sábado, 26 de janeiro de 2013

Exames comprovam que mulher foi espancada e morreu por asfixia no PR


Veterinária foi encontrada morta dentro de casa na noite de sexta-feira (25).
Segundo polícia, marido é o principal suspeito do crime; ele foi preso.

Os resultados dos exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovam que a veterinária de 26 anos, encontrada morta dentro de casa na noite de sexta-feira (25), em Guarapuava, na região central do Paraná, foi espancada e morreu por asfixia.

Segundo a polícia, o companheiro da vítima, de 39 anos, é o principal suspeito do crime e foi preso depois de chamar o resgate. Porém, ele nega envolvimento no caso.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito foi trabalhar depois de matar a veterinária e só chamou a ambulância após voltar para casa, na tentativa de simular um suicídio – hipótese que já foi descartada pela investigação.

“Foi observado com a perícia que teve alteração da cena do crime, que não condiz com suicídio. A perícia médica determinou que a morte foi causada por espancamento inicial e, em seguida, ainda viva, ele de posse de uma toalha ou outro pano fez o estrangulamento”, relatou o delegado Ítalo Biancardi Neto.

A polícia também investiga a participação do suspeito no homicídio da mãe da vítima há dois anos. “No dia, ele teria sido a primeira pessoa que a encontrou desfalecida e encaminhado ao hospital", disse o delegado.

Testemunhas contaram à polícia que o casal se conheceu pela internet e que vivia junto há anos. Conforme as testemunhas, a mulher queria se separar e estava sendo ameaçada.

“Ela não denunciou porque tinha muito medo dele. Ele não deixava ela nem se aproximar das famílias mais próximas de medo que ela conversasse alguma coisa a respeito dele", afirmou uma testemunha que preferiu não se indetificar.

O corpo da vítima foi velado e enterrado neste sábado (26), em Guarapuava.

O advogado de defesa do suspeito disse, por telefone, que não tem conhecimento da outra acusação contra o marido da vítima. Ele ainda afirmou que o cliente é inocente e que já pediu à Justiça para que o homem responda o inquérito em liberdade.

G1

ACONTECEU EM SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO


Parece filme, mas é realidade!

Bebê nasce com o coração fora do peito e consegue sobreviver com ajuda de um escudo


Proteção será utilizada até que a pequena Audrina tenha condições de passar por uma série de cirurgias

Com apenas três meses, Audrina Cardenas já é considerada um milagre. A menina nasceu ano passado no Texas, nos Estados Unidos, com uma condição extremamente rara (que atinge uma pessoa em cada 8 milhões) chamada Ectopia Cordis, doença na qual o coração se desenvolve na parte de fora do peito. As chances de sobrevivência dos portadores costuma ser bastante pequena, mas, graças a uma espécie de escudo, a bebê conseguiu passar bem seus primeiros meses e, nesta semana, recebeu alta do hospital para finalmente ir para casa.

Ashley, mãe da criança, descobriu a doença quando estava com 16 semanas de gravidez. Os médicos explicaram para ela a gravidade da situação e deram algumas opções, inclusive a de abortar. “Depois que me falaram que minha filha nasceria muito doente, não me importei em quão assustada em estava, apenas soube que teria que fazer de tudo para salvar a vida dela”, disse ao Daily Mail.

Audrina nasceu dia 15 de outubro e no dia seguinte já teve que passar por sua primeira operação. Nela, os cirurgiões cobriram seu coração com uma camada de pele e músculos, conseguindo, pelo menos por enquanto, deixar a menina fora de perigo.

Com o passar dos anos, Audrina terá que passar por uma série de outras cirurgias para controlar defeitos que aparecerão em seu coração. Até que consiga ficar forte para passar por elas, porém, precisará usar uma espécie de escudo de proteção em seu peito.

“Embora o prognóstico seja incerto, ela está progredindo a cada dia que passa”, disse em nota o Dr Carolyn Altman, cardiologista da pediatria do hospital.

Crescer

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Que SP vc quer? 4.457 ideias para melhorar a cidade


Além de darem suas sugestões, os participantes da pesquisa avaliaram propostas de paulistanos anônimos e famosos

SÃO PAULO - É inevitável: toda mudança traz expectativas. E 2013 está carregado delas. Além de novo prefeito, a cidade vai ganhar um pacote de metas para os próximos anos e vereadores precisarão discutir um Plano Diretor que atenda aos interesses dos paulistanos. Isso significa uma oportunidade não só de rever aspectos que vão mal, como traçar novas estratégias para o futuro.

Mas não adianta esperar que as autoridades resolvam tudo. A cidade é dos paulistanos - e é na hora das mudanças que o papel de cada cidadão se torna ainda mais importante. Por isso, o Estado preparou um presente diferente para marcar o aniversário de 459 anos da cidade. Nos últimos 34 dias, milhares de pessoas acessaram o site http://www.quesaopaulovocequer.com.br/ e responderam à pergunta: qual sua ideia para melhorar São Paulo?

Parceria com o Ibope Conecta, a pesquisa teve apoio de instituições como a Rede Nossa São Paulo, a Academia Paulista de Letras e a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). E culminou em um banco de ideias que até a manhã de ontem já tinha 4.457 propostas que poderão ser usadas por gestores públicos e sociedade civil. Todas elas estão disponíveis a partir desta sexta-feira, 25, no portal estadão.com.br (http://www.estadao.com.br/). E juntas definem o perfil de cidade que o paulistano quer: uma São Paulo que se inspira em ideias locais e no que há de bom em outras partes do mundo para ser mais humana, mais bonita, menos caótica e menos desigual.

As respostas compõem um rico mosaico da cidade ideal. Além de sugerirem propostas para aperfeiçoar diferentes áreas da metrópole, os participantes puderam avaliar sugestões de paulistanos anônimos e famosos. Diversidade. As mais bem avaliadas foram listadas em um ranking e divididas em 12 categorias - Poluição, Verde e Sustentabilidade, Segurança, Transporte Público, Trânsito, Convivência, Educação, Saúde, Administração, Cultura e Lazer, Urbanismo e Paisagem Urbana. As dez primeiras de cada tema foram depois encaminhadas a um júri de dez pessoas - que nasceram ou adotaram a cidade. As campeãs estão a seguir:

Conheça o júri

1 - Metrô: um campeão de pedidos

2 - Menos lixo e concreto, mais verde

3 - Rios vivos e limpos, um sonho paulistano

4 - Menos barulho, por favor!

