sábado, 16 de junho de 2012

Rio Grande do Sul é líder em mortes por câncer de pulmão no Brasil



Fumo está ligado a 80% dos casos

O câncer de pulmão mata pelo menos 2.843 pessoas por ano, entre homens e mulheres, no Rio Grande do Sul. O número (registrado pelo Ministério da Saúde em 2009) é 40,4% maior do que de mortes causadas por acidente de trânsito (2.025, em 2011) e 71,5% maior do que de homicídios (1.657, também no ano passado).

No mundo, as estatísticas são ainda mais alarmantes. Por dia, o equivalente a toda a população de Porto Alegre — cerca de 1 milhão e meio de pessoas — perdem a vida pelo mesmo motivo. O Rio Grande do Sul lidera o ranking brasileiro de casos, sendo o Estado com maior números de mortes — 23 por cada cada 100 mil habitantes.

O oncopneumologista Guilherme Costa, coordenador da Comissão de Câncer de Pulmão da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) afirma que uma das prováveis causas para os altos índices seja o clima frio da região sulista.

— Em baixas temperaturas, é comum que as pessoas procurem formas de se aquecer, e o fumo é uma delas — diz o especialista.

O presidente da Fundação Sul-Americana para o Desenvolvimento de Novos Medicamentos Contra o Câncer e vice-presidente da Sociedade Latino-Americana de Cancerologia, Gilberto Schwartsmann, concorda que a relação com o fumo é responsável pela esmagadora maioria dos casos diagnosticados, e que há um forte apelo da indústria tabagista para banir as campanhas de conscientização.

— A indústria do tabaco faz um forte lobby e subsidia uma série de ações em Brasília para neutralizar as campanhas — afirma.

Considerada rara no início do século XX, a doença se tornou um grave problema de saúde pública nos últimos 50 anos. O impacto é tanto que leva o estado brasileiro a investir, por ano, quase R$ 21 bilhões. A conclusão é da pesquisadora Márcia Pinto, da Fiocruz, que fez um estudo mapeando os custos de doença relacionadas ao tabaco. A pesquisadora explica que esse valor é financiado pela sociedade, com o pagamento de seus impostos:

— Esses custos são financiados por quem fuma e quem não fuma. Esse valor poderia ser investido, por exemplo, na ampliação do acesso das crianças a vacinas ou na compra de quimioterápicos para o SUS.

Como o estudo é pioneiro no país, não há comparativo local para saber se o valor é elevado demais. Sabe-se apenas que, em países como China e Estados Unidos, os investimentos são próximos a US$ 30 bilhões por ano.

Impacto na saúde e na economia

A expectativa da pesquisadora é de que o governo possa dar seguimento à pesquisa e invista na atualização dos dados. Outra proposta é incluir na próxima pesquisa os custos indiretos do tabagismo, relativos à perda da produtividade do fumante ou ex-fumante no mercado de trabalho.

— O fumante que se aposenta precocemente, ou sai do mercado, ou deixa de produzir riqueza para o país — explica Márcia.

A pesquisadora também concorda que a forte presença da indústria do tabaco no Rio Grande do Sul pode ter influência na adoção de medidas de controle anti-tabagismo. Porém, apesar das estatísticas negativas, é preciso considerar o fato de que, com as medidas de controle como a proibição de publicidade na televisão e no verso das carteiras de cigarro, bem como a restrição do fumo em locais fechado, fez cair o número de fumantes no Brasil.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), nos anos 80, 32% dos adultos fumavam, e em 2007, esse número caiu para 17%. A expectativa é que a cada ano baixe 0,3% o numero de fumantes.

— Isso vai fazer que tenha uma redução importante nos casos de câncer de pulmão, se as pessoas continuarem aderindo as campanhas — alerta Schwartsmann.

Doença poderia ser rara

Não há medida mais eficaz para evitar o câncer de pulmão do que não fumar, já que o consumo de derivados do tabaco está na origem de mais de 80% dos casos da doença. Ou seja: se não fosse o fumo, essa poderia ser uma enfermidade rara. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.

Manter alto consumo de frutas e verduras também é recomendado. Deve-se evitar, ainda, a exposição a certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil), encontrados principalmente em indústrias.

Exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão também favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer.

Números

:: Brasil

Estimativas de novos casos: 27.320, sendo 17.210 homens e 10.110, mulheres (2012)

Número de mortes: 21.069, sendo 13.293 homens e 7.776 mulheres (2009)

O sistema de saúde brasileiro gasta R$ 1 bilhão e 600 milhões de reais por ano no Brasil no tratamento da doença.

A cada 100 novos diagnósticos de câncer de pulmão, 85 morrem nos dois anos subsequentes ao diagnóstico, e isso tem relação com três fatores importantes:

1) De todos os tipos de câncer, o de pulmão é o que mais mata em todo o mundo.

2) Anualmente, o câncer de pulmão mata o equivalente a toda população de Porto Alegre, 15 milhões de pessoas.

3) 55% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento.

:: Mundo


— O tabagismo causa 130 mil óbitos por ano.

— Mais de 300 pessoas morrem em consequência das doenças relacionadas ao tabagismo.

— Um fumante vive seis anos menos do que quem não fuma.

:: Comparação com causas de morte no RS

— Homicídio 1.657 (SSP/2011)

— Acidente de trânsito no Estado 2.025 (Detran/2011)

— Câncer de pulmão 3.600 (Inca/2007)

:: Estimativa de novos casos em 2012

RS

Homens: 2.780

Mulheres: 1.400

PORTO ALEGRE

Homens: 370

Mulheres: 260

Fonte: Inca - Estimativa 2012

VIDA

Polícia investigará versão do namorado da irmã de Angela Bismarchi



Segundo ele, Angelina atirou contra o peito durante briga com o ex-marido

O delegado responsável pelas investigações sobre as mortes de Angelina Filgueiras dos Santos, de 42 anos, - irmã da peoa Angela Bismarchi - e do ex-marido dela, Márcio Luiz Dias da Fonseca, afirma que ainda faltam depoimentos para que a primeira versão do crime seja confirmada. De acordo com o titular da Delegacia de Itaipu (81ª DP), Gabriel Ferrando, o que foi contado pelo namorado de Angelina, o engenheiro Jolmar Vagner Alves Milato, de 40 anos, precisa ser confrontado com depoimentos de vizinhos, familiares e de uma adolescente de 16 anos que estaria na casa no momento do crime.

A jovem , que seria sobrinha de Angelina, está muito abalada com o ocorrido e anda não conseguiu falar com a polícia. Os investigadores buscam também possíveis imagens de câmeras de segurança da rua onde Angelina morava, em Itaipu, bairro da região oceânica de Niterói, na região metropolitana do Rio.

Angelina teria atirado contra o próprio peito após desarmar o ex-marido, segundo relatou à polícia o namorado dela. Em depoimento, Jolmar, que estava com Angelina quando o ex dela chegou armado, disse que, depois de Angelina ter se ferido, tomou a arma e matou Fonseca. Ele alega legítima defesa.

Jolmar não foi indiciado, mas deve responder por homicídio. Após prestar depoimento, ele foi liberado por não ter antecedentes criminais e por ter se apresentado espontaneamente.

A polícia investiga se o ex-marido foi até a casa de Angelina para tentar uma reconciliação. Ele havia invadido a casa onde Angelina vivia através da garagem, usando um controle remoto que ainda tinha guardado. Na ocasião, ele a encontrou no quarto com o atual namorado. O ex-marido estava armado e começou uma briga com o casal. Inicialmente, a hipótese considerada para a morte de Angelina era de disparo acidental durante luta corporal. Entretanto, o namorado disse à polícia que, durante a briga, a escrivã da Polícia Federal ameaçou se matar.

A perícia foi realizada na casa onde ocorreu o crime ainda durante a madrugada deste sábado (16), mas o laudo só deve ser liberado em 30 dias, de acordo com o delegado Gabriel Ferrando.

- O namorado de Angelina foi ouvido e pela apresentação espontânea e aparente legítima defesa foi liberado, mas as investigações prosseguem para determinar a legitimidade do fato. A autoria já está definida.

R7

Sábado é dia de vacinação contra a poliomielite


Agência Brasil

Postos de saúde abrem neste sábado (16) em todo o país para vacinar menores de 5 anos contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Pais e responsáveis devem levar o cartão de vacinação da criança para atualização das doses.

Ao todo, 115 mil unidades de vacinação vão funcionar das 8h às 17h. A imunização também será feita em escolas, shopping centers e igrejas. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 13,5 milhões de crianças. O número representa 95% do público-alvo definido, de 14,1 milhões.

A campanha vai até o dia 6 de julho. Ao todo, 350 mil profissionais de saúde deverão participar da ação, que contará ainda com 42 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. Serão distribuídas 23 milhões de doses em todo o país.

De acordo com o Ministério da Saúde, os investimentos com a campanha somaram R$ 37 milhões, repassados aos estados e municípios, sendo R$ 16 milhões apenas com a aquisição da vacina.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o Brasil realiza a campanha desde 1980 e não registra casos de poliomielite há 23 anos. Em 1994, o país recebeu o certificado de erradicação da transmissão da doença.

Entretanto, 16 países ainda registram casos e, em três deles, a situação é endêmica: Afeganistão, Paquistão e Nigéria.

