.


"Nosso principal objetivo é salvar vidas e por isso a cidade do Rio de Janeiro investiu em um moderno radar meteorológico, para nos alertar da chegada de chuva, e na instalação de sirenes para que a população possa ser alertada e busque abrigo", explicou o subsecretário de Defesa Civil do município, Márcio Motta.


As sirenes foram instaladas em áreas classificadas como de alto risco de deslizamento. Elas são acionadas três horas antes da chegada de fortes tempestades.


Equipamentos similares também foram colocados em cidades da região serrana do Rio, bem como bairros da cidade de São Paulo sujeitos a enchentes, como a Freguesia do Ó, na zona norte da capital paulista.


Moradia


Embora tenha havido significativo investimento nos sistemas de alarme, o problema fundamental permanece: milhões de brasileiros ainda vivem em áreas perigosas como morros sujeitos a deslizamentos ou vales onde inundações são inevitáveis.


O especialista em gestão de riscos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Moacyr Duarte, diz que não há dados confiáveis sobre o número exato dos brasileiros que vivem em situação de risco como essa.


"O que a gente percebe quando vê imagens desses desastres, como nas enchentes em Santa Catarina ou nos deslizamentos na região serrana do Rio, é que há muitas ocupações em lugar de risco evidente. Ou então intervenções humanas que criam riscos, como cortar barrancos de qualquer jeito", observa.


Segundo Duarte, "existe uma preocupação muito grande e correta hoje em dia com a avaliação dos impactos que um empreendimento pode ter na natureza".


"Mas ainda não nos acostumamos a olhar com mais atenção para os impactos da natureza sobre os empreendimentos", observa.


Morros cariocas


Na cidade do Rio de Janeiro, grande parte do risco está nas comunidades construídas nos morros em condições precárias e sem planejamento. Em abril de 2010, quase 70 pessoas morreram em deslizamentos nas favelas da cidade.


"Um levantamento da GeoRio indicou que 117 comunidades no Rio de Janeiro incluem áreas de alto risco, onde vivem 18 mil famílias. Retirar as pessoas dessas locais ou fazer obras que os tornem seguros é um trabalho essencial, mas não é uma coisa que possa ser feita num passe de mágica", diz Márcio Motta. "Por isso nossa prioridade agora é salvar vidas."


A auxiliar de enfermagem Alessandra de Oliveira, de 31 anos, mora em uma dessas 18 mil residências que passam todos os verões sob a constante ameaça de deslizamentos.


No verão passado, a ameaça tornou-se realidade: numa madrugada de chuva intensa um pedaço do barranco no Morro dos Cabritos, na zona sul, deslizou arrastando pedras e plantas. Por sorte, a parede do quarto em que ela dormia resistiu e ninguém saiu ferido.


A Prefeitura interditou a casa de Alessandra, mas ela continua vivendo no local, sob tensão frequente, sempre que nuvens escuras cobrem o Morro dos Cabritos.


"Mesmo que tenha casa do governo para gente, vai ser muito longe, nos subúrbios da cidade. Então a gente prefere ficar aqui mesmo", diz ela, que vive em Copacabana e prefere continuar morando próximo do trabalho.


"Meu sonho mesmo seria que o governo fizesse um muro de contenção no barranco para que a gente pudesse viver em segurança aqui mesmo", diz.


Pesquisa


A fim de minimizar o risco de pessoas como Alessandra, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) trabalha na combinação de dados climáticos com informações detalhadas do terreno de modo a estabelecer quais são as áreas de maior risco nas cidades.


"Nosso objetivo é poder dizer às autoridades com mais segurança o que pode acontecer caso uma chuva forte ocorra em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras grandes cidades brasileiras. O que precisamos é conhecer a realidade pluviométrica (o volume de chuvas) de cada área para combinar com dados sobre o solo, como ocupação humana e estabilidade, para saber direito qual o tamanho do problema", explica o diretor-geral do INPE, Gilberto Câmara.


Este ano o INPE começou a operar com plena capacidade um supercomputador para análises climáticas – batizado de Tupã – para evitar que o governo e a população sejam pegos de surpresa por desastres naturais.


"Acredito que esse ano já será possível sentir uma significativa evolução na qualidade dos dados meteoreológicos em relação ao que tínhamos no ano passado", diz Câmara.


BBC Brasil

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Lei da Palmada é aprovada por unanimidade em comissão da Câmara


A Lei da Palmada foi aprovada por unanimidade na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, com o objetivo de reforçar o controle da Justiça sobre casos de violência contra crianças e adolescentes.


A legislação que vigora atualmente, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), menciona "maus-tratos", mas não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais ou responsáveis.


