sábado, 1 de novembro de 2014

Boko Haram nega ter aceitado cessar-fogo e diz ter casado meninas raptadas


O líder da milícia islamita Boko Haram, da Nigéria, negou que tenha aceitado um cessar-fogo com o governo do país e afirmou, em vídeo divulgado na madrugada da sexta (31), que as mais de 200 meninas raptadas em abril se converteram ao Islã e se casaram.

"A questão das garotas está há muito tempo esquecida, porque eu as casei", disse Abubakar Shekau, rindo.

Em abril, 276 garotas com menos de 18 anos foram sequestradas enquanto faziam uma prova em um colégio católico de Chibok, no norte do país. Muitas delas conseguiram escapar, mas mais de 200 seguem desaparecidas. O episódio voltou as atenções do mundo para o grupo. "Voltar atrás não é uma opção nesta guerra", afirmou ele no vídeo, que foi recebido por agências de notícias e jornais locais, como mensagens anteriores.

O chefe do departamento de defesa nigeriano, Alex Badeh, anunciou em 17 de outubro que o Boko Haram havia aceitado um cessar-fogo que poria em pausa uma insurgência que dura cinco anos, matou milhares de pessoas na Nigéria e levou centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas no norte do país.

Ainda que o governo tenha anunciado o cessar-fogo, ataques e raptos continuaram. Nesta semana, a cidade de Mubi, com mais de 200.000 habitantes, foi cercada pela milícia. Shekau anunciou em agosto que o Boko Haram deseja fundar um califado islâmico, similar à intenção do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.


Correio do Estado

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O que é isso? Inacreditável !!!!!!!

Mulher de Suzane Richthofen é temida na cadeia


Sandra Regina Ruiz Gomes perdeu direito ao regime semiaberto por agredir um agente penitenciário; ela cumpre pena por sequestro e morte de um menor

Casada na cadeia com Suzane von Richthofen desde setembro, a detenta Sandra Regina Ruiz Gomes, condenada a 27 anos de prisão por sequestro, é temida na Penitenciária Feminina I de Tremembé, para onde foi enviada após perder, em fevereiro de 2011, o direito ao regime semiaberto. Ela foi punida por agredir um agente penitenciário no Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Considerada uma presa violenta, Sandra dispõe de algumas regalias – a principal delas é ficar na ala destinada a casais de detentas, uma área mais tranquila e maior.

Antes de assumir o romance com Suzane, Sandra Regina, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, mantinha relacionamento com Elize Matsunaga, que cumpre pena por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em 2012.

Além de ter agredido o agente penitenciário, a mulher de Suzane inspira temor entre as presas por ter sido condenada pela morte de uma criança, em 2006. Sandra Regina participou do sequestro de um menor na cidade de Mogi das Cruzes, que foi assassinado com um tiro na cabeça após a família não pagar o resgate. Era ela quem fazia o contato com os familiares para negociar o resgate.

Em depoimento, a presa nega o assassinato e afirmou ter sido forçada a participar do sequestro por um dos comparsas.

O romance teria sido o motivo pelo qual Suzane desistiu de migrar para o regime semiaberto e pedir para a Justiça mantê-la no presídio de Tremembé – em regime fechado. Condenada a 38 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, Suzane foi beneficiada com a progressão para o semiaberto na segunda quinzena de agosto. Para continuar na cadeia, ela alegou que não se sentiria segura em outra unidade prisional e que precisa do salário que recebe pelos serviços prestados dentro da penitenciária.

Veja

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mãe consegue autorização na Justiça para tirar vida da filha de 12 anos


Uma declaração dada a um juiz explicou que sua filha não deveria mais sofrer e ela estava ansiosa por paz.

Uma mãe acabou fazendo história ao conseguir autorização na justiça para encerrar a vida de sua filha de 12 anos de idade.

A criança Nancy Fitzmaurice nasceu cega, sofrendo de hidrocefalia, meningite e septicemia, o que a deixou incapaz de falar, andar, comer ou beber.

Sua qualidade de vida era tão precária que ela dependia da assistência hospitalar regularmente para ser alimentada e medicada através de um tubo.

Quando uma operação de rotina a deixou gritando de agonia, sua mãe, Charlotte Fitzmaurice, que havia deixado de trabalhar para cuidar da filha, tomou a difícil decisão de pedir a morte da criança, acabando com o sofrimento.

Uma declaração dada a um juiz explicou que sua filha não deveria mais sofrer e ela estava ansiosa por paz.

Após o apelo emocionante da mãe e do pai, David Wise, a Alta Corte da Justiça na Inglaterra imediatamente declarou aceitar o pedido dos pais, alegando que os interesses em retirar a vida da criança eram os melhores para que o sofrimento acabasse.

Agência da Notícia

Richthofen se casa com a ex de Elize Matsunaga na prisão


Suzane se uniu a Sandra Regina, uma detenta condenada a 27 anos de prisão por sequestro de uma empresária

Condenada por participar da morte dos pais em 2002 e presa há 12 anos, Suzane von Richthofen, 30 anos, voltou a ser um dos assuntos principais da penitenciária de Tremembé, no interior paulista. A ex-estudante está, desde setembro, casada com outra detenta e passou a desfrutar de regalias dadas apenas a casais dentro da prisão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo

Suzane se uniu no mês passado a Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro de uma empresária em São Paulo. Sandra, porém, acaba de sair de um relacionamento com Elise Matsunaga, presa por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, em 2012.

Agora, Suzane tem o direito de dormir com seu novo amor. Para isso, ela teve que assinar um documento de reconhecimento afetivo, que é exigido para todas as presas que resolvem viver juntas. Com esse documento, ela trocou a ala das evangélicas, onde vivia, e passou a habitar a cela das presas casadas, onde divide espaço com mais oito casais.

Ainda segundo o jornal, pessoas ligadas a Elize e Sandra disseram que as duas estavam juntas desde o início do ano e que o relacionamento acabou justamente por causa de Suzane. As três trabalhavam na fábrica de uniformes da prisão, onde Suzane é chefe. O triângulo amoroso acabou rompendo a amizade entre elas.

O repentino amor de Suzane é apontado como um dos motivos para ela ter aberto mão do direito de passar os dias fora da prisão, já que em agosto a Justiça lhe concedeu a chamada "progressão de regime". Recentemente, Suzane anunciou ainda que abriria mão da herança dos pais e que tentaria se aproximar do irmão.


Segundo agentes penitenciários, Suzane é conhecida por ser persuasiva e sedutora. Em outras penitenciárias por onde passou, ela chegou a despertar outras paixões. Em Rio Claro, por exemplo, duas funcionárias do presídio se apaixonaram por ela. Segundo o jornal, em Ribeirão Preto, um promotor teria se apaixonado por Suzane e prometido lutar para tirá-la da “vida do crime”. O interesse foi denunciado pela própria Suzane, mas o promotor nega o assédio.

A troca de Elize por Suzane obrigou Sandra Regina a passar por um período de quarentena, já que as regras da prisão proíbem um casamento logo após o término de um relacionamento.
Pessoas próximas a Suzane afirmaram que ela pretendia fazer uma cerimônia em novembro, mas cancelou após saber que uma emissora de TV preparava uma reportagem sobre ela.

Terra

sábado, 25 de outubro de 2014

Bahia registra mais de 800 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes


De janeiro a abril de 2014, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) registrou mais de 800 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no estado da Bahia. Para debater o assunto, o Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador realizou uma audiência pública na última sexta-feira (17).

“Não podemos fechar os olhos para o problema e sim buscar formas de prevenir e acabar com a problemática que afeta tantas famílias”, afirmou o vereador Leandro Guerrilha (PSL). Foi ele quem conduziu o debate, intitulado “Violência sexual contra crianças e adolescentes”, ao lado do coordenador executivo do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-BA), Waldemar Oliveira, e do superintendente estadual de Direitos Humanos, Ailton Ferreira.

Do volume de denúncias registradas pelo Disque 100, mais de 250 vieram de Salvador. “Além da capital baiana, Feira de Santana, Camaçari, Ilhéus, Vitória da Conquista, Jequié, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila, Teixeira de Freitas e Alagoinhas compõem o quadro dos dez municípios mais incidentes em denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes”, ressaltou o vereador.

promenino

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

ONG da comunidade de Alto do Refúgio, no Recife (PE), aposta em articulação familiar e parcerias para enfrentar o trabalho infantil


As limitações da comunidade Alto do Refúgio, no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife (PE), começam logo nos aspectos geográficos: baixadas alagadiças, escadarias tortuosas e encostas desprotegidas se confundem em um horizonte desafiador para seus moradores, principalmente as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência. Nesse cenário, a população de aproximadamente 10 mil pessoas ainda enfrenta problemas que vão desde o trabalho infantil até o tráfico de drogas.

Se essa cartografia representa um desafio para o desenvolvimento local, ela também motivou, trinta anos atrás, a união de seus moradores em torno de uma causa comum: reivindicar melhorias de infraestrutura para transformar a comunidade. Quem deu o pontapé inicial foi Dona Maria Francisca da Conceição, conhecida como Maria Grande por sua notável altura, que passou a convidar suas comadres e outros vizinhos a sentarem no quintal da sua casa para debater tais questões.