GAZETA DIGITAL

Irmã de Ângela Bismarchi morre após briga passional em Niterói



RIO – Uma briga passional terminou com duas pessoas mortas em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, na noite da sexta-feira. Um capitão de fragata da Marinha entrou na casa da ex-mulher e a encontrou com o atual namorado. Após uma briga corporal entre os homens, a mulher, que é irmã da ex- modelo Ângela Bismarchi, foi baleada no peito. Em seguida, o namorado atirou contra o ex-marido de sua companheira.

O caso aconteceu por volta das 22h. Márcio Luiz Dias Fonseca, de 48 anos, invadiu a casa de Angelina Filgueiras dos Santos, de 42 anos, armado. Angelina, que morava na Rua 15, estava acompanhada do namorado, Gilmar Wagner Alves Milato, de 40 anos.

Segundo depoimento de Gilmar, único sobrevivente, Márcio se envolveu em uma luta corporal com ele. Enquanto os homens brigavam, Angelina pegou a arma e apontou para o próprio peito. Ela disse que atiraria caso a dupla não parasse de lutar. Como as trocas de socos e ponta pés continuou, ela teria atirado em seu peito. Gilmar contou ainda que como estava levando a pior, correu, pegou a arma e atirou em Márcio.

Angelina foi encaminhada ainda com vida para o Hospital municipal Mario Monteiro, também em Piratininga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Márcio morreu na casa da ex-mulher. O namorado de Angelina também foi levado para o Hospital Mario Monteiro. Policiais militares do 12º BPM (Niterói) estiveram no local e conduziram Gilmar até a 81ª DP (Itaipu), onde está detido.

Ângela Bismarchi está confinada no programa A Fazenda, da Rede Record. Seu marido, o cirurgião plástico Wagner de Moraes esteve no hospital para liberar o corpo da cunhada.

Extra Online

Caso Yoki: MP vai pedir que Elize fique presa até o julgamento



Promotor tem cinco dias para denunciar mulher de empresário à Justiça

SÃO PAULO – O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai pedir à Justiça, na semana que vem, que a técnica em enfermagem e bacharel em Direito Elize Araújo Matsunaga - que confessou ter matado e esquartejado o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, diretor executivo e neto do fundador da empresa de alimentos Yoki - fique presa até o julgamento. Elize foi indiciada nesta quinta-feira por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel) e ocultação de cadáver. Junto ao inquérito entregue à Justiça, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Elize - a prisão temporária dela vence no próximo dia 21. Agora, o Ministério Público (MP), que tem cinco dias oferecer denúncia contra a técnica em enfermagem.

- O caso dela se ajusta rigorosamente àquilo que é a prisão preventiva, a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a efetiva aplicação da lei penal. Tudo isso é verificado, e não o crime em si, mas todo o desenrolar e, principalmente, os antecedentes e a situação da pessoa que cometeu o delito - disse o promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, à TV Globo.

O inquérito policial que investiga o assassinato do empresário tem 551 páginas e foi encaminhado ao 5º Tribunal do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. A decisão de transferi-lo para a capital paulista foi do juiz Théo Assuar Gragnano, da Vara Criminal de Cotia, município onde partes do corpo do empresário foram encontradas. O mesmo magistrado foi quem decretou, na semana passada, a prisão temporária de Elize, que confessou ter cometido o crime no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, também na Zona Oeste.

De acordo com o despacho de Gragnano, os elementos indicam que o homicídio aconteceu em São Paulo e apenas o crime de ocultação de cadáver foi praticado em Cotia. “Os dois delitos são evidentemente conexos (artigo 76, inciso II do Código de Processo Penal) e, sendo assim, tem preponderância, na determinação da competência, o lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave”, afirmou o magistrado na decisão.

O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo indica que a causa mortis do executivo, assassinado no último dia 19 de maio, foi um traumatismo craniano associado a asfixia por sangue em consequência de uma decapitação. Até então, a suspeita era de que Marcos tivesse morrido em decorrência de um tiro de pistola calibre 380 disparado pela mulher.

O laudo também mostra que o tiro disparado contra Marcos foi dado à curta distância, e de cima para baixo, o que não sustentaria a versão de Elize dada à polícia, já que a vítima estaria sentada – Elize é mais baixa que o empresário e disse que atirou após ser agredida e humilhada pelo marido, durante uma discussão do casal.

O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, contratado pela família Matsunaga, acredita que Elize alvejou o marido e depois o decapitou, causando a morte por asfixia. Na confissão, a técnica em enfermagem disse que esquartejou o marido somente dez horas após o tiro. Apesar de a Polícia Civil ter relatado o inquérito à Justiça nesta quinta-feira, as investigações continuam, garantiu o advogado, que acredita em premeditação e até na suposta participação de uma outra pessoa no crime.

O Globo

Vídeos de bolso produzidos por crianças da Casa do Zezinho







promenino

Para os cientistas, humanidade tem três opções: mitigar, adaptar ou sofrer



Solução para problemas ambientais do planeta virão da união entre cientistas, sociedade e tomadores de decisão, conclui fórum científico da Rio+20
Para a comunidade científica reunida no Rio de Janeiro durante a Rio+20, a humanidade tem três opções para enfrentar as consequências das mudanças ambientais: mitigar, ou seja, atenuar os danos causados ao ambiente; adaptar-se ao ritmo da natureza, aprendendo a conviver com ela e criando uma economia sustentável (o caminho mais desejável); ou sofrer com as consequências do aquecimento global e com o desaparecimento das espécies.

A análise representa a conclusão do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. O encontro terminou nesta sexta-feira e foi organizado Conselho Internacional de Ciência (ICSU, na sigla em inglês). As conclusões do fórum serão compiladas em um discurso de dois minutos que será endereçado aos chefes de estado no dia 20 de junho pelo presidente do ICSU, o químico tailandês Yuan-Tseh Lee, vencedor do prêmio Nobel de Química em 1986. De tão curto, Lee brincou que terá de conduzir o discurso "como um narrador de jogo de futebol."

Os cientistas afirmam que há 30 anos há evidências de que a atividade humana tem efeitos sobre alterações do clima e o desaparecimento de espécies. "É virtualmente certo que haverá aumento na frequência e magnitude das temperaturas extremas", diz Steven Wilson, diretor-executivo do ICSU. "Há consenso de que as chuvas, secas e outros desastres naturais vão acontecer com maior frequência."
Trabalho em equipe - Para a comunidade acadêmica, será preciso integrar as áreas da ciência, que hoje atuam dispersas, com um sistema global de pensamento, comunicação, educação e engajamento entre os cientistas, sociedade e os tomadores de decisão. "Precisamos realizar estudos e observações contínuas", diz Wilson. Atualmente, vários dados sobre o comportamento do planeta são de estudos isolados e não estão padronizados, o que dificulta tirar conclusões precisas.

A principal sugestão do fórum para integrar as diferentes áreas da sociedade em pesquisas científicas que ajudem a humanidade a se adaptar ao planeta é o Future Earth. O programa foi anunciado na quinta-feira como uma iniciativa global para centralizar e coordenar pesquisas interdisciplinares ao longo de 10 anos com um único propósito: entender os desafios do desenvolvimento sustentável e dar sugestões práticas de como superá-los.

Para o sueco Johan Rockström, um dos coordenadores do Future Earth, "a humanidade terá que reinventar a prosperidade para viver no Antropoceno", nome dado ao período mais recente da história do planeta, em que as atividades humanas começaram a ter um impacto significativo no clima e no funcionamento dos ecossistemas. "Somos a primeira geração a ter consciência de que estamos verdadeiramente colocando o futuro da civilização em risco", diz. "A transição para o mundo sustentável é necessária, possível e desejável."

Veja

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Meninas suspeitas de arrancar coração de garota riram durante depoimento


Fabíola Corrêa, 12 anos, foi encontrada morta em matagal na semana passada

A conclusão do inquérito sobre a morte de Fabíola Santos Corrêa, 12 anos, assassinada por duas amigas em um matagal e encontrada sem o coração na última quinta-feira (07) em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana, apontou o possível envolvimento de traficantes no crime.

Segundo o delegado Enrique Solla, responsável pelo caso, o crime foi cometido por duas garotas de 13 anos que, assim como Fabíola, namoravam traficantes de uma gangue da região. Ainda, segundo Solla, as adolescentes não demonstraram arrependimento durante o depoimento, chegando a rir em alguns momentos.

Uma das meninas confessou o crime para a polícia, e disse que a intenção delas era "dar um susto" em Fabíola para que, caso ela fosse pega por membros da gangue rival, não contasse detalhes do envolvimento das garotas com o tráfico de drogas.

Requintes de crueldade

Fabíola foi levada para o matagal, e jogada no chão. Uma das adolescentes contou que encostou uma faca no pescoço da vítima, que tentou se defender. Na briga, a garota acabou sofrendo um corte no pescoço e caiu. Com a situação fora de controle, as outras adolescentes resolveram matá-la ali mesmo. Fabíola ainda foi agredida com um golpe de barra de ferro na cabeça.

Segundo o delegado, a adolescente contou também que, com Fabíola já caída, as duas abriram o peito da garota e arrancaram o coração dela, que ainda batia. A intenção seria levar o órgão como uma espécie de prova para contar às mães que as meninas estavam sendo ameaçadas por traficantes.