A partir da aprovação, os parlamentares da Casa terão um prazo para se manifestem sobre a necessidade de votação em plenário. Caso a votação pela comissão seja considerada conclusiva, o projeto irá diretamente para o Senado.


O texto do projeto de lei 7.672/2010 foi modificado ontem (13) pela relatora Teresa Surita (PMDB-RR) -- o termo "castigo corporal" foi substituído por "agressão física" --, o que não agradou os representantes dos direitos da criança e do adolescente e causou polêmica, adiando a apreciação para hoje.


Após mais um dia de debate, firmou-se consenso em torno da expressão "castigo corporal".


Houve um destaque no texto para que a palavra "sofrimento" fosse suprimida da definição de castigo físico (ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em sofrimento ou lesão), mas a sugestão foi negada pela maioria dos deputados.


A Folha apurou que a solução textual de Surita agradou os segmentos envolvidos no debate, que se sentiram contemplados pelo projeto de lei.


As mudanças no texto da relatora teriam sido feitas após reunião da deputada com líderes da bancada evangélica na Casa --desfavoráveis ao uso do termo "castigo", argumentando que o projeto levaria a ingerência demasiada no âmbito das famílias.


Teresa Surita negou que tenha havido discordância entre membros da comissão e da bancada evangélica. Segundo ela, eles "só estavam querendo conhecer o projeto" e contribuíram para aperfeiçoar o texto final.


De acordo com o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), representante dos evangélicos, em nenhum momento a bancada teve o intuito de vetar o projeto.


"Agradeço a relatora por ter melhorado o texto. Agora ficou bonito", disse Feliciano.


Sobre uma possível ingerência da Secretaria de Direitos Humanos na troca dos termos do projeto, que não teria gostado da supressão da palavra "castigo", Teresa Surita afirmou que foram aceitas sugestões de diversas instâncias, como na elaboração de qualquer projeto de lei.


Folha OnLine

Vídeo flagra policiais espancando mulher turca, presa por não portar RG


Fevziye Cengiz foi presa sem documentos durante operação em boate.
Ela foi depois acusada de resistir à prisão; caso gerou revolta na Turquia.

Um vídeo feito dentro de uma delegacia turca tem causado revolta no país por mostrar um grupo de policiais agredindo uma mulher, jogando-a ao chão e puxando seus cabelos.


As imagens do circuito de segurança mostram Fevziye Cengiz, presa em uma operação numa casa noturna por não portar sua carteira de identidade, recebendo golpes na face em uma delegacia da cidade de Izmir, mesmo após ser algemada.


O que mais deixou a população indignada foi que a mulher pode ser sentenciada a seis anos na cadeia por "resistir à prisão e comportamento imprudente.


O caso foi noticiado pelo jornal britânico "Daily Mail". Segundo o site do tabloide, a ministra de políticas sociais turca, Fatma Sahin, classificou o incidente de "inaceitável" e disse que os responsáveis devem ser punidos. Ela afirmou, no entanto, que foi um caso individual que não tipifica a polícia turca.


As agressões ocorreram em julho, mas só agora vieram à tona com a divulgação das imagens na televisão turca.


G1

Em 30 anos, Brasil teve mais de um milhão de vítimas de homicídio


Dados são do Mapa da Violência divulgado na manhã desta quarta-feira


SÃO PAULO - Nos últimos 30 anos, a violência no país praticamente dizimou uma cidade inteira de grande porte. Cerca de 1,1 milhão de pessoas foram vítimas de homicídio. A média das últimas três décadas é de quatro brasileiros assassinados por hora. Só em 2010, foram mortas 50 mil pessoas, numa contabilidade de 137 assassinatos por dia. É mais que um massacre do Carandiru diariamente, quando 111 presos perderam a vida no confronto com a polícia. Uma pessoa foi morta a cada dez minutos no Brasil no ano passado.


- Foram mortas exatamente 1.091.125 pessoas. Para se ter uma ideia da tragédia, só 13 cidades brasileiras têm uma população que ultrapassa 1 milhão. Se matou no Brasil muito mais gente do que em países onde há conflito armado - disse Júlio Waiselfisz, responsável pela pesquisa que consta do Mapa da Violência 2012, elaborado e divulgado na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Sagari, em São Paulo.


Com dados compilados desde 1980, o estudo revela o avanço da violência ano a ano. Se 30 anos atrás 13.910 pessoas foram vítimas de homicídio no país, em 2010, o número de mortes chegou a 49.932. Foi um crescimento de 258%. A população também aumentou no período, mas não na mesma velocidade. Passou de 119 milhões para 190 milhões de habitantes, registrando crescimento de 74%.