5 - Cultura do centro à periferia

6 - Por uma educação de qualidade

7 - Polícia para quem precisa

8 - Chega de tanta demora e burocracia

9 - Tecnologia pode ajudar a melhorar sistema de saúde

10 - Desejo: morar perto do trabalho

11 - Contra trânsito, criatividade

12 - Por que tantos fios nas ruas

A cidade ideal, daqui a 50 anos

Estadão

Mobilização contra o trabalho Infantil mobiliza Rio de Janeiro


Quem passar pelas ruas cariocas na manhã de 25 de janeiro não estranhe se encontrar um grupo de aproximadamente cem pessoas. Vindos de nove estados do país, jovens de 14 a 29 anos vão fazer algumas apresentações no Rio de Janeiro para protestar contra o trabalho infantil.

As mobilizações acontecem em três pontos diferentes, começando às 8h, no Largo Cariocal. Depois o grupo parte para a Cinelândia, às 9h, encerrando uma hora depois na Central do Brasil. O objetivo da ação é sensibilizar a população contra o trabalho infantil.

Os jovens que organizam a ação participam da ONG Visão Mundial, responsável pelo MJPOP (Monitoramento Jovem de Políticas Públicas), que engajou milhares de adolescentes e jovens na transformação das condições de vida em suas comunidades nos últimos cinco anos.

No Brasil 4,2 milhões de crianças são afetadas pelo trabalho infantil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para reverter esse quadro e prevenir que outras crianças entrem no mercado de trabalho, a Visão Mundial desenvolve o projeto “Promovendo Infância: Combate ao Trabalho Infantil” com apoio da Fundação Telefônica, beneficiando mais de cinco mil crianças. As ações são executadas nos municípios de Inhapi, em Alagoas e Recife, em Pernambuco nas comunidades onde a Visão Mundial também atua com programas de saúde, educação e desenvolvimento

promenino

Feto não é gente, diz hospital católico acusado de negligência

Hospital pertence a organização que afirma ser contra o aborto

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz2J1defbIk
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.

Acusado de negligência por causa da morte de uma paciente grávida, sem que fosse feita uma cesariana para salvar os bebês da gestação, o hospital católico St. Thomas More, de Canon City, Colorado (EUA), argumentou na Justiça, em sua defesa, que fetos não são pessoas, o que contraria a doutrina contra o aborto da Igreja.

A notícia está tendo forte repercussão nos Estados Unidos porque, segundos alguns, seria uma prova da hipocrisia da Igreja Católica. Além disso, os bispos têm criticado duramente o presidente Barack Obama por querer obrigar todos os hospitais, o que inclui os católicos, a dar assistência às mulheres que necessitem de contraceptivos.

No dia do ano novo de 2006, Lori Stodghill, 31, grávida de sete meses de gêmeos, chegou ao St. Thomas More com falta de ar e vomitando. Uma hora depois, ela morreu de um ataque cardíaco porque, segundo acusação de sua família, os médicos não desentupiram uma artéria. Os bebês em gestação morreram em seu ventre.

O guarda de prisão Stodghill de Jeremy, marido de Lori, em seu nome e no de uma filha de dois anos, moveu uma ação contra o hospital porque, segundo ele, os médicos, quando perceberam não ser possível salvá-la, deveriam ter feito uma cesariana. Foi então que, para não ser condenado, o hospital argumentou que feto não é gente.

O St. Thomas More é uma das 170 unidades de saúde espalhadas por 17 Estados de uma organização católica, que no ano passado declarou ativos de US$ 15 bilhões.

Em seu material promocional, a organização afirma que, por praticar “o ministério de cura da Igreja Católica”, segue com “fidelidade o Evangelho”, o que significa, entre outras coisas, ser contra o aborto e o controle de natalidade.

Nas próximas semanas, o Supremo Tribunal Federal deverá dar uma sentença para o caso. Mas desde já os bispos de Colorado estão prometendo fazer uma "revisão completa" das "políticas e práticas" do sistema católico de saúde sem fins lucrativos, para torná-las mais adequadas aos dogmas da Igreja.

Com informação do The Independent Colorado e foto do Flickr.

Paulopes

Gol terá que indenizar idoso que levou oito horas para fazer trajeto Rio-São Paulo


.Em condições normais, viagem demora cerca de uma hora
.Empresa não avisou à família do passageiro sobre atraso causado pelo mau tempo


RIO — A empresa aérea Gol terá que indenizar em R$ 8 mil reais o aposentado Luiz de Carvalho e a filha dele. A decisão do desembargador Marcelo Lima Buhaten, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), negou agravo pedido pela companhia.

Luiz demorou oito horas para viajar do Rio para São Paulo. Em condições normais, o trajeto leva cerca de uma hora. O motivo do atraso foi o mau tempo.

No entanto, a empresa não avisou nenhum parente do idoso sobre o atraso, o que angustiou toda a família. A aeronave onde Luiz estava teve que voltar para o aeroporto Internacional Tom Jobim. Ele, então, foi reconduzido ao Santos Dumont e embarcou novamente, horas depois, para a capital paulista.

Na sentença, o magistrado criticou a atitude da empresa aérea e endossou a sentença em 1ª instância, que já havia determinado a indenização.

“Correto o entendimento do magistrado sentenciante ao condenar ao pagamento de dano moral, em decorrência do aborrecimento, tensão e angústia a que foram submetidos pela prestação defeituosa do serviço da ré/1ª apelante, que deve, assim, reparar os danos provocados, merecendo a sentença reforma para reconhecer a legitimidade ativa da 2ª autora/3ª recorrente e, por conseguinte, o seu direito a ser recompensada pelos danos suportados”.

O Globo

Cozinheiro chinês publica fotos de cães indo para a panela e inflama internautas


Um dono de restaurante de Pequim conseguiu a façanha de revoltar internautas de todos os cantos do mundo. Tudo começou quando o homem, usando o apelido de "Aiteguan", postou imagens do que seria o preparo de carne de cachorro na cozinha de seu restaurante. Aviso: as imagens são fortes e revoltantes para quem tem um bichinho em casa


Veja mais:


R7

Maternidade permite que cão assista a parto


Uma maternidade em Bristol (Inglaterra) se envolveu em polêmica ao permitir que um labrador assistisse à sua dona dando à luz, ao lado do parceiro dela.