Duas Marias e a fundação do Clube de Mães

De tão produtivos, esses encontros no quintal resultaram na fundação do Clube de Mães dos Moradores de Alto do Refúgio, oficializado como organização não governamental em julho de 1982, uma agremiação que desde aquela época implicava a participação das famílias para se desenvolver, e que teve a já falecida Maria Grande como a sua primeira presidente.

“Na década de 80, aqui só existia muito mato. A comunidade não tinha nenhuma infraestrutura como água, energia, calçamento”, conta Maria Gomes, uma outra Maria, que, na época da fundação do Clube, ainda rodopiava em volta das cadeiras enquanto seus pais conversavam nas reuniões. Hoje, batizada Maria Pequena em uma afetuosa comparação com sua xará, ela atua na organização como articuladora social.

Uma luta diária
Com o tempo, a situação do bairro foi mudando e as necessidades se tornaram outras. Hoje, a atuação da ONG se expandiu e trata de garantir os direitos fundamentais das crianças, adolescentes e suas famílias, defendendo políticas públicas e promovendo ações educativas capazes de fortalecer o protagonismo social e político dos jovens.

“É preciso ter uma melhor saúde, melhor educação, crianças livres do trabalho infantil e desfrutando de seus direitos... Enfim, a nossa luta é diária”, afirma Adriana Silva, coordenadora de projetos da organização.

As atividades do Clube de Mães, que atualmente atende a 1,7 mil crianças de forma direta e a aproximadamente 6 mil indiretamente, são realizadas em sua sede – uma casa adquirida desde que a ONG Visão Mundial tornou-se sua parceira – ou em espaços de parceiros e escolas do bairro de Nova Descoberta, no contraturno escolar.

Educação, saúde e liderança social

Segundo Adriana, os projetos se pautam em três eixos, sendo “Educação” o primeiro, no qual se concentram as oficinas de leitura, danças populares, informática, teatro, futebol e cidadania para crianças e adolescentes. Já o segundo eixo, “Saúde”, está voltado para a saúde preventiva das crianças, adolescentes e famílias, e inclui acompanhamento de nutrição e vacinação das crianças. E o terceiro, “Desenvolvimento de novas lideranças”, realiza ações direcionadas aos adolescentes com base na metodologia Monitoramento Jovem de Políticas Públicas (MJPOP). “O intuito é inseri-los em espaços de articulação política, de luta pelo bem coletivo, bem como formar novas lideranças jovens”, afirma a coordenadora da ONG.

Laudiane Mendes Silva, de 17 anos, é um exemplo. Em dois anos de atividades no Clube de Mães, ela passou de frequentadora das oficinas a agente multiplicadora de informação. “Eu era muito tímida, não tinha muito interesse, mas mesmo assim eu vinha”, conta a jovem, destacando que se envolveu mais com as oficinas de dança e “baú de leituras”. “Com o passar do tempo, fui me interessando pelas oficinas e passei a sair para fazer apresentações com o grupo de dança nas escolas do bairro e nos períodos junino, natalino, carnavalesco.”

Em 2013, Laudiane recebeu um convite para estagiar no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no qual desenvolve oficinas de direitos e deveres, sobre trabalho infantil, e ministra oficinas de danças populares e de leitura para outras crianças e adolescentes. “Com tanta mudança em minha vida, eu fico a me perguntar o que seria minha vida se não tivesse conhecido o Clube de Mães”, reflete.

Família presente

“A missão do Clube de Mães é levar o nosso o público ao pleno conhecimento dos seus direitos e deveres enquanto cidadãos”, ressalta Adriana. Para cumprir um expediente dessa proporção, enquanto as crianças e os adolescentes participam das oficinas, a ONG também envolve seus pais e familiares no processo.

“Eles organizam reuniões comunitárias, aulas de direitos e espaços de discussão, como fóruns, palestras, seminários e conferências”, explica a coordenadora de projetos. “Trabalho infantil é algo cultural, não faz sentido lutar pela erradicação se não atuar em conjunto com a família.”

Há quase quatro anos no Clube de Mães, a educadora Rosane Maria da Silva compartilha dessa opinião. “O trabalho infantil não é um tema fácil, ainda tem bastante resistência das famílias, mas estamos sempre falando e usando essa temática”, afirma, reconhecendo o mérito da organização em levar o assunto para todos os momentos de discussão.

Um sonho de futuro

Em seu relato ao Promenino, Rosane compartilhou o impacto que transformou de forma definitiva a sua carreira no setor social: “Quando perguntei para os meninos de Alto do Refúgio sobre quais eram seus sonhos para o futuro, eles não tinham uma resposta. Foi muito triste descobrir isso e ao mesmo tempo um grande avanço conseguir levantar sua autoestima”, avalia a educadora, declarando a sua vontade de que essas crianças e jovens se reconheçam “como luzinhas no fim do túnel da comunidade”.

E, por falar nisso, “o sonho do Clube de Mães”, arriscou Adriana, “é ser uma referência na defesa dos direitos das crianças e ter uma autossustentabilidade que lhe permita completar sua missão pelas próprias pernas”. Maria Pequena, que foi atendida pela organização quando criança e hoje influencia seus avanços, concorda, e acredita que tão somente neste momento seria possível descansar. “Aqui, todo mundo aprende a ser grande”, diz ela, oferecendo como testemunho sua própria história de vida.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Germana de Lamare 25 min · Rio de Janeiro ·


Bom dia, com uma quarta-feira em que somente o azul predomine nas mentes nubladas dos que não vêm quando o perigo se aproxima. Não conseguem olhar a realidade e distorcem versões. Quando isso acontece com metade do país é perigoso porque algo está muito errado, ou há manipulação de ideias, convencimento por meio de interesses, baixos às vezes. E também por um povo iludido que acha que o paraíso é para sempre.Não é, Miami não vai lhe esperar para sempre. Seu carro vai precisar trocar, como a sua televisão que foi comprada a crédito em muitas prestações.também vai quebrar uma hora. Em resumo um país com a industria parando também para de lhe trazer emprego, condições de compra, boas condições de saúde e escolas. Talvez você não saiba mas é o crescimento da economia que enriquece um país. E um país sem riqueza para ajudar os pobres não há esperança. O país empobrece e adoece e com ele vai a liberdade, pois um doente não pode sair de casa, fica confinado. Simples assim

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Traficantes invadem piscina de vila olímpica no Rio


Polícia Civil investiga quem são os criminosos que aparecem exibindo fuzis em uma piscina da Vila Olímpica Félix Mielli Venerando

Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga quem são os criminosos que aparecem exibindo fuzis em uma piscina da Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio. Uma foto obtida por agentes da 39ª DP (Pavuna) e divulgada pelo jornal fluminense Extra mostra três criminosos submersos segurando fuzis fora d'água.

De acordo com investigadores, a foto foi feita há uma semana e mostra traficantes que seriam do Complexo da Pedreira e teriam tomado a comunidade de Proença Rosa há duas semanas. Os agentes tiveram acesso a uma gravação de áudio em que um homem, identificado pela polícia como Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, que seria chefe do tráfico no Morro da Pedreira, cita a vila olímpica e desafia a facção rival. "Adorei a piscina, esculachou. [sic] Se ligou? Maior complexão, tá tudo dominado. E outra coisa: pode vir com bondão de onde for. Vai trocar tiro com nós a noite toda."

A vila olímpica invadida pelos criminosos foi inaugurada em 2012 pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. De acordo com a prefeitura, o local estava fechado no momento da invasão e as atividades "foram normalizadas".

(com Estadão Conteúdo)

Veja

Tutancâmon usava bengala e teve pênis embalsamado a 90 graus

Aparência completa do rei egípcio foi revelada em um estudo recente
Foto: Daily Mail / Reprodução


Os pais do rei egípcio eram irmãos - o que teria causado problemas genéticos e disfunções hormonais

Em um dos estudos mais profundos sobre Tutancâmon, cientistas europeus e africanos conseguiram recriar a imagem do rei egípcio através de mais de 2 mil escâneres e autópsias virtuais. Segundo as análises genéticas, Tutancâmon tinha dentes tortos, quadril de mulher e uma deficiência na perna que o fazia mancar. As informações são do Daily Mail.

Pelo mapeamento genético, os cientistas conseguiram descobrir que os pais de Tutancâmon eram irmãos – por isso, ele apresentava diversos problemas hereditários, o que pode ter causado sua morte.

Apesar do mito de que o rei teria morrido em consequência de um acidente de carruagem, o estudo revela que esta informação é impossível, já que o rei egípcio precisava de bengalas para se movimentar, tendo uma das pernas bastante torta.

Ainda de acordo com o estudo, o rei sofria de distúrbios hormonais, o que teria causado o quadril largo, por exemplo, e a morte prematura durante a juventude. O radiologista egípcio Ashraf Selim disse que as autópsias virtuais mostram que “os dedos do pé eram divergentes, ou seja, tortos”. Também foi encontrada uma fratura no joelho que pode ter infeccionado e causado sua morte em 1323 a.C.

Casal alemão devolverá ao Egito esteira faraônica roubada
Algumas revelações curiosas sobre sua mumificação também foram feitas pelos cientistas: o rei teve o pênis embalsamado a 90 graus (como se estivesse ereto), estava coberto por um líquido preto e teve o coração retirado para que as pessoas pensassem que fosse um deus – inspirado em Osíris, como explicou o professor Salima Ikram, da Universidade Americana do Cairo. Em seu sarcófago, foram encontradas 130 bengalas – que teria usado ao longo da vida para andar.


