sábado, 13 de abril de 2013

Bolsa Família: secretarias de educação devem informar frequência escolar de jovens beneficiários até o fim do mês


Até o final de abril, as secretarias municipais de educação devem repassar dados da frequência escolar dos estudantes beneficiários do Bolsa Família. O comparecimento às aulas é um dos requisitos para que as famílias continuem recebendo o incentivo governamental.
O Ministério da Educação (MEC) está recebendo informações sobre a frequência de alunos nas aulas dos meses de fevereiro e março. Estes dados serão analisados pelos gestores do Bolsa Família e assistentes sociais. O monitoramento é realizado bimestralmente e, o MEC e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pelo Bolsa Família, já divulgaram o calendário para o ano de 2013.

De acordo com dados do MDS, são 17,4 milhões de crianças e adolescentes que devem possuir presença mínima na escola – 85% de comparecimento entre os seis e 15 anos, e 75% entre os 16 e 17. O levantamento do ano passado revela que cerca de 86% dos estudantes atendidos pelo Bolsa Família cumpriram a carga mínima.
Se os filhos de beneficiários do Bolsa Família não frequentarem a escola, a família pode ter o benefício suspenso ou até cancelado. Para o MDS, a importância desse critério reside na avaliação de que a educação é um fator importante para interromper o ciclo da pobreza entre gerações. Outra contrapartida exigida é que as crianças e adolescentes sejam vacinados - o monitoramento deste item é feito semestralmente.

Impacto no desempenho escolar
Pesquisa realizada recentemente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) mostra que estudantes beneficiários do Bolsa Família apresentaram 11% menos de repetência, em comparação com outros jovens de baixa renda. O estudo levou em consideração os alunos que estão inscritos no Cadastro Único, que reúne famílias com renda de até três salários mínimos, e cruzou dados de três bases: CadÚnico, Projeto Frequência e Censo Escolar. O levantamento e análise foram realizados pelos pesquisadores Luis de Oliveira e Sergei Soares que afirmaram haver “evidências de que o Programa Bolsa Família reduz a repetência de quem o recebe”.

promenino

Saiba os mitos e as verdades sobre o déficit de atenção e hiperatividade


Doença é relativamente recente, sendo melhor estudada e difundida após os anos 80

Dificuldade em prestar a atenção, impulsividade, problemas de comportamento, inquietude, impressão que está sempre no mundo da lua e rendimento ruim, esse é o perfil do portador de um transtorno relativamente comum e ainda muito pouco comentado: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). É uma doença de descrição relativamente recente, sendo melhor estudada e difundida após os anos 80. É crônica, de início na infância e 3 vezes mais comum em meninos.

Acredita-se que cerca de 5 % da população tenha esse distúrbio, que pode perdurar por toda a vida e trazer importante comprometimento da qualidade de vida da pessoa e seus familiares. O reconhecimento preciso e o tratamento direcionado reduz de forma importante o comprometimento funcional.

Segundo o neurologista Leandro Teles, formado e especializado pela USP, o TDAH é um distúrbio cerebral complexo que geralmente acompanha o paciente durante toda a vida. O diagnóstico baseia-se na história clínica, que traz, em nível variado: desatenção, impulsividade e hiperatividade. O problema não é anatômico e não aparece em exames. A dificuldade é na função dos neurônios da região mais anterior do cérebro (chamado lobos frontais).

— Acredita-se que haja disfunção das vias que regem a concentração, regulam o sistema de previsão de resultados e garantem um comportamento mais sereno e produtivo. Sem essa regulação, a pessoa parece ligada no 220, fica aérea, agitada, age por impulso antes de pensar adequadamente, dissipa sua energia mental e tem seu rendimento comprometido — explica o especialista.

Por ser um problema relativamente novo e ainda pouco difundido, o neurologista elucida alguns mitos e verdades acerca do TDAH:

1 – O TDAH é diferente entre meninos e meninas
VERDADE. A doença é mais comum em meninos e se manifesta de forma mais perceptível neles. Os meninos com TDAH são mais hiperativos e impulsivos, o que gera mais incomodo em casa e na escola. As meninas com TDAH são mais desatentas, desligadas e por vezes não são hiperativas, isso gera maior atraso e dificuldade de diagnóstico.

2 – Os portadores de TDAH são menos inteligentes que a população geral
MITO. O TDAH altera a concentração e gera uma taxa maior de erros. No entanto, são crianças e adultos de inteligência normal ou até acima da média. Quando adequadamente tratados e motivados são capazes de feitos intelectuais extraordinários. Agora, sem diagnóstico e orientação, dissipam sua energia intelectual por não canalizarem seu esforço na resolução de problemas.

3 – Os remédios fazem mais mal que a própria doença
MITO. Os medicamentos são fundamentais na condução de casos mais intensos, tendo um bom custo/benefício. Obviamente, devem ser prescritos sempre pelo médico e podem apresentar efeitos colaterais que devem ser manejados no seguimento regular.

4 – Quem tem problema de atenção tem problema de memória
VERDADE. A memória depende diretamente da atenção. Para fixar adequadamente uma vivência é fundamental atentar para ela, destacá-la do contexto e criar adequadas pistas mentais para resgatá-la no futuro. Pessoas desatentas queixam-se, invariavelmente, de problemas de memória.

5 – O problema se resolve quando a criança entra na idade adulta
MITO. Em grande parte dos pacientes o problema adentra pela vida adulta. Isso pode gerar problemas no trabalho, na vida social e mesmo na vida econômica, uma vez que o grau de responsabilidade e o nível de cobrança aumentam progressivamente.

6 – O diagnóstico nem sempre é fácil
VERDADE. O diagnóstico se confunde com problemas de criação, educação, dislexia, ansiedade e outros problemas psiquiátricos. Por vezes, faltam informações sobre a infância (quando o paciente procura ajuda já adulto), a doença pode também ser acompanhada de outras patologias (distúrbios de sono, abuso de drogas, transtornos de conduta, depressão etc) e existe ainda algum preconceito com esse tipo de diagnóstico.

7 – Quanto antes for identificado melhor é o tratamento
VERDADE. O diagnóstico suspeito na fase pré-escolar é confirmado por volta dos 7 a 9 anos de idade e traz consigo toda uma reestruturação ambiental, familiar e escolar que leva a melhores resultados sociais e profissionais. No entanto, o tratamento pode e deve ser introduzido a qualquer momento que se faça o diagnóstico, mesmo quando feito na vida adulta.

8 – A parte mais importante do tratamento são os medicamentos
MITO. Os medicamentos são importantes, mas o carro chefe do tratamento é o autoconhecimento, aliado aos ajustes ambientais, à readequação familiar, às atividades físicas e ao tratamento das comorbidades (doenças associadas).