As duas adolescentes foram levadas para o Centro de Internação Provisória São Jerônimo, no bairro Horto, região Leste da capital.

Arenápolis News

Adolescente é espancada e tem cabelo cortado no meio da rua em Niterói


As três agressoras, menores de idade, usaram um celular para gravar a violência

Por causa de ciúmes, uma adolescente de 17 anos foi espancada por três menores de idade no meio da rua, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. As agressoras gravaram toda a ação através de um celular.

A violência aconteceu em março, mas o vídeo só foi divulgado recentemente. A menina levou tapas, teve o cabelo cortado e sofreu ameaças de ter o olho furado por uma tesoura.

Segundo a vítima, ela era amiga do namorado de uma das agressoras, o que motivou o espancamento. As menores já foram identificadas e prestarão depoimento na Delegacia de Itaipu (81ª DP), onde o caso foi registrado, junto aos familiares.

R7

Debatedores da Rio+20 exibem diversidade nos trajes e nos gestos


Centro de Convenções já vem sendo chamado de Nações Unidas do Riocentro

RIO — O futuro da Terra está no centro da pauta comum e, embora separados por alguns metros de distância, os debatedores da Rio+20 exibem uma diversidade que mostra bem a imensa diferença cultural — e de expectativas — que fazem do Centro de Convenções da Barra o que muitos já chamam de Nações Unidas do Riocentro.


De um lado, diplomatas sisudos negociam cada vírgula do documento final da conferência no Pavilhão 5. Do outro, véus, turbantes e estampas coloridíssimas disputam a atenção com incontáveis — e cinzentas — reivindicações políticas e ambientais no Pavilhão T do Riocentro. Em plenários semivazios, a indumentária de muitos homens e mulheres rouba a cena no território das organizações não governamentais.


— Precisamos aparecer. Mostrar que a verdadeira chave para o problema está aqui, e não lá (no Pavilhão 5) — diz a camaronesa Rosaline Menga, exibindo uma túnica vermelha e um chamativo turbante.


Integrante da ONG Voz das Mães Africanas, ela veio ao Rio defender soluções para engajar as mulheres de seu continente na agricultura familiar sustentável. Rosaline não esconde uma ponta de decepção quando perguntada sobre a consciência ambiental em Camarões. Ela conta que o povo não tem consciência da gravidade da situação em um país que já perdeu boa parte de suas riquezas naturais:

— Nosso verde já foi extinto, o solo está afetado e a água, contaminada. Estamos aqui para que mulheres e jovens tenham a chance de aprender, plantar e recuperar.


Já Bartolo Ushigua, dirigente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), veio de Quito para dizer não à economia verde.

— Somos contra o que se chama economia verde hoje. Não se deve entregar às empresas os recursos do planeta. Defendemos uma política que mantenha o equilíbrio entre os seres humanos e a Natureza, em que há elementos sagrados para nós, índios.


O Globo

15 de junho, dia Mundial de Combate à Violência Contra o Idoso

Os idosos precisam muito da família para segurança e garantia de uma 3ª idade tranquila

De acordo com o IBGE, em 2005, 10% da população brasileira era idosa, a expectativa é que, com o aumento na qualidade de vida, prospecção de uma saúde mais cautelosa e estilo de vida mais benéfico, a população em 2020 atinja a marca de 17% de idosos.

A cada dia, novos casos de violência contra os idosos são registrados, e na grande maioria das vezes o problema ocorre com um familiar. Por isso são necessárias algumas medidas de observação ao comportamento do idoso para verificar se o mesmo passa por maltrato.

Em vários casos os idosos alegam machucados como “acidentes” em qualquer caso, mudanças bruscas de comportamento dêem ser vistas como alertas para algum trauma que o idoso tenha passado.

Quem cuida do idoso de hoje será um idoso bem tratado no futuro.

Frederico Westphalen

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mãe de Eliza diz que não quer dinheiro de Bruno



Com a guarda do filho do casal, ela afirma que cuida do garoto sem a ajuda do goleiro

A mãe de Eliza Samúdio, Sônia Fátima de Moura, que atualmente cuida do neto, filho do ex-goleiro Bruno Fernandes com a modelo assassinada, diz que “não quer o dinheiro” do ex-jogador do Flamengo.

Com a guarda definitiva do neto, garantida pela Justiça desde maio, Sônia conta que nem Bruno, nem seus advogados jamais a procuraram para tratar de assuntos financeiros ou saber como está o menino, hoje com dois anos e quatro meses. - Pago tudo sozinha, não tenho o auxílio de ninguém. [Se ele quisesse dar dinheiro] eu sinceramente diria não, mas é um direito do meu neto, então fica nas mãos da advogada resolver tudo. Que se abra uma conta particular pra ele, e no futuro quando ele precisar fazer um curso, faculdade, use esse dinheiro. Eu particularmente não quero esse dinheiro. Aos 46 anos, Sônia diz que passa por tratamento psicológico junto com o neto para superar a perda da filha e aprender a lidar com o desaparecimento trágico de Eliza.

Ela diz que mostra fotos da filha ao neto e que a criança, apesar de chamar a avó de mãe, sabe que sua mãe biológica se chama Eliza e morreu.

- Eu falo muito sobre a mãe dele, tenho várias fotos de quando ela era pequena, dela grávida dele, foto dela antes de engravidar, tem foto dela por toda a casa. Ele diz que acha a mãe linda, mas é difícil para uma criança ver foto da mãe e não ver a figura dela ali presente.

Já sobre o pai, que está preso, embora ainda não tenha sido julgado pela morte da ex-modelo, Sônia considera que ainda não é o momento de falar, mas que não vai esconder nada do neto quando ele começar a perguntar.

- O acompanhamento meu e dele com o psicólogo existe para quando forem surgindo as perguntas eu ter uma maneira de falar com ele, de explicar, porque vai chegar uma hora que vou ter que contar a real situação, e eu não vou esconder nada do meu neto.

No próximo dia 19, o canal pago A&E levará ao ar um documentário de cerca de 45 minutos co-produzido pela Prodigo Filmes sobre o caso. Em outubro do ano passado, Sônia deu uma entrevista de quatro horas para o programa, na qual se emocionou e, segundo os produtores, revelou detalhes inéditos sobre o caso e a vida da filha.

- Sempre é difícil tocar na ferida, mas eu entendi que foi bom como forma de mostrar para a sociedade a necessidade de fazer Justiça, de pressionar os envolvidos a abrir a boca e dizer a verdade.

Nesta quinta (14), ela falou com a imprensa sobre a participação no programa, e aproveitou para comentar desdobramentos recentes do caso. Sobre as declarações da defesa de Bruno de que espera conseguir a soltura do goleiro e de que ele jogará a Copa do Mundo de 2014 pela Seleção Brasileira, a mãe de Eliza disse se sentir “indignada”.

- O que eu gostaria é que a Justiça determinasse que ele continuasse preso, para repensar e refletir tudo que ele fez. E ter noção do tamanho da dor que eu sinto até hoje e do grande mal que ele fez para o filho dele.

Eliza desapareceu no início de junho de 2010. No dia 25 de junho do mesmo ano, o filho da jovem foi encontrado na casa de uma amiga de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno. Após ouvir depoimento de dois suspeitos, a polícia diz que Eliza teria sido sequestrada com seu filho no Rio de Janeiro no dia 4 de junho e levada para Minas Gerais. Segundo a polícia, a jovem teria sido mantida com o filho no sítio de Bruno e, dias depois, teria sido morta na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Apesar de a polícia não ter encontrado o corpo de Eliza, o delegado que cuida do caso diz que as investigações concluem que ela está morta. Ainda não há data para o julgamento de Bruno.

RBVNews

Caso Yoki: Executivo foi morto ao ser decapitado, diz advogado de família do empresário


Luiz Flávio D'Urso diz que Marcos Matsunaga teria morrido por asfixia com sangue

O advogado da família do empresário Marcos Kitano Matsunaga, Luiz Flávio D'Urso, afirmou nesta quinta-feira (14) que Elize Matsunaga mentiu no depoimento à polícia. Segundo ele, o laudo necroscópico revela informações que se confrontam com a versão da mulher da vítima. Uma delas mostra que a vítima morreu asfixiada com sangue decorrente de decapitação.

— A causa morte, além do tiro, você tem algo que precede isso, que é a asfixia respiratória por sangue aspirado devido a decapitação. O que dá para supor: ela deu o tiro, ele não morreu em razão deste tiro. Diante dele ainda estar vivo, ela corta-lhe o pescoço e o sangue que jorra é aspirado.

Ainda segundo D'Urso informou no programa Cidade Alerta, a bala teria feito um trajeto de cima para baixo. O advogado afirmou que Elize era mais baixa que Matsunaga.

— O trajeto da bala que passou pela cabeça do Marcos é de cima para baixo. Ela é menor do que ele, de modo que ela tinha que estar num plano acima dele.

O trajeto da bala, segundo o advogado, teria sido da esquerda para direita, da frente para trás e de cima para baixo. Segundo D’Urso, isso desmonta a versão que a mulher apresentava de que eles estariam em pé e discutindo.

O advogado de Elize, Luciano Santoro, informou que irá se pronunciar apenas depois de analisar o laudo.