As descobertas foram reveladas em um documentário da BBC One chamado “Tutankhamun: The Truth Uncovered”.

sábado, 18 de outubro de 2014

AULA DE HISTÓRIA...


COMENTARISTA LÚCIA HIPPÓLITO MERECE UM TROFÉU !


Urgente Aula de História- Lúcia Hippólito, comentarista politica da CBN

“Nascimento” do PT:
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
“Crescimento” do PT:

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.

“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito

O PERIGO É O SILÊNCIO
Eu pediria a todos que receberem esse e-mail o favor de ler o texto por inteiro, com calma e atenção e, se puder e entender que seja pertinente, gastar um tempinho, para reenviá-lo a todos da sua lista.
Diamantina, Interior de Minas Gerais, 1914.
O jovem 'Juscelino Kubitschek', de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos.
> Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu o curso de Medicina e se especializou em Paris.
> Como Presidente, modernizou o Brasil.
> Legou um rol impressionante de obras e; humilde e obstinado, era (E AINDA É) querido por todos. Brasília, 2003.
Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não haver estudado.
> Acha bobagem falar inglês. 'Tenho diploma da vida', afirma. E para ele basta.
> Meses depois, diz que 'ler é um hábito chato'.
Quando era 'sindicalista', percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje.

Londres, 1940.
Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente.
O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá.
Tranquilo, o rei avisa que não vai.
Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha entra no exército britânico; como 'Tenente-Enfermeira', e, sua função é recolher feridos nos bombardeios.
Hoje ela é a 'Rainha Elizabeth II'. Brasília, 2005.
A primeira-dama (? que nada faz para justificar o título) Marisa Letícia, requer 'cidadania italiana' - e consegue.
> Explica, candidamente, que quer 'um futuro melhor para seus filhos'.
E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS, CIDADÃOS E TRABALHADORES BRASILEIROS?

Washington, 1974.
A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e o Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando.
> Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo. Brasília, 2005.
Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar.
> Ante as muitas provas, Lula repete o 'eu não sabia de nada', e ainda acusa a imprensa de persegui-lo.
> Disse que foi 'traído', mas não conta por quem.

Londres, 2001.
O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia.
> Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo.
> Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso.
> A polícia descobre e chama Blair,' que vai sozinho à delegacia buscar o filho'.
> Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho. Brasília, 2005.
O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa, financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso.
O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu 'filhinho nessa sujeira'? ? ?

Nova Délhi, 2003.
O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens.
Adquire um excelente, brasileiríssimo 'EMB-195', da 'Embraer', por US$ 10 milhões. Brasília, 2003.
Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve.
> Quer um dos caros, de um consórcio franco-alemão. Gasta US$ 57 milhões e,
> AINDA, manda decorar a aeronave de luxo nos EUA. 'DO BRASIL NÃO SERVE'.
E você, já decidiu o que vai fazer nos próximos minutos?
Vamos repassar esse e-mail para nossos contatos!
Vamos dar ao BRASIL uma nova chance!
Ele precisa voltar para o caminho da dignidade.
Nós não merecemos o desgoverno que se instalou em nosso País e temos a OBRIGAÇÃO de acordar e lutar antes que seja tarde.

'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.'


Martin Luther King




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Com nova decisão, Abdelmassih só deve deixar a prisão aos 100 anos


Medida reduziu a pena de 278 anos para 181, e determinou que ele não poderá ser solto antes de cumprir 30 anos de prisão, que corresponde a pena máxima estabelecida pela lei brasileira

A Justiça manteve nesta quinta-feira (16) a condenação ao ex-médico Roger Abdelmassih, 71, condenado a prisão por crimes sexuais contra pacientes. A decisão, no entanto, reduziu a pena de 278 anos para 181, e determinou que ele não poderá ser solto antes de cumprir 30 anos de prisão, que corresponde a pena máxima estabelecida pela lei brasileira.

A nova decisão alterou a da primeira instância que permitia progressão de pena (para o semiaberto, por exemplo) após o cumprimento de dois quintos dos 30 anos, o que permitiria sua soltura em 12 anos.

Agora, a Justiça estabeleceu que qualquer benefício deverá ser feito com base na pena total, de 181 anos. Com isso, ele deveria cumprir ao menos 70 anos de prisão. A lei brasileira, porém, não permite encarceramento por mais de 30 anos, o que faz com que o ex-médico permaneça na cadeira até os 100 anos - ele já cumpriu 4 meses de prisão em 2009.

Já a redução da pena foi determinada por conta da prescrição de alguns crimes. Ao todo, ele foi condenado por 48 crimes sexuais contra 37 mulheres. Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. Ele diz que foi atacado por um "movimento de ressentimentos vingativos".

O julgamento do recurso teve início no último dia 2 pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Na ocasião, o relator do caso, desembargador José Raul Gavião de Almeida, proferiu seu voto mantendo a condenação do ex-médico. Outros desembargadores pediram vista, o que adiou a decisão, para essa quinta, quando o voto do relator foi seguido pelos demais.

Para o advogado Sergei Cobra, assistente da acusação, a decisão desta quinta foi correta. "Foi a pena que ele mereceu. Uma vitória da sociedade contra um crime contra a humanidade, não apenas contra as mulheres", afirmou. O advogado de Abdelmassih, José Luiz de Oliveira Lima, também foi procurado, mas ainda não comentou o caso.

O Tempo

Em Madureira, berço do samba, o desfile agora é de fuzil


Reduto da Portela e do Império Serrano convive com bandidos armados em plena luz do dia

A guerra pelo controle de bocas de fumo que se espalha pelo subúrbio carioca aumenta a ousadia dos criminosos. Antes entrincheiradas em seus redutos, as quadrilhas têm conquistado espaço em ruas que, até pouco tempo, não era possível vê-los armados até os dentes tão descaradamente.

Um desses novos territórios dos bandidos é o bairro de Madureira, tradicional terra do samba, cantada em verso e prosa, e onde a grande rivalidade se restringia às quadras da Portela e do Império Serrano. Na semana passada, moradores locais testemunharam as novas cenas do cotidiano local. Em uma das principais vias do bairro, a Avenida Edgar Romero, dezenas de criminosos patrulhavam os acessos ao Morro da Serrinha armados com fuzis e pistolas em plena luz do dia.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso na delegacia da área. Outra unidade, que tem inquéritos em andamento que revelam um pouco da maneira de agir dessas quadrilhas, já identificou um dos criminosos exibicionistas. Marco Antônio de Oliveira Silva, conhecido pelo apelido de Angolano, é um dos principais seguranças da quadrilha do Terceiro Comando Puro (TCP), que trava batalhas diárias com o vizinho Morro do Cajueiro, dominado pela facção Comando Vermelho.

Angolano aparece de camisa listrada, bermuda de marca, boné azul e uma mochila verde nas costas, empunhando um fuzil calibre 7.62. Ao contrário da maior parte dos bandidos, que estão descalços, ele veste os meiões oficiais do Flamengo. Em janeiro de 2008, após ser baleado num confronto com a polícia, o criminoso foi levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Dias depois, Angolano foi resgatado por vinte comparsas, que invadiram a unidade médica armados e o libertaram. Dois meses mais tarde, ele chegou a ser preso pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos, mas foi solto e voltou para seu antigo posto na Serrinha.

Veja

quarta-feira, 15 de outubro de 2014


RIO - Uma tentativa de assalto no início da tarde desta quarta-feira, no Centro do Rio, terminou com um homem morto - que seria policial civil - e dois bandidos feridos, um deles socorrido em estado grave. Segundo informações do comando do 5º BPM, eram dois criminosos armados em uma moto. Eles abordaram a vítima, que ainda não teve a identidade divulgada, pouco depois de ela deixar uma agência do banco Itau, na esquina das Ruas Sete de Setembro e Quitanda, por volta das 16h. O homem levou dois tiros, um deles na cabeça.

Testemunhas contaram que ele reagiu à abordagem, trocou tiros com os assaltantes, mas acabou morto com dois tiros. A confusão chamou a atenção de policiais militares do 5º BPM que patrulhavam a região. Na esquina das Ruas São José com Quitanda, os PMs interceptaram os bandidos e passaram a trocar tiros com eles, que tentavam fugir numa motocicleta.

Um bandido foi ferido e preso. Um pouco mais à frente, em novo tiroteio, o segundo assaltante foi atingido por pelo menos um tiro. Os dois foram socorridos e levados ao Hospital Souza Aguiar. O estado de saúde do segundo criminoso baleado é grave.

Foram apreendidas a moto dos marginais, além de um revólver calibre 38 e uma pistola .40. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH). O diretor da unidade, delegado Rivaldo Barbosa, foi ao local.

O Globo



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Suzane Richthofen abre mão de herança e demite advogado



Há informações de que ela estaria tentando se reaproximar do irmão



Suzane Von Richthofen, condenada por mandar matar os pais em 2002 em São Paulo, decidiu abrir mão da disputa judicial que travava com o irmão pela herança da família. Segundo documento divulgado pelo Fantástico neste domingo, Suzane, que hoje tem 30 anos, também manifesta o desejo de reencontrar o irmão, Andreas, que não vê desde o julgamento do caso em 2006.