9 – O TDAH é fruto da dieta ou da dinâmica dos tempos modernos
MITO. O transtorno tem importantes determinantes genéticos e provavelmente existe há séculos (mesmo antes de sua descrição). Não é causado por consumo excessivo de calorias ou doces, nem por excesso de videogame ou televisão. O risco de um familiar de alguém com TDAH ter problema semelhante é mais alto.

DIÁRIO CATARINENSE

O tomate e a ameaça da inflação


"Estou usando uma joia.” Com essa frase, a apresentadora Ana Maria Braga apresentou o colar de tomates de seu figurino no programa da quarta-feira passada. Foi apenas uma das muitas piadas que pipocaram ao longo da semana sobre o mais novo símbolo da inflação. Numa piada da internet, a atriz Claudia Raia, chefe de uma quadrilha internacional de prostituição na novela das 9, diz que mudará de ramo e traficará tomates. Em outra, um caqui que se passa por tomate vai para a cadeia. Alguém sugeriu um novo programa social – Meu Tomate Minha Vida. Na semana em que a inflação acumulada nos últimos 12 meses ultrapassou o teto da meta estipulada pelo Banco Central, o Brasil se transformou no “país do tomate”. Com alta de 122% em um ano, o fruto contribuiu para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar o período em 6,59%.
>>Inflação oficial acumulada em 12 meses fica em 6,59%, diz IBGE

Não se acredita num descontrole que leve o país aos patamares de inflação do final dos anos 1980, quando, na casa dos 1.000% ao ano, ela obrigava os brasileiros a apostar corrida, entre as gôndolas dos supermercados, com os funcionários responsáveis pela remarcação de preços. É um erro, porém, comparar os índices desses dois períodos, tantas foram as mudanças da economia na conquista da estabilidade. Mesmo que o patamar atual não pareça assustador, ele é. Índices desse porte estão longe de representar um problema trivial. Um primeiro efeito: na semana passada, os supermercados divulgaram que, em fevereiro, registraram queda de 2,1% nas vendas de alimentos e bebidas, em comparação com o mesmo mês de 2012. O consumo diminuiu sobretudo entre a classe média e os mais pobres. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as vendas para famílias de menor renda caíram 4% em 12 meses. Essa situação – em que os maiores beneficiários do crescimento recente da economia brasileira perdem poder de compra – é a principal fonte de preocupação para o futuro político da presidente Dilma Rousseff.
>>Análise: O balcão de negócios de Brasília e a farra fiscal

Dois dias antes da divulgação do IPCA, a presidente convocara a seu gabinete três de seus principais consultores econômicos: o ex-ministro Delfim Netto, Luiz Gonzaga Beluzzo e Yoshiaki Nakano, que cuidou das contas de várias administrações tucanas. O governo só se pronunciou sobre o assunto depois que o índice foi divulgado, na última quarta-feira. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não pouparia esforços para evitar a alta de preços e quis demonstrar otimismo. Afirmou que a entressafra agrícola terminará em breve, que as pressões sobre o setor de serviços estão mais brandas. Também lembrou que a inflação de março foi a mais baixa do ano – segundo ele, um bom sinal. Procurado por ÉPOCA para comentar o assunto, Mantega não quis dar entrevista. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também não quis se pronunciar. Na sexta-feira, durante um evento em São Paulo, Mantega afirmou que “as medidas que forem necessárias serão tomadas pelo governo”. “Não titubeamos em tomar as medidas, inclusive, posso dizer, mesmo medidas que são consideradas não populares, como elevação da taxa de juros, quando isso é necessário”, afirmou. “O Banco Central tem dito que não há e não haverá tolerância com a inflação”, disse Tombini no mesmo dia.

Época

!3 de abril - Dia do Hino Nacional Brasileiro


A história do Hino Nacional reflete alguns dos momentos mais importantes de nossa História. O hino surgiu no momento em que o Brasil atravessava um período difícil, pois D. Pedro I em razão de seus desmandos autoritários fazia a independência do país oscilar. Assim, ao calor das manifestações civis que comemoravam a abdicação do Rei, forçada pelo clamor dos patriotas, Manuel da Silva refez o hino que criara em 1822 para saudar a emancipação política do País. O hino então se transformou num grito de rebeldia da Pátria livre contra a tutela portuguesa.

O hino nacional foi tocado pela primeira vez em 1831, ele foi tocado por quase um século sem ter oficialmente uma letra. Foram muitas as tentativas de acrescentar um texto à música que não deram certo, pois em sua maioria não possuíam versos bons: alguns eram carregados de ressentimentos e insultavam os portugueses; outros eram cheios de bajulações ao soberano reinante.

Assim, só em 1909 a composição de Francisco Manuel da Silva ganhou a letra de Joaquim Osório Duque Estrada. No ano de 1922, Epitácio Pessoa oficializou a letra como Hino Nacional Brasileiro. Por ter sido originalmente criada para execução em orquestra, a música sofreu adaptações para ser cantada.
Segundo Luís Heitor de Azevedo Correia, o Hino Nacional Brasileiro foi cantado pela primeira vez no cais do Largo do Paço (atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), quando D. Pedro I partiu em 13 de abril de 1831. Ele foi executado em meio a foguetes e muitos vivas entusiasmados da população.
O Hino Nacional Brasileiro é considerado por muitos como um dos mais belos do mundo e causa uma forte comoção nacional quando é executado em grandes ocasiões. Os nossos grandes atletas nos enaltecem e elevam o nome do nosso país quando sobem ao pódio elevando a bandeira brasileira ao coro do nosso hino. O hino brasileiro ajuda a construir uma identidade nacional com a afirmação de nossa nacionalidade e independência.

Fonte: www.ufg.gov.br


sexta-feira, 12 de abril de 2013

CARTA DA PATROA


Prezada empregada doméstica,

Quero cumprimentá-la porque, finalmente, a sua classe passou a ter os mesmos direitos do restante dos trabalhadores do nosso país. Agora as suas horas extras serão remuneradas, você terá direito ao FGTS, seguro desemprego, intervalo na jornada de trabalho e mais uma série de benefícios. Parabéns pela conquista!!!

Mas, posso informar-lhe que, para mim, pouca coisa mudará... Afinal estou acostumada ao dia a dia do mercado de trabalho e, com certeza, saberei me adaptar rapidamente às novas regras. Apertando um pouco mais o orçamento, conseguirei pagar todos os ônus da nova lei, porém me preocupo com o novo tratamento que terei de dar a você, pois “para todo bônus, o seu ônus”.

Você será reconhecida por mim, financeiramente, mas precisará comprovar-me que está apta a ser tratada como profissional. Adeus às velhas desculpas de que o ônibus atrasou... Agora tenho que registrar sua entrada e sua saída, para computar as horas extras a que você tenha direito...

Não me peça para não descontar suas faltas! Inevitavelmente terei que contribuir para um fundo de garantia por seu tempo de serviço [FGTS] e, por isso, você precisa vir trabalhar.