O caso

O empresário, herdeiro da Yoki Alimentos, foi encontrado morto e esquartejado na Estrada dos Pires, numa região rural, em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. O corpo foi encontrado, cerca de uma semana após o desaparecimento, cortado em pedaços e colocado em sacolas plásticas.

A mulher do empresário, Elize Matsunaga, 30, confessou o crime e o esquartejamento no dia 6 de junho. A Polícia Civil afirmou que o assassinato pode ter tido motivação passional. De acordo com as investigações, Elize suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. O profissional confirmou a traição.

De acordo com a versão da mulher, Matsunaga foi morto com um tiro após uma discussão entre o casal, onde ela teria sido agredida. Depois, ela esquartejou sozinha o corpo e guardou os pedaços em sacolas plásticas. A câmera de segurança do elevador do prédio onde ela vivia com o marido mostrou Elize saindo de casa com três malas. Ela confirmou à polícia que o corpo do marido estava nas malas.

R7

AVISO IMPORTANTE!!!!!



Gravação de conversa telefônica é aceita como prova em ação de dano moral



A microempresa paulista L'Star Vídeo, Informática, Comércio e Importação Ltda. foi condenada aopagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 8 mil, por ter denegrido a imagem de uma ex-empregada ao prestar informações sobre ela a possível novo empregador. A conversa telefônica foi gravada e serviu como prova na reclamação trabalhista. A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu do recurso da empresa, ficando mantida, assim, a decisão regional. Na reclamação, a empregada afirmou que o dono da empresa a prejudicou na obtenção de novo emprego e manchou sua imagem junto ao novo empregador, que pedia informações a seu respeito. Condenada em primeira e segunda instâncias ao pagamento da indenização por dano moral, a microempresa recorreu ao TST, sustentando a ilegalidade da prova, obtida por meio de gravação telefônica com terceiros. Ao analisar o recurso na Primeira Turma, o relator, juiz convocado José Pedro de Camargo, constatou que o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) considerou legal a prova apresentada pela empregada. O entendimento do Regional foi o de que, embora a inviolabilidade das comunicações telefônicas seja assegurada pela Constituição da República (artigo 5º, inciso XXII), deve também ser preservado o direito de defesa da empregada (inciso LV do mesmo artigo), que reputou "da maior relevância diante da gravidade do dano, pois, sem a prova, seria impossível de ser exercido". Para o TRT, o dono da empresa excedeu-se nas informações a respeito da ex-empregada e adentrou sua intimidade, prejudicando-a na obtenção de novo emprego. Entre outras observações pejorativas registradas na gravação, o Regional destacou uma que considerou "elucidativa", na qual o empregador dizia à sua interlocutora: "Tira o Serasa dela que você fica assustada, ela dá cheque até na sombra, é uma pessoa que não é confiável". Segundo o relator, a gravação de conversa por um dos interlocutores não se enquadra no conceito de interceptação telefônica, e, por isso, não é considerada meio ilícito de obtenção de prova. "O uso desse meio em processo judicial é plenamente válido, mesmo que o ofendido seja um terceiro, que não participou do diálogo, mas foi citado na conversa e obteve prova por intermédio do interlocutor", afirmou. "A trabalhadora viu sua honra ser maculada por declarações da ex-empregadora, o que, obviamente, só poderia ter sido documentado por um terceiro, que foi quem recebeu as informações depreciativas a seu respeito". Concluindo, com base em precedentes do Supremo Tribunal Federal e do TST, que a decisão regional não violou o artigo 5º, inciso LVI, da Constituição, como alegou a empresa, o relator não conheceu do recurso. Seu voto foi seguido por unanimidade.

Processo: RR-21500-05.2008.5.15.0001

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

Revista Jus Vigilantibus

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Caso Yoki: família Matsunaga vai pedir teste de DNA da criança



Segundo advogado, tudo o que diz respeito ao casal merece ser investigado, até a filha

SÃO PAULO - O advogado contratado pela família de Marcos Matsunaga para acompanhar o inquérito que investiga a morte do executivo da Yoki vai entrar com um pedido de exame de paternidade da filha do casal, nesta quarta-feira. A técnica em enfermagem Elize Matsunaga confessou ter matado e esquartejado o marido, no dia 19 de maio.

Luiz Flávio D’Urso, também presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, no entanto, negou que a família tenha desconfiança de quem seja o pai da menina, de acordo com o G1.

- Considerando que o caso trouxe uma série de surpresas desagradáveis, levando-se em conta a tragédia de um homicídio da forma que ocorreu, com um esquartejamento, como estamos dentro de uma situação bárbara sob todos os aspectos, creio que tudo o que diz respeito ao Marcos e à Elize merece ser investigado, inclusive a filha do casal - justificou o advogado.

A Justiça de São Paulo negou na terça-feira o pedido de liberdade da viúva e assassina confessa do empresário. A defesa diz que Elize não premeditou o crime e pede a sua libertação. A polícia vai pedir prisão preventiva para que ela continue na prisão até o julgamento.

No depoimento de quatro páginas de Natália, a garota de programa que esteve com o executivo na véspera do assassinato dele e que teria motivado a briga entre o empresário e Elize Matsunaga, ela diz que o primeiro encontro com Marcos aconteceu em 13 de fevereiro e que se encontrava com ele duas vezes por semana. Pelos serviços de acompanhante, ela recebia R$ 4 mil por mês.

Compradora de amendoim

A mulher disse à polícia também que viajou com Marcos para a cidade de Marília, no interior de São Paulo, para conhecer a fábrica da Yoki. E foi apresentada como compradora de amendoim. Em uma outra viagem, foram para Montevidéu, no Uruguai. Segundo a moça, Marcos dizia que seu casamento não estava bom, que brigava bastante.

Ainda segundo ela, ele mostrou arranhões no braço e disse que tinha sido agredido por Elize, em uma das brigas do casal. Marcos teria comentado que queria se separar.

A mulher disse que o executivo fez um acordo: se ela tirasse as fotos do site de acompanhantes, ele pagaria R$ 27 mil por mês a ela. O primeiro pagamento, segundo ela, foi no dia 4 de maio.

Segundo o depoimento, entre os dias 20 e 30 do mês passado, ela relatou que Marcos não fez contato.

O Globo


terça-feira, 12 de junho de 2012

RANKING DO TRABALHO INFANTIL: MUNICÍPIOS DO SUL TEM OS MAIORES ÍNDICES.



88 DOS 100 MUNÍCIPIOS COM OS MAIORES ÍNDICES DE TRABALHO INFANTIL DO BRASIL ESTÃO NO SUL

Historicamente o Nordeste apontava os maiores índices de trabalho infantil do Brasil, porém a melhoria dos indicadores socionômicos da Região tem mudado essa realidade. Prova disso é que a Região saíu do primeiro para o segundo lugar no ranking do trabalho infantil, de acordo com os resultados gerais da amostra do Censo 2010, divulgados pelo IBGE no dia 26.04.2012.

A Região continua com altos índices de trabalho precoce. Entretanto, quando se faz o recorte por Município, percebe-se que os maiores índices de trabalho infantil do Brasil estão nos municípios da Região Sul. Os Municípios de Novo Horizonte-SC e Bozano-RS apontam índices de trabalho infantil acima de 70%, na faixa etária de 10 a 14 anos.

Oitenta e oito dos cem municípios que apresentam os maiores índices de trabalho infantil estão na Região Sul. O Estado Rio Grande do Sul lidera o ranking dessa lista, com 46 municípios, seguido de Santa Catarina, com 32, Paraná, com 10 Municípios. Saindo do Sul, a lista contém 8 municípios do Norte, 2 do Norte, um do Centro Oeste e um do Sudeste.

Na Região Nordeste, o maior índice de trabalho infantil foi constatado em Manari-PE. O município apresenta o 7° maior índice de trabalho infantil no Brasil, e o maior número absoluto de crianças e adolescentes em situação de trabalho dentre as 100 municípios acima mencionados. Das 2.317 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 1.358 estavam ocupadas na data de pesquisa. Isso significa que da cada 10 crinças 6 trabalham em Manari.

Além de Manari, aparecem os seguintes municípios nordestinos na lista do cem com os maiores índices: São José do Piauí-PI, Doutor Severiano-RN, Jacati-PE, Santo André-PB, Vera Mendes-PI, Cachoeira do Paraguaçú-BA e Tanque do Piauí. Da Região Norte constam os Municípios de Uiramutã-RR e Seringueiras-RO. Completam a lista os Municípios de Vila Pavão-ES e Itaguari-GO.

Maiores informações no link: http://peteca-ce.blogspot.com.br/2012/06/ranking-do-trabalho-infantil.html


promenino

Justiça manda garoto levado aos EUA pelo pai voltar ao Rio



O juiz Scott N. Gordon, da Corte Superior da Califórnia, decidiu que o menino A.B.B.S. deve voltar ao Brasil. O garoto de três anos foi levado em janeiro aos Estados Unidos pelo pai, o técnico de vôlei de praia Márcio Sicoli, 33, sem consentimento da mãe, Isabel Bierrenbach, 33.

Agora, a guarda do garoto poderá ser disputada na Justiça brasileira, caso o pai deseje. Bierrenbach afirmou que o garoto já foi entregue à ela e que o levará ao Rio de Janeiro. "Estou muito feliz e aliviada. Conseguimos provar a história que era verdade", afirmou a mãe.