Presa há 12 anos, ela já poderia ir para o regime semiaberto e trabalhar fora do sistema carcerário, mas optou por abrir mão da regalia por "se sentir segura" na prisão. Ainda segundo o documento, Suzane pediu o afastamento do advogado, Denivaldo Barni, que foi proibido de visitá-la. Agora, ela é defendida pela Defensoria Pública.

Procurados pelo Fantástico, o ex-advogado de Suzane e a advogada do irmão, Maria Aparecida Evangelista, não se pronunciaram. Promotores ouvidos sobre o caso não deram uma posição unânime sobre o comportamento da detenta e sobre sua aptidão em voltar ao convívio social.

Crime premeditado
Suzane foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Os assassinatos foram planejados pela filha do casal e executados pelo então namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos.

Na véspera do crime, Suzane planejou a retirada do irmão Andreas de casa para deixar os pais sozinhos. O trio seguiu para a mansão da família e, como o planejado, os irmãos subiram e golpearam o casal com pauladas. Após o assassinato, Suzane e os comparsas tentaram simular um latrocínio – roubo seguido de morte -, com a subtração de itens da casa.

Desconfiada, a polícia investigou o trio que, poucos dias depois, acabou confessando. Presa desde então, Suzane recebeu em 2011 a notícia de que seria “indigna” de receber metade da herança dos pais, avaliada em R$ 11 milhões e apontada como uma das principais motivações do crime. A ação contra Suzane foi movida pelo próprio irmão, Andreas

Terra Notícias

domingo, 12 de outubro de 2014

12 de Outubro - Dia da Criança

A emocionante história de um garoto deficiente e um cão de 3 patas que vem fazendo o mundo inteiro chorar



Essa é a amizade mais linda e profunda que alguém já tenha visto. Owen e Haatchi são amigos mais que especiais, pois um ajuda o outro. Owen sofre de uma síndrome rara e encontrou em Haatchi forças para viver e ser feliz. O cachorro também é especial, pois foi muito mal tratado, acidentou-se e acabou perdendo uma das patas. Quando Owen e Haatchi se encontraram tiveram uma forte ligação de amor e companheirismo, era como se um soubesse que precisava do outro. Uma linda e emocionante história de amizade e amor, onde as dificuldades são superadas, um ajudando o outro, um buscando forças no outro para continuar, pois Owen diz que o seu melhor amigo é o Haatchi e que ele é tudo em sua vida.

A história vem sendo compartilhada aos montes pelo mundo. Uma amizade dessa é algo de se ver em filmes, mas a história desses dois é tão pura e verdadeira que vem conquistando todos, tanto que virou livro.

Fatos Inéditos

sábado, 11 de outubro de 2014

Semiárido demanda atenção especial para erradicação do trabalho infantil


Fui menino e vivi sempre a brincar

Era linda e suave a brincadeira,

Arrastando um carrinho de madeira

No pequeno terreiro do meu lar.


Quando adulto vivi a trabalhar

Aguardando uma fase prazenteira

Mas a vida cruel e passageira

Tudo quanto promete vem negar.

(Patativa do Assaré)


A saudade da infância declarada pelo poeta cearense Patativa do Assaré pode ser, para milhares de crianças, a saudade de um tempo que não pôde existir plenamente. São crianças e adolescentes que desde cedo vivem a trabalhar e que, ao deixar de lado o carrinho de madeira, deixam de lado também a sua infância.

No Brasil, são cerca de 3,5 milhões de crianças de 5 a 17 anos que trabalham segundo o levantamento mais recente, de 2012, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na segunda região mais populosa do país, Nordeste, 9% das crianças trabalham. Em números absolutos, é a primeira no ranking do trabalho infantil do país, com 1,1 milhão de trabalhadores precoces.

No entanto, dentro desse panorama existe um quadro que merece especial atenção: o do Semiárido. Também conhecido como Sertão, a região é caracterizada pela baixa incidência de chuvas, que tem como consequência prolongados períodos de seca. Segundo o Governo Federal, a região é composta por 1.133 municípios dos estados do Nordeste, com exceção do Maranhão, e do norte de Minas Gerais. Já para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Semiárido abrange também o Maranhão e o norte do Espírito Santo.

Ainda que não haja um levantamento específico sobre os dados do trabalho infantil no Semiárido, essa região reúne indicadores sociais preocupantes. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) revela que os municípios do Semiárido estão abaixo da média nacional. Esse índice é formado pelos indicadores de longevidade, educação e renda, variando de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo ao 1 melhor é o desenvolvimento humano. No levantamento de 2010, a média brasileira foi de 0,727 e todas as cidades da região ficaram abaixo desse valor. Segundo o Instituto Nacional do Semiárido, 60% dos municípios possuem o IDHM baixo ou muito baixo, atingindo 9,2 milhões de pessoas.

“As oportunidades de emprego e renda para as famílias são muito menores no Semiárido. A economia local tem dificuldade de se desenvolver, não tem indústria e o comércio é mantido pelos beneficiários do programa Bolsa Família e funcionários públicos. É uma economia de subsistência e tem menos empregos para as famílias”, explica o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Ceará, Antonio de Oliveira Lima.


Trabalho precoce


As dificuldades enfrentadas por quem vive no Semiárido, como a falta de água e a pouca atividade econômica dos municípios, se refletem na infância. “A política de combate à seca — que concentra água, terra e conhecimento — não dá condições para que as famílias possam doar a seus filhos efetivas possibilidades de desenvolvimento saudável”, afirma o coordenador executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Naidison Baptista. “Uma das consequências dessa política é que as famílias vão empregar a mão de obra de seus filhos em busca de mais renda para a sobrevivência”, completa.

Para Lima, a diferença entre o trabalho infantil no Semiárido e o que acontece em outras regiões está muito mais nos tipos de atividades que são desenvolvidas. "Há uma predominância do trabalho infantil na agricultura familiar porque são regiões com pouco desenvolvimento das economias locais”, diz.

A coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Maria Cláudia Falcão, conta que no território em que a OIT atuou na Bahia as duas atividades principais que havia envolvendo crianças eram a agricultura familiar para subsistência e, nas cidades, o trabalho nas feiras.

Desafios

Prevenir e erradicar o trabalho infantil que ocorre no âmbito da agricultura familiar se apresenta como um desafio e demanda ações em diferentes frentes. “É o grande debate que temos hoje com vários atores do setor agrícola. Encontrar uma solução para o trabalho infantil que ocorre na família e na subsistência é o grande desafio no Brasil. Não existe hoje uma resposta”, pondera Maria Cláudia.

Uma das frentes de ação é junto à família, com a garantia de trabalho e renda decentes para os pais. “São necessárias políticas de geração de renda, emprego e profissionalização, para encontrar os meios de sobrevivência sem recorrer à criança”, pontua o procurador-chefe Antonio de Oliveira Lima. Na Bahia, um projeto de erradicação do trabalho infantil colocou isso em prática. “Foi um processo de criação de cooperativas e hoje colhemos os frutos. Muitos comercializam sua produção para o município, para a merenda escolar”, relata a coordenadora pedagógica do Movimento de Organização Comunitária (MOC), Maria Vandalva.

As especificidades do Sertão também demandam programas com um viés próprio. Naidison Baptista, da ASA, explica que, na última década, a ideia de convivência com o Semiárido, em contraposição à política de combate à seca, tem avançado e garantido melhores condições para as famílias. Essa nova lógica implica o acesso ao conhecimento de técnicas específicas de plantio, captação de água, criação de animais e armazenamento de alimentos para o Sertão. “Precisamos de políticas adequadas para o Semiárido, isso vai erradicar o trabalho infantil.”

Por outro lado, os governos devem disponibilizar creches e escolas em tempo integral e de qualidade, para que as crianças se afastem do ambiente de trabalho. “Temos que ter escolas e creches onde os pais possam deixar as crianças. Elas têm que andar quilômetros e não há creches para os pequenos”, explica Maria Cláudia.

Além disso, o sistema de ensino também tem que dialogar com a realidade das crianças. Para a coordenadora da OIT, as escolas rurais precisam ter um currículo mais adequado, não adianta impor atividades que não têm nada a ver com a realidade das crianças. Baptista defende que as escolas têm um papel fundamental na mudança de paradigma de convivência com o Sertão. “Temos uma escola que afasta a criança de seu meio ambiente. Ela não debate questões do território onde a criança vive e não a ensina a tornar esse meio melhor.”

Somado às políticas de geração de renda e de ensino, são necessárias ações de conscientização sobre os malefícios do trabalho infantil para que ele não seja mais tolerado, muito menos incentivado. “Estamos trabalhando uma mudança de mentalidade. Muitos colocam seus filhos para trabalhar cedo porque eles trabalharam quando criança, assim como seus pais, seus avós e não veem o prejuízo”, explica Lima. Já Maria Vandalva, do MOC, relata que rodas de conversa com as famílias foram bons meios para mudar a mentalidade. “No entanto, não é fácil e é um processo que demanda muito tempo porque atingimos poucas pessoas. É bom saber que tudo que é cultural pode ser mudado, mas são as mudanças mais difíceis de serem feitas”, pondera.