Lembre-se, também, que não aceitarei as desculpas de que você não sabe cozinhar, passar, lavar roupas, pois estas aptidões são necessárias para o seu trabalho. Siga as minhas orientações e cumpra as minhas determinações.

Para atender às necessidades do meu lar, tal como acontece nas empresas (veja o comércio), busque a capacitação e a reciclagem, esteja atenta às boas relações interpessoais, para que eu possa honrar com prazer os seus direitos ora adquiridos.

Não vale mais ser doméstica e estudar datilografia (ah! Isso era antigamente, agora é informática...), ou passar horas mexendo e aprendendo tudo do celular ou ouvindo radinho sem se importar em esmerar-se para atender às necessidades do meu lar, pois isso é o que o seu emprego requer!... Deixe o lazer para o período de descanso...

Você alcançou uma posição privilegiada, é uma profissional com todos os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho, igual a qualquer empregado de uma empresa, embora meu lar e a minha família não se enquadrem nessa categoria e não tenham fins lucrativos. Portanto, acostume-se a ser advertida, afinal tarefas não realizadas contarão também para demissão por justa causa. Prejuízos ocasionados pela má utilização dos pertences de minha residência [seu local de trabalho], serão tratados como patrimônio, que você terá obrigação de zelar e ressarcir-me, caso venha a danificá-lo. E isso inclui as minhas roupas que você costuma manchar ao lavar e/ou queimar ao passar. Mas não se preocupe, quando eu fizer a reposição do item por outro igual, apresentarei o cupom fiscal a você.

Sentirei no bolso, é verdade, mas a grande privilegiada será você, pois até que enfim alguém pensou em sua classe, no seu crescimento pessoal e profissional, espero que com a aquisição de todos esses benefícios você consiga manter-se no mercado de trabalho , buscando sempre o aprimoramento profissional.

Espero, ainda, que esse pouco dinheiro que chegará às suas mãos, uma vez que grande parte dele vai mesmo ficar para o governo, lhe dê condições de sustentar a sua família, pagar os cursos que você precisa fazer e ainda assim ser a amiga e companheira que nos auxilia ao longo de nossas vidas.

Atentando para tudo isso, nossa relação de amizade não sofrerá a menor mudança. Respeito o seu trabalho, preciso de sua ajuda em meu lar e confio no seu potencial. Por isso, espero que essa nova lei seja um marco para nós duas.

Um abraço e muito sucesso para você!

Sua patroa.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Aluna da UFRGS que ganhou bebê tem até amanhã para deixar a Casa de Estudante


Jovem de 26 anos recebeu ordem de despejo quatro dias após nascimento da filha

Esgota-se nesta sexta-feira o prazo dado pela Justiça à estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para deixar a Casa de Estudantes Universitários (CEU) da instituição, local onde vive para poder concluir os estudos.

A ordem de despejo, enviada pela Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Prae) no início de março deste ano, gerou polêmica e provocou manifestações de alunos.

Isso porque a estudante, de 26 anos, foi intimada a sair do local quatro dias após o nascimento de sua filha. Segundo a universidade, a criança não poderia permanecer na casa.

Depois de receber a notificação, a estudante entrou com uma ação na Defensoria Pública do Estado, que solicitou a manutenção da jovem no local por pelo menos mais seis meses. O pedido, entretanto, foi negado pela Justiça, que deu um prazo de 30 dias para a estudante e sua filha se retirarem do local.

No início da semana passada foi realizada uma assembleia com os moradores da CEU para votar se gostariam que elas permanecessem no local. Todos foram a favor da permanência, e o resultado foi encaminhado ao defensor Paulo Pedroso, que está cuidando do caso.

— Todos os colegas estão me apoiando, e o meu bebê está muito bem — disse a jovem, que não quis se identificar.

Caso a estudante não saia da casa até o final desta semana, a universidade poderá entrar com um pedido de reintegração de posse. Se aceito pela Justiça, a jovem pode ser despejada imediatamente.

A assistente social da Divisão de Seleção e de Acompanhamento da Prae, Patrícia Brito, afirmou que toda mediação do processo, assim como as decisões, estão sendo feitas pela Justiça.

— A universidade só está cumprindo o que o juiz determinou — explica.

Apesar da esperança dos colegas da estudante, Pedroso afirmou que não há nenhuma garantia de que a ata da assembleia irá surtir efeito na opinião do juiz Bruno Brum Ribas, responsável pelo caso. Entretanto, ele garantiu que irá anexar o documento aos autos do processo.

A justificativa da universidade para entrar com o pedido de despejo é que o local seria indevido para crianças. A UFRGS afirma que não há estrutura - o espaço é de uso coletivo e um bebê pode ser afetado pelo excesso de barulho e de moradores.

A estudante comentou que o conselho tutelar já visitou a CEU e afirmou que o local não oferece risco à criança.

ZERO HORA

Adolescente sofre estupro coletivo após sair da escola na Paraíba


Exames médicos já comprovaram o abuso; polícia ainda tenta identificar suspeitos

Cinco homens são suspeitos de praticar um estupro coletivo contra uma adolescente de 14 anos em Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, na tarde de quarta-feira (10). A garota saía do Colégio Carlos Chagas, no bairro do Tibiri II, quando foi abordada por dois homens que a colocaram em uma van. Outros três rapazes estavam dentro do veículo.

Segundo a Polícia Militar, a estudante teve o rosto coberto com um pano e foi dopada. O estupro coletivo ocorreu em um matagal e depois a adolescente foi abandonada na avenida Campina Grande, cerca de três horas depois de ter sido levada pelos criminosos.

O pai da vítima foi chamado e levou a estudante ao hospital. A PM informou que os exames realizados já comprovaram os abusos.

A única pista é de que a van era de cor branca, mas nenhum suspeito identificado, segundo a PM. O caso foi registrado no 14ª Delegacia Distrital de Santa Rita.

