sábado, 19 de setembro de 2015

Milionárias brasileiras dão à luz em Miami para ter filhos americanos

por João Almeida Moreira, em São Paulo

Milionárias brasileiras dão à luz em Miami para ter filhos americanos

São ricos que buscam alternativas fora do país para fugir à crise. Classe média, mesmo crítica do governo, resiste a sair do Brasil
Wladimir Lorentz, médico brasileiro radicado em Miami há 17 anos, teve há um mês uma ideia luminosa: montar o site Ser Mamãe em Miami para atender brasileiras que desejem que os seus filhos nasçam nos Estados Unidos da América e, assim, garantir automaticamente a cidadania norte-americana. Logo nos primeiros dias recebeu quatro clientes - agora, as solicitações não param.

Juntamente com um sócio colombiano, Ernesto Cárdenas, o pediatra brasileiro já prestava serviços a turistas internacionais desde que mães russas milionárias começaram a procurá-lo com o mesmo objetivo: ter filhos norte-americanos. Seguiram-se dezenas de clientes das elites económicas da Venezuela, país que vive sob a instabilidade do regime bolivariano de Nicolás Maduro, e de outros países latino-americanos, até surgir o tal clique. Porque não um site dedicado só ao Brasil? "Com esta instabilidade económica e política, é a hora certa", explicou Lorentz, que já denota um ligeiro sotaque americano, ao DN.
"Mas eu, além de oferecer o conforto de falar português com as grávidas, só presto serviços médicos, todo o processo burocrático é com o cliente", adverte. Processo simples, sublinhe-se: por mais que o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump venha censurando os chamados "bebés-âncora", a Constituição dos EUA garante cidadania a quem nasça no seu território, o que a posteriori facilita visto ou dupla nacionalidade aos pais.

Fonte: DN GLOBO

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Caso Gustavo: menino que caiu do 26° andar do prédio é enterrado em Jandira com a presença dos pais

Morte misteriosa ainda está sendo investigada pela polícia

O menino Gustavo, que caiu do alto do prédio em que morava com a mãe, foi velado na tarde desta quinta-feira (17) no cemitério de Jandira, em São Paulo. A morte ainda é um mistério para a polícia, já que a mãe alegou que o filho estava dormindo quando deixou a casa para buscar o namorado

A equipe de reportagem do Cidade Alerta conversou com uma vizinha de Juliana, mãe do menino Gustavo, que preferiu não mostar seu rosto, mas contou tudo o que aconteceu no dia do acidente.

— Por volta de umas 21h30 eu ouvi choro de criança. Mas como tem criança em todos os apartamentos, a gente não consegue definir exatamente de onde vem o choro. Quando eu escutei o choro, era só choro, não tinha adulto. Umas duas horas depois eu escutei o alvoroço, uma correria. Entre onze e meia, meia noite.

O advogado contou o que foi dito por Juliana em depoimento

— A dinâmica de tudo foi exatamente o que ela descreveu: seu filho acabou dormindo. Ela estava trocando mensagem com o namorado por Whatsapp e foi buscá-lo na estação de trem. Como o filho já estava dormindo, ela não quis acordar.

Fonte: R7

Um em cada cinco alunos do 3º ano fundamental não entende o que está lendo

Além disso, 34%não sabem localizar uma informação explícita quando a mesma está no meio do texto
por Eduardo Vanini / Paula Ferreira

RIO - Boa parte dos alunos no 3° ano do ensino fundamental brasileiro não entende o que lê. De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), divulgada nesta quinta-feira, 22,21% dos estudantes de escolas públicas nessa fase da educação foram classificados no "nível 1", o mais baixo de uma escala que vai até o "nível 4". Ou seja, essas crianças conseguem ler as palavras, mas não são capazes de compreender o que diz o texto diante delas.

Ainda segundo os resultados da ANA, 34% dos alunos estão no "nível 2". Eles compreendem o sentido do texto, mas não são capazes de encontrar uma informação explícita quando a mesma está no meio ou no final desse texto. De acordo com a avaliação, 32% das crianças estão no "nível 3" e apenas 11,2% estão no "nível 4".

A avaliação foi elaborada com base em questionários contextuais e teste de desempenho, nos quais foram verificados os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e a alfabetização em Matemática. Os resultados da ANA não compõem o Índice de Desenvolvimento Educação Básica (Ideb), mas funcionam como um diagnóstico das crianças na alfabetização. Este ano, a avaliação, que começou a ser aplicada em 2013, seria aplicada pela terceira vez, mas foi suspensa em função dos cortes de gastos. São avaliadas crianças do 3º ano do ensino fundamental, fase final do ciclo de alfabetização.