Na mobilização pela erradicação do trabalho infantil no Semiárido, há uma grande aliado que mudar a realidade de milhares de crianças. “O grande potencial do Semiárido é a insistência e existência do seu povo. Quando as pessoas reconhecem sua realidade e percebem que ela pode ser modificada, elas se organizam para mudar”, defende Maria Vandalva. A opinião é compartilhada por Baptista, da ASA. “O Semiárido sempre foi caracterizado como um local de carência de tudo, mas é um lugar de pujança impressionante, as pessoas são criativas, vivem e resistem. É um povo extraordinariamente vivo e inteligente, mas é profundamente massacrado pelas políticas”.

promenino

11 de Outubro - DIA DO DEFICIENTE FÍSICO

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Boas notícias chegando de Israel


Nestes tempos em que estão sendo comemoradas as conquistas do povo de Israel, em
seus curtos 66 anos de vida independente, vale relacionar este
decálogo de conquistas científicas que beneficiarão, não somente aos
israelenses, mas a toda HUMANIDADE.

1 - A Universidade de Tel Aviv está perto de alcançar uma vacina nasal
que proteja tanto da doença de Alzheimer quanto dos derrames. As
primeiras experiências são muito encorajadoras .

2 - O Technion de Haifa, instituto dedicado à pesquisa de tecnologia
médica, desenvolveu um teste de sangue simples que pode detectar
várias doenças ( incluindo câncer ).

3 - O Centro Ichilov de Tel Aviv isolou uma proteína que vai substituir
a colonoscopia na detecção do câncer de cólon. Basta um simples exame
de sangue . O câncer do cólon mata cerca de 500.000 pessoas por ano.
Muitas dessas mortes podem ser evitadas se detectadas a tempo.

4 A acne não mata ninguém, mas gera grande ansiedade e insatisfação
a milhão de adolescentes. O laboratório CureLight criou uma maneira de
curá-la, emitindo raios ultravioleta de alta intensidade sobre as
bactérias que produzem acne, sem causar mais complicações.

5 - O laboratório Given Imaging desenvolveu uma pequena câmera na forma
de comprimidos que são engolidos e passam milhares de fotos do
aparelho digestivo. Estas imagens, de alta qualidade (dois por segundo,
durante oito horas), podem detectar pólipos, câncer e fontes de
sangramento. Elas são enviados a um chip que armazena e, em seguida,
descarregadas em um computador para o médico examinar. O paciente
expele a câmera através do reto.

6 - A Universidade Hebraica desenvolveu um estimulador elétrico por
baterias que são implantados no peito dos pacientes com Parkinson, bem
como marcapassos. As emissões destes sinais nervosos bloqueiam as
unidades que causam os tremores ..

7 - O odor da respiração de um paciente pode ser usado para detectar se
ele tem câncer de pulmão. O Instituto de Nanotecnologia Russell Berrie
criou sensores capazes de perceber e registrar 42 biomarcadores que
indicam a presença de câncer de pulmão sem a necessidade das invasivas
biópsias.

8 - É possível fazer sem cateterismo, em muitos casos, exames que visam
clarificar o estatuto das artérias coronárias. O EndoPAT é um
dispositivo colocado nas pontas dos dedos indicadores, que pode medir
o estado das artérias e prever as chances de um ataque cardíaco
ocorrer nos próximos sete anos.

9 - A Universidade Bar Ilan está estudando um novo medicamento para
combater vírus transmitidos pelo sangue. Eles chamam a armadilha de
Vecoy, que engana o vírus para alcançar a sua auto-destruição. É
muito útil para combater a hepatite, o temido Ebola e AIDS.

10 - Os cientistas israelenses do Hadassah Medical Center podem ter
curado o primeiro caso de esclerose lateral amiotrófica, conhecida
como doença de Lou Gehrig. O tratamento foi desenvolvido com base em
células-tronco e curou um rabino ortodoxo.

Enviado por e-mail pela amiga e colaboradora Sonia Di Marino

Creche do terror: crianças são vítimas de abuso sexual no interior de São Paulo



Os abusos começaram a ser descobertos depois que uma criança de apenas três anos, irmã de uma menina de cinco anos foi até à casa, que funcionava como creche, pela primeira vez. Mas, quando chegou em casa, a mãe percebeu que a menina estava estranha e ficou surpresa quando a filha começou a relatar o que tinha acontecido na escolinha. A polícia já pediu a prisão temporário de Tio Chiquinho, um dos donos da “creche”; mas o homem continua foragido.

R7

Justiça nega liberdade a empresário que deu cotovelada no rosto de mulher em São Roque



Vítima teve traumatismo craniano e chegou a ser internada na UTI; crime aconteceu em agosto

A Justiça negou o pedido de habeas corpus ao empresário que deu uma cotovelada no rosto de uma jovem em São Roque, no interior de São Paulo. Esta foi a segunda vez que o pedido foi recusado. Para o Tribunal de Justiça, o caso é extremamente grave, "marcado pela agressão covarde à ofendida, que somente não resultou em sua morte, porque recebeu pronto atendimento médico".

Anderson Lúcio de Oliveira,de 34 anos, cumpre prisão preventiva no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Aparecidinha, em Socoraba, também no interior paulista. No dia 16 de agosto, Fernanda Regina Cézar Santiago, de 30 anos, sofreu traumatismo craniano depois de ser agredida pelo empresário. Ela chegou a ficar internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A defesa do agressor informou que vai recorrer da decisão ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça). A primeira audiência do caso está marcada para o dia 11 de novembro.

R7

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Violações no sistema socioeducativo do Espírito Santo são condenadas pela OEA


Relatos contínuos de agressão entre internos, uso abusivo de algemas, agressões, ameaças e encarceramento como forma de castigo na Unidade de Internação Socioeducativa (Unis), no município de Serra, na região da Grande Vitória (ES), levaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), a renovar pela sétima vez desde 2011 as determinações de mudanças urgentes no sistema socioeducativo do Estado.

Embora algumas medidas tenham sido adotadas, principalmente em relação à superlotação, o relatório apresentado não foi considerado suficientemente convincente para demonstrar avanços permanentes na eliminação de situações de risco e proteger a vida e a integridade pessoal, psíquica e moral das crianças e adolescentes privados de liberdade, segundo atesta a resolução da CIDH.

Na avaliação de Sandra Carvalho, coordenadora da organização não governamental Justiça Global, que denunciou a Unis em 2009, quando três internos morreram por violações aos direitos humanos, medidas paliativas foram adotadas, mas não uma política mais estruturante. “Há muita incidência de violência entre os socioeducandos, violência de agentes contra os socioeducandos, muitos casos de adolescentes, por causa do confinamento excessivo, casos em que eles se autolesionam. Então, é ainda uma situação extremamente grave.”

A corte determinou o envio de relatórios a cada três meses sobre o andamento da questão, além da investigação das denúncias e dos agentes envolvidos em casos de violação.

promenino

Inveja: sentimento negativo pode prejudicar tanto o emissor quanto a pessoa que é alvo

A felicidade alheia incomoda? Infelizmente, sim. A inveja existe e pode trazer impactos negativos para o invejoso e para o invejado. O melhor é se proteger e não deixar que ela destrua você

Especialistas em comportamento humano apontam os riscos de alimentar e desenvolver impulsos e desejos sobre o que pertence ao outro; condição pode causar transtornos físicos


Segundo a crença popular, existe nesses casos algo que vai muito além do que podemos ver ou tocar. Para muitos, está aí o tal olho gordo, ou melhor, um dos sete pecados capitais: a inveja. Mas será que isso não é mais uma invenção de nossas cabeças? É possível a alegria alheia incomodar? Amigos leitores, protejam-se: a inveja não só existe como também pode prejudicá-los, principalmente em tempo de grandes exposições.

A felicidade alheia incomoda? Infelizmente, sim. A inveja existe e pode trazer impactos negativos para o invejoso e para o invejado. O melhor é se proteger e não deixar que ela destrua você (Dandanian/Istockphoto)

A felicidade alheia incomoda? Infelizmente, sim. A inveja existe e pode trazer impactos negativos para o invejoso e para o invejado. O melhor é se proteger e não deixar que ela destrua você
Considerado um dos sentimentos mais difusos e, ao mesmo tempo, o que temos mais dificuldades para admitir, a inveja é uma palavra que vem do latim invido, de olhar mau, ou melhor, de um mau-olhado. O mais renegado dos sete pecados capitais é uma emoção inerente à condição humana, por mais difícil que seja confessá-la. Ao mesmo tempo em que o ciúme é querer manter o que se tem e a cobiça é desejar aquilo que não lhe pertence, o invejar é não querer que o outro tenha.

Existe uma fábula que diz que, certa vez, um homem, extremamente invejoso de seu vizinho, recebeu a visita de uma fada, que lhe ofereceu a chance de realizar um desejo. "Você pode pedir o que quiser, desde que seu vizinho receba o mesmo e em dobro", sentenciou. O invejoso respondeu, então, que queria que ela lhe arrancasse um olho. Moral da história: o prazer de ver o outro se prejudicar prevaleceu sobre qualquer vontade.

É por aí que esse sentimento atua. De acordo com a fundadora do Instituto de Pesquisas em Terapia Quântica, psicóloga, psicanalista e terapeuta quântica Carmem Farage, podemos separar a inveja em material e moral. “Na primeira, queremos ter o que o outro tem e, na, segunda, queremos ser o que o outro é. Essa última é a mais dolorosa das duas. Pode ser, às vezes, muito sutil, fazendo com que o invejoso ambicione secretamente as qualidades de alguém a quem ele admira secretamente”, diz.