O pai não quis comentar o resultado da audiência. "Agora não tenho nada a declarar, mas com certeza vou me defender de todas as acusações [que apareceram] nos jornais, todas as opiniões pessoais que foram ao ar", disse Sicoli, que argumentou que nunca deu entrevista para preservar o filho.

Sicoli afirmou que "nem precisava responder" sobre a vontade de visitar o garoto no Rio de Janeiro. Bierrenbach disse que pretende permitir os encontros, mas que não pretende fazê-lo imediatamente.

"Eu quero deixar o Márcio ver o A. É importante para os dois. Só não sei como vou fazer isso. [...] Preciso consultar minha advogada no Brasil [...]. Acho que está cedo para entregar o A. para o Márcio para passar um fim de semana, acho que vai ser daqui a um tempo."

Sicoli e Bierrenbach, ambos brasileiros, casaram-se no Brasil e se mudaram para a Califórnia, onde nasceu a criança. O pai, que treina as bicampeãs olímpicas Walsh e May nos EUA, levou o garoto para passar férias com ele e não o devolveu.

A Secretaria de Direitos Humanos do governo brasileiro mandou carta à Washington pedindo o retorno de A. ao Brasil. A secretaria afirmara que no entendimento do órgão o pai havia concordado com a mudança de residência da criança dos EUA para o Brasil após a separação do casal.

Também tinha argumentado que, segundo a Convenção de Haia de 1980 sobre Subtração Internacional de Crianças, a criança não podia ficar nos Estados Unidos.

CASO SEAN

Em um caso semelhante, o garoto Sean Goldman foi pivô de uma disputa entre seu pai, o americano David Goldman e a família de sua mãe, Bruna Bianchi, que morreu ao dar à luz a segunda filha. O menino foi trazido ao Brasil em 2004 e retornou aos EUA apenas em 2009 após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Silvana Bianchi, avó materna do garoto, diz que não vê Sean há dois anos e cinco meses. No mês passado, os advogados dela disseram que ela aceita encerrar a disputa jurídica com o pai do garoto, desde que consiga visitar o neto.

Sean deu uma entrevista ao canal americano NBC no mês passado. Ele disse na ocasião que sua relação com o pai vai além da relação pai e filho, e que ele é seu melhor amigo. Durante a entrevista, Sean também disse que pensa em visitar o Brasil quando ficar mais velho.

Folha OnLine

Excesso de videogames eleva isolamento e agressividade das crianças, diz estudo



Crianças que jogam até 16 horas de videogames por dia podem estar viciadas e desenvolver comportamento mais agressivo, intolerante e de isolamento da sociedade, segundo aponta um estudo da Associação Britânica de Gerenciamento da Raiva (BAAM, na sigla em inglês).

Em uma pesquisa que ouviu 204 famílias da Grã-Bretanha, a entidade ressalta os riscos do excesso da atividade e a necessidade de que os pais estabeleçam limites na relação que as crianças desenvolvem com os jogos eletrônicos.

Os pais de crianças entre 9 e 18 anos acreditam que o videogame influencie o convívio familiar e as habilidades sociais de seus filhos. A pesquisa apurou que 46% dos pais acham que o excesso dos jogos leva a menos cooperação em casa.

"A situação mais típica que encontramos é da criança que se torna irritada e agressiva quando solicitada a arrumar o quarto, fazer os deveres de casa ou jantar, quando o que ela realmente quer é continuar jogando videogame", disse à BBC Brasil Mike Fisher, diretor da BAAM.

Na escola, professores se queixam de alunos com falta de concentração, sonolência, irritabilidade e dificuldades de interagir com os colegas.

Mas esses são apenas alguns dos efeitos que a obsessão pelos jogos pode causar, explica Fisher.

Estudos e exemplos práticos mostram que a continuidade do isolamento social pode levar a casos extremos como o dois dois adolescentes que mataram 12 colegas e um professor em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e do norueguês Anders Breivik, que em julho do ano passado matou 69 pessoas em um ataque a uma colônia de férias.

Nos dois casos emblemáticos os assassinos passavam mais de dez horas por dia jogando videogames violentos.

"Breivik admitiu jogar ‘Call of Duty’, um game de violência, por mais de 16 horas por dia, com o objetivo de treinar a coordenação necessária para atirar com eficiência", diz Fisher.

Fuga da realidade
Embora o início do interesse pelo videogame esteja relacionado a uma diversão saudável - estágio no qual muitas crianças e adolescentes permanecem e que não tem grandes efeitos nocivos - o aumento do número de horas em frente da tela e o distanciamento do convívio social está ligado a uma fuga de questões emocionais.

"Atualmente as famílias e a escola não estão preparadas para lidar com a crescente frustração e outras dificuldades enfrentadas pelas crianças. Muitos encontram nos videogames uma realidade virtual para fugir de suas próprias emoções", diz Fisher.

Anders Breivik, que matou 69 pessoas, admitiu treinar habilidades de tiro com videogames violentos

Na visão da BAAM, que oferece tratamento e sessões de terapia a jovens entre 13 e 17 anos, em casos extremos a capacidade de empatia e cooperação com outros seres humanos chega a ser praticamente anulada.

Os resultados mostram que 67% das crianças jogam sozinhas, 38% com amigos e 54% em plataformas online.

Muitos adolescentes não conseguem mais se identificar com sentimentos de compaixão, solidariedade e outros aspectos de convivência em grupo, e alguns chegam a replicar as cenas de violência dos jogos na realidade, quando confrontados com desafios, ordens, pedidos ou situações em que ficam irritados com irmãos, amigos ou colegas de classe.

Limites
Os resultados da pesquisa britânica reforçam tais padrões psicológicos e alertam para a necessidade de os pais identificarem e tomarem atitudes.

Para Mike Fischer, as famílias precisam deixar claro às crianças e adolescentes que o desrespeito às regras da casa e o número excessivo de horas em frente à tela do videogame serão punidos.

"Achei que teríamos resultados ainda mais negativos, mas de qualquer forma são números preocupantes. Os pais precisam determinar a quantidade de horas que as crianças jogam. Muitos pais querem paz e tranquilidade, e assim a criança aprende que ao ficar irritada conseguirá o que quer", diz o diretor da BAAM, acrescentando que a entidade treina os pais a estabelecerem limites.

Riscos e excessos

Tempo gasto jogando videogames:

1-5 horas 17%
6-10 horas 25%
11-15 hours 18%
16 horas ou mais 28%
Meu filho não joga 3%
Sem resposta 5%

Alterações de comportamento:

Menos cooperação familiar 46%
Raiva e intolerância com os outros 44%
Menos interação social 42%
Menos interesse em exercícios físicos 41%
Mais impaciente 40%
Mais frustrado 38%
Comportamento mais agressivo 35%
Alterações de humor mais frequentes 29%
Mais isolado 25%
Maior concentração 21%
Com quem seu filho joga?

Sozinho 67%
Com amigos 38%
Em plataformas online 54%
Não sei 1%

Fonte: Associação Britânica de Gerenciamento da Raiva (BAAM)

BBC Brasil

Fortaleza é a 3ª capital do País em trabalho infantil, segundo MPT



Fortaleza é a 3ª capital do país, analisando os números absolutos, onde mais existem crianças, entre 10 e 14 anos, trabalhando. É o que apontam os dados do Censo 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo um levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Ao todo, 8.519 meninos e meninas ainda trabalham na capital cearense. A capital cearense fica atrás apenas de São Paulo (com 30.869 crianças trabalhando) e Rio de Janeiro (com 10.989). Hoje, 12 de junho, é o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.

Em termos percentuais, Fortaleza aparece em 11º lugar em índice de trabalho infantil no ranking das capitais. As cidades de Goiânia-GO (6,58%), Porto Velho-RO (6,44%), Palmas–TO (5,27%), Boa Vista-RR (5,10%) e Macapá-AP (4,95%) são as cinco capitais onde proporcionalmente existem mais crianças trabalhando. Na capital do Ceará, o percentual é de 4,09%.

No Ceará existem 58.825 crianças, entre 10 e 14 anos, trabalhando. O levantamento feito pelo procurador do trabalho Antonio de Oliveira Lima, aponta que o município de Deputado Irapuan Pinheiro possui o maior índice de crianças nessa faixa etária trabalhando. Ali, 23,3% das crianças trabalham, segundo os dados do IBGE. Os municípios de Cruz (20,12%), Caririaçu (19,57%), Quiterianópolis (19,05%) e Salitre (18,54%) formam os cinco com maiores índices de trabalho infantil no Estado.

Em relação do restante do país, o Ceará ocupa a 15ª colocação entre os Estados onde mais há trabalho infantil. No Brasil, segundo o IBGE, ainda existem 1.069.399 crianças em condições de trabalho.

CAMPANHA
O MPT lançou no dia 5 de junho a Campanha “Vamos acabar com o Trabalho Infantil”. A Caravana é uma mobilização pelo enfrentamento ao problema. De acordo com o MPT, ela tem como objetivo contribuir para o fortalecimento das ações locais para prevenção e eliminação do trabalho infantil.

Além das ações de conscientização, o MPT desenvolve e coordena o Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca), presente em vários municípios e escolas cearenses a fim de tirar as crianças das condições de exploração.