Em relação a outros países, a situação é alarmante. Enquanto no Brasil 1,1 milhão de pessoas foram mortas nos últimos 30 anos, a guerra civil da Guatemala, que durou 24 anos, registrou 400 mil mortes. A disputa religiosa entre Israel e Palestina, entre 1947 e 2000, foi marcada pelo assassinato de 125 mil pessoas.


Desde 1980, a taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes também deu um salto considerável, passando de 11,7 para 26,2. Segundo o estudo, na última década foi observado crescimento rápido das taxas até 2003, quedas relevantes até 2005 e, a partir deste ano, equilíbrio instável, com cerca de 26 homicídios para cada 100 mil habitantes. A década fechou com taxa de 26,2 homicídios, semelhante ao verificado em 2000: 26,7.

O estudo ainda mostra que 17 estados que tinham as menores taxas do país no ano 2000 viram seus índices aumentar. Alagoas é o estado que ocupa a primeira posição no ranking dos mais violentos. Passou da décima-primeira colocação dez anos atrás, com taxa de 25,6 mortes por 100 mil habitantes, para o topo do pódio com a marca mais preocupante: 66,8.


Dois estados fizeram o caminho inverso. Enquanto, na última década, São Paulo diminuiu a taxa de homicídio de 42,2 para 13,9 por 100 mil habitantes, (4º para 25ª lugar no ranking), o Rio de Janeiro reduziu a taxa 51,0 para 26,2 (passou de 2º para 17º).


- Três fatores explicam a redução das taxas de homicídios em alguns lugares: campanha do desarmamento, investimento em segurança pública e políticas estaduais - disse Waiselfisz.


Num recorte feito por raça e cor, o estudo mostra que enquanto pessoas brancas estão morrendo cade vez menos vítimas de homícidios, boletins de ocorrências registram elevação de assassinatos contra os negros. Em relação aos brancos, diz o mapa: foram assassinados 18.852, em 2002, 15.753 (2006) e 13.668 (2010). Sobre os negros, a situação é mais crítica: foram mortos 26.952 (2002), 29.925 (2006) e 33.264 (2010).


O documento revela ainda que o Espírito Santo é o estado que registra o maior número de homicídios de mulheres: 9,4 para cada 100 mil habitantes, segundo os dados de 2010. Alagoas está em segundo lugar, enquanto Rio de Janeiro e São Paulo ocupam, respectivamente, 25ª e 26ª colocações.


Em relação aos assassinatos de jovens, entre 15 e 24 anos de idade, os números também são alarmantes. Mais de 201 mil pessoas nessa situação foram mortas em 2010. Na comparação com 2000, o mapa registrou crescimento de 11,1% de homicídios contra jovens.



O Globo

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Irmã de Bianca ainda diz acreditar na inocência do marido, afirma tio


Mulher de Sandro Dota teria afirmado que polícia está cometendo injustiça


O tio de Bianca Consoli disse, na tarde desta terça-feira (13), que a irmã da jovem, mulher de Sandro Dota, diz ainda acreditar na inocência do marido. Dota foi preso na noite da segunda-feira (12), na zona leste de São Paulo. A polícia diz que ele é o principal suspeito da morte de Bianca, ocorrida em setembro deste ano.



Luiz Bicudo diz que a família entrou em contato com Dayane, mulher de Dota, logo após a prisão dele.



- Nós tentamos um contato com ela, ontem, assim que soubemos da prisão do Sandro. Ela estava gritando, chorando, dizendo que está sendo cometida uma injustiça. Ela ainda acredita que ele não é assassino. Está cega.

A afirmação foi feita durante entrevista ao vivo ao programa Record Notícias, da Rede Record. Embora Dayane ainda afirme acreditar na inocência do marido, para a família de Bianca – segundo o tio – não há mais nenhuma dúvida.



- Você vai juntando [as pistas] e chega a definição de que não existe outro nome [para o suspeito do crime].



Dota nega envolvimento na morte de Bianca.


Motivação sexual


Também nesta terça-feira, a polícia informou que o assassinato da jovem Bianca Consoli pode ter tido motivação sexual. A informação é de Jorge Carrasco, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).


- Estamos esperando o laudo ficar pronto para ver se teve relação sexual. Temos depoimento de que ele se insinuava para a vítima. Mas ainda não há previsão para o laudo ficar pronto.


Segundo o delegado Mauricio Guimarães, que também participa das investigações do caso, também é possível que Dota tenha entrado na casa da jovem para praticar um roubo e teria acabado assassinado Bianca.



- Havia dinheiro na casa da vítima, ele tinha bronca do sogro. Pode ter sido só o roubo, só a motivação sexual ou as duas coisas.



Ainda não é possível esclarecer se o crime foi premeditado, segundo os investigadores.