Ela afirma que o material pode ser comprado ou roubado. "Mas como tirar de alguém uma qualidade? Então, o invejoso passa a imitar – numa tentativa insólita de ser o que não é e que o deixa sempre muito infeliz, mal-humorado e raivoso com a vida. Essa energia negativa volta contra a própria pessoa, fazendo mais mal ao invejoso do que ao invejado, envenenando corpo e mente”, decreta.

Para a taróloga Arlete Siqueira, o sentimento é um mal forte, que pode até matar. “Geralmente, ele está dentro de casa, entre irmãos e parentes. Existe a inveja que quer ter o que você tem e aquela que não quer que você tenha. A última é a pior delas, é para derrubar”, comenta. Segundo o psicólogo Fabrício Ribeiro, professor de saúde mental e direito do Centro Universitário Newton Paiva, desejamos só aquilo que não temos. “Aquilo que tenho, não desejo. Por isso, dizemos que a inveja é querer aquilo que está na mão do outro. É sempre bom lembrar que a natureza humana não é tão boa assim”, avisa Fabrício.

CUIDADO

Mas, até que ponto essa energia negativa pode destruir o invejado? Como nós, meros mortais, podemos evitar em cair na tentação de invejar? Há como se proteger desse sentimento? Para essas e tantas outras perguntas que rondam o imaginário popular toda vez que se toca nesse assunto, o Bem Viver entrevistou especialistas em diversas áreas. Todos disseram que sim, a inveja existe e é preciso cuidado com ela. E avisam: não grite alto a sua felicidade, a inveja tem sono leve.

UAI

sábado, 4 de outubro de 2014

Assunto: Água... Ela já não existe mais



Para aqueles que tomam banho e deixam o chuveiro aberto enquanto se ensaboam e a torneira aberta, enquanto escovam os dentes, desperdiçando dezenas de litros em vão ...


Pensem nisto!
EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS

Deli, Índia. Todos querem, apenas, um pouco de água...

Dois Sudaneses bebem água dos pântanos com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné.
O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.

Os glaciares que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume,
no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glaciar de Pitztal, na Áustria, cobrem o glaciar com uma manta especial para proteger a neve e retardar o seu derretimento, durante os meses de Verão...

As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.

Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço indiscriminado do desenvolvimento.

Aldeões na ilha de Coronilla, Quénia, cavam poços profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra.

Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão...


VALORIZE A ÁGUA!
EM ALGUNS LUGARES, ELA NÃO EXISTE MAIS... No Brasil, sem falar da seca nordestina, já está escassa na cidade de São Paulo.


Comentário em destaque

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "DEPOIMENTOS DE MULHERES QUE SOFRERAM ESTUPRO":

a lei nº 12.650, denominada Joanna Maranhão, onde se uma criança de oito anos sofreu esse tipo de abuso, ela terá até os 38 anos para denunciar o agressor. No caso dos crimes de maior gravidade, como o estupro, a nova contagem da prescrição permitirá que a ação seja iniciada 20 anos depois da maioridade. Vamos buscar nossos direitos, e denunciar essas pessoas para elas não machucarem mais ninguem.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estados Unidos confirmam primeiro caso de ebola no país

O vírus ebola foi descoberto em 1976 a partir de diagnósticos simultâneos na República Democrática do Congo e no Sudão, na África. Ele provoca uma grave doença conhecida como febre hemorrágica ebola, que pode afetar seres humanos e primatas, como macacos e chimpanzés. O surto de ebola pode chegar a provocar a morte de 90% das pessoas infectadas. Atualmente, não existe vacina e nem cura para a doença.

Paciente está internado em uma área de isolamento em um hospital em Dallas, no Texas, desde domingo

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) confirmou nesta terça-feira o primeiro caso de ebola diagnosticado em território americano. Trata-se também da primeira vez em que esta cepa da doença é diagnosticada fora da África.

O paciente está internado em uma área de isolamento no Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas. De acordo com o CDC, ele viajou da Libéria — um dos países mais atingidos pelo ebola — aos Estados Unidos para visitar familiares que vivem no país. O indivíduo desembarcou no dia 20 de setembro, começou a manifestar os sintomas no dia 24, procurou ajuda médica no dia 26 e foi internado no domingo (28) com suspeita de ebola. O diagnóstico, confirmado na tarde desta terça-feira, é "altamente confiável", afirmou Thomas Frieden, diretor da entidade, em entrevista coletiva.

Contágio — Frieden enfatizou que o vírus é transmitido pelo contato direto com fluidos corporais da pessoa contaminada, e apenas na fase em que os sintomas se manifestam. O CDC está identificando familiares e outras pessoas com as quais o paciente teve contato durante o período contagioso da doença. Essas pessoas serão monitoradas por 21 dias e, se manifestarem sintomas, serão colocadas em isolamento.

O diretor do CDC não forneceu informações sobre a nacionalidade do paciente, motivo da viagem à Libéria, estado de saúde e tratamento, por "respeito à sua privacidade". Ele tampouco respondeu se o indivíduo viajou em um avião comercial. "A doença não era contagiosa quando a pessoa viajou aos Estados Unidos. Por isso, o risco de transmissão aos outros passageiros é zero."

A atual epidemia de ebola na África infectou até agora mais de 6.500 pessoas, das quais pelo menos 3.000 morreram, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Guiné, Libéria e Serra Leoa são os países mais afetados. A agência alerta que o número de casos pode crescer exponencialmente, com mais de 20.000 infectados até o começo de novembro, se novas medidas não forem adotadas para conter o vírus.

Americanos — Outros três americanos infectados com ebola foram tratados — e curados — nos Estados Unidos. Os médicos Kent Brantly e Rick Sacra a missionária Nancy Writebol contraíram a doença na África e foram repatriados já contaminados. No caso anunciado hoje, no entanto, o paciente recebeu o diagnóstico nos Estados Unidos.

Vacina — Na semana passada, a OMS informou que milhares de doses de vacinas experimentais contra o ebola devem estar disponíveis nos próximos meses a profissionais da saúde e outras pessoas que tiveram contato com doentes. Nenhuma vacina ainda se mostrou segura ou eficiente em humanos, por isso, mais testes têm sido feitos para garantir que as substâncias não são prejudiciais às pessoas.

A OMS tem priorizado o uso de sangue de sobreviventes do ebola e diz que novos estudos são necessários para determinar se a medida pode ajudar pessoas infectadas pelo vírus. Essas transfusões de sangue já foram feitas em escala menor, como em um médico americano que se infectou na Libéria e foi curado.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Prática de automutilação entre adolescentes se dissemina na internet e preocupa pais e escolas


Em página com mais de 10 mil curtidas, jovens mostram cortes feitos no corpo; psiquiatra fala em tons de epidemia

RIO — Cortar na própria carne não é uma metáfora para muitos adolescentes. A disseminação da prática da automutilação em redes sociais dá uma pista sobre um problema que, no Rio, preocupa um número crescente de especialistas e escolas, que têm organizado palestras e eventos sobre o tema. Psiquiatras cariocas já falam em “epidemia” de um castigo autoinfligido para, na ótica dos jovens, minorar sofrimentos emocionais ou psicológicos. E alertam: grande parte dos pais sequer percebe que os filhos têm se cortado com canivetes, lâminas de barbear e até lâminas de apontadores de lápis.


Administradora de uma das páginas sobre automutilação no Facebook, com mais 10 mil “curtidas” em menos de um mês de criação, A., de 15 anos, diz que o intuito não é incentivar, mas ajudar os jovens que sofrem do mesmo problema, sem julgá-los. Na rede, eles postam fotos das feridas e trocam experiências e telefones para formar “grupos de autoajuda” pelo aplicativo Whatsapp. A menina conta que fez o primeiro corte com um compasso há três anos e, desde então, só conseguiu ficar sem se mutilar por, no máximo, cinco meses.

— Começou na sala de aula, e me arrependo bastante. Falo muito com os curtidores da página para nunca darem o primeiro corte, pois se torna um vício. Depois desses meses, meus cortes, que antes eram leves, acabaram só aumentando e ficando fundos, deixando cicatrizes — conta A., aluna de um colégio estadual do Rio que diz ter aderido aos cortes por conta de traumas de infância e familiares, sobre os quais se recusa a falar.

O pai dela mora em Minas Gerais, e a mãe, no Rio, não desconfia do problema. Há uma semana, a adolescente foi chamada pela direção de sua escola, que percebeu o comportamento:

— As diretoras conversaram bastante comigo, e implorei que não contassem para minha mãe. Prometi que não ia me cortar mais lá dentro. Mas (ao fazer isso), sinto alívio na dor sentimental, troco-a pela física. Pelo menor por um momento eu me sinto livre de tudo. Esse é o problema: acaba dando vontade de me cortar compulsivamente.

Na última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM-5, na sigla da Associação Americana de Psiquiatria), a automutilação sem intenção de suicídio ficou sob observação para ser tratada como um transtorno isolado, apesar de estar comumente associada a comportamentos obsessivos compulsivos e outras síndromes, como a de Borderline. De acordo com o psiquiatra Olavo de Campos Pinto, membro do International Mood Center e ex-professor da Universidade da Califórnia (EUA), o principal público atingindo são meninas de 13 a 17 anos. A internet tem papel preponderante na disseminação atual da prática, que ele chama de epidêmica.