O parto durou duas horas e o labrador Barney ficou lá na sala de cirurgia quietinho. A direção da maternidade (foto) justificou a presença dele afirmando que o cão deixaria a paciente mais calma. Barney costuma visitar pacientes em seus quartos em hospitais como um "cão terapêutico".

"Enfermeiras e médicos ficaram chocados, mas alguém no hospital deu à mulher a permissão para levar o cão para o parto. Esta foi a primeira vez que a equipe do hospital viu algo assim acontecer", disse uma testemunha ao "Sun".

A direção afirmou que a sala de parto foi higienizada após o procedimento, mas médicos e enfermeiros estão preocupados com o precedente aberto.

Fernando Moreira

Sem conseguir internação, jovem volta à cracolândia em SP


"Falaram que eu tô ótimo. Não querem me dar uma chance. Então, tá. Tô indo pro fluxo." A afirmação é do agitado Thomas Navar Watanabe Fantine, 20, roupas sujas, olhos vermelhos e pontas dos dedos queimadas pelo crack.

Na tarde de ontem, ele deixava o Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas), no centro de São Paulo, sem conseguir o que queria: ser internado.

"Eu tô pedindo. Estou desde os nove anos nesta vida. O que tenho que fazer para que eles entendam que eu preciso de ajuda? Trazer um cachimbo de crack e fumar aqui, na frente deles?"

Ao deixar o Cratod, Thomas seguiu para a cracolândia, para o "fluxo" de uso da droga. Sentou na calçada, sacou o cachimbo e fumou sua pedra.

Ontem era o segundo dia seguido que o rapaz procurava tratamento no Cratod. Desde segunda, o centro virou uma espécie de pronto-socorro de dependentes de drogas em busca de ajuda e de familiares que querem internar à força seus filhos, irmãos, pais e mães com algum vício.

Rosangela Elias, coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas do Governo, afirmou ontem que os médicos avaliaram Thomas e que, como a situação dele não foi considerada grave, ficou decidido que ele deveria procurar um Caps, que oferece atendimento ambulatorial --as pessoas frequentam grupos de ajuda, passam por psicólogos e, se preciso, são medicadas.

SEM SUCESSO

O Caps mais próximo fica na mesma rua do Cratod, distante cerca de 2 quilômetros.

"O que eu vou fazer lá? Passar o dia, tomar remédio e depois voltar para a rua e usar crack?", diz Thomas, morador fixo da cracolândia há dois meses. O rapaz disse que já havia tentado esse tratamento, sem sucesso.

Agora, procurava ajuda "em homenagem" à mãe.

"Se ele pediu ajuda, está mesmo precisando", lamentou Sheyla Fantini, 44, a mãe de Thomás, por telefone, após ser avisada pela Folha de que o filho buscara tratamento. Ela afirma que tentará novamente uma internação.

Desde segunda-feira, o governo Alckmin (PSDB) montou um plantão jurídico (com juiz, promotor e advogados) no Cratod para agilizar as internações à força.

O local, no entanto, atraiu muita gente em busca de ajuda e algumas internações foram feitas de forma voluntária. Tanto que, de segunda a quarta-feira, só 4 das 18 internações foram à força. Ontem, mais 16 pessoas foram internadas --o governo não informou quantas foram feitas contra a vontade do dependente.

Folha Online

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aprovada Nova Lei sobre Educação Especial na Perspectiva Inclusiva no Rio


Acaba de virar Lei mais um projeto nosso, número 5.554/2011, que já prepara o terreno para o que estabelecerá a forma de atendimento das ações públicas de Educação aos alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento (TGD) e altas habilidades ou superdotação.

Esta lei aprovada estabelece diretrizes, ou seja, as linhas de ação para que o futuro plano seja executado. Nesta lei de diretrizes, que conquistamos agora, está a garantia de qualificação continuada e especializada dos professores, a prioridade de oferta de vagas a esse grupo de alunos próximos às suas residências, o combate a toda forma de discriminação e exclusão dos alunos com deficiência e o planejamento estratégico para estimular o desenvolvimento e aprendizagem do aluno segundo as necessidades educacionais de cada um, entre outras diretrizes.

Isso abre caminho para que o projeto de lei de ações seja aprovado neste ano de 2013. Quanto a este último, quero destacar que foi preciso muito trabalho e dedicação não só de minha parte, mas também do grupo de mães representantes com o qual venho me reunindo ao longo dos últimos dois anos. Cabe ressaltar que diversos especialistas também contribuiram de forma igualmente importante, tanto de universidades quanto do próprio IHA (Instituto Helena Antipoff, entidade da Prefeitura responsável pela gestão da educação especial).

Juntos, elaboramos o documento que representa as idéias de como a coisa deve se pautar, com as ações, com o que é, de fato, que vai ser executado no dia-a-dia. A previsão de aprovação é até junho deste ano.

Nossa meta com o projeto será possibilitar que os alunos sejam incluídos nas salas de aula com a estrutura adequada para a inclusão, com mediação escolar também adequada a cada deficiência, que as salas tenham um número de alunos compatível por turma, que o currículo, material e avaliações sejam adaptados corretamente, que os professores sejam capacitados especificamente para cada tipo de deficiência, que haja transporte escolar, salas de recursos multifuncionais, entre outras providências.

Aqui cabe uma importante nota: existe um grupo de radicais, com discurso de 20 anos atrás, que defende inclusão plena já. O que seria isso? O fim imediato de todas as classes e escolas especiais, e inclusão total das crianças com deficiência/transtornos globais de desenvolvimento/altas habilidades em turmas comuns. São pessoas que não têm a noção da realidade das escolas públicas – nem das particulares, aqui cabe outro parêntesis, as públicas estão anos luz à frente das particulares nesse quesito. Não sabem que não há estrutura para inclusão em boa parte das escolas, e incluir não é só matricular. É necessário tudo o que citei no parágrafo anterior.