Exame


De acordo com Guimarães, o exame que comprovou que a pele embaixo da unha de Bianca era geneticamente compatível com o sangue de Dota foi definitivo para colocá-lo como principal suspeito. O sangue estava na calça que o motoboy usava no dia do crime.



- A calça foi entregue pela esposa dele [irmã da vítima] por livre e espontânea vontade. Tiramos até foto para mostrá-la entregando.



Dota será ouvido na tarde desta terça-feira e deve ser transferido ainda nesta terça para um presídio. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.



A Polícia Civil prendeu Sandro Dota no início da noite da segunda-feira. Dota é cunhado da vítima, que foi encontrada morta no dia 13 de setembro dentro de sua casa no Parque São Rafael, zona leste da capital paulista. A polícia pediu a prisão preventiva na Justiça e denunciou Dota por homicídio triplamente qualificado.



A versão contada pelo suspeito no dia do assassinato foi desarticulada. Segundo o delegado, Dota não esteve com sua mulher em uma ferinha, e mentiu ao dizer que o ferimento que ele tinha havia sido causado em uma reforma na casa de sua tia.


- Ele havia dito que se machucou com uma caibro de madeira. Mas a viga tinha 40 cm e o machucado 29 cm. No crime, tudo leva a crer que teve luta corporal.


Crime


O corpo de Bianca foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída da casa onde moravam, no dia 13 de setembro. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir para a academia.



Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada por ela, ainda molhada. A garota teria reagido à presença de um criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram encontradas mechas de cabelo pelos degraus.



Para entrar na casa da vítima, o suspeito teria mandando fazer a cópia da chave dias antes do crime. De acordo com a polícia, ele havia pedido a chave do local para avó de Bianca com a desculpa de usar a máquina de lavar roupa.


R7

Mulher é esfaqueada e jogada nua de carro por marido na PB, diz polícia


Polícia confirmou que o marido é o único suspeito do crime.
Segundo delegada, motivo da agressão seria o fim do relacionamento.


Uma mulher foi esfaqueada e jogada de um carro em movimento no início da manhã desta segunda-feira (12) em João Pessoa, segundo divulgou a Polícia Civil. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que ela foi encontrada nua e com vários ferimentos. Ao ser socorrida, ela teria dito que o marido era responsável pela agressão. A mulher ferida foi socorrida na Avenida Ruy Carneiro, que é uma das principais vias da capital paraibana.


A Polícia Civil confirmou que o marido é o único suspeito da autoria do crime. Segundo a delegada Viviane Magalhães, plantonista da 10ª Delegacia Distrital, após agredir a esposa, ele bateu com o carro na Avenida Nego, no bairro de Tambaú, e fugiu do local.


Segundo a delegada, a mãe da vítima informou que o casal havia se separado na sexta-feira (9), o que pode ter motivado o crime. De acordo com o relato da mãe, o suspeito não teria se conformado com fim do relacionamento. Viviane informou também que o homem está sendo procurado e que a polícia já tem informações de locais que ele pode usar como esconderijo.


A delegada disse ainda que será feita uma perícia na residência do casal e no carro de onde a mulher teria sido jogada. A mulher, que tem 33 anos, foi levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A assessoria de imprensa da unidade informou às 11h (horário local) que ela segue internada em estado regular.


G1

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cão que ficou 12 horas enterrado melhora e passa por novo exame


O cãozinho de quatro meses que foi resgatado na semana passada após ter sido enterrado pelo dono apresentou melhora nesta segunda-feira, segundo informações da clínica veterinária onde ele está sendo tratado, no interior de São Paulo.


O cachorro --que recebeu o nome de Titã-- já se alimenta bem e bebe água normalmente. Os cuidados, que incluem alimentação a cada duas horas, banhos e vitaminas, continuam. Um novo hemograma deve ser feito nos próximos dias para avaliar a melhora.


Titã retornou à clínica veterinária nesta segunda-feira, após passar o fim de semana na casa da veterinária Viviane Cristina da Silva. A remoção do cãozinho ocorreu porque a clínica não abre durante o fim de semana.


Apesar da melhora para se alimentar, Titã ainda recebe tratamento para conter uma infecção de pele. Ele deverá ser avaliado ainda por um oftalmologista para avaliar o olho direito, que está machucado. Ele poderá passar por uma cirurgia e corre risco de perder a visão.


Titã ficou enterrado por cerca de 12 horas no quintal de seu dono, em Novo Horizonte (399 km de São Paulo), até ser resgatado por um membro da Associação Mão Amiga, que havia recebido uma denúncia de maus-tratos.


Após o resgate do cãozinho, a associação registrou um termo circunstanciado na polícia. A Polícia Civil informou que ele será intimado a depor, mas não há previsão de quando isso deverá ocorrer.