R7

Para especialista, Brasil precisa focar na educação para elevar IDH


O Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) da ONU divulgou, em março, o relatório com os dados do último Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a educação, renda e longevidade de vida em 187 países. O Brasil teve um avanço significativo e reconhecido mundialmente por conta do fortalecimento econômico, principalmente na última década. Porém, o País se mantém em 85º lugar, com 0,730 de IDH, próximo à Jamaica e Armênia, e cresce em ritmo mais lento do que quase todos os países dos Brics (Brasil, China, Rússia e Índia) e da América do Sul.
Se compararmos a evolução do índice ao de países da América Latina, novamente o País fica abaixo da média, de 0,741. No entanto, o relatório insere o Brasil no grupo de países com "alto desempenho" a partir da própria escala do estudo que vai de 0 a 1, e classifica como bons IDHs próximos à marca máxima.
Os avanços brasileiros no IDH, de fato, existem, segundo análise da ONU. Em 2011, a marca alcançada foi de 0,728 e, nas últimas duas décadas, há registro de crescimento de 24% no índice: o País passou de 0,59 em 1990 a 0,730 em 2012.
No entanto, não se pode negar os desafios postos pelos números, principalmente no tocante à educação. A média brasileira de 7,2 anos de escolaridade apontada pelo mesmo estudo fica longe da atual projeção de 14,2 anos, e equipara o País ao Suriname, compondo os números mais baixos entre os países da América do Sul.
Educação como carro chefe
A gerente de projetos do Todos pela Educação, Andréa Bergamaschi, explica que o IDH tenta observar a qualidade de vida e considera, entre seus eixos, a educação como carro chefe, por influenciar diretamente na melhoria da saúde e renda da população. Por isso, reforça a importância de uma leitura crítica dos dados: “Os países do topo têm os melhores índices de educação, em acesso e qualidade. É preciso avaliar o que esses países em potencial têm feito para sustentar tais números e tentar traduzí-los”, observa.
Em relação ao desempenho da educação nos últimos anos, Andréa Bergamaschi faz nova análise e aponta que se o acesso à educação teve um avanço significativo, a qualidade não o acompanhou. “Hoje o grande desafio da educação brasileira é melhorar os padrões da qualidade, desde a pré-escola até o ensino médio. Nossas crianças estão passando pelo sistema escolar sem aprender, o que prejudica o desenvolvimento escolar e do próprio ser humano”, reforça.
Evasão escolar e trabalho infantil
A média de escolaridade brasileira atual é metade do que se pretende alcançar. Parte desse problema é causado pelo alto índice de evasão escolar, concentrada, em grande parte, no ensino médio. E embora não se caracterize como o primeiro ofensor, o trabalho impacta sobre este cenário. A pesquisa "Motivos da Evasão Escolar" divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2009, mostra que 17,8% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola. O levantamento aponta ainda que 40,3% dos alunos deixam livros e cadernos por completo desinteresse, seja pela carência da infraestrutura dos colégios, ou seja pela baixa consciência da necessidade do aprendizado. A busca por emprego aparece como segunda causa da interrupção do aprendizado, com 27,1%.

Em relação ao trabalho infantil, Andréa Bergamaschi afirma: "influencia diretamente a questão da educação, principalmente em regiões mais vulneráveis, em que as crianças têm que participar da composição da renda familiar”.

Por isso, também é fundamental reconhecer o papel da escola como possível agente de erradicação das situações de trabalho e também como fortalecedora dos direitos de crianças e adolescentes. A professora e participante do curso Escola no Combate ao Trabalho Infantil (ECTI), Jackelyne Cintra, acredita ser fundamental a abordagem dos direitos e deveres junto aos alunos, colocando-os em contato com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em parceria com a família. Além disso, reconhece a importância das instituições escolares não se omitirem em relação às denúncias de abuso ou explorações que violem os direitos de meninos e meninas.
“O trabalho a partir da temática é importante porque a educação deve estar alicerçada na valorização da vida, no respeito e na dignidade humana. Somos o meio para que esse aluno construa a sua autonomia, seu pensamento crítico, tendo como base a informação dos seus direitos e deveres a partir de explanação pedagógica”, finaliza.

promenino

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Feliciano critica John Lennon por se comparar a Jesus


SÃO PAULO e BRASÍLIA — O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial publicou no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira nota de repúdio contra a indicação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. O Conselho é vinculado à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e a moção foi assinada pela ministra e presidente do colegiado, Luiza Helena de Bairros.

Na internet, as polêmicas do pastor Feliciano continuam muito discutidas. Hoje no Twitter, John Lennon entrou na lista dos assuntos mais comentados por causa de um vídeo em que o pastor diz que o “beatle“ foi morto por três tiros à queima-roupa, porque declarou que a banda era mais famosa do que Jesus Cristo. Diante de uma multidão, Feliciano condena o músico e diz:

— Eu queria estar lá quando descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: me perdoe John, mas esse primeiro tiro é em nome do pai. Esse é em nome do filho, e esse em nome do espírito santo. Ninguém afronta Deus e sobrevive para debochar — fala, sendo muito aplaudido.

Em outro momento de seu discurso, relaciona a morte do grupo “Mamonas Assassinas” ao estilo escrachado da banda. “Um anjo pôs o dedo no manche e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças”.

Embate de hashtags

Mas a internet também é usada a favor de Feliciano. No final de semana, o pastor usou o Twitter para pedir que alguns cantores evangélicos gravassem vídeos favoráveis a ele. As mensagens foram dirigidas a André, Ana Paula e Mariana Valadão, e Cassiane.

O pedido foi estendido aos seguidores do pastor na rede social:

“E peço a todos os Cristãos Verdadeiros, para q façam vídeo com sua família declarando apoio a família, a liberdade de expressão e a mim!", dizia uma das postagens. Em outra, ele complementava: "Façam o vídeo e poste no seu Facebook e esparrame na net. Família estruturada, sociedade curada! Obrigado!"

A primeira aparição da hashtag #FelicianoNãoMeRepresenta no Twitter foi no dia 7 de março. Um dos que usou a hashtag para protestar contra o pastor foi o ator Bruno Gagliasso ao postar uma foto beijando o colega Matheus Nachtergaele.

Em resposta, foi criada a hashtag #FelicianoMeRepresenta. O movimento on-line foi abraçado pelo perfil @ContraPL122, que, como o nome indica, opõe-se ao Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia. Nas mensagens, o perfil pede que os seguidores enviem foto beijando o companheiro, ou com a família e use a hashtag. O próprio Feliciano retuitou uma das postagens do ContraPL122 promovendo o "Feliciano me representa".

O Globo

Dia Mundial de Combate ao Câncer

Pequenas domésticas, a violação invisível


Mais de 250 mil crianças e adolescentes realizam trabalhos domésticos no país, situação “aceita” pela sociedade e de difícil fiscalização. Quase 94% desse total são meninas

Todos os dias, quando Cristina* acordava, o mundo ainda estava escuro. Era rotina: inclusive aos sábados e domingos, a garota de 12 anos levantava às quatro e meia da madrugada. Não dava tempo de ficar rolando na cama. Tinha de se aprontar logo e ir ao restaurante da tia ajudar com a arrumação. Só três horas depois, por volta das sete e meia da manhã, é que tomava banho para ir à escola.

Na hora do almoço, voltava ao restaurante, onde ficava até as quatro e meia da tarde limpando, ajudando no caixa, fazendo entrega. Mas seu expediente não terminava aí. Retornava à casa da tia e levava mais duas horas limpando, lavando, passando. Depois, jantava, fazia a lição de casa e ia para a cama. No dia seguinte, às quatro e meia, o despertador tocava…

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro de 2011 haviam pouco mais de 250 mil crianças e adolescentes exercendo trabalhos domésticos por todo o Brasil: 67 mil na faixa 10 a 14 anos, 190 mil na faixa de 15 a 17 anos. Apesar de as trabalhadoras desse setor terem alcançado uma vitória histórica recentemente, com a entrada em vigor, no dia 3, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante os mesmos direitos trabalhistas de outros segmentos, o trabalho infantil doméstico ainda carece de visibilidade: especialistas destacam que esse é um problema que, apesar de grave, permanece oculto.