Já visitei inúmeras escolas, mas vou citar o exemplo de apenas uma porque este artigo já está ficando longo demais. Na Escola Municipal Tagore, uma criança com síndrome de down estava na turma comum olhando para o nada quando cheguei, alheia ao que acontecia à sua volta. Perguntei à professora sobre a criança, que respondeu dizendo que ela tinha vindo da classe especial, e era uma criança alegre e se desenvolvia bem. Agora estava regredindo e introspectiva. Não tinha facilitador (mediador escolar) e ela não tinha como dar atenção especial que deveria, com uma turma cheia. Há inúmeros exemplos como esse de quem tem a experiência de campo como eu.

Ora, é claro que a criança down tem todas as capacidades de se desenvolver numa turma comum como qualquer outra criança. Mas é também óbvio que precisa de adaptação de currículo, avaliação, facilitador entre tantas outras estruturas que não estavam disponíveis. A escola é que tem que se adaptar à criança, e não ao contrário. Se o filho com deficiência não está aprendendo, a culpa não é dele, e sim da escola que não se adaptou.

É claro que eu defendo a inclusão. Mas não sou fanático irracional – para não dizer irresponsável – de estar lidando com papéis na minha sala com ar-condicionado, dizendo que defendo inclusão plena já. Conheço a realidade das escolas e, enquanto não houver estrutura condizente que possibilite que a inclusão não seja somente uma matrícula e sim um processo, eu não vou aceitar o fim das classes e escolas especiais. Caberá aos técnicos do IHA e aos pais, estes últimos que têm o direito constitucional pleno, de decidir em conjunto o melhor destino para as crianças.

Para dar um ponto final nessa questão, os radicais ainda gostam de citar legislação e acordos internacionais, mas só sabem ler o que lhes convêm. A declaração de Salamanca diz claramente que “as escolas especiais ou classes especiais podem continuar a prover educação mais adequada a um número reduzido de crianças que não possam ser incluídos adequadamente naquele momento”. E ainda, a nossa própria legislação, a Presidente Dilma assinou um decreto no fim de 2011, de número 7.611, que é o que está em vigor, citando claramente a educação especial e suas providências, como manda a constituição, a educação por toda a vida (fim da terminalidade) entre outros itens. A lei de nossa autoria, aprovada esta semana, está complemante em sintonia com a legislação federal em vigor. E com a lógica do melhor para os alunos.

A educação inclusiva plena é uma meta. Tem que ser defendida. Mas para ser alcançada, não pode começar com a matrícula forçada das crianças, e sim com a estruturação das escolas. Defender a inversão de ordem é minimamente irresponsável. Para defender a educação inclusiva, é pré-requisito defender a adaptação das escolas com todas as providências citadas. Por isso o nosso novo projeto de lei que deverá, como disse, virar realidade ainda neste semestre.

Com essa lei sancionada agora, o próximo passo é, então, aprovar a segunda e mais importante parte, definindo essas ações detalhadamente. Tenho certeza de que conseguiremos ainda mais sucesso nesta jornada a favor da Educação Inclusiva consciente!

Para quem quiser ler mais sobre o assunto, aqui está o link do último artigo que eu escrevi sobre este tema, antes deste de hoje.

Segue, ainda, o link do projeto de lei das ações, o qual pretendo transformar em lei neste ano de 2013, com as devidas correções e emendas após ouvir a sociedade em audiências públicas.

PAULO Messina

Idosos levam 40% mais tempo para frear carro que adultos, diz pesquisa


Estudo realizado pelo Hospital das Clínicas aponta que frenagem mais lenta está relacionada com a velocidade reduzida com que os motoristas mais velhos dirigem

Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aponta que o tempo de reação dos motoristas idosos para frear um veículo é 39,6% maior em comparação ao de adultos jovens. A média do tempo de reação a partir do momento que uma placa "Pare" é avistada até a frenagem foi 1,34 segundo para os idosos, enquanto que para o grupo de adultos jovens, o tempo foi 0,96 segundo. O estudo (15), foi feito com o uso de um simulador e teve a participação de 30 idosos e 15 adultos jovens.

Apesar do tempo de reação maior, 97% dos idosos participantes do estudo não se envolveram em acidentes nos últimos cinco anos, nem foram multados no último ano. O estudo detectou que os idosos evitam colisões diminuindo drasticamente a velocidade. “Intuitivamente ou não, eles diminuem a velocidade e aí eles têm um tempo maior para parar”, diz a pesquisadora do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, Angélica Castilho Alonso.
A pesquisadora afirma que com o aumento do número de idosos no país – em 2020, o Brasil terá a quinta maior população idosa do mundo – as cidades terão de se adaptar ao modo, mais lento, deles ao volante. “A adaptação não é proibir os idosos de dirigir. Teremos que pensar quais serão as modificações na cidade para que o idoso possa fluir sem atrapalhar o trânsito e sem correr riscos,” diz a pesquisadora, sugerindo algum tipo de identificação nos veículos.

A idade média dos avaliados foi 74,3 anos para homens e 69,4 para mulheres. Eles dirigem em média há 48,5 anos, e elas há 40,6 anos. Os carros das mulheres têm em torno de 5,7 anos de uso, e o dos homens, 10,7 anos. Todos os avaliados dirigem os próprios veículos em dias de chuva, vias congestionadas e em horários de pico. A maior parte dos motoristas pesquisados – 73% mulheres e 87% homens – dirige à noite. “Antes, pensávamos em um idoso motorista como aquele que dirige no entorno da sua residência, que leva os netos à escola. Mas esse perfil mudou 100%", diz Angélica.

Todos os entrevistados afirmaram ser cuidadosos no trânsito. Entre as mulheres, 27% já pensaram em parar de dirigir, e entre os homens, apenas 13%. “Recomendação médica, pedido familiar, facilidade de usar outro meio de transporte ou a autopercepção de incapacidade são os motivos que levariam o grupo pesquisado a parar de dirigir”, afirma a pesquisadora.

Época

Conheça o drama das mulheres sem rosto no Paquistão


Vítimas de ataques com ácido dos próprios maridos, elas sofrem preconceito no país

Cem mulheres por ano são desfiguradas no Paquistão — a maioria, por ataques com ácido cometidos pelos próprios maridos, que as punem por "mau comportamento".

Apesar de serem vítimas, elas recebem olhares de zombaria e crítica nas ruas. Para a sociedade paquistanesa, se elas foram atacadas, é porque fizeram algo de errado.