Folha OnLine

Tenente-coronel acusado de mandar matar juíza irá para presídio federal

Acusado de mandar matar juíza, tenente-coronel Cláudio Luiz sorriu durante julgamento | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia


Rio - Os onze policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, em agosto deste ano, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, serão julgados pelo Tribunal do Júri. A decisão é do juíz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói. O magistrado determinou ainda a transferência para presídio federal do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira e do tenente Daniel Santos Benitez Lopez pelo prazo de 180 dias.


De acordo com as investigações, Cláudio, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), seria o mentor do crime. Benitez um dos executores. O juiz decidiu ainda que Jeferson de Araújo Miranda, que colaborou com as investigações mas mudou a versão em depoimento, deve ser transferido da Delegacia Antissequestro (DAS) para presídio de segurança máxima.


Cabo confirma que atirou várias vezes em Patrícia

O cabo do 7º BPM (São Gonçalo) Sérgio Costa Júnior, um dos 11 policiais militares acusados de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, reafirmou durante interrogatório feito pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Peterson Barroso Simão, sua participação na morte da magistrada. Beneficiado pela delação premiada, Costa endossou seu primeiro depoimento à Justiça, dado há um mês, quando revelou detalhes do crime.


“Disparei vários tiros de pistola calibre 45 (contra Patrícia, que chegava de carro em casa, em Piratininga, no final da noite de 11 de agosto). A arma falhou, e aí peguei a ponto 40 que estava na minha cintura e também atirei com ela. O Benitez (tenente Daniel dos Santos Benitez Lopos) também disparou contra ela, usando um revólver 38”, afirmou o cabo. Vinte e um tiros atingiram a vítima.


O PM voltou a afirmar que Benitez foi quem pilotou a moto — em que ele estava na garupa — usada para perseguir o carro de Patrícia do Fórum de Niterói até a casa da juíza, e que outros PMs, entre eles os cabos Jeferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão Junior, também tiveram participação ativa na trama para matar a magistrada.


Costa Júnior disse ainda que foi Benitez quem teve a ideia de matar Patrícia. “No final de maio, ele falou sobre o assunto com a equipe do GAT (Grupamento de Ações Táticas), mas nem todos os integrantes do grupo, que tem 10 PMs, aceitaram”, comentou, ressaltando que, dias antes da morte da juíza, os assassinos teriam tentado surpreender a magistrada pelo menos por duas vezes, sem sucesso.


O DIA ONLINE

Reynaldo Gianecchini já está em casa


Ator concluiu última sessão de quimioterapia neste final de semana e recebeu alta


Reynaldo Gianecchini recebeu alta do hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, em São Paulo.

Nesta segunda-feira (12), a assessoria de imprensa do Sírio informou que "o ator não está mais no hospital".

O ator se internou no dia 1º de dezembro para iniciar mais uma sessão de quimioterapia do tratamento contra um câncer tipo linfoma.

Durante a semana em que esteve internado, Gianecchini foi submetido a uma bateria de exames preparatórios para a próxima fase do tratamento, o autotransplante.


Entenda o autotransplante


O procedimento seria realizado no início deste mês. Porém, como o ator teve febre na semana passada, o transplante teve que ser adiado.

Inicialmente, o procedimento estava previsto para novembro, mas, como Giane estava com o sistema de defesa debilitado por causa da quimioterapia, teve que ser adiado.

O autotransplante é um processo em que consiste na retirada de células-tronco do paciente. Elas serão congeladas e, depois, reinseridas no organismo do paciente, com o objetivo de regenerar o sistema imunológico dele.


R7


Bebê morre baleado durante briga entre vizinhos no interior de São Paulo

O motivo da briga foi uma reclamação de barulho. O bebê de dez meses morreu após ser atingido por um tiro no peito. Um dos tiros disparados pelo comerciante também atingiu um adolescente de 15 anos.


domingo, 11 de dezembro de 2011

Projeto Aquarius celebra a paz e o Natal no Alemão


Músicos, moradores e autoridades dizem que evento simboliza integração da cidade

RIO - O Complexo do Alemão se vestiu de branco para festejar, neste sábado, um ano de paz ao som da "Nona Sinfonia" de Beethoven. Palco de partidas de futebol aos fins de semana, o Campo do Sargento, em Inhaúma, deu lugar a um espetáculo com grandes expoentes da música clássica . O time, comandado pelo maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Roberto Minczuk, entrou no palco às 20h.


Uma realização do GLOBO e da OSB, com apresentação da prefeitura do Rio e patrocínio da Vale e do Bradesco, além de apoio do BNDES, o Projeto Aquarius aportou pela primeira vez em uma favela pacificada. Novo capítulo de uma história que começou em 1972. De lá para cá, foram nada menos do que 283 apresentações.