O trabalho infantil doméstico é uma das atividades incluídas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP) criada pelo decreto 6.481, assinado em junho de 2008 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e baseado na Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Constam da relação 89 atividades, com suas descrições e consequências para a saúde de crianças e adolescentes que as desempenham. “Por ter sido incluído na Lista TIP, o trabalho doméstico não pode ser exercido por pessoas que não completaram 18 anos”, explica Isa Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Mundo escuro
… com o mundo igual de escuro, Cristina acordava, e o martírio se repetia. Alguns meses antes, a pequena pernambucana morava com a mãe, o padrasto e a irmã de dois anos no bairro da Mangueira, no Recife – tinha mais quatro irmãos por parte de pai. Apenas estudava. A mãe, uma moça de seus trinta anos, era doméstica e sustentava as duas filhas com a ajuda do marido, que fazia coleta de sangue numa clínica na cidade.

Foi então que começou a ter problemas de coluna, o que a impediu de continuar trabalhando. Os gastos foram ficando cada vez mais apertados quando veio a “solução”: a irmã do pai de Cristina estava precisando de alguém para ajudá-la em casa e no restaurante. Mandou a filha com mala e tudo para o novo lar, não muito longe dali, também na Mangueira…

Isa Oliveira cita os dados do Censo 2010 para ilustrar a gravidade da situação. Em todo o Brasil, das estimadas 3,4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando, 7,5% realizam serviços domésticos. A região Centro-Oeste é a de pior incidência em números proporcionais (9%), seguida das regiões Norte (8,5%), Nordeste (8%), Sudeste (7%) e Sul (6%). Ela chama a atenção, no entanto, para a evidente subnotificação de casos.

“Esses dados não expressam toda a dimensão do problema porque o Censo não coleta informações sobre os afazeres domésticos, ou seja, o trabalho infantil doméstico nas próprias casas das crianças. Há uma dificuldade em relação a esse registro, porque na maioria das vezes não é identificado como trabalho, e sim como ajuda. Como as pesquisas são por autodeclaração, muitas vezes o adulto informa que as crianças não trabalham, porque o conceito de trabalho está ligado à remuneração. Porém, no caso de trabalho infantil doméstico, isso não é determinante, não há essa relação direta”, esclarece a secretária-executiva do FNPETI.

Rotina
… Cristina ia caminhando da casa da tia até o restaurante, no Jardim São Paulo, e do restaurante para a casa da tia. Andava também até a escola. Aos sábados, como não precisava estudar, trabalhava o dia todo, até as nove e meia da noite. Aos domingos, cumpria expediente até o meio-dia. Eram poucas as horas livres. Aproveitava para visitar a mãe, mas no mesmo dia à noite tinha de voltar. Afinal, na segunda-feira, às quatro e meia da madrugada… era hora de pegar no batente.

Por todo esse serviço, a menina recebia R$ 20 mensais. Não reclamava. A mãe tampouco, pois pensava que a irmã do pai de sua filha comprava tudo que ela precisava, como roupas novas. Cristina dava metade do que recebia à mãe, e ficava com a outra metade. Quando precisava de mais dinheiro, pedia ao pai. Para completar, a tia e o marido a tratavam mal diariamente. “Me xingavam de vagabunda porque eu não fazia o trabalho direito. Diziam que como estavam pagando, era para eu fazer direito”, conta. A pequena não aguentava mais…

De acordo com a Pnad 2011, do total das crianças e adolescentes no trabalho infantil doméstico no Brasil, 93,8% são meninas. Chama a atenção também o fato de a grande maioria destas serem negras. Tal perfil, no entanto, não surpreende se levadas em conta as características do trabalho doméstico no país, independentemente da idade de quem o exerce. Na realidade, especialistas apontam que grande parte das domésticas adultas começou a trabalhar antes dos 18 anos. Paulo Lago, do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), de Recife, explica que a desigualdade social e a miséria são as primeiras causas dessa situação. “A mãe prefere entregar a filha para trabalhar numa casa de família a vê-la morrer de fome.”

Isa Oliveira destaca que tais motivações estão ligadas a outros fatores, como o pouco acesso das crianças à educação de qualidade, principalmente nos pequenos municípios da área rural, e, também, a baixa escolarização dos integrantes adultos das famílias, que não percebem a educação dos filhos como direito e oportunidade. Além disso, há uma forte naturalização do trabalho infantil doméstico no país. “Existe uma espécie de camuflagem da exploração nesses casos. No Nordeste e no Norte, é muito comum crianças serem levadas do interior para casas de famílias nas capitais. A exploração do trabalho fica oculta sob o manto da proteção: ‘a menina veio estudar, tem casa, comida’ etc. É difícil até que a própria família e as crianças compreendam a situação de exploração”, diz Isa.

Violência
… um dia, o marido da tia, um policial, levantou a sandália para Cristina. Mas ela tinha perdido o medo. “Ele ia me bater, mas comecei a xingá-lo, dei um chute nele e fui embora”, lembra. Foi para a casa do avô. A menina continuou indo ao restaurante, mas uma semana depois não apareceu mais. A irmã do seu pai, furiosa, jogou todas suas roupas na rua. Não importava: depois de quase um ano, Cristina estava livre.
Ou quase. No novo lar, continuou a fazer os serviços de casa, para ajudar a esposa do avô. Mas lá a situação era melhor. Era tratada muito bem e recebia R$ 100 por semana. Acordava mais tarde e ia direto para a escola. Mesmo assim, quando voltava na hora do almoço, trabalhava bastante, pois não era “dispensada” antes de lavar a louça do jantar…

Durante o Seminário Internacional Infância e Comunicação, realizado entre 6 e 8 de março deste ano em Brasília (DF), Wanderlino Nogueira Neto, representante brasileiro do Comitê dos Direitos da Criança da ONU, afirmou que em relação ao Nordeste é possível falar até em escravidão nos casos de trabalho doméstico infantil, por causa das condições absurdas a que as crianças são submetidas.

“No Nordeste, infelizmente ainda é comum escravidão no trabalho doméstico, inclusive com castigos físicos”, disse ele, que foi procurador-geral de Justiça da Bahia. “A situação afeta até mesmo familiares. Estamos falando de escravidão mesmo e entre as vítimas estão crianças, incluindo irmãos e irmãs mais novas. É uma situação em que espancamentos são comuns.”