Esse é o drama vivido por Sabira Sultana, atacada pelo marido por uma discordância em relação ao dote que sua família deveria ter pago na ocasião de seu casamento.

A paquistanesa Shamin Akhtar vive o mesmo drama. Estuprada por uma gangue quando tinha apenas 17 anos, ela foi punida pela "desonra", sendo atacada com ácido.

Fúria covarde: mulheres são alvo de violência no mundo inteiro

Conheça os cinco países mais perigosos para mulheres no mundo

Mas algumas pessoas estão dispostas a ajudar essas mulheres. É o caso da fundação Sorria de Novo, criada para ajudá-las a voltar a ter uma vida normal.

R7

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ATENÇÃO!ALGUÉM PODE ESTAR PRECISANDO DE AJUDA


Segundo a NASA, 2012 foi o nono ano mais quente desde 188


O ano de 2012 manteve a tendência de aquecimento do clima. De 132 anos para cá, os nove anos mais quentes ocorreram depois de 2000

O mapa representa as anomalias na média da temperatura global entre 2008 e 2012 / Créditos: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio

Cientistas da NASA afirmam que 2012 foi o nono ano mais quente desde 1880. Uma análise de longo prazo revelou que os nove anos mais quentes em 132 anos, ocorreram após 2000, sendo 2010 e 2005 os anos mais quentes.

O Instituto de Estudos Espaciais da NASA, em Nova York, monitora as temperaturas na superfície global, levando em conta os dados de mais de 1000 estações meteorológicas, imagens de satélite e as pesquisas realizadas com gelo da Antártida. Os índices revelam que a Terra continua esquentando nas últimas décadas. Em relação à média da metade do século XX, a temperatura teria aumentado 0,6 ºC. Comparado com 1880, a média global subiu 0,8 ºC.

O aumento na emissão dos gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico, que retêm a frequência infravermelha dos raios solares, tem intensificado o processo de aquecimento global. Segundo os cientistas, cada ano não precisa ser necessariamente mais quente que o ano anterior. Porém, pela quantidade de gás emitida, a expectativa dos cientistas é que cada década fique bem mais quente que a anterior.

O nível de gás carbônico na atmosfera, emitido pela queima, sobretudo, de combustíveis fósseis, era algo em torno de 285 parte por milhão (ppm) em 1880, subindo para 315 ppm em 1960 e, atualmente, ultrapassando a faixa dos 390 ppm. As regiões mais atingidas são aquelas de climas mais extremos.

Galileu

domingo, 20 de janeiro de 2013

Quando deixar de tomar remédios se torna um problema de saúde pública


Segundo a Organização Mundial da Saúde, somente 50% dos doentes crônicos seguem o tratamento. Em pacientes com diabetes, a baixa aderência pode aumentar em 125% os custos com a doença. O problema é tão grave que grandes companhias já contratam empresas para garantir que seus funcionários tomem religiosamente seus medicamentos

Um dos maiores problemas de saúde pública mundial é que boa parte dos portadores de doenças crônicas não tem acesso aos medicamentos necessários para o tratamento. Entre os que têm acesso, porém, a baixa adesão ao tratamento é preocupante e constitui uma questão igualmente grave. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas metade dos pacientes com doenças crônicas faz o tratamento corretamente. Estima-se que apenas nos Estados Unidos esse comportamento resulte em 125.000 mortes todos os anos. Os baixos índices de aderência não prejudicam apenas a saúde do próprio paciente. A descontinuidade terapêutica também pesa nos cofres públicos e no bolso do contribuinte. Segundo pesquisa publicada no Journal of Managed Care Pharmacy, uma publicação da Academia de Assistência Farmacêutica Gerenciada dos EUA, a baixa adesão de pacientes diabéticos aumenta em 125% os custos médicos com a doença. No Brasil, as pesquisas sobre o assunto ainda são incipientes, e sabe-se muito pouco sobre como os baixos índices de aderência afetam os cofres públicos.

Por definição, as doenças crônicas são silenciosas e se desenvolvem lenta e progressivamente. Isso significa que nos primeiros anos seus portadores não costumam apresentar sintomas ou complicações. Os sinais iniciais da doença tendem a surgir mais tarde, quando os órgãos já estão comprometidos. Essas doenças, a exemplo do diabetes, da asma e da hipertensão, não têm cura, mas podem ser prevenidas e controladas com a adoção de tratamentos adequados. É aí que entra um dos grandes problemas atuais da saúde pública: cerca de 50% dos pacientes não consegue cumprir com as recomendações médicas, sejam elas apenas a ingestão de remédios ou ainda mudanças nos hábitos de vida.

"Pagando para se sentir mal" — De acordo com os especialistas ouvidos pelo site de VEJA, as causas da baixa adesão podem variar muito, mas há três pontos essenciais: o paciente não compreende corretamente a doença (e, por consequência, a necessidade de se medicar), sofre algum efeito adverso ao tomar o remédio ou não simplesmente não tem acesso às drogas necessárias. De acordo com Elias Knobel, cardiologista clínico e vice-presidente da Mesa Diretora do Hospital Albert Einstein, há casos de pacientes com hipertensão que ainda não apresentam sintomas, por exemplo, mas que, com o início das medicações, podem começar a ter perda de libido. "Em uma visão imediata e errônea, o paciente, que ainda não sentia nada, se vê pagando para se sentir mal", diz. Como consequência, ele acaba abandonando o tratamento.

Pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine, em 2005, aponta ainda que os médicos também têm sua parcela de culpa pela baixa adesão ao tratamento. Segundo o estudo, eles falham quando há a prescrição de terapias complexas, não conseguem explicar corretamente os benefícios e os efeitos colaterais da medicação, desconsideram o estilo de vida do paciente ou o custo dos remédios e mantêm uma relação terapêutica pobre com o paciente. "Por isso, bato na tecla: o médico precisa ter tempo para falar com o paciente. Só assim ele vai conseguir explicar e entender as necessidades dele", diz Knobel. A medicina praticada no Brasil hoje, no entanto, caminha pela contramão: as consultas tendem a durar, em média, somente 15 minutos.