OUTROS NÚMEROS
Entre 2000 e 2010, o Estado do Ceará saltou do 6º para o 15º lugar no ranking nacional do trabalho na faixa etária de 10 a 14 anos. Os dados são do Censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do Censo 2000 indicaram a existência, à época, de 81.650 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em situação de trabalho no Estado e de 1.142.437 em todo o País. Já o censo 2010 apontou que havia 58.825 meninos e meninas de 10 a 14 anos ocupados no Ceará e 1.069.399 no Brasil.

Ainda de acordo com o MPT, a colocação do Ceará (15º) no ranking nacional de crianças e adolescente em situação de trabalho leva em conta a proporção do trabalho precoce frente à população existente na faixa etária em cada unidade federativa.

LEGISLAÇÃO
Conforme a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o trabalho é totalmente proibido até os 13 anos de idade. Entre 14 e 15 anos, é permitido somente na condição de aprendiz. Entre 16 e 17 anos, o trabalho é permitido, desde que não seja em condições perigosas ou insalubres e em horário noturno.

O POVO Online

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ex-chefe de Elize Matsunaga no Paraná diz que ela era agressiva


O ex-deputado Mário Sérgio Bradock contratou Elize, em 2004, para ser secretária de seu gabinete na Assembleia Legislativa. À época, ela disse que os dois tiveram um romance e o acusou de agressão. Ele nega

Em julho de 2004, três meses depois de ter sido contratada pelo então deputado estadual Mário Sérgio Bradock (PMDB) para ser secretária de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná, Elize Araújo foi demitida. Seria uma demissão como outra qualquer se não tivesse ido parar nas páginas do jornal Folha de Londrina do dia 25 de julho de 2004. Ela acusava o então deputado de agressão. Ele negava e dizia que ela agia “por vingança, por ter sido demitida”. Em sua versão, Elize espalhava aos quatro ventos que os dois estavam tendo um caso há dois meses e que, por ciúme, numa sexta-feira à tarde, Bradock a agrediu com um tapa no rosto.

O relacionamento extraoficial, dizia ela, ia bem até o dia em que o então deputado descobriu que ela havia passado uma noite fora de sua casa. Discutiram no gabinete de Bradock na frente de um assessor do deputado. Ele exigia que ela lhe devolvesse o carro, com os documentos que estavam no nome dela. Era um presente dele. Elize resistiu e ele partiu para a agressão, contou ela. “Consegui fugir e chamei a PM para me ajudar a sair dali porque sozinha ele ia me encontrar e não ia me deixar sair”, declarou ela à Folha de Londrina. À época, a Polícia Militar do Paraná não confirmou o atendimento.

Bradock negou que os dois tenham tido um caso, negou que havia dado um carro de presente a Elize e negou tê-la agredido. ''Como é que eu ia ter um caso se sou casado? E você acha que eu tenho cara de papai noel para dar carro assim?'', disse ao jornal.

Na versão do então deputado, Elize fazia as acusações porque sua equipe na Assembleia havia descoberto que ela era garota de programa e que “furtou documentos da sala do chefe de gabinete”. Ele, no entanto, confirmou a discussão.

Ela tinha apenas 22 anos e acabara de deixar sua cidade natal, Chopinzinho, interior do Paraná, para tentar a vida em Curitiba. Filha mais velha de uma família simples e humilde da cidade que hoje tem pouco menos de 20.000 habitantes, ela deixou os pais e a irmã mais nova para trás logo que se formou no Ensino Médio. Viajou cerca de 400 quilômetros até a capital paranaense. Conseguiu emprego na Assembleia Legislativa graças à indicação de um dos funcionários do deputado Bradock, que havia sido eleito em 2002 e cumpria seu primeiro mandato.

Em 2008, Bradock foi candidato a vereador em Curitiba. Sem conseguir se eleger, em 2010 tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas também não foi eleito. Em dezembro de 2011, então delegado titular da Delegacia de Ortigueira, foi transferido para o município de Reserva, a 63 quilômetros de Ortigueira. À época, ele alegou que sua transferência havia sido motivada por pressão de um grupo político da região que “não concordava com a forma enérgica de seu trabalho”. A portaria que determinou sua transferência colocava, no entanto, como justificativa, a instauração de um procedimento preliminar na Corregedoria contra o delegado.

“Esse crime não me surpreende”, afirmou Bradock ao site de VEJA na tarde desta sexta-feira. Aos 59 anos, ele apresentou até o início de maio o telejornal Boa Tarde, Paraná, em Curitiba. Não tinha notícias de Elize até a última terça-feira, quando ela chocou o país ao assumir ter matado e esquartejado o marido, o executivo Marcos Kitano Matsunaga.

“Essa menina foi sempre muito estranha. Sempre agressiva e muito fechada. Era muito individualista”, disse ele. Bradock negou o caso com Elize e disse “certeza” de que o “crime foi premeditado”. Afirmou ainda que Elize “está mentindo a idade. Ela deve ter 32 anos no máximo”. Em seu depoimento, ela disse ter 38. “Quem conviveu com ela, sabia que sua história não ia terminar bem.”

Mulher apaixonada - Aos olhos do reverendo Aldo Quintão, no entanto, Elize Matsunaga era uma mulher apaixonada “em busca de realizar seu sonho de casar de branco”. Ao lado do então namorado Marcos, que conhecera pouco tempo antes em um site de relacionamentos, quando ela ainda era garota de programa, Elize foi à Catedral Anglicana de São Paulo, na Zona Sul da capital paulista, que sob o comando do discurso liberal do reverendo atrai cada vez mais fiéis. Homossexuais, desquitados e pessoas vindas de outras crenças são aceitas sem discriminação.

Ela queria que sua união com Marcos fosse abençoada por Aldo Quintão. Mas, com a agenda de casamentos lotada, ele pediu que o reverendo Renê celebrasse o matrimônio. A cerimônia e festa, em outubro de 2009, aconteceram no Buffet Torres, um dos mais tradicionais de São Paulo.

Desde o casamento, Marcos e Elize passaram a frequentar regularmente as missas. Mas preferiam frequentar a unidade que fica na Vila Brasilândia, na periferia da Zona Norte da cidade. “Estamos todos muito abalados porque eram um casal como outro qualquer”, disse o reverendo Aldo Quintão ao site de VEJA. “O Marcos era mais reservado, nunca ostentava nada, tanto que ninguém sabia de sua relação com a Yoki.”

Ao lado da capela da Vila Brasilândia, o reverendo mantém uma creche. “Eles sempre traziam presentes para a população mais carente da região”, disse.

Chopinzinho - A cidade natgal de Elize está chocada. A mãe de Elize, Dilta Araújo, não sai de casa desde que, pela televisão, soube do crime. Em tratamento contra um câncer, ela havia encerrado uma licença médica e estava animada com a volta ao trabalho, dedicando-se como antes à limpeza do Ginásio de Esportes Dionisto Debona. Para preservá-la do assédio da imprensa e dos moradores da cidade, a prefeitura lhe deu licença.

Foi a irmã de Dilta, Roseli – que trabalha como auxiliar de enfermagem em um hospital de Chopinzinho – quem viajou para São Paulo para ficar temporariamente com a filha de Marcos e Elize.

Veja

Dormir menos que seis horas eleva risco de AVC



Dormir menos do que seis horas por noite aumenta as chances de um derrame cerebral mesmo entre adultos que não apresentam fatores de risco comuns para doenças cardiovasculares, como excesso de peso ou histórico do problema na família. Essa é a conclusão de um novo estudo apresentado nesta segunda-feira no SLEEP 2012, o encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston.

Nesse trabalho, pesquisadores da Universidade de Alabama, nos Estados Unidos, acompanharam 5.666 participantes por três anos. Quando a pesquisa começou, nenhuma dessas pessoas havia sofrido algum evento cardiovascular ou apresentava sintomas de derrame ou risco de apneia do sono.

Ao final do estudo, a equipe encontrou uma forte associação entre os indivíduos que tinham o hábito de dormir menos do que seis horas por noite e incidência de sintomas de derrame cerebral. A relação encontrada não foi diferente entre pessoas com excesso de peso e com peso normal. “Nós especulamos que dormir pouco possa ser um precursor de fatores de risco tradicionais para doenças cardiovasculares, e uma vez que uma pessoa passe a ter esses outros fatores de risco, eles se tornam mais expressivos do que a restrição do sono sozinha”, diz Megan Ruiter, uma das autoras da pesquisa.

De acordo com o estudo, esses resultados devem incentivar a realização de outras pesquisas sobre o assunto para que a população se sensibilize com o impacto do sono restrito sobre a saúde do coração.

"Comportamentos relacionados ao sono podem ser modificados com abordagens cognitivas e comportamentais, assim como com intervenções com medicamentos. Nossas conclusões podem servir como uma base preliminar para o uso de terapias para o sono para evitar eventos cardiovasculares", afirma Ruiter.

Saude

Elize invadiu e-mail de Matsunaga para tentar enganar família, diz polícia


Reportagem releva detalhes de como o casal se conheceu e vivia junto

A equipe de policiais que investiga o caso Yoki descobriu que, para tentar enganar a família do empresário Marcos Matsunaga, Elize chegou a entrar no e-mail do milionário e mandou uma mensagem se fazendo passar por ele.