— Nessa idade, a pessoa não tem a personalidade formada e assume um comportamento de grupo altamente perigoso. As redes sociais são multiplicadores, o principal combustível, e (a automutilação) está se tornando uma epidemia. É uma maneira de lidar de forma impulsiva e destrutiva com frustrações e ansiedades. Tenho visto cada vez mais casos na pré-adolescência. É assustador — diz Campos Pinto. — Estudos de condução nervosa sugerem que, quando há uma sensação de frustração, o corte alivia a dor psíquica. Há um alívio imediato, mas, quando passa, vem uma sensação de vergonha, de arrependimento, de ser descoberto no seu ato.

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Anteontem, o Colégio Sacré-Coeur de Marie, em Copacabana, Zona Sul do Rio, realizou uma palestra sobre o tema com psicólogas. O público-alvo eram alunos do 7º ano, e a programação fez parte de um evento em que os adolescentes escolhem os assuntos debatidos. Alguns choraram, outros saíram do auditório durante a apresentação. Orientadora educacional do ensino fundamental II, Clícia Belo conta que os primeiros casos surgiram quando a cantora teen Demi Lovato assumiu que se automutilava. As redes sociais trouxeram de novo o fenômeno à tona.

— Há uma percepção de que está numa crescente muito grande, sobretudo por causa das redes sociais, como produção de autossubjetividade. Muitos acabam praticando algum episódio para tentar acompanhar um grupo. A escola é espaço de possibilidades de coisas que, em casa, não se pode conversar pela sensação de incompreensão, inutilidade, culpa, desamparo e desamor — explica Clícia.

Aluno do 7º ano, X., de 12 anos, faz terapia há quatro e diz que às vezes sente vontade de se cortar, mas que nunca teve coragem:

— Penso em me cortar, mas sinto que não posso fazer isso e sinto dores de cabeça, nervosismo, aflição, muito estresse. Fico tremendo às vezes, e o pensamento dói. Mas sinto que não posso me automutilar porque seria muito torturante. Não posso contar para os meus pais para não envergonhá-los. Contei para minha terapeuta, e ela fez com que eu pensasse que não vai durar para sempre. Procuro me distrair e ver um filme.

A psicóloga clínica Elisa Bichels diz que já atendeu a mais de 80 pacientes de 13 a 16 anos com casos de automutilação, todos de classe média e alunos de escolas particulares do Rio. Segundo ela, além dos cortes, há outras formas de autoagressão como queimaduras, menos usuais. Ela também afirma que o aumento da incidência está ligado às redes sociais.

‘ANIVERSÁRIO’ DA CICATRIZ

— Há quem se utilize de um ato autolesivo pela dor, mas outros (o fazem) porque todo mundo está fazendo, para ver qual é. Há blogs que ensinam qual a melhor lâmina, em que parte do corpo você tem mais alívio. A questão maior é convencê-los de que as informações da internet não são verdadeiras. Para dar vazão instantaneamente àquela angústia enorme, eles deslocam o sofrimento. Por isso, vira uma compulsão. Eles ficam prestando atenção ao corte, comemoram o aniversário da cicatriz.... Muitas vezes já consegui evitar lesões conversando com eles pelo WhatsApp — conta Elisa.

A terapeuta cognitivo-comportamental explica que a duração do tratamento depende da gravidade das lesões e do tempo das práticas de automutilação. Para além do óbvio risco de infecções e doenças, há as marcas psicológicas, mais difíceis de apagar. Aluna de uma escola particular de Santa Cruz, Zona Oeste da cidade, Y., de 15 anos, está se tratando há um ano, mesmo período em que está sem se cortar, depois de sua mãe ver as marcas e cicatrizes em suas coxas. Ela conta que descobriu a prática em páginas no Tumblr.

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— No meu caso, foi para aliviar frustrações. Quando criança, eu era bem gorda. Apesar de ter emagrecido, me comparava muito com meninas da minha escola. Via posts de garotas que se autoflagelavam por não conseguir atingir metas de dietas. Vi nisso um Norte. Fazia os cortes com lâmina e apontador. É como se estivesse tirando tudo dentro de mim. Hoje, tenho ajuda de uma psicóloga e estou bem melhor. Mas já passei por momentos complicados em que pensei em me cortar de novo. É uma recuperação para o resto da vida.

Coordenadora de saúde da escola municipal do Ginásio Experimental Olímpico Juan Antonio Saramanch, em Santa Teresa, Angélica Bueno diz que o problema já foi detectado ali:

— São meninos e meninas de, às vezes, 12 anos. Estamos tratando dessa questão com as famílias e com profissionais da saúde.

O Globo

Turista na Argentina passa 14 dias em coma e pede ajuda para voltar ao DF


Contador de Brasília foi atropelado por ônibus no penúltimo dia de férias.
Traslado foi estimado em R$ 150 mil; Itamaraty diz que não pode bancar.


Internado há 23 dias após ser atropelado por um ônibus durante as férias na Argentina, o contador Thiago Henrique de Freitas, de 28 anos, ainda não sabe como voltar a Brasília. Ele sofreu traumatismo craniano depois de ser atingido quando atravessava a Rua Florida, em Buenos Aires, e foi levado para o Hospital General de Agudos Dr. Cosme Argerich, onde passou duas semanas em coma induzido. Freitas está consciente, mas não pode falar por ter passado por traqueostomia.
A instituição liberou a volta para o país desde que ele consiga UTI aérea. A família diz que não tem condições de arcar com o traslado e que o Itamaraty se recusa a ajudar.
Estou me bancando aqui com ajuda de amigos e familiares, e as dependências de onde eu estou são boas. Fui ao MRE pedir ajuda, de cara ouvi que ‘o MRE não paga nada’. Estou me sentindo abandonada aqui"

Por e-mail, o Ministério das Relações Exteriores informou que não existe autorização legal para cobertura integral ou parcial de despesas como essa. O órgão também afirmou que o Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires tem prestado apoio e acompanhado a evolução do estado de saúde do contador.
Mulher dele, Raquel da Conceição de Freitas Costa conta que esta foi a primeira viagem internacional do casal. Eles partiram no dia 27 de agosto, deixando a filha de 5 anos com os pais do contador, e deveriam retornar no dia 3 de setembro. O acidente aconteceu na noite anterior ao retorno. O casal chegou a contratar um seguro-viagem, mas foi informado que ele não cobre esse tipo de despesa.

“[Ele] Teve que fazer uma cirurgia na cabeça e ficou em coma induzido por 14 dias. Fomos muito bem tratados pela equipe médica daqui, que ficou muito compadecida com meu desespero e [com o fato de] eu não dominar o idioma. Foi horrível”, afirma.

Raquel conta que fez uma cotação e que o preço da viagem foi estimado em R$ 150 mil. Ela, que está de férias, conseguiu que o marido seja considerado afastado no trabalho por problema de saúde. Enquanto isso, a filha segue com os avós paternos.
A corretora de seguros espera que a divulgação do caso sensibilize as pessoas a ajudá-la. Raquel diz que pretende fazer uma “vaquinha” em breve se não conseguir o traslado.

G1

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

“Parece que os ossos vão quebrar”, diz mulher com suspeita de Febre Chikungunya



Cerca de 300 pessoas aguardam o resultado do exame para saber se tem a doença na Bahia

“É um negócio estranho mesmo”, afirma Zenita Lobo de Souza, 45 anos, sobre os sintomas que vem sentindo há mais de uma semana. Ela é uma das cerca de 300 pessoas que aguardam o resultado do exame para saber se tem a Febre Chikungunya na Bahia. Segundo a mulher, ela sente dores no corpo, febre alta e dor de cabeça, todos os sintomas da doença que já atingiu 14 pessoas no município, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Zenita, que é moradora do George Américo, bairro com maior incidência da doença, afirmou que mais quatro pessoas de sua família estão com o sintoma: o marido, filho, nora e sobrinho. A mulher disse que o médico passou dipirona e paracetamol, mas mesmo com o medicamento a dor não passa, “só faz aliviar”.

— Dói tudo, até o vento quando passa na gente parece que os ossos vão quebrar. É um negócio estranho mesmo, viu?!

O sobrinho de Zenita, Dimerson dos Santos Almeida, 20, disse que está com os sintomas há dois dias e não sabe quanto tempo vai levar para melhorar.

— Passaram duas injeções, eu tomei, mas não explicaram direito não. Mandaram para casa repousar um pouco e tomar muito liquido.

De acordo com o Ministério da Saúde, equipes já se encontram em Feira de Santana e estão trabalhando em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde. Além de intensificar ações de prevenção e vigilância da doença, as equipes dão orientação para a busca ativa de casos suspeitos e a implementação de ações para reduzir, com maior rapidez, a população dos mosquitos transmissores. Também faz parte deste trabalho a orientação de profissionais de saúde quanto ao manejo clínico da doença e a eliminação de criadouros nas residências.

Doença

Na terça-feira (23), o Ministério da Saúde confirmou 16 casos no País, sendo 14 em Feira de Santana e dois no Oiapoque, Amapá. As pessoas infectadas não possuem registro de viagem internacional para países onde há transmissão.

Assim como a dengue, a Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictos. Os sintomas da doença são parecidos com a da dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações e costumam durar de três a dez dias, e sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara e menos frequente que nos casos de dengue.