Impacto econômico — Estima-se que, nos Estados Unidos, de todas as admissões hospitalares relacionadas com o uso de remédios, de 33% a 69% se devem à baixa adesão aos tratamentos medicamentosos. Essas internações custam aproximadamente 100 bilhões de dólares por ano. De acordo com o Instituto IMS Health, do total de custos que poderiam ser evitados, a não adesão corresponde a 57%. No Brasil, não há levantamentos que apontem quais os prejuízos que o problema acarreta aos cofres públicos. Se os resultados americanos fossem extrapolados para o Brasil, considerando que em 2012 o orçamento do programa Saúde Não Tem Preço, do Ministério da Saúde, foi de 1,3 bilhão de reais, 650 milhões de reais teriam sido gastos com pacientes crônicos que não tiveram adesão ao tratamento — e, portanto, terão complicações futuras, engrossando a conta de hospitais.

Já um estudo publicado em 2008 no Journal of Managed Care Pharmacy aponta que, em pacientes com diabetes, quando a adesão ao tratamento é de 80% a 100%, os custos médicos totais são de 4.000 dólares. Mas quando essa adesão cai para níveis de 1% a 19%, os custos saltam para 9.000 dólares — um crescimento de 125%. Levantamento brasileiro feito na cidade de Passos, em Minas Gerais, como tese de doutorado apresentada em 2011 na Universidade de São Paulo, demonstra que apenas 1,4% dos pacientes com diabetes conseguiu aderir completamente ao tratamento — que inclui medicação, atividade física e planejamento alimentar. De acordo com a OMS, no continente europeu o desenvolvimento de complicações vasculares por diabetes respondeu por um aumento de 2 a 3,5 vezes com os gastos totais com a doença. "Os custos diretos com complicações atribuídas ao baixo controle do diabetes são de três a quatro vezes maiores, quando comparado a situações nas quais há o controle da doença", afirma o relatório do órgão.

Na hipertensão, doença que atinge cerca de 600 milhões de pessoas no mundo, a tendência é basicamente a mesma. Uma pesquisa de 2010 publicada no periódico Circulation mostra que a não adesão ao tratamento acontece com mais de 60% dos pacientes com problemas cardiovasculares. No caso específico da hipertensão, dos pacientes que conseguem manter o tratamento nas fases iniciais, mais de 50% tendem a parar com a medicação dentro de seis a 12 meses — período que coincide com a estabilização da pressão. "Como os remédios para hipertensão são distribuídos gratuitamente pela rede pública, acredita-se que o problema de adesão esteja resolvido no Brasil. A verdade é que a adesão continua ruim, porque ela não depende só do preço", diz Decio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas de São Paulo e coautor do livro Adesão ao Tratamento — O Grande Desafio da Hipertensão.

Pílula monitorada — A falta de adesão ao tratamento é um mau negócio não apenas sob o aspecto de saúde, mas também sob o financeiro. Hoje existem empresas que lucram fazendo com que funcionários de grandes companhias sigam religiosamente seus tratamentos. Fundada em setembro de 1999, a empresa paulista ePharma atua em um nicho de negócios promissor no Brasil — o do chamado Pharmacy Benefit Management, ou PBM (os brasileiros, para manter a sigla, batizaram essa política empresarial de "programa de benefício de medicamento"), Sua função é organizar um benefício extra aos funcionários de empresas terceirizadas: desconto em farmácia e acompanhamento das terapias. A empresa é responsável por gerir as listas de medicamentos subsidiados e, em alguns casos, ligar para o paciente para dar esclarecimentos e apoio no tratamento. Com mais de 150 clientes, 18.000 farmácias conveniadas e presente em mais de 2.000 municípios, a empresa nacional espera movimentar 45 milhões de reais em 2013.

"Nossos clientes são grandes corporações que já conseguem entender a importância de prover ao doente crônico o acesso aos remédios e, principalmente, promover sua adesão ao tratamento", diz Luiz Monteiro, médico e presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (PBMa). Segundo ele, quase 3 milhões de brasileiros já recebem esse tipo de benefício no Brasil, atendidos por alguma das quatro empresas do setor. Entre os clientes da ePharma está a Petrobras, que subsidia medicamentos — com descontos de 100% a 50% — há cinco anos para todos os seus colaboradores e dependentes. "Os medicamentos de alto custo, como os oncológicos, que não podem ser encontrados em farmácia, são entregues em domicílio", diz Pedro Oliveira, médico e gerente clínico do Programa de Gestão de Risco em Saúde da ePharma.

A empresa atende ainda planos de saúde, como a operadora baiana Promédica. Nesse caso, no entanto, o serviço é mais especializado: de 10% a 15% dos 120.000 conveniados recebem periodicamente ligações de uma equipe multidisciplinar para conversar sobre o tratamento. "A periodicidade com que essas ligações são feitas depende da gravidade estado do paciente. Elas podem ser feitas de duas vezes por semana a uma vez a cada três meses", diz Oliveira. As ligações duram, em média, 20 minutos e podem ser feitas por nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos ou médicos, dependendo da necessidade do paciente. A preocupação faz sentido. Levantamento de coautoria de Décio Mion, feito no Hospital das Clínicas de São Paulo com 354 pacientes hipertensos e publicado no periódico Clinics, mostrou que as orientações multidisciplinares via telefone foram efetivas para conseguir a adesão ao tratamento. "Para uma boa resposta no tratamento, é preciso que se façam ações conjuntas, que se adotem medidas que abordem todos os aspectos da terapia", diz.

Tuberculose

Quando vale a pena pagar para o paciente se tratar

A doença é causada bactéria Mycobacterium tuberculosis, que se propaga pelo ar. A tuberculose afeta normalmente os pulmões, mas pode atingir quase todos os órgãos do corpo. O tratamento é feito com o uso de antibióticos, que devem ser tomados por, no mínimo, seis meses. O abandono ou a irregularidade no tratamento reduz as chances de cura, agravando a doença e podendo levar o paciente à morte. O doente sem tratamento é um risco à saúde pública, já que é uma fonte permanente de bacilos e pode transmitir a doença a outras pessoas.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2010 foram detectados 88% das ocorrências da doença, com um indicador de cura de 73,2%. Atualmente são detectados 70.000 novos casos por ano. Um dos maiores problemas no tratamento da tuberculose é a adesão do paciente ao tratamento. Após os primeiros meses, quando o paciente já se sente saudável, há grande risco de abandono — a terapia exige a ingestão de mais de um antibiótico diariamente pelo prazo determinado pelo médico. O abandono e o tratamento irregular são as principais causas da tuberculose drogarresistente. Em geral, ela exige terapias mais prolongadas (de 18 a 24 meses), muito mais caras e que apresentam taxas de cura bem inferiores às observadas no tratamento básico.