No que diz respeito à escrita, a ANA aponta que 34,46% dos dessas crianças não conseguem escrever um texto adequado ao que foi proposto. O resultado é a soma dos três primeiros níveis de aprendizagem. Na faixa 1, a mais baixa, estão 11,64% dessas crianças. Neste patamar elas não conseguem escrever palavras e relacionar os sons às letras. No nível 5 (índice ideal), há somente 9,88% dos estudantes, o que significa que sabem atender à proposta e escrevem textos com maior complexidade, embora possam ocorrer erros ortográficos e de pontuação.

A diretora-executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, considerou os dados "muito preocupantes". Segundo ela, a alfabetização é base da aprendizagem e o percentual de crianças que alcançaram os níveis máximos na avaliação — patamar ideal de letramento — são muito baixos: 11,20% em leitura e 9.88% em escrita.

— A meta do Todos pela Educação é que toda criança esteja plenamente alfabetizada até os 8 anos. Nessa idade, é importante que isso esteja consolidado para que ela alcance autonomia para continuar aprendendo e evoluindo na escola. Se isso não acontece, fica mais difícil corrigir as deficiências e ela é atropelada pelo currículo.

DISCREPÂNCIA ENTRE LEITURA E ESCRITA CHAMA ATENÇÃO

A discrepância entre os índices de leitura e escrita chamou a atenção de especialistas. De acordo com Inês Kisil Miskalo, gerente-executiva de Educação do Instituto Ayrton Senna, é estranha a diferença de resultados, já que uma depende da outra.

- Isso pode revelar dois quadros. O primeiro é que os alunos estão melhor na escrita do que na leitura, o que seria improvável, já que a criança precisa ler bem para ter repertório para a escrita. O segundo é que a avaliação da leitura foi mais rigorosa que a da escrita. Mas, para descobrir isso, precisamos nos debruçar sobre os instrumentos de avaliação.

Entre as regiões brasileiras, a que apresentou maior número de crianças no nível 4 de leitura (considerado ideal) foi o Sudeste com 16,75%. O índice mais baixo de alunos na faixa ideal foi registrado na região Norte: 4,84%. No recorte sobre o desempenho em escrita, o Sudeste também apresentou a maior quantidade de alunos no último nível, 15,43%. O quantitativo mais baixo, neste ponto, foi registrado no Nordeste, onde apenas 3,72% dos estudantes estão na última faixa de desenvolvimento.

Priscila Cruz ressaltou o caso de estados como Maranhão, Alagoas e Amapá, que têm os piores índices, quadro que vem se arrastando ao longo de várias avaliações.

— Mais de 40% das crianças no Maranhão são analfabetas, visto que estão no nível 1, ou seja, não conseguem ler uma sentença. As crianças só começam a entrar no contexto de pré-alfabetização no nível 2 — ilustrou. — É preocupante porque estes estados sempre ficam mal, mas nada acontece. Se o Brasil quer universalizar a aprendizagem, precisa garantir a alfabetização das crianças.

No Rio, 21,59% das crianças avaliadas estão na faixa mais baixa de leitura e 10,74% no mesmo patamar em relação à escrita. O número de crianças no patamar ideal de alfabetização é de 10,13% em escrita e 8,38% em escrita

Fonte: O Globo



terça-feira, 15 de setembro de 2015

Bebê de cinco dias é resgatado em barco de imigrantes no Mediterrâneo

Embarcação líbia levava 285 passageiros e nove grávidas

ROMA — A marinha italiana resgatou na segunda-feira um bebê de apenas cinco dias de uma embarcação líbia que transportava imigrantes no canal da Sicília, ao sul da Itália. O navio pesqueiro em péssimas condições já enfrentava problemas para navegar, depois de ter partido da costa da Líbia na noite anterior, segundo autoridades locais. Entre os passageiros, ainda havia nove mulheres nos últimos meses de gravidez, que foram encaminhadas junto ao recém-nascido a um navio da marinha militar para receber atendimento médico.

O resgate dos 285 refugiados sírios e africanos é mais um episódio da crise migratória na Europa, que já é a mais grave ameaça humanitária no continente desde a Segunda Guerra Mundial. Quase 3 mil pessoas já morreram apenas em travessias no canal da Sicília desde o início do ano.

No mesmo dia, ministros da União Europeia (UE) não conseguiram chegar a um acordo durante uma reunião de emergência na Bélgica, em mais uma tentativa de equilibrar a reação dos países-membros à crise. Pelo contrário, Áustria, Eslováquia e Holanda anunciaram o início do controle das suas fronteiras na segunda-feira, enquanto a Alemanha restabeleceu o controle na entrada de refugiados do país no domingo, depois de nove dias com as fronteiras abertas ao intenso fluxo de refugiados.

Políticos e ONGs vêm aumentando a pressão sobre líderes europeus para uma ação mais eficaz e rápida na assistência aos imigrantes. Nesta segunda-feira, a ONG Médico Sem Fronteiras, que atua no salvamento de imigrantes no mar, publicou uma carta aos ministros do continente pedindo que “todos os canais de acesso seguro que permitam aos refugiados chegar à Europa sejam ativados com urgência”.

Fonte: O Globo
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