A presidenta da Federação Nacional das Empregadas Domésticas (Fenatrad), a baiana Creuza Maria de Oliveira, sabe bem disso, já que sentiu na pele tais violações desde que começou a trabalhar como doméstica, quando tinha apenas dez anos. “Eu fui vítima de espancamento, de assédio moral, abuso sexual, ato libidinoso… a gente sabe que isso acontece, que no Nordeste as crianças e adolescentes domésticas comem o resto da comida da casa, para não jogar no lixo.” Creuza frisa que as consequências do trabalho infantil doméstico são gravíssimas. A começar pela saúde dos menores de 18 anos, que realizam um tipo de trabalho incompatível com o que seus corpos ainda em desenvolvimento suportam e lidam diariamente com produtos químicos utilizados na limpeza das casas. “Além disso, há o abuso sexual e o assédio moral. A autoestima das meninas fica destruída. Elas crescem com complexo de inferioridade”, alerta. Isa Oliveira, do FNPETI, lembra que a fadiga causada pelo trabalho e jornada exaustivos comprometem não apenas a frequência escolar como também o desenvolvimento cognitivo das crianças.

Educação e saúde
… quando estava na casa da tia, Cristina sempre chegava com sono à escola. Invariavelmente perdia as duas primeiras aulas. No fim do ano, ficou de recuperação em três matérias. Mesmo que tenha trabalhado como doméstica por um período curto se comparado com a média, sua saúde não foi poupada. Por trabalhar muito em pé, seja na residência da irmã do pai ou no restaurante, hoje ela sente fortes dores no joelho. “Cheguei a ir ao médico e ele disse que eu preciso operar.”

Cerca de dois meses depois de ir para a casa do avô, uma vizinha entregou a sua mãe um folheto do projeto “Do trabalho infantil à participação”, do Cendhec, que reúne crianças e adolescentes entre 13 e 16 anos, moradores de comunidades de baixa renda do Recife e com histórico de trabalho infantil, para um processo de formação cujo objetivo é inseri-los nos espaços de formulação de políticas públicas relacionadas aos direitos de meninos e meninas. Cristina preencheu o formulário, fez a inscrição e foi selecionada. Voltou para a casa da mãe e parou de trabalhar…

Paulo Lago, do Cendhec, ressalta um aspecto delicado do problema do trabalho infantil doméstico: muitas vezes, é a própria mãe que põe a filha mais velha para tomar conta dos filhos mais novos enquanto sai para trabalhar – isso quando não chamam afilhadas ou filhas de vizinhos. Por isso, ele defende que é papel do Estado não somente tirar as crianças das situações de trabalho infantil, mas também atuar pelo fortalecimento das famílias de baixa renda, como sua inserção em programas sociais e a construção de creches, para que os pais tenham onde deixar os filhos durante o dia. Creuza, da Fenatrad, destaca que, além das creches, é preciso pensar em escolas de tempo integral, onde crianças e adolescentes possam, além de estudar, realizar outras atividades, como esportes e cursos de línguas.

Outro grande obstáculo à luta contra o trabalho infantil doméstico, além da precariedade de políticas públicas preventivas, é a extrema dificuldade de fiscalização das situações de vulnerabilidade. “Esse tipo de violação acontece no interior do lar, que é inviolável segundo a Constituição. Por isso é importante que órgãos como Conselhos Tutelares, Ministério Público do Trabalho denunciem esses casos e busquem alternativas e maior divulgação do problema”, diz Isa Oliveira, do FNPETI, cuja campanha contra o trabalho infantil de junho deste ano terá como mote justamente o trabalho doméstico infantil.

Direitos
… No projeto do Cendhec desde junho do ano passado, para onde vai todas as quartas-feiras, Cristina aprendeu, na teoria, as consequências do trabalho infantil. Participou de formações, por exemplo, sobre direitos de crianças e adolescentes, atuação dos Conselhos Tutelares e violência doméstica e sexual. Também esteve em oficinas sobre comunicação, para poder exercitar uma visão críticas sobre os meios de informação.

Aos 14 anos, a menina vê sua vida melhorar. A mãe, após um tratamento bem-sucedido, parou de sentir dores na coluna e voltou a trabalhar – faz serviços gerais em uma creche. Cristina não precisa mais ajudá-la. Hoje, a única obrigação é ir à escola.

Reportagem produzida em parceria com Promenino/Fundação Telefônica Vivo, e publicada também no site Promenino, que reúne mais informações sobre combate ao trabalho infantil

promenino

Morte de menino por escorpião expõe isolamento de ribeirinhos


Um menino de 13 anos picado por um escorpião numa reserva extrativista em Altamira, no oeste do Pará, morreu após passar ao menos sete horas sem atendimento médico. Minutos antes do acidente, um irmão do garoto havia sido picado por uma cobra, mas foi resgatado de helicóptero 22 horas depois e sobreviveu.

O caso ocorreu na última quinta-feira na Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio. Nos últimos dois anos, três Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram construídas na região, uma delas dentro da reserva. As unidades, porém, não estão funcionando por falta de equipamentos e profissionais.

Responsável pela operação das UBS, a prefeitura de Altamira – município onde a hidrelétrica de Belo Monte está sendo erguida – diz que não consegue recrutar técnicos para as unidades porque o consórcio construtor da usina oferece salários até duas vezes maiores para os profissionais.

Segundo a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) em Altamira, Thais Santi, a morte do menino e a demora para o resgate de seu irmão ilustram ''a ausência de prestação de serviços públicos'' às cerca de 2 mil pessoas que vivem em comunidades ribeirinhas na Terra do Meio, região cercada por Terras Indígenas e com área equivalente a um terço do Estado de São Paulo.

Cobrança
Santi, ONGs e pesquisadores que atuam na região disseram à BBC Brasil que o grupo está ainda mais desassistido que comunidades indígenas do Xingu.

Eles cobram a criação de uma estrutura dentro do Ministério da Saúde com recursos para ações específicas para famílias extrativistas, como visitas de agentes, criação de unidades de saúde em áreas isoladas e planos de resgate para emergências.

Os acidentes com os irmãos ocorreram por volta das 17h do último dia 28, quando o ribeirinho Antônio da Rocha coletava produtos da floresta com seus filhos.

Enquanto coletava patauá, fruto de uma palmeira com uso análogo ao do açaí, Valdeci, de 19 anos, foi picado por uma cobra. Integrante do grupo, Lindomar, 20, diz que a serpente desapareceu antes que pudesse ser identificada pelo irmão.

A família deu ao jovem uma dose de Específico Pessoa, remédio popularmente utilizado na Amazônia contra picadas venenosas. Apreensivo, o pai decidiu encerrar os trabalhos e voltar para casa. Quando se preparavam para deixar a área, Francenildo, de 13 anos, foi picado por um escorpião.

''Ele deu um grito'', conta Lindomar, que diz ter matado o animal com um facão. ''Fiquei esperando por Deus o que ia acontecer.'' Como Valdeci havia bebido todo o remédio, não sobrou nada para o irmão mais novo.