A adesão é tão importante para sanar a doença, que alguns governos têm investido em programas de estímulo ao paciente. De acordo com a Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo, por exemplo, o tratamento na capital segue a estratégia recomendada pela OMS, o Tratamento Diretamente Observado (TDO). Nele, o paciente é atendido diariamente, com o medicamento ingerido na presença do profissional da saúde. São Paulo incentiva o tratamento com a entrega de uma cesta básica mensal para os doentes em TDO e com o fornecimento de vale transporte. Estima-se que 6.000 novos casos apareçam todos os anos na capital paulista, e outros 1.000 passem por retratamento.

A Organização Mundial de Saúde estipulou para 2015 a redução nas taxas de abandono no tratamento da tuberculose para menos de 5%. Atualmente, as taxas no Brasil são de 10%.

Veja

Polícia investiga Dhomini após participante de BBB dizer que arrancou dentes de cachorro com machado


Segundo delegada, ele deve responder por apologia a maus-tratos de animais

A Dema (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente), de Goiás, abriu um inquérito para apurar a declaração do participante do reality show Big Brother 13 Dhomini. Em uma conversa com Yuri, Natália e André, ele contou ter arrancado os dentes de seu cão a golpes de machado. A conversa entre os participantes aconteceu na sexta-feira (18).

Segundo a delegada Tatiana Barbosa, ele responderá por apologia a maus-tratos e será investigado caso realmente tenha agredido o cachorro, como contou. Nesta segunda-feira (21), a polícia deve ir até a casa de Dhomini e ouvir testemunhas.

— Queremos saber se isso aconteceu mesmo e quando aconteceu. Dependendo da data da morte do cachorro, o crime já prescreveu. Ele pode se livrar de responder por maus-tratos, mas a apologia ele já fez. Por isso, ele vai ter que prestar conta.

Dhomini mora em Goiânia e não falou, durante o programa, a data em que teria agredido o cachorro.

— Na terceira vez [em que o cachorro o atacou], eu tirei os dentes da boca dele. Ele me pegou lá no curral, onde nós matávamos vaca. Ele me mordeu, eu pisei na corrente dele, ele correu, eu segurei a corrente. Peguei o machado e os homens gritando "não!". Extraí os dentes da boca dele, tudo.

Diante da expressão assustada de Yuri, ele continuou:

— Ficou, meu amigo, banguelo. Ele ria pra mim, tinha só um caquinho de dente.

As palavras do goiano criaram comoção nas redes sociais. Os comentaristas de reality show em sua maioria se disseram horrorizados com o vídeo, compartilhado rapidamente no microblog Twitter. Se for condenado por apologia, a pena é de seis meses a dois anos de prisão.

A assessoria de imprensa da Rede Globo não foi localizada pela reportagem para comentar o caso.

R7

Em quatro anos, registros de estupro cresceram 157%

Uma mulher que, assim como na Índia, foi estuprada dentro de ônibus - Hans von Manteuffel

Entidades protestam contra impunidade; mudança no texto do Código Penal, em 2009, encorajou denúncias

RIO e BRASÍLIA A notícia do estupro de uma jovem de 23 anos por seis homens em um ônibus em Nova Délhi chocou o mundo e jogou luz sobre o problema da impunidade contra esse crime na Índia. Os registros mais recentes do Brasil, no entanto, mostram que somente entre janeiro e junho de 2012 ao menos 5.312 pessoas sofreram algum tipo de violência sexual.

O número representa uma queda de 28% em relação a 2011, mas um crescimento de 54% em relação ao mesmo período de 2009. Essa estatística inclui os casos de estupro, assédio sexual, atentado violento ao pudor, pornografia infantil, exploração sexual e outros crimes sexuais. Em média, a cada dez casos, 8,5 são contra mulheres. No caso específico de estupros, de 2009 a 2012, houve crescimento de 157%.

Até 2009, o Código Penal só tratava como estupro a agressão com penetração vaginal comprovada. O toque e até a penetração anal eram tratados como atentado ao pudor. A mudança na lei, na avaliação de Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, encorajou as mulheres a denunciar as agressões, influindo sobre as estatísticas.

— As mulheres estão tendo mais coragem de denunciar, elas estão se sentindo menos culpadas — avalia Aparecida.

O Ministério da Saúde diz que os casos de violência passaram a ter notificação obrigatória em todos os serviços de saúde apenas em 2011, o que contribui para o aumento da quantidade de casos. Aparecida ressaltou o aumento dos estupros coletivos no país, especialmente em festas. Em agosto de 2012, os dez integrantes de uma banda de pagode teriam estuprado duas adolescentes após um show na Bahia. Em fevereiro do mesmo ano, cinco mulheres foram estupradas, das quais duas morreram, em uma festa em Queimadas, na Paraíba. Nove homens foram detidos.

A secretária diz que os movimentos em defesa das mulheres têm usado bem as redes sociais para protestar. As ONGs teriam conseguido, por exemplo, evitar a contratação da banda de pagode para eventos e até retirar o patrocínio de empresas ao grupo.

— Não tem revolta como teve na Índia. Mas existe um outro tipo de mobilização no Brasil que tem funcionado, que são as redes sociais — avalia Aparecida.

Se os casos se contam aos milhares no Brasil, entidades de defesa da mulher advertem que a punição ainda é muito baixa, apesar do aumento progressivo das denúncias que chegam à polícia. Segundo o Ministério da Justiça, há no Brasil 12.704 presos por estupro — 99,2% são homens. Há ainda 8.005 presos por atentado violento ao pudor e 665, por corrupção de menores.

Leila Linhares Barsted, coordenadora executiva da Cepia, uma ONG que atua contra a violência sexual, acredita que um dos motivos da impunidade é o baixo índice de mandados de prisão cumpridos neste tipo de crime.