O herdeiro da família Yoki ficou três dias desaparecido até que o irmão foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência. Durante esse tempo sem notícias do Marcos, Mauro Matsunaga recebeu uma mensagem que dizia “Avise para Elize e pra mamãe que eu to bem [sic], só não posso falar agora”.

A polícia está prestes a finalizar o inquérito sobre o caso do milionário esquartejado. Elize já confessou que matou o marido com um tiro na cabeça e depois jogou as partes do corpo dele em pontos diferentes de uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo. O motivo do crime seria uma traição de Marcos com uma garota de programa.

Marcos e Elize viviam, uma crise no casamento, provocada pelo ciúme, há pelo menos seis meses. No dia 17 de maio, Elize viajou com a filha para o Paraná. Antes disso, ela contratou um detetive particular para seguir os passos do marido em São Paulo. A investigação deste detetive confirmou o que Elize já desconfiava: Marcos tinha uma amante.

De acordo com o advogado de Elize, Luciano Santoro, o herdeiro da Yoki se encontrou com uma mulher em três dias, durante a viagem da mulher.

Polícia investiga morte por traição

No dia 19 de maio, Elize voltou de viagem. Por volta das 18h30, Marcos e a mulher aparecem nas imagens da câmera do elevador do condomínio. Elize carregava a filha, ao lado da baba, que foi dispensada logo em seguida. Matsunaga é visto pela última vez quando sobe de elevador sozinho com uma pizza.

Momentos antes do crime

Elize confirmou que, durante o jantar, discutiu com Marcos. De acordo com o advogado dela, o empresário teria ficado enfurecido quando Elize contou que contratou um detetive particular para segui-lo. Ele chegou a agredi-la com um tapa no rosto e disse que iria mandá-la de volta “pro lixo de onde ela veio”, ainda segundo o defensor.

O advogado da família Matsunaga, Flávio D’urso, disse que Elize teria aberto o armário e pegado a arma que Marcos deu presente a ela. Ainda durante a discussão, o empresário teria ameaçado tirar de Elize a guarda da filha. Foi logo depois disso que a mulher atira contra o empresário, relatou D’urso.

- Nesse instante, ela pensou em chamar a policia para dizer que, diante da discussão, deu um tiro nele. Quando ela percebe que ele
está morto, resolve arrastá-lo até o quarto de hospedes e limpa o rastro de sangue.

Na manhã do dia 20, Elize decidiu esquartejar o corpo com uma faca de cozinha. O plano de Elize era levar as malas até o Paraná, mas ela mudou de ideia e decidiu abandonar as partes do corpo do marido em Cotia. Elize chegou a ser parada na estrada, pela policia rodoviária. Ela levou uma multa, pois o carro estava com o licenciamento vencido, e foi liberada em seguida.

Passado

Elize nasceu em Chopinzinho, no interior do Paraná. Filha mais velha de uma família humilde, ela se mudou para Curitiba quando tinha 18 anos. Na capital paranaense, Elize fez um curso de técnica de enfermagem, mas não seguiu a carreira.

De Curitiba, Elize veio para São Paulo e o primeiro emprego dela foi como acompanhante de luxo. Ela fazia anúncios em um site na internet. Os programas eram bem pagos e aconteciam principalmente com executivos. Foi assim, através deste site na internet, que Elize conheceu Marcos Kitano Matsunaga.

O primeiro encontro entre os dois foi em 2004 e eles logo se tornaram amantes. Na época, Marcos era casado e pediu o divórcio por causa de Elize. Em 2009, Matsunaga e Elize decidiram se casar. Eles optaram por realizar a cerimônia em uma igreja anglicana, na Vila Brasilândia, que aceita a união entre pessoas divorciadas.

Matsunaga e Elize foram morar em um condomínio, na zona oeste da cidade. O herdeiro da Yoki comprou os dois apartamentos triplex da cobertura e transformou em um só. O apartamento tem 500 m², avaliado em cinco milhões de reais.

Revelações sobre passado preocupam Elize

Marcos Matsunaga é herdeiro de uma fortuna milionário. O avô, Yoshizo Kitano, fundou a Yoki, uma das maiores empresas brasileiras de alimentos. A empresa foi vendida poucas semanas atrás por R$ 1,7 bilhão. O dinheiro seria dividido entre todos os descendentes do fundador.

Na vizinhança, poucas pessoas sabiam que Matsunaga e Elize tinham tanto dinheiro. Eles mantinham uma vida bastante discreta fora de casa. Mas, na intimidade, era bem diferente. A suspeita de cometer o crime tinha duas babás para cuidar da filha. Marcos gastava muito dinheiro com as coleções que tinha. Era apreciador de vinhos, charutos e armas de fogo.

O arsenal de Matsunaga é avaliado em pelo menos R$ 300 mil reais. Além de revolveres e pistolas, ele também tinha fuzis e metralhadoras, e doze mil cartuchos e balas. Segundo a polícia, tudo certificado e dentro da lei.

Saudade da filha

Elize está presa e permanece isolada em uma cela nesta Cadeia Feminina de Itapevi, na Grande São Paulo. Por enquanto, ela só teve contato com os advogados. De acordo com eles, Elize chora muito e diz que está arrependida por tudo que fez. Ela relatou também sentir saudades da filha, de um ano.

Família de empresário morto não pretende pedir guarda de criança

No Paraná, os parentes de Elize e os moradores da cidade não entendem porque ela agiu com tamanha crueldade. Segundo o advogado da família, a mãe dela, que faz tratamento contra um câncer, se preocupa agora com o destino da neta. A menina de um ano ainda mora no apartamento da família, com uma tia

R7

Combate ao trabalho infantil é lembrado no dia 12 de junho



As estatísticas mostram que, apesar dos esforços, o trabalho infantil ainda faz milhões de vítimas. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho - OIT estima-se que 215 milhões de crianças são afetadas no mundo inteiro. No Brasil são 4,2 milhões.

As atividades laborais a que se submetem ass crianças são as mais variadas. Agricultura, carvoaria e comércio são apenas alguns exemplos. A maioria das meninas, com idade até 16 anos, está envolvida com trabalho doméstico

A situação se torna ainda mais preocupante se forem traçadas algumas linhas de correlação entre o trabalho infantil e suas consequências negativas. É que o trabalho infantil esatá diretamente relacionado a doenças e acidentes, podendo ser encarado como uma grave questão de saúde pública. Pesquisas realizadas pela OIT revelam que a cada minuto uma criança sofre acidente de trabalho, doença ou traumas psicológicos.

O grande índice de doenças e acidentes com crianças deve-se a imaturidade física e mental. A criança, por contar com reduzida visão periférica, baixo desenvolvimento de reflexos, pouca força muscular, além de outras características, está mais sujeita a toda a sorte de danos, por força das condições ambientais de trabalho.

Também é fácil se visualizar a correlação entre trabalho infantil e trabalho escravo, uma vez que tais fenômenos podem fazer parte de um mesmo circulo vicioso. Muitas vezes a criança é introduzida no ambiente de trabalho para realizar trabalho penoso, outras para auxiliar seus pais. Quando alcançam a maturidade não possuem condições de obter trabalho digno e acabam repetindo o destino que foi reservado aos seus pais.

O trabalho infantil impede a formação educacional e profissional. A criança que hoje trabalha, dificilmente escapará do subemprego ou da indigência de amanhã. No RN, situação preocupa.

Dados da OIT revelam que 12,94% das crianças nordestinas encontram-se envolvidas em trabalho em situação ilegal. Este percentual equivale a 49,54% de todo o trabalho infantil detectado no Brasil. O RN ocupa a 8ª pior entre os estados, na faixa etária dos 10 aos 14 anos de idade (27.399) e o 7º na faixa dos 05 a 09 anos (2.936). No nordeste, só fica atrás do Piauí, Ceará e Bahia.

No RN, o trabalho infantil tem incidência nas feiras livres, nos matadouros, na agricultura e pecuária de subsistência e no trabalho doméstico.

A colheita e beneficiamento de castanha também faz uso da mão de obra infantil. Em algumas cidades do RN a atividade de concentra em novembro e fevereiro, meses em que a evasão escolar aumenta significativamente.

A fabricação da farinha de mandioca nas chamadas "casas de farinha" é outro foco de uso da mão de obra de crianças, situação que é de difícil enfrentamento.

Geralmente as casas de farinha são instaladas em locais ermos e circundadas por um verdadeiro cinturão de pobreza. As crianças são levadas pelos próprios pais na esperança de aumentar a renda familiar. Ademais, não havendo creches nestas localidades é comum ver as casas de farinha com a presença de crianças acompanhando seus pais e inseridas na rotina de trabalho.

Segundo a Coordenadora Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho da Criança e de Proteção ao Adolescente Trabalhador (Foca-RN), Marinalva Cardoso, até 1º de junho de 2012, a equipe do Projeto de Erradicação do Trabalho Infantil realizou 88 ações de fiscalização, afastando cerca de 152 crianças e adolescentes em situação de risco.

Migração do trabalho infantil dificulta fiscalização

Na zona rural, o trabalho infantil ainda se reveste de um forte traço cultural. Tradicionalmente, o trabalho, independente da idade, é considerado, equivocadamente, como parte do processo formador de caráter e responsabilidade.