O tratamento para combater os sintomas é feito com analgésico, hidratação adequada e repouso, segundo o Ministério da Saúde. A medida básica de prevenção da Febre Chikungunya é o combate aos mosquitos transmissores e as mesmas ações que previnem a dengue são capazes de prevenir a doença.

R7

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pagamos pela mordomia de poucos.


Por Mônica El Bayeh


Na 'Visita' de hoje, Mônica se revolta, como professora e mãe, contra a boquinha educação pedida pelos juízes


- Ele tem de roubar, professora! Ele tem três filhos para sustentar!
- Pois eu tenho dois e não roubo ninguém.

O raciocínio de minha aluna faz um desvio do bem, da ética e da moral para proteger quem lhe é querido. É um raciocínio torto e cínico. É aluna de escola pública. Pobre. Favelada. Explica? Justifica? Pois tem juiz fazendo pior. Muito pior.

O mais recente raciocínio torto e cínico do Poder é a boquinha educação que os juízes e desembargadores querem para si.

A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça do Rio, enviou um projeto de lei à Alerj em caráter de urgência. Ela pede a aprovação de um auxílio-educação de até R$ 7.250 mensais para filhos de juízes e desembargadores.

Fiquei até feliz, sabia? Eu estou sendo descontada pelo prefeito Eduardo Paes há meses por conta de uma greve. A greve da educação era mais do que justa. Mas, aos olhos da justiça vendada, foi ilegal.

Achei que só eu, sem meu salário, estivesse na maior pindaíba. E olhe meu espanto: a vida dos juízes está muito pior! Se estão precisando de ajuda até para pagar escola dos filhos, a coisa está feia mesmo! Coitados! Fiquei com pena.

Você, que trabalha uma média de trinta a quarenta horas semanais, ganha R$ 7.250 mensais? Tem ideia de em quantas escolas um professor de escola pública precisa trabalhar para ganhar isso? Só para constar, a hora-aula de um professor do estado no Rio de Janeiro é de R$ 18,42. Isso porque teve aumento mês passado!

O sofrido povo brasileiro mais uma vez é obrigado a pagar pela mordomia alheia. Farinha pouca meu pirão primeiro, né? Vamos negociar, doutora? A situação está difícil aqui também. Esse angu era para ser dividido. Mas para a gente só vem o caroço. Uma vaguinha no município, nem pensar, Vossa Excelência?

Já que a greve dos professores foi julgada ilegal, é sinal de que os educadores estão enganados. E que as escolas do município são tão boas que seriam um lugar perfeito para seus filhotinhos amados. Isso fora o intercâmbio cultural que eles fariam com o pessoal lá do morro! Desculpe, é comunidade agora. Esqueci. Faz toda a diferença! Nomenclatura é tudo!

Consigo visualizar seus filhos subindo morro para fazer trabalho de grupo. Vão de motorista, de Kombi ou de motoboy? Os meninos vão ensinar seus filhos a soltar pipa, jogar bola descalço, dançar funk. E como dançam, viu? Parecem de borracha. Nossos meninos também são bons, Excelência. Também têm potencial e merecem boa educação. Vamos juntar?

No Estado a situação não fica nada a dever também. A escola que vem sendo sucateada pelos governos passados de Garotinho, Rosinha, Cabral e Pezão é um lugar seguro, tranquilo, ótimo nível e acolhedor. Sugiro que experimentem.

R$ 7.250 mensais é muitas vezes mais que o salário mínimo dos trabalhadores honestos espremidos diariamente nos trens da Central e nos vagões de metrô. Paga o salário de seis professores e meio. É triste a situação dos educadores do município e do estado do Rio de Janeiro. Não é à toa que que, em oito dias, 233 pediram para sair.

O custo desse benefício vale para os filhos e dependentes dos magistrados que tenham entre oito e 24 anos. Eu não imaginava que os magistrados amigos estivessem nessa situação. Que me conste, os magistrados do Rio - ao contrário dos professores - estão entre os mais bem pagos do Brasil. E recebem salários que chegam a R$ 29 mil. Isso fora os auxílios. É pouco? Para quem? Para quem paga ou quem recebe?

No Brasil é precisamente o excesso de boca de uns que deixa os outros na fome. O olho grande dos que têm o poder e o dinheiro nas mãos, mas não usam para servir. Só para se servir. Vontade de gritar:

- Ei, não faz isso, não! É meu também. Trabalhei muito por ele.

Não me escutam. Nunca escutam. Não lhes pesa o mal que fazem? Não lhes dói a consciência? Ou será que culpa e ética são coisa só de pobre? Não acredito que seja.

A boquinha de poucos é a fome de muitos, quase todos nós. A voracidade dos que deveriam nos proteger e dar exemplo chega a ser imoral. Vergonha alheia.


Época



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Trabalho infantil artístico x violação de direitos: Justiça determina recolhimento da revista Vogue Kids e retirada da internet de fotos de crianças em poses sensuais


O ensaio fotográfico “Sombra e Água Fresca”, da revista Vogue Kids, publicado neste mês de setembro, chamou a atenção, principalmente nas redes sociais, por mostrar meninas em um cenário de veraneio fazendo poses com forte apelo sexual. O eco da manifestação virtual chegou à Justiça. O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) ajuizou uma ação, na sexta-feira 12, pedindo a retirada de circulação da edição de número 22 da revista. No processo, que corre em segredo de Justiça, a publicação é acusada de promover “trabalho infantil artístico não autorizado pelo ordenamento jurídico”. O MPT-SP acusa também a Vogue Kids de violar “o princípio da proteção integral, previsto no artigo 227 da Constituição Federal, Convenção 138 da OIT e legislação trabalhista”.

Tanto o Google quanto o Facebook, bem como veículos que trataram do assunto, entre eles a revista CartaCapital e os portais Imprensa e Yahoo!, foram igualmente obrigados a retirar as fotos (incluindo as que continham tarjas nos rostos das crianças) de seus sites.

"Condições nocivas"

Em entrevista ao Promenino, o procurador do Trabalho Rafael Marques, da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância), explica que a Justiça considerou o ensaio inadequado, porque foi realizado em condições nocivas ao desenvolvimento saudável da criança, “principalmente no que tange a seu desenvolvimento psíquico, em razão da sensualidade, da erotização presente nessa divulgação”.

“Quando se fala de trabalho infantil artístico, é possível excepcionar algumas situações, estabelecidas pela Convenção 138 da Organização Internacional do Trabalho”, diz o coordenador nacional da Coordinfância. Tais exceções, complementa, devem ser autorizadas por um juiz do Trabalho, que impõe uma série de condições especiais para a atividade ser realizada de maneira protegida, como a fixação de trabalho assistido, a compatibilidade com o horário escolar, entre outros cuidados – admitindo-se, apenas com tais regras cumpridas, a possibilidade de participação de crianças e adolescentes menores do que a idade mínima de admissão (16 anos) em atividades artísticas.

“Também não há comprovação de que houvesse autorização do Poder Judiciário, do juiz, para que esse tipo de trabalho feito pela revista fosse desenvolvido. Sem essa autorização, a norma é ferida”, assegura.

Perigos para as crianças

Segundo o procurador, “a erotização precoce pode intervir na formação moral dessas crianças e adolescentes, determinando atitudes e condutas sexuais inadequadas para essa fase da vida”.

A opinião é compartilhada pela psicóloga Sônia Roman. Para a especialista, normas morais precisam ser respeitadas, de modo a não comprometer a educação e a formação da criança. “Eu fico impressionada que uma revista tão importante tenha cometido um deslize assim. A criança tem de brincar, não pode ser explorada com fotos de conotação sexual. Seus direitos têm de ser respeitados”, diz. “Quando os limites não estão claros, o desenvolvimento desses meninos e meninas é colocado em risco. Alguns pais, na ânsia da busca pela fama, tornam-se também carentes de limites. Creio que a Justiça deveria chamá-los, para que sejam mais bem orientados e até mesmo advertidos. Práticas como essa devem ser sempre coibidas.”


O que diz a Vogue

Nota oficial publicada no Facebook da revista


“A Vogue Brasil, responsável pela publicação de Vogue Kids, em razão de recentes discussões em redes sociais envolvendo a última edição da revista, mais especificamente o ensaio de moda intitulado “Sombra e Água Fresca”, vem esclarecer que jamais pretendeu expor as modelos infantis a nenhuma situação inadequada. Seguimos princípios jornalísticos rígidos, dentre os quais o respeito incondicional aos direitos da criança e do adolescente. Como o próprio título da matéria esclarece, retratamos as modelos infantis em um clima descontraído, de férias na beira do rio. Não houve, portanto, intenção de conferir característica de sensualidade ao ensaio. Respeitamos a diversidade de pontos de vista e iremos nos aprofundar no entendimento das diversas vozes nesse caso, buscando o aperfeiçoamento das nossas edições. Repudiamos, porém, as tentativas de associar a Vogue Kids ao estímulo de qualquer prática prejudicial aos menores. Lamentamos que o açodamento e a agressividade imotivada de algumas pessoas tenham exposto desnecessariamente as menores que participaram do ensaio, que são nossa maior preocupação nesse episódio. A missão da Vogue Kids foi e continuará a ser a de tratar a infância com o respeito que ela merece, abordando com respeito e sensibilidade questões contemporâneas e que vão muito além dos editoriais de moda.”

promenino
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