— Uma coisa é a polícia mandar prender, outra coisa é o indivíduo ser achado para ser preso — afirma Leila, ao concordar que as mulheres estão mais encorajadas a denunciar seus agressores. — De fato, muitas mulheres estão mais corajosas para denunciar. Quanto mais se divulgam informações sobre direitos e quanto mais se oferecem serviços, vai aparecer mais violência. O que acontece é que o aumento da demanda das vítimas aos serviços públicos dá visibilidade maior aos crimes.

Proporcionalmente ao número de habitantes, o Rio de Janeiro tem o menor índice de estupradores presos: 1,4 por 100 mil pessoas. Já Roraima está em primeiro lugar: são 26,15 presos por estupro para cada 100 mil habitantes.

No estado do Rio, 16 estupros por dia

Se os dados do SUS apresentam um aumento nas notificações, os dados da Secretaria de Segurança do Rio apresentam números ainda mais assustadores. De janeiro a outubro do ano passado, foram registrados 5.055 casos de estupro, mais do que as 4.022 ocorrências, registradas entre janeiro e dezembro de 2011, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP).

Em 2012, houve, em média, a ocorrência de 16 estupros por dia no estado. Os agressores mais frequentes são amigos ou conhecidos, com 1.333 registros; o pai, com 447; e o padrasto, com 444.

Para enfrentar as agressões sexuais no país, a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres tem investido em duas frentes: campanhas educativas para atingir principalmente crianças e adolescentes, uma vez que o agressor normalmente é um parente ou conhecido da família; e fortalecer os serviços de atendimento públicos disponíveis para a vítima, como as delegacias e os profissionais nos hospitais e postos de saúde.

— Isso mostra o comportamento machista da nossa sociedade, que autoriza que homens se apropriem do corpo da mulher. É como se o homem não pudesse ouvir o não. Se a sociedade não começar a reagir, nós logo vamos estar numa situação como a da Índia —afirmou Aparecida.

O Globo

Hospital A.C.Camargo

Liderança no tratamento de câncer


Inaugurado em 23 de abril de 1953, o Hospital A.C.Camargo tem uma trajetória grandiosa no combate ao câncer. Líder em conhecimento científico sobre oncologia, é um centro de referência internacional em ensino, pesquisa e tratamento multidisciplinar.

O início desta história remete a 1934, quando o professor doutor Antônio Cândido de Camargo, da Faculdade de Medicina da USP, criou a Associação Paulista de Combate ao Câncer (APCC) com a proposta de oferecer assistência médica hospitalar contra tumores malignos, disseminar informação para a sociedade e aperfeiçoar o conhecimento dos médicos na área de Oncologia.

Para a APCC se estabelecer, no entanto, era necessário capital. Ele veio em 1943, pelas mãos do Comendador Martinelli, paciente do cirurgião Antônio Prudente - discípulo de A.C.Camargo. Martinelli doou 100 contos de réis que foram rapidamente transformados em mil contos de réis por meio de campanhas.

Em 1946, a jornalista Carmen Prudente, esposa de Antônio, criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer e mobilizou a população de São Paulo em torno da construção do Hospital por meio da criação de um concurso para arrecadação de fundos. O vencedor foi um jovem estudante de Medicina chamado Humberto Torloni, filho de imigrantes italianos e que mais tarde ocuparia posição de destaque na Organização Mundial de Saúde.

Em 1953, o corpo clínico do então chamado Hospital do Câncer era constituído por 92 especialistas, todos escolhidos por Antônio Prudente. Eram médicos, cirurgiões, radioterapeutas, laboratoristas e 35 enfermeiras da Cruz Vermelha alemã. Todos sabiam que faziam parte do início da história de uma Instituição que já nascia com a proposta de privilegiar pesquisas científicas e levar informações sobre o câncer para a população.

Ainda em 53, criou sua residência para médicos, a segunda do país, com duração de 40 meses. Foram os seis primeiros meses de constante atividade clínica, sendo internados 778 pacientes para tratamento de tumores, principalmente, de pele, colo de útero, mama e estômago. Nesse período também foram registradas cerca de 6.500 consultas, 816 cirurgias e 4.887 aplicações de radioterapia.

Em 1973 a APCC transformou-se na Fundação Antônio Prudente, hoje entidade filantrópica reconhecida oficialmente e mantenedora do A.C.Camargo. Seu Conselho Curador elege, periodicamente, a Diretoria Executiva do hospital e supervisiona sua gestão.

História do cão contada por Dhomini no "BBB13" é revoltante


19/01/2013 - 15h09
Impossível não comentar a infeliz história que o goiano Dhomini relatou nesta sexta-feira (18).
É infeliz de qualquer forma. Lógico que, em se tratando de um fato verídico, demonstra o caráter de uma pessoa abominável. E se for um "causo" para impressionar alguém, que tipo de impressão essa pessoa quer passar? E quem ficaria "bem impressionado" com uma atitude dessas? Somente alguém tão abominável quanto o autor do feito.
Mesmo que tenha sido apenas para "aparecer", o veterano escolheu a pior forma para tal: contar que em sã consciência, apesar dos apelos dos que estavam por perto para que não o fizesse, lesou um cão de maneira tão grotesca --arrancando-lhe os dentes com um machado! Isto em rede nacional com requintes de deboche, foi no mínimo de extremo mau gosto --para não dizer coisa pior.
"Legítima defesa", teriam alegado alguns defensores do vencedor do "BBB3". Ora, convenhamos! Que falta de argumento para defender um ato tão vil e covarde. O animal "cão" age apenas por instinto. O animal "homem" deveria agir também com a razão, se é que tem acesso à alguma. Mas isso é tão irrelevante frente à proporção da coisa toda.
E pensar que no mesmo momento em que São Paulo comemora a inauguração da primeira "delegacia do animal" oficial da cidade, que aliás, deveria haver há muito em todo o país (certamente deve haver mais lugares em que já se presta esse serviço), o participante de um programa de enorme popularidade faz menção a uma "história" (torcemos que seja) de tamanha barbárie: é, decididamente, de uma infelicidade incomensurável.
Pobres animais que dependem de nós humanos! Ainda temos muito o que aprender com eles.
Há muitos anos, numa série de televisão chamada "Além da Imaginação", ouvi uma frase de um "extraterrestre" que comentou, ao perceber a violência humana na Terra: "a sua ignorância me entristece e me revolta". Lembrei dela ontem ao ouvir o "causo" de Dhomini.

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