Apesar da dor da picada, Francenildo fez questão de carregar sozinho seu cesto até o barco. ''Quando chegou na beira do rio, só deu um gemido'', diz o irmão. ''Já estava espumando pela boca.''

Desmaiado, o menino foi embarcado e levado pelos parentes até sua casa. Chovia forte, e todos se encharcaram no caminho.

Sem resgate
Em casa, Lindomar afirma que o pai (''só chorando, coitado'') tentava animar o menino, cujas condições se agravavam. Sem rádio comunicador na residência, único meio de contato em áreas isoladas da Amazônia, a família não podia pedir ajuda para um resgate.

O pai tentava fazer com que Francenildo engolisse remédios caseiros, mas o menino os vomitava. À meia-noite, ele morreu.

''Nesse desespero todo'', diz Lindomar, seu irmão Valdeci agonizava com as dores causadas pelo veneno da cobra.

Por sorte, um dia antes, a procuradora do MPF Thais Santi e pesquisadores que a acompanhavam haviam visitado a família durante incursão na Terra do Meio. Na manhã seguinte, quando estava numa comunidade próxima, o grupo soube do caso e se mobilizou para que Valdeci fosse resgatado por autoridades de Altamira.

Por volta das 8h30, o grupo começou a contatar outras comunidades por rádio até que a notícia chegou ao escritório do ISA (Instituto Socioambiental), ONG que atua na defesa de povos indígenas e tradicionais da região.

O ISA, por fim, localizou um coronel da Polícia Militar, que enviou um helicóptero para a área.

Enquanto isso, Valdeci foi levado em uma lancha veloz para o posto de saúde em funcionamento mais próximo da comunidade, na Terra Indígena Cachoeira Seca. Lá, contudo, não havia soro antiofídico.

O helicóptero só chegou ao local às 15h. O médico que vinha a bordo tratou Valdeci, que foi levado a um hospital em Itaituba e, na manhã seguinte, transferido para o hospital municipal de Altamira.

O jovem passou três dias internado e teve alta na última terça-feira. Lindomar acompanhou o irmão na viagem.

Segundo a médica Ceila Málaque, especialista no tratamento de acidentes com animais peçonhentos do hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, em São Paulo, o índice de crianças mortas após picadas de escorpião no Brasil é de apenas 0,6%.

Sem socorro
Ela diz, no entanto, que os acidentes devem ser tratados com urgência e que Francenildo deveria ter sido imediatamente transportado para um local onde pudesse receber, além de doses de antiveneno, ventilação mecânica e remédios para regular suas funções cardíacas.

No entanto, a viagem de lancha entre a reserva e o hospital em Altamira onde poderia ter recebido esse tratamento dura cerca de dois dias nesta época do ano, quando os rios estão cheios. Durante a seca, o mesmo trajeto pode levar até cinco dias.

De helicóptero, a viagem dura duas horas.

Para a procuradora Thais Santi, ''foi uma morte anunciada''. Ela diz que, sem rádios de comunicação, muitas famílias da Terra do Meio ''não têm condição nenhuma de pedir socorro''.

''Elas não estão isoladas por distância, mas pela omissão do Estado.'' Santi afirma que, caso alguma das três unidades de saúde próximas à comunidade estivesse funcionando, os jovens poderiam ter sido atendidos em menos de meia hora.

As unidades foram construídas entre 2011 e 2012 pelo ISA em convênio com a prefeitura de Altamira, mas jamais operaram.

Santi diz ainda que uma decisão da Justiça Federal em 2011 determinou que o poder público garantisse visitas mensais de agentes de saúde a todas as comunidades ribeirinhas da região.

A procuradora diz que a sentença jamais foi respeitada e que há comunidades à beira do rio Iriri que nunca tiveram contato com profissionais de saúde.

Tampouco há escolas em boa parte da região. Na família Rocha, todos são analfabetos.

Segundo o secretário de Saúde de Altamira, Waldeci Maia, a prefeitura está se esforçando para tornar as vagas em unidades de saúde remotas mais atraentes para técnicos em enfermagem, apesar dos melhores salários oferecidos pelo consórcio Norte Energia.

Ele diz, porém, que o município ''não tem condições nem recursos para resolver sozinho'' os problemas das comunidades ribeirinhas e cobra maior atuação dos governos federal e estadual.

Nota do Ministério
Em nota, o Ministério da Saúde disse que há 44 equipes do programa Saúde da Família para atender a região do Xingu, que engloba 11 municípios (incluindo a Terra do Meio) e 374,5 mil habitantes.

O ministério diz que, em 2012, repassou ao município de Altamira R$ 9,4 milhões para custear ações em saúde.

A secretaria de Saúde do Pará, por sua vez, afirmou em nota que ''a instalação de hospitais e Unidades Básicas de Saúde, assim como a frequência de agentes comunitários de saúde nessas áreas, é de responsabilidade da gestão municipal''.

Coordenador do ISA em Altamira, Marcelo Salazar defende a criação de uma estrutura dentro do Ministério da Saúde para as comunidades extrativistas do país, a exemplo do que ocorreu com os indígenas. ''Enquanto de um lado do rio os índios têm atendimento, ainda que bastante falho, do outro os ribeirinhos não têm nada'', afirma.

Após receber alta, Valdeci e o irmão Lindomar iniciaram na quarta-feira a longa viagem de barco para regressar à comunidade.

Na bagagem, a pedido da mãe, levaram velas compradas na cidade para a missa de sétimo dia do irmão Francenildo, marcada para esta sexta-feira. Eles temiam não chegar a tempo.

BBC Brasil

O gagau de Tetê e as horas extras


Os primeiros efeitos da PEC das domésticas começaram a ser sentidos lá em casa. Ontem, às 21:00, na cozinha, minha filha Tetê, de dois anos e meio, interpela a babá, como de costume:

- “Deta”, quer gagau!
- Tetê são nove horas. Não posso mais fazer o seu gagau.
- Quer gagaaaauuuu!
- Eu agora só trabalho oito horas por dia, Tetê. Acordei às seis e meia da manhã. Fiz seu café, acompanhei você até o colégio, arrumei o seu quarto, coloquei o seu almoço, brinquei durante toda a tarde, dei o seu banho e fiz outras coisas mais.
- Detaaaaaaaa!!!
- Não adianta gritar, Tetê. Já trabalhei mais de oito horas, hoje.
- Eu quer gagauuuuuuu.
- Fale com Dilma.
- Ôoooooxe Deta! Quer gagau!
- Vá pedir a seu pai.