A estrutura do evento é grandiosa. Com capacidade para reunir até 200 músicos de uma só vez, o palco tem 70 metros de largura. E dois telões LED, somando 80 metros quadrados nas laterais. A potência do show será tanta que cerca de 15 mil pessoas poderão assistir ao evento com clareza sem precisar sair de suas lajes. Com um balé de luzes, os efeitos especiais prometem fazer os espectadores se envolverem com o concerto. Para a plateia — serão três mil assentos — não passar aperto, foram instalados 30 banheiros químicos no local do espetáculo.


Antes da entrada da Orquestra Sinfônica Brasileira, o Afro Circo, grupo de malabaristas do AfroReggae, divertiu o público.


A chuva não espantou moradores e visitantes. Morador do Alemão há 42 anos, o pedreiro José Gomes, de 62 anos, chegou cedo ao local para ter a oportunidade de ver um concerto ao vivo pela primeira vez.


- Só vi pela televisão. Acho que vai ser algo diferente.


O caráter inovador da apresentação também é destacado pelo maestro desta noite. Para Minczuck, a apresentação do Projeto Aquarius no Complexo do Alemão é um acontecimento histórico, a partir do qual ele espera que a música clássica esteja mais presente na vida de cidadãos de comunidades, como o Complexo do Alemão.


- Essa apresentação representa a conquista da música e da cultura que chega a essas comunidades. A música e a orquestra pertecem a eles também, a todos os cidadãos do Rio de Janeiro. E nós estamos muito felizes de podermos apresentar a Nona Sinfonia de Beethoven, que é linda, um patrimônio da humanidade. É uma emocao especial, muito diferente. Muitos estarão ouvindo uma orquestra pela primeira vez ao vivo. A mensagem é de união, de fraternidade. E esperamos que essas pessoas não tenham receio de ir assistir à Orquestra no Theatro Municipal. Pois, como já disse, a orquestra é deles - afirmou Minczuck.


Músico da OSB, o violinista Willian Isaac destaca que, há pouco mais de um ano, antes da ocupação do Alemão pelas forças de segurança, era inimaginável ocorrer um espetáculo como este na comunidade.


- Sou de Goiânia. É a primeira vez que entro numa favela. E tocando com uma orquestra. É fantástico. Nunca me imaginei tocando no Complexo do Alemão. E estar aqui hoje acredito que seja uma conquista para todos, para nós, músicos, e para a comunidade -disse Isaac.


A opinião é parecida com a da percussionista Janaína Sá. Ela diz que espera emocionar a plateia, numa apresentação que ela considera símbolo da integração da cidade.


- Esta é uma apresentação inovadora, histórica. E tenho certeza que a música vai conseguir tocar o público, emocionar. A música é para isso, romper barreiras - diz ela.


Muitos artistas, autoridades e líderes sociais prestigiaram o evento. A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, foi uma das primeiras a chegar. E fez questão de afirmar que vinha ao espetáculo no papel de uma cidadã, que veio compartilhar este momento com os moradores do Complexo do Alemão.


- Esta é a melhor forma de comemorar a mudança. Este agora é um território de paz. E a cultura tem esse poder, de transformar. Não estou aqui hoje como Chefe de Polícia Civil, mas como uma cidadã. Acredito que este seja um dos momentos mais especiais da ocupação da comunidade - afirmou ela.


Artista como as atrizes Thalma de Freitas e Guta Stresser também estiveram por lá. O governador Sérgio Cabral acaba de chegar, acompanhado da mulher, Adriana, e de secretários de estado, como Adriana Scorzelli Rattes, de Cultura, e Carlos Roberto Osório, de Conservação. É aguardada a chegada ainda do prefeito Eduardo Paes. Trajando uma camiseta branca, Cabral destacou a importância da realização de um evento, como o Projeto Aquarius, no Complexo do Alemão.


- Trazer o Projeto Aquarius aqui é de uma delicadeza imensa. Representa o novo momento que o Rio e o subúrbio da cidade estão vivendo - afirmou Cabral.


Ao ser cercado por crianças da comunidade, o governador afirmou que, depois da apresentação do projeto, podem surgir novos Pixinguinhas e Joãos da Baiana na comunidade.


Depois do prelúdio ''Carmen'', de Bizet, o programa continuou com a execução de ''Jesus Alegria dos Homens'', de Johann Sebastian Bach. Em seguida, ''Adeste fidelis''. A ''Nona Sinfonia'' foi permeada com a apresentação de ''Os Estatutos do Homem'', poema de Thiago de Mello.


Cercada de expectativa, a estreia do Aquarius no conjunto de favelas da Zona Norte mereceu atenção especial dos organizadores.