Por sua vez, nos grandes centros, outra distorção fomenta o trabalho doméstico infantil. O empregador falsamente acredita que ao dar ocupação à criança ou adolescente o estaria ajudando na obtenção de experiência profissional e renda, livrando-o da marginalidade. As estatísticas desmentem esta crença

Constata-se, também, que a maioria das meninas trabalhadoras são mães solteiras ou grávidas. Após a rejeição de suas famílias, muitas se sujeitam a todo o tipo de condição para conseguir sobreviver.

Segundo dados da OIT, desde o ano de 2005, o perfil do trabalho infantil está se modificando. O trabalho rural tem se transferido para os grandes centros. Além do trabalho doméstico, a mendicância, o trabalho na rua e a exploração sexual e para o tráfico de drogas tem arregimentado cada vez mais crianças e adolescentes.

Para o Procurador Regional do Trabalho, Xisto Tiago de Medeiros Neto, essa migração do trabalho infantil apresenta novos desafios à fiscalização uma vez que as crianças e adolescentes são ocultadas nas residências e contam com a condescendência de uma população que é mal informada dos danos que o trabalho causa às crianças.

"Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o combate ao trabalho infantil é uma missão inafastável e urgente do Estado e da sociedade, por determinação constitucional. Assim, além da fiscalização dos órgãos estatais e das políticas públicas a cargo do governo, também é essencial que a sociedade se conscientize e repudie o trabalho infantil e denuncie", pondera o Procurador Regional do Trabalho Xisto Tiago.

Fonte: ASCOM PRT 21ª Região/ Rio Grande do Norte

Tribuna do Norte

Americano é preso por bater com um cinto em enteado que não conseguia agarrar bola


Anthony Sanchez, diretor de uma agência reguladora na Califórnia, nos Estados Unidos, pediu demissão depois que o vizinho publicou na internet um vídeo no qual ele aparece batendo no enteado com um cinto. Sanchez se irritou porque o menino não conseguia segurar a bola de beisebol arremessada por ele.

O vizinho entregou o vídeo para investigações na semana passada. Durante a filmagem, o homem ainda briga com Sanchez, por ele estar batendo na criança.

- Eu também sou pai! - gritou o vizinho, indignado. - Por que você não vem até aqui e me ensina a pegar a bola também? - desafiou.

Sanchez foi preso na sexta-feira, sob suspeita de abuso infantil. Ele deixou o cargo de diretor da agência, para o qual foi eleito. A instituição supervisiona a distribuição de água e eletricidade nas cidades de Imperial e Coachella, na Califórnia.

Extra Online

domingo, 10 de junho de 2012

Governo de São Paulo adota medidas para aprimorar busca de crianças desaparecidas no estado



São Paulo – A exigência de identificação por fotografia digitalizada de crianças e adolescentes que se matricularem ou renovarem a matrícula nas instituições de ensino é uma das medidas previstas e faz parte da campanha do governo paulista, lançada na semana passada, para melhorar o sistema de busca de crianças e adolescentes desaparecidos no estado.

A campanha, que envolve as secretarias de Segurança Pública, Justiça e Defesa da Cidadania; Educação; Saúde, Desenvolvimento Social; e dos Direitos das

Pessoas com Deficiência, também pretende conscientizar a população sobre a importância da comunicação rápida do desaparecimento, sem a necessidade de aguardar o prazo de 24 horas para que a notificação seja feita.

“Muitas vezes, uma dificuldade que ocorre com relação a desaparecimento de crianças e adolescentes é que a família sequer tem uma foto atualizada da criança. Se todo ano isso for um requisito, e as escolas já tiverem uma foto da criança e esta foto estar sempre atualizada no banco de dados da escola, isso vai colaborar com relação às famílias que não têm fotos atualizadas das crianças”, disse Ariel de Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo e vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O governo paulista também anunciou que vai utilizar a tecnologia de progressão de idade ou de envelhecimento digital, que faz uma simulação de como estas crianças desaparecidas estariam nos dias atuais. É um processo semelhante ao que já vem sendo usado há alguns anos pela Polícia Civil no Paraná.

Apesar de elogiar estas ações, Alves disse ainda considerar as medidas insuficientes. Uma de suas reclamações é que a campanha deixou de lado a divulgação de fotos dos desaparecidos em locais públicos.

“Essa campanha não traz grande novidade. Nossa expectativa é que, além de divulgar o material da campanha não só no âmbito preventivo nas estações de metrô, por exemplo, seria importante também divulgar fotos das crianças que estão realmente desaparecidas atualmente no estado de São Paulo. E isso não está previsto. Gostaríamos que, em todas as edições do Diário Oficial do Estado e também nos próprios transportes públicos, essas fotos fossem divulgadas para poderem colaborar com a busca, localização e identificação de crianças e adolescentes desaparecidos”, ressaltou.

Além disso, Alves citou que a campanha não se preocupou em criar delegacias especializadas nos municípios paulistas para lidar com o problema. “Também gostaríamos que tivesse as delegacias especializadas da criança e do adolescente vinculada em cada delegacia seccional, para que elas pudessem atender adequadamente as famílias das crianças e adolescentes que desaparecem”, disse.

Durante ato em solidariedade às pessoas desaparecidas ocorrido ontem (1º) na Assembleia Legislativa entidades reclamaram da falta de preparo dos agentes públicos e de um sistema interligado de informações para lidar com o problema.

“Precisaríamos realmente ter um cadastro estadual de pessoas desaparecidas, o que ainda não foi lançado. Precisaríamos de um cadastro automático, ou seja, a partir do momento em que se fez o boletim de ocorrência e a família levou a foto da pessoa [desaparecida], isso imediatamente iria para um sistema, um cadastro estadual. Mas isso até agora não foi anunciado e não fez parte desse pacote que foi lançado pelo governo”, alertou.

Em 2010, o governo federal criou um Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, mas ele também não está totalmente integrado com as delegacias de todo o país. “Nem o cadastro nacional ainda tem essa integração. E o governo federal justifica que os estados não encaminham informações para que exista o sistema que integre todos os estados”, completou.

No Brasil, atualmente, cerca de 40 mil crianças e adolescentes desaparecem a cada ano. Desse total, 9 mil são crianças e adolescentes que desaparecem em São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 16% dos desaparecimentos são de crianças e adolescentes que apresentam algum tipo de deficiência.

Em caso de desaparecimento, a campanha orienta para que se acione imediatamente o telefone 190. Segundo o governo, é importante descrever todos os detalhes que identifiquem a pessoa desaparecida. Se possível, com fotos recentes ou documentos que possam identificá-la. Não é necessário esperar o prazo de 24 horas para comunicar um desaparecimento. Mais informações podem ser obtidas em http://www.policiacivil.sp.gov.br/programa/.

Fonte: Agência Brasil - 02/06/2012

promenino

Mulher de 87 anos mata homem a tiros no centro de Caxias do Sul



Ele invadiu a residência dela na esquina entre as ruas Do Guia Lopes e Sinimbu

Uma mulher de 87 anos matou um arrombador que invadiu o apartamento dela, na esquina das ruas Do Guia Lopes e Sinimbu, no Centro de Caxias do Sul. O homem levou três tiros e morreu enquanto era socorrido. A invasão aconteceu por volta das 17h deste sábado.

A hipótese da Polícia Civil é de que o arrombador tenha entrado pelos fundos do prédio, após pular do telhado para o poço de luz. A identidade do morto ainda não está confirmada. Supostamente, a intenção dele era furtar objetos da residência.

A mulher entregou um revólver calibre 38 e prestou depoimento à noite no plantão da 2ª Delegacia de Pronto-atendimento (2ª DPPA). Como a princípio o caso se trata de legítima defesa, ela responderá ao inquérito em liberdade. As circunstâncias da morte ainda não estão totalmente esclarecidas.

Segundo familiares da idosa, o homem abriu a janela que dava acesso a uma sala. Naquele momento, a mulher estava sozinha no apartamento e dormia em um dos quartos. O arrombador teria circulado por alguns minutos na moradia. Em seguida, ele entrou no quarto e acordou a idosa. O invasor tentou acalmá-la e deixou o quarto pouco depois.

— Só me pedia para ficar calma. Não entendi o que estava acontecendo — relatou a mulher.

O homem continuou caminhando pelo apartamento. Assustada e sonolenta, a mulher levantou, pegou um revólver no roupeiro e seguiu o arrombador. O homem já havia aberto a porta da sala e tentava destrancar um portão que separa o hall do apartamento das escadas.

A hipótese é de que o homem pretendia fugir com os bens da idosa pela portaria do prédio. Ao perceber a mulher por perto, o arrombador teria tentado atacá-la. A idosa reagiu e atirou contra o peito do invasor. O homem caiu e, mesmo ferido, tentou investir contra ela. A mulher atirou mais duas vezes na perna dele. Apavorada, ela se refugiou na moradia e telefonou para familiares.

A Brigada Militar (BM) foi acionada em seguida. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentou reanimar o arrombador, mas ele não resistiu. Peritos encontraram uma faca e um molho de chaves da moradia nas mãos do invasor. Ele não portava documentos.

O revólver era mantido no apartamento como herança de família e estava municiado. Parentes da idosa afirmam que ela nunca havia usado a arma.

Zero Hora
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