Tetê se dirigiu até o meu quarto, entrou, bateu a porta e disse:

- Papai, Deta num quer fazer o gagau de Tetê. Biga com ela!
- Vá pedir novamente, filha.
- Quer gagauuuuuuu.
- Papai não sabe fazer, filha.
- Eu quer gagaaaaaauuuu, papaiiiii.
- Tetê, vá dormir. Papai não sabe fazer gagau e Deta já bateu o ponto. Vá deitar, filha!
- Bateu em quem?
- O ponto, filha;
- O que é isso, papai?
- Deixa pra lá! Deixa pra lá!
- Quer gagau!
- Mas filha...
- Quer gagaaaauuuuuuu.
- Assim papai vai ter que pagar hora extra a Deta, meu amor!
- Quer “oia etra” e gagau;
- Hã!?
- Quer “oia etra” dentro do meu gagau, papai.
- Não pode, filha.
- Papai, quer gagaaaaaauuuuuu e “oiaaaa eeeetra”!
- Ok, Filha, vamos lá na cozinha.

Quando chego na cozinha, escuto o som da TV vindo do quarto da babá. Eu suplico:

- Detaaaaa. Faz o gagau de Tetê aqui, por favor.
- Sr. Bruno, já trabalhei mais de oito horas hoje.
- Pôxa Deta. A menina tá com fome! Eu não sei fazer essa porra!
- O Senhor vai me pagar horas extras?
- Vamos fazer o seguinte: eu pego esses minutos em que você estará fazendo o gagau e compenso com a saída mais cedo na sexta-feira, ok!?
- Mas isso é possível?
- Sim, já que se trata de compensação dentro da mesma semana. Se assim não fosse, é que teríamos que nos socorrer do banco de horas que só tem validade se for instituído por acordo coletivo de trabalho....ah! Deixa pra lá!
- Não entendi nada que o senhor falou. Mas tá certo. Estou indo fazer o gagau!

Enquanto Deta fazia o gagau, Tetê esperava, esfomeada, sentada na sua cadeirinha, na cozinha. O gagau ficou pronto. Deta entregou a mamadeira a Tetê, que como de praxe, disse:

- Deta, eu quer dormir com você.
- Não posso, Tetê.
- Quer dormiiiiiir com vocêêêêê!
- Tetê, eu já trabalhei mais de oito horas hoje e...

Irritado, intrometo-me:

- Peraí! Você quer dizer que não pode dormir com ela?
- Veja só, Sr. Bruno. Se eu dormir sozinha, lá no meu quarto eu não estou trabalhando, portanto essas horas de sono não serão computadas na minha jornada de trabalho. Mas se eu dormir com Tetê no quarto dela, o senhor terá que me pagar horas extras porque estarei trabalhando, já que estarei ali, tomando conta dela, ainda que dormindo.
- Como é que uma pessoa pode tomar conta da outra dormindo?
- É lei, Sr. Bruno. É lei.
- Pôxa, e qual a diferença de dormir na sua cama e dormir no quarto de Tetê? De uma forma ou de outra você estará descansando, ora bolas!
- Na verdade, em ambas as hipóteses estarei à disposição e, portanto, o senhor terá que me pagar horas extras.

- Quer dormir com “oia etra”! – intromete-se Tetê.
- Tetê, o correto é horas extras e não “oia etra”. E você não pode dormir com isso não. Vá dormir! – Corrigi.
- Papai, tô de medo de “oia etra”.
- Papai também, filha!
- Quer dormir com você, papai!
- Papai também filha.
- Você vai dormir no banco?
- Como, filha?
- Você vai dormir no “banco de oia”?
- O correto é banco de horas filha. Não, papai não vai dormir no banco. Papai vai dormir na sua cama. E vamos logo antes que o monstro do adicional noturno venha nos pegar!
- Tô com medo do monstro do “aglicinal botuno” – Disse Tetê assustada.
- Não se preocupe, filha. Às cinco horas da manhã ele vai embora!

Nisso, a danada da babá entra no quarto e diz:

- Boa noite minha princesa!

Não deixo por menos:

- Boa noite, nada! Você trata a menina assim e ainda vem dar boa noite!?
- Ok, Sr. Bruno. Eu durmo com essa menina a dois anos, todas as noites. E não iria conseguir dormir mesmo lá no meu quarto sozinha não! Eu vou dormir é aqui com ela.
- Mas eu não vou pagar horas extras, não!
- Ah, Sr. Bruno! Eu vou dormir aqui de todo o jeito!
- É melhor você dormir no seu quarto mesmo, Deta!
- Eu vou dormir é aqui com Tetê!
- Êpa! Isso é ato de indisciplina e insubordinação. Eu posso lhe advertir, suspender e até mesmo demitir por justa causa.
- Então eu vou pro meu quarto.
- Deta?
- Diga, Sr. Bruno!
- Que coisa, essa lei, não!?
- Vamos esquecer essa lei, né Sr. Bruno? Vamos continuar como sempre foi?
- Vamos, Deta.
- Dilma não pensou na gente não!
- E ela pensou em quem Deta?
- Sei lá...

- Tô com medo de “Tilma” – interrompeu Tetê.
- Não é “Tilma”, Tetê. É Dilma! – Corrigi.
- Tô com medo dela, de “oia etra” e do monstro do “aglicinal botuno”!
- Papai também, filha! Papai também!
- Papai, canta pra eu dormir.
- Ok, filhinha. Papai vai cantar: “Nana nenê, que o FGTS vai pegar, a moleza foi embora, e o patrão vai se lascar...
- Tô com medo do “ebigetesse”
- É FGTS, filha.
- Tô com medo dele.
- Papai também, filha. Papai também! Amanhã papai ensina você a fazer o seu gagau sozinha, tá certo!? Senão todos esses bichos vão pegar Tetê!

*Segue a foto de Tetê fazendo o seu próprio gagau, evitando assim o pagamento de horas extras, adicional noturno e outros monstros...

Dia Mundial de Combate ao Câncer é lembrado neste 8 de abril


Estima-se que, anualmente, sejam diagnosticados mais de 12 milhões de casos de câncer em todo mundo, causando mais de 7 milhões de mortes.


Estudo do Instituto Nacional de Câncer – José Alencar Gomes da Silva (Inca) – aponta que o câncer representa a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças do coração. Para chamar a atenção de todas as nações sobre importância da discussão sobre a doença e instituir políticas de prevenção, foi instituído o Dia Mundial do Combate ao Câncer, 8 de abril. No Brasil, no ano passado, foram descobertos mais de 52.680 casos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Em relação ao câncer da próstata, foram registrados mais 60.180 casos entre brasileiros em 2012. Em 2013 são esperados mais de 500 mil novos casos. A cada ano, o câncer provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo. Estima-se que um terço dessas mortes poderia ter sido evitado com mais prevenção, detecção precoce e acesso aos tratamentos existentes.

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, conforme destaca o médico patologista Antonio Carlos Scaramello.

A prevenção do câncer nem sempre é possível, mas há fatores de risco que estão na origem de diferentes tipos de tumor. O principal é o tabagismo. O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de origem animal, dieta pobre em fibras, vida sedentária e obesidade também devem ser evitados para prevenir os tumores malignos.

JANICI DEMETRIO

Rádio Jaraguá
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