— A apresentação de hoje (sábado) é um motivo de orgulho para O GLOBO. É uma tradição do projeto Aquarius, em seus 39 anos de existência, levar música clássica a todos os públicos. Mas hoje teremos uma apresentação muito especial. O concerto da OSB no Complexo do Alemão é também uma celebração da paz no Rio, num momento histórico da cidade. Convidamos todos os que queiram celebrar essa paz a assistirem ao espetáculo de hoje — disse Sandra Sanches, diretora executiva do GLOBO.


Um momento de grande emoção foi quando a OSB executava o Quarto MOvimento da Nona Sinfonia, Bethoveen, e que foi encontrada uma bandeira branca ao lado do palco. Muitas pessoas foram às lágrimas, inclusive a atriz e cantora Thalma de Freitas.


Bastante animado, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrane, ressaltou que são momento como esse que os moradores do Rio precisam e que precisam ser repetidos em outras comunidades.


-São momentos de integração como esse que estamos precisando e nos dão forma e esperança para continuar com nosso trabalho - afirmou o secretário.


Ao final da apresentação, integrantes da OSB e do grupo AfroReggae se uniram para tocar ‘’Cidade Maravilhosa’’, que foi acompanhada pelo público presente, numa grande confraternização.



O Globo


Caso de amor acaba com envenenamento e morte


Mulher 20 anos mais velha que amante é acusada de envenená-lo com ‘chumbinho’ em cápsula de vitamina C.


Rio - Um rapaz se envolve com uma mulher 20 anos mais velha e casada. O romance tem como cenário a Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste, onde se conhecem e costumam frequentar. A relação, marcada por brigas, ciúmes e chantagens, durou cinco anos até que, em junho do ano passado, Francina Vieira dos Santos, 48 anos, envenena e mata com chumbinho o amante Gustavo Garcia de Jesus, 27, colocando fim à relação extraconjugal.


Assassina confessa de Gustavo, ela contou com riqueza de detalhes à Divisão de Homicídios (DH) como matou o amante. E disse estar arrependida. A confissão, no entanto, aconteceu seis horas depois do primeiro depoimento que ela deu à DH, quando afirmou que não sabia do paradeiro dele.



Francina responde ao homicídio em liberdade, embora a Polícia Civil tenha pedido sua prisão. Ela vive com o marido, que é cego, e as quatro filhas do casal, e estaria indo à academia todos os dias.


Francina alegou que matou o amante num ato de desespero para se defender das ameaças dele, que teria exigido dinheiro para não contar ao marido dela sobre a relação fora do casamento. Ela disse ainda que tentou terminar o caso várias vezes, mas o rapaz ‘não aceitava separar-se dela’.


O crime aconteceu dia 2 de junho de 2010 em Jacarepaguá. Após uma discussão entre Francina e Gustavo, ela deu uma cápsula de vitamina C com chumbinho dentro ao rapaz, que se queixou de dor de cabeça. Segundo ela, eles se encontraram num shopping onde ela compraria um fogão para ele, após ser ameaçada de ter o caso revelado.


Na DH, ela disse que chegou a ir ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra, mas que não saiu do carro porque Gustavo disse que contaria tudo aos PMs que estavam na unidade. Francina afirmou que saiu do local e ficou rodando horas de carro enquanto Gustavo agonizava. Ela seguiu até Grumari, onde, pela manhã, deixou o amante sem saber se ele estava vivo ou morto.


O corpo de Gustavo ainda ficou desaparecido por 10 dias até ser encontrado pela PM em Grumari. Segundo a mãe de Gustavo, a diarista Marinez Garcia de Jesus, 48 anos, nesse período, Francina ‘ajudou’ a família a procurar por ele e até foi ao enterro do rapaz.


“Foi ela quem me ligou perguntando por ele, dizendo que o Gustavo não atendia o telefone. Disse ainda que ele havia viajado a trabalho para fazer um curso por 15 dias. Foram dias de agonia e desespero”, lembrou Marinez. Ela contou que ficou surpresa ao saber que Francina matou seu filho.


“Não imaginei que ela fosse capaz de fazer uma coisa dessas. Eles brigavam muito, mas ela convivia bem com a gente. Gustavo era um filho ótimo”, disse a diarista, reclamando que móveis e eletrodomésticos do filho, que morava em Jacarepaguá, sumiram. “A casa dele ficou vazia e até hoje nada apareceu”, conta Marinez.


Avó de Gustavo, Hilma Garcia de Jesus, 72, acrescenta que o relacionamento entre o neto e Francina era muito conturbado. “Ela tinha muito ciúme dele. Meu neto reclamava e dizia que queria terminar o namoro, mas que ela não aceitava. Falei várias vezes: ‘meu filho, deixa essa mulher que ela vai acabar te matando’. Ainda acho que ele vai entrar pelo meu portão”, disse Hilma.


“Ele não parava em nenhum emprego porque ela fazia escândalo nos lugares onde ele trabalhava. Parecia que queria que ele ficasse dependente dela para não deixá-la”, acredita a avó.


Advogados de Francina pediram à Justiça a retirada da confissão dela do processo, alegando que ela falou sob tortura, mas o pedido foi negado. Eles e a família de Francina não quiseram comentar o caso.


Experiências de eliminação do trabalho de crianças e adolescentes são exemplo mundial, diz OIT


Brasília – Os esforços do Brasil para eliminar o trabalho infantil – que se refere às crianças e aos adolescentes de 5 a 17 anos – em pelo menos 50% nos últimos 20 anos servem como exemplo mundial a ser seguido, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Porém, as autoridades sabem que o empenho deve ser mantido, pois ainda há cerca de 4,1 milhões de crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente no país, principalmente no Norte e Nordeste.


Para verificar os projetos desenvolvidos em parceria pelos governos federal, estaduais e municipais e pela OIT e conversar com as autoridades brasileiras, a diretora-geral do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da organização, Constance Thomas, chega amanhã (6) ao Brasil, onde fica até o dia 13.


A diretora visitará Salvador, Cuiabá e Brasília. NA capital federal, ela se reunirá com os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além de integrantes do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores.


O coordenador nacional do Projeto Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes, disse à Agência Brasil que o fim da exploração de crianças e adolescentes está diretamente associado às políticas públicas na área social.


“A experiência desenvolvida no Brasil é modelo devido ao conjunto das ações. A eliminação do trabalho infantil depende de esforços para a execução de políticas sociais, como o Bolsa Família, o Mais Educação e outros”, disse Mendes. “Mas é necessário lembrar que o problema ainda existe e deve ser solucionado”, acrescentou ele.


Mendes disse ainda que a OIT está preocupada com a possibilidade de o trabalho infantojuvenil ser retomado em áreas que estava extinto em decorrência dos impactos da crise econômica internacional. “Nosso receio é que o trabalho infantil seja retomado em países que ele já não existia mais.”


Na semana passada, autoridades do Timor Leste estiveram no Brasil para observar os programas desenvolvidos em várias cidades. A ideia é que, no primeiro semestre de 2012, as medidas sejam implementadas no país.


No Brasil, o trabalho denominado perigoso é vetado para quem tem menos de 18 anos. Aos 14 e 15 anos, o adolescente brasileiro pode trabalhar como aprendiz. Aos 16 anos, o jovem pode ser contratado com carteira assinada e seguindo a legislação.


Fonte: Agência Brasil


prómenino

Motoqueiro mata motorista na zona sul de SP


O motoqueiro parou ao lado da motorista, bloqueou o veículo e atirou três vezes contra a jovem. Imagens de circuito interno flagraram o momento da fuga do motoqueiro. Motoristas que passavam no local socorreram Vanessa de Souza Peixoto. Ainda viva, ela foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro cirúrgico. A polícia ainda não sabe se foi um assalto seguido de morte ou uma execução.



Empresas que operam pedalinhos na Lagoa são impedidas de funcionar


O brinquedo afundou na noite de sábado. Casal foi resgatado a 300 metros da margem


RIO - As duas empresas que oferecem os serviços de pedalinho na Lagoa Rodrigo de Freitas foram impedidas de funcionar pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo. Na noite de sábado, o pedalinho usado por um casal para passear pela Lagoa e apreciar a árvore de Natal naufragou.

Três pessoas foram levadas para o hospital. O casal de namorados se atirou na água após notar que a embarcação estava afundando. Wellington do Nascimento, de 24 anos, que assistia à cena, quase se afogou ao tentar ajudar a retirar os jovens da água.

- Estávamos olhando a árvore da lagoa, quando começaram a gritar dizendo que o pedalinho estava afundando e que havia uma criança lá dentro. O Wellington ficou desesperado e se jogou na água, mas logo perdeu as forças por causa do lodo. As pessoas ajudaram a socorrê-lo, e policiais militares o levaram para o hospital- contou a cunhada do rapaz Rosana Ximenes, 32 anos, analista de recursos humanos.

Os três foram levados ao Hospital Miguel Couto, no Leblon. A menina, identificada como Larissa, de 16 anos, chegou ao hospital em estado de choque, mas foi liberada logo depois. O jovem que estava com ela, ainda não identificado, foi examinado e liberado. Wellington ainda está internado, mas fora de perigo. O caso foi registrado na 15 DP (Gávea).

O pedalinho pertencia à empresa Vilas Boas.


O